247 - Nos dois primeiros mesesbetfair 3002024, o desmatamento da Mata Atlântica apresentou uma queda significativabetfair 30059%betfair 300relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do Sistemabetfair 300Alertasbetfair 300Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, monitorado pela Fundação SOS Mata Atlântica e a rede MapBiomas. Foram desflorestados 9.881 hectaresbetfair 300áreas protegidas pela Lei da Mata Atlântica, comparados aos 16.854 hectares registradosbetfair 3002023, informa Mônica Bergamo, da <a href="https://www1.folha.uol.com.br/colunas/monicabergamo/2024/09/mata-atlantica-registrou-queda-de-59-em-desmatamento-no-inicio-de-2024-aponta-levantamento.shtml">Folhabetfair 300S. Paulo</a>.
Especialistas atribuem essa redução ao fortalecimento das políticas ambientais e ao aumento da fiscalização contra práticas ilegaisbetfair 300desmatamento. No entanto, apesar da diminuição, a Fundação SOS Mata Atlântica alerta para a necessidadebetfair 300manter a vigilância. "Mesmo com a redução, o desmatamento continuabetfair 300níveis preocupantes, um pouco acima do que vimos no iníciobetfair 3002022 [quando 9.305 hectares foram destruídos], o que reforça a necessidadebetfair 300não relaxarmos as medidasbetfair 300proteção", ressalta Luís Fernando Guedes Pinto, diretor-executivo da fundação.
Embora os números sejam positivos, ainda há motivos para preocupação. Segundo Guedes Pinto, a devastação diária ainda equivale a maisbetfair 300150 camposbetfair 300futebol, o que expõe a vulnerabilidade do bioma. "A Mata Atlântica ainda está vulnerável e precisamos intensificar nossos esforços, principalmente no que se refere à fiscalização, para garantir a integridade da vegetação nativa do bioma", afirma.
A continuidade dessa tendênciabetfair 300redução depende do rigor nas medidasbetfair 300proteção e da ampliação dos esforçosbetfair 300conservação.

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Brasil Sustentável

Desmatamento da Mata Atlântica cai 59% nos primeiros mesesbetfair 3002024

Por Camila Boehm, repórter da Agência Brasil - O desmatamento da Mata Atlântica teve redução na parte contínua do bioma, mas registrou aumentobetfair 300fragmentos isolados e áreasbetfair 300transição, na comparação entre 2022 e 2023. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (21) pela Fundação SOS Mata Atlântica, com base no Atlas da Mata Atlântica e no Sistemabetfair 300Alertasbetfair 300Desmatamento (SAD) Mata Atlântica, que são ferramentas complementaresbetfair 300medição.
“O desmatamento caiu nessa região contínua da Mata Atlântica, que vai do Rio Grande do Sul ao Rio Grande do Norte, onde há as florestas maduras. E aumentou nos encraves e nas transições com os outros biomas, onde há essas transições com o Cerrado e com a Caatinga, e também onde existem florestas jovens”, relatou o diretor executivo da SOS Mata Atlântica e engenheiro agrônomo Luís Fernando Guedes Pinto.
Ele ressalta que, embora os números pareçam conflitantes, ambos revelam a mesma tendênciabetfair 300reduçãobetfair 300desmatamento na área contínua e aumento nos encraves. “Isso também tem a ver com a aplicação da Lei da Mata Atlântica, que protege toda a vegetação nativa desse bioma, mas que tem sido contestada, atacada e não aplicadabetfair 300maneira rigorosa nas regiõesbetfair 300transição ebetfair 300encraves.”
Além da grande área contínua entre o RN e o RS, a Mata Atlântica é composta por regiõesbetfair 300transição e encraves nos estados do Ceará, Piauí,betfair 300Goiás, da Bahia,betfair 300Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. “Segundo a lei, só pode ter desmatamentobetfair 300situaçõesbetfair 300interesse social e utilidade pública. E a gente observa que a maior parte do desmatamento, maisbetfair 30090%, vêm da expansão agropecuária, que não justifica interesse social ou utilidade pública.”
A fundação avalia que a redução no desmatamento na área contínua é sinalbetfair 300que as políticasbetfair 300conservação e o monitoramento intensivo estão produzindo resultados positivos. Destaca que está evidente que os desafios na Caatinga e no Cerrado são grandes onde existem essas áreasbetfair 300transição.
“Na Caatinga, são áreas que correm riscosbetfair 300desertificação. No Cerrado, o desmatamento tem muita importância na proteção da água, porque muitas nascentes importantesbetfair 300várias bacias hidrográficas do Brasil estão nessa transição. Isso limita os serviços ecossistêmicos dessas regiões para a regulação do clima, disponibilidadebetfair 300água e também para a produção agropecuária”, disse. Ele acrescenta que as cidades dessas regiões podem ficar ainda mais suscetíveis a eventos climáticos extremos, incluindo chuvas e secas extremas.
<h2>Números</h2>
De acordo com o Atlas da Mata Atlântica, coordenado pela