<a href="https://www.rfi.fr/br/fran%C3%A7a/20240905-linha-dura-sobre-imigra%C3%A7%C3%A3o-e-contra-assistencialismo-quem-%C3%A9-michel-barnier-novo-premi%C3%AA-da-fran%C3%A7a">Por RFI </a>- Michel Barnier participa da política francesa desde os anos 1970, quando foi eleito conselheiro municipal – o equivalente a vereador. Em 1978 ele se tornou, aos 27 anos, o deputado mais jovem da Assembleia, cargo que ocupou durante 15 anos. Em seguida, já consolidado como um dos principais personagens da direita francesa, Barnier fez partepsg betwayvários governos, tendo sido nomeado ministro quatro vezes, nas pastas do Meio Ambiente, dos Assuntos Europeus, das Relações Exteriores e da Agricultura, alémpsg betwayter sido senador durante dois anos. 
Mas foipsg betwayBruxelas que Barnier viveu alguns dos momentos mais importantespsg betwaysua carreira política, com dois mandatospsg betwaycomissário europeu encarregado da política regional, antespsg betwayser eleito eurodeputado. Sua experiência o levou a participar da elaboração da Constituição Europeia e, mais tarde, a ser escolhido para negociar o Brexit, longo processopsg betwaysaída do Reino Unido da União Europeia.
Essa foi, aliás, umapsg betwaysuas missõespsg betwaymais visibilidade, mas também uma das mais difíceis. Hábil negociador, durante quatro anos ele conduziu com firmeza as discussões que culminaram no divórciopsg betwayLondres com Bruxelas, após a assinatura do complexo acordopsg betway1.500 páginas que rege, desde janeiropsg betway2021, as relações entre a Europa e o Reino Unido.
<h2>De olho na presidência</h2>
Em 2021, quando a direita francesa escolhia seu representante para a eleição presidencial do ano seguinte, Barnier não escondeupsg betwaypretensãopsg betwaychegar à presidência da República e se candidatou às primárias do partido Os Republicanos, da direita tradicional. E mesmo se perdeu a disputa, algumaspsg betwaysuas declarações durante a campanha chamaram atenção.
O ex-comissário europeu defendeu posições firmes sobre imigração e segurança. Barnier propôs, nessa época, uma “moratória”psg betwaytrês a cinco anos sobre a imigração: essa “pausa” seria um “pré-requisito para retomar nossa política migratóriapsg betwaynossas próprias mãos”, explicou.
Com issopsg betwaymente, o candidato queria “pôr um fim à regularização incondicionalpsg betwayimigrantes sem documentos”, “acelerar o procedimento para os solicitantespsg betwayasilo”, tornar mais rigorosos os critérios que facilitam a reuniãopsg betwayimigrantespsg betwayuma mesma família e reduzir o númeropsg betwayvistospsg betwaylonga duração emitidos.
Ele também surpreendeu e chocou até mesmo seus aliados ao sugerir que a França deveria se libertar das regras garantidas pelos órgãos legais da União Europeia e do Conselho da Europapsg betwaytermospsg betwaypolítica migratória.
<h2>Incentivo ao trabalho e ao mérito</h2>
O então pré-candidato para a eleição presidencialpsg betway2022 prometeu uma “trajetóriapsg betwayeconomia rigorosa” para o orçamento do Estado e “controle da dívida”. Seguindo a linha da direita, o ex-ministro também disse que queria “incentivar o trabalho e o mérito,psg betwaydetrimentopsg betwayassistencialismo”, com uma propostapsg betwaysuspender os benefícios dos desempregados “após duas recusaspsg betwayuma ofertapsg betwaytrabalho razoável”.
Do pontopsg betwayvista ambiental, Barnier – que foi ministro do Meio Ambiente, mas também da Agricultura – prometiapsg betway2021 “reduzir a poluição agrícola com os agricultores, e não contra eles”. Ele queria “descarbonizar a economia com as empresas, e não contra elas”.
Além disso, também prometeu “relançar” a energia nuclear e investirpsg betwayenergias renováveis, como a fotovoltaica, a biomassa e a hidrelétrica – mas não a energia eólica que, segundo ele, estaria “causando muitos danos”.
<h2>Voto contra descriminalização da homossexualidade</h2>
Logo após o anúncio da escolhapsg betwayBarnier como primeiro-ministro, algumaspsg betwaysuas posições políticas consideradas polêmicas começaram a ser relembradas, principalmente por seus opositores.
Em 1981, quando ainda era deputado, ele foi um dos 155 parlamentares a votar contra a descriminalização da homossexualidade na França. Jean-Luc Mélenchon, chefe da esquerda radical, foi um dos primeiros a relembrar esse episódio.
(Com agências)

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Veja quem é Michel Barnier, novo premiê da França: linha dura sobre imigração e contra 'assistencialismo'

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