247 – Durante seis anos e sete meses, familiares e amigos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes têm choradoapostas jcbluto. Hoje, 31apostas jcboutubro, o choro pela primeira vez foiapostas jcbalívio quando eles ouviram a sentença no 4º Tribunal do Júri do Rioapostas jcbJaneiro. Os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz foram condenados pelos assassinatos cometidos no dia 14apostas jcbmarçoapostas jcb2018.
Assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, os ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcioapostas jcbQueiroz foram condenados nesta quinta-feira (31), pelo 4º Tribunal do Júri do Rioapostas jcbJaneiro. Ronnie Lessa a 78 anos, 9 meses e 30 dias. Élcio, a 59 anos, 8 meses e 10 dias. &nbsp;
Irmãapostas jcbMarielle, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, resumiu o que representou o longo períodoapostas jcbluta para que os assassinos fossem identificados e punidos. “A gente não vai parar aqui. Em 2018, eu disse que honraria o sangue e a memória da minha irmã. E isso aqui hoje foi um grito que estava guardado na nossa garganta. Uma dor guardada no peito e no coraçãoapostas jcbcada homem e mulher que estão aqui. A gente vai lutar, não só pela Marielle e pelo Anderson, mas por um projeto que a gente acredita”, disse a ministra.
“Maior legado da Marielle para esse país é a provaapostas jcbque mulheres, pessoas negras, faveladas, quando chegam aos seus postos merecem permanecer vivas. Quando assassinaram a minha irmã com quatro tiros na cabeça eles não imaginavam a força com que esse país se levantaria” acrescentou.
Depoimentos arrependidos
A viúvaapostas jcbAnderson, Ághata Arnaus, agradeceu a todos que lutaram pela condenação dos assassinos e disse que não se sensibiliza com os depoimentos arrependidosapostas jcbRonnie e Élcio. “Eu ouvi um pedidoapostas jcbperdãoapostas jcbalguém que claramente não tem qualquer arrependimento. E ainda diz que é para aliviar a consciência. Eu digo que quem tem que perdoar é Deus ou qualquer coisa que ele acredite. Eu não perdoo. Nunca. Eu tenho paz na minha vida. Mas não preciso perdoar”, disse Ághata. “Cinquenta, setenta anos, [isso] é pouco. Que eles fiquem lá para sempre. Anderson e Marielle morreram. É para sempre também”, acrescentou.
Mônica Benicio, vereadora e viúvaapostas jcbMarielle, falou sobre os significados das sentençasapostas jcbhoje para a sociedade brasileira. “Marielle foi assassinada pelo que defendia, pelo que lutava para derrotar, para defender a democracia. Não há justiça possível que possa trazê-losapostas jcbvolta para nós. Mas esse é um marco para que não aconteça mais. E esse é o principal recado. Como a juíza disse, é o recado para os vários Lessas que estão livres não tenham o sentimento da impunidade”, disse Mônica.
Marinete Silva e Luyara Santos, mãe e filhaapostas jcbMarielle, respectivamente, destacaram a luta da família ao longo desses anos para que os responsáveis pelo crime fossem punidos. “Não só eu como mãe, mas o Brasil, o Rioapostas jcbJaneiro, a sociedadeapostas jcbuma maneira geral há muito esperava por isso. São seis anos e sete meses e 17 dias que nós estamos lutando e nunca paramosapostas jcbacreditar. A gente sabia que isso um dia aconteceria. E eles, sim, [os criminosos] têm que pagar”, afirmou Marinete.
“Nossa coragem nos trouxe até aqui. É um dia muito difícil, porque eu tenho certezaapostas jcbque nenhumapostas jcbnós queria estar aqui hoje. A Ághata queria o Anderson aqui. Eu queria a minha mãe aqui. Mas o diaapostas jcbhoje entra para a história e para a democracia desse país. E que a gente dê muitos passos pela frente ainda nesse caso como um todo. Esse é o primeiro passo por eles. A gente vai seguir lutando”, disse Luyara.
O paiapostas jcbMarielle, Antônio Francisco, externou que o diaapostas jcbhoje foi muito aguardado pela família, mas reforçou que ainda espera pela condenação dos mandantes do crime. “Isso não acaba aqui. Porque há os mandantes. E agora a pergunta é quando serão condenados os mandantes. Porque aquele choro que eles exibem nas suas oitivas, para mim não é um choro sincero. Choro sincero foi o nosso, porque perdemos a nossa filha, a Ághata perdeu o Anderson e a Mônica perdeu a Marielle. Esse choro nosso é sincero. Naqueles eu não acredito e não vou acreditar nunca”.
Próximo passos
Os acusadosapostas jcbserem mandantes dos crimes são os irmãos Chiquinho e Domingos Brazão, respectivamente, conselheiro do Tribunalapostas jcbContas do Estado (TCE-RJ) e deputado federal.
O delegado Rivaldo Barbosa, chefe da Polícia Civil do Rioapostas jcbJaneiro na época do crime, é acusadoapostas jcbter prejudicado as investigações. Os três estão presos desde 24apostas jcbmarço deste ano.
Por causa do foro, há um processo paralelo no Supremo Tribunal Federal (STF) que julga os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa. Também são réus no processo o ex-policial militar Robson Calixto, ex-assessorapostas jcbDomingos Brazão, que teria ajudado a se livrar da arma do crime, e o major Ronald Paulo Alves Pereira, que teria monitorado a rotinaapostas jcbMarielle.
A motivação do assassinatoapostas jcbMarielle Franco, segundo investigadores, envolve questões fundiárias e gruposapostas jcbmilícia. Havia divergência entre Marielle e o grupo político do então vereador Chiquinho Brazão sobre o Projetoapostas jcbLei (PL) 174/2016, que buscava formalizar um condomínio na Zona Oeste do Rioapostas jcbJaneiro.

