247 – A turbulência econômica que o Brasil enfrenta é, antesbetsul rede tvtudo, um entrave político, avalia o empresário Rubens Ometto, presidente do conselhobetsul rede tvadministração da Cosan, uma das maiores companhias do país no setorbetsul rede tvenergia, logística e infraestrutura. Em <a href="https://www1.folha.uol.com.br/mercado/2024/12/problema-no-brasil-e-politico-e-grupo-de-gleisi-dificulta-diz-rubens-ometto.shtml">entrevista</a> concedida à Folhabetsul rede tvS. Paulo, Ometto atribui principalmente ao grupo liderado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, a dificuldadebetsul rede tvpromover cortesbetsul rede tvgastos e aprovar medidas necessárias para “fazer o país decolar”.
“Eu acho que Haddad e o pessoal dele pensam direito. O problema é político, com o time da Gleisi. Fica ali pressionando o presidente e dificulta a tomada das medidas que, tecnicamente, têm que ser tomadas. Mas se eles tiverem coragembetsul rede tvfazer, esse país decola fácil”, afirmou o empresário, ao comentar o momento econômico nacional. Para ele, o Brasil teria condiçõesbetsul rede tvcrescer sem entraves, não fosse a resistência a ajustes fiscais que, a seu ver, são simplesbetsul rede tvimplementar, embora politicamente complexos.
Ometto, voz crítica contra o patamar atual da taxa Selic, entende que os juros elevados podem comprometer o crescimento do país nos próximos anos. Pouco maisbetsul rede tvum mês atrás, ele chegou a cobrar diretamente o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por um freio na escalada dos juros. Agora, diante da iminente possebetsul rede tvGabriel Galípolo na liderança da instituição, Ometto demonstra esperançabetsul rede tvum perfil mais aberto ao diálogo: “Eu acho que o Galípolo tenta entender mais o que se passa. O Roberto Campos só sabe acelerar e brecar. O Galípolo vai tentar entender melhor o empresariado”.
Para o empresário, o desajuste fiscal é o grande obstáculo. Ele reconhece a relevânciabetsul rede tvmedidas sociais, como a isençãobetsul rede tvImpostobetsul rede tvRenda para quem ganha menos, mas insiste na importânciabetsul rede tvum “pacote completo”, que inclua cortesbetsul rede tvdespesas e um esforço conjunto para alcançar superávit fiscal. “É aquela história: para você pular, você precisa se abaixar, ganhar impulso e pular. Se ficar com a perna esticada, você não ganha impulso”, compara. Em outras palavras, Ometto defende um sacrifíciobetsul rede tvcurto prazo para um ganho consistente no longo prazo.
Questionado sobre a influência da ala política do governo nas decisões, o executivo foi taxativo ao citar o núcleo ligado a Gleisi Hoffmann como um entrave: “Você vê claramente que a turma da Gleisi é contra”, afirmou, ao ressaltar que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, mostra empenhobetsul rede tvbuscar soluções, mas esbarra na faltabetsul rede tvapoio político interno para viabilizar ajustes.
Ometto também pondera sobre a intervenção no câmbio e a postura do mercado, mas considera que tudo se resolveria se o país equacionasse o déficit fiscal. “Hoje, é mais um problema político do que técnico”, diz. Ao traçar o cenário para os próximos anos, o empresário teme que a faltabetsul rede tvinvestimentos, por conta dos juros altos, acabe comprometendo o crescimento econômico jábetsul rede tv2025 ou 2026. Formadobetsul rede tvengenhariabetsul rede tvprodução pela Escola Politécnica da USP, Rubens Ometto,betsul rede tv74 anos, preside o conselho da Cosan desde 2000.

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Economia

Política trava soluções econômicas, afirma Rubens Ometto: “Se houver coragem, o país decola fácil”

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Política trava soluções econômicas, afirma Rubens Ometto: “Se houver coragem, o país decola fácil”