Marcelo Freixo, Anielle Franco e Mônica Benício

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Anielle sobre condenação: “Era a dor guardada no peito e no coração”

247 - A vereadora do Rioapostas jcbJaneiro, Mônica Benício (Psol), viúva da vereadora Marielle Franco (Psol), foi a terceira testemunha a falar no julgamento dos acusados pela morte da ex-vereadora e do motorista Anderson Gomes, nesta quarta-feira (30). A fala dela durou pouco maisapostas jcb30 minutos e foi uma das mais emocionantes feitas pelas testemunhasapostas jcbacusação.&nbsp;
Mônica, que falou logo após a mãeapostas jcbMarielle, afirmou que a companheira “estava no momento mais feliz da vida dela, como ela mesma reconhecia”. No depoimento, Monica ressaltou o sentimentoapostas jcbperda com o assassinato e relembrou os momentos vividos com ao ladoapostas jcbMarielle.
"Lembro exatamente a primeira vez que eu vi a Marielle, a minha vida nunca mais foi a mesma", disse. “Eu me lembro também do último segundo que eu vi a minha esposa com vida. A última coisa que ela disse foi ‘eu te amo’. Foi um privilégio ter essa frase como a última dela”, completou mais à frente.&nbsp;
Mônica também destacou que “quando a Marielle morreu eu achei que tinham me tirado a promessa do futuro”. “A única justiça possível seria eu não precisar estar aqui e ter a Marielle e o Anderson (motorista Anderson Gomes, motorista que também morreu no atentado contra Marielle) vivos. Mas, para além disso, dentro do que é possível, eu espero que se faça a justiça que o Brasil, que o mundo espera há 6 anos e 7 meses”, afirmou.
O julgamentoapostas jcbRonnie Lessa e Élcioapostas jcbQueiroz, assassinos confessosapostas jcbMarielle (Psol) e do motorista Anderson Gomes,foi iniciado nesta quarta-feira (30), no 4º Tribunal do Júri do Rioapostas jcbJaneiro. Lessa e Queiroz enfrentam acusações que incluem duplo homicídio triplamente qualificado — motivado por torpeza, emboscada e recurso que dificultou a defesa da vítima — e tentativaapostas jcbhomicídio contra Fernanda Chaves, a única sobrevivente do ataque. O crime ocorreu há seis anos e sete meses,apostas jcb14apostas jcbmarçoapostas jcb2018, no bairro Estácio, no coração do Rioapostas jcbJaneiro

"A última coisa que ela disse foi 'eu te amo'", diz viúvaapostas jcbMarielle Franco no julgamentoapostas jcbacusados pelo crime

247 - A vereadora do Rioapostas jcbJaneiro Monica Benicio (PSOL) afirmou nesta terça-feira (18) que a população brasileira "não quer a barbárie instalada na nossa sociedade". A parlamentar comentou sobre a decisão que tornou réus os irmãos Brazão, o ex-chefe da Polícia Civil do Rioapostas jcbJaneiro Rivaldo Barbosa, e outras duas pessoas por envolvimento no homicídio contra a ex-vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ). Investigadores apuram a motivação do crime foram as denúncias da ex-parlamentar contra a exploração imoboliária ilegalapostas jcbalgumas regiões da cidade, o que teria contrariado interesses do ex-conselheiro do Tribunalapostas jcbContas (TCE-RJ) Domingos Brazão, e do parlamentar Chiquinho Brazão, deputado federal pelo União Brasil-RJ).&nbsp;
De acordo com a vereadora, os envolvidos no crime precisam ser condenados,apostas jcboutro julgamento sem data definida, para que as instituições brasileiro vão, aos poucos, "devolvendo a democracia ao nosso país". "A violência não pode fazer parte da política. A justiça por Marielle e Anderson é a busca por uma sociedade mais justa para todas as pessoas", escreveu.
"Vê-los oficialmente como réus me dá esperança, um sentimento que jamais perdiapostas jcbtodos esses 6 anosapostas jcbluta. Com o coração apertadoapostas jcbangústia acompanhei a sessão no STF. Com lágrimas e alívio comemorei mais um importante passo dado na luta por justiça para Marielle e Anderson. A esperançaapostas jcbver esse crime finalmente ser solucionado".
Marielle foi morta por integrantes do crime organizadoapostas jcbmarçoapostas jcb2018 num lugar sem câmeras na região central do município. O ex-PM Ronnie Lessa admitiu ter feito os disparos contra Marielle. Outro miliciano, Élcio Queiroz, confessou ter dirigido o carroapostas jcbonde partiram os tiros. Os dois foram presosapostas jcb2019.&nbsp;
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Com o coração apertadoapostas jcbangústia acompanhei a sessão no STF. Com lágrimas e alívio comemorei mais um importante passo dado na luta por justiça para Marielle e Anderson. De forma UNÂNIME, a Primeira Turma do STF aceitou a denúncia contra os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão,…&mdash; Monica Benicio 🏳️‍🌈 (@monica_benicio) <a href="https://twitter.com/monica_benicio/status/1803175544152006800?ref_src=twsrc%5Etfw">June 18, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Viúvaapostas jcbMarielle, Monica Benicio comenta decisão do STF: 'não queremos a barbárie instaladaapostas jcbnossa sociedade'

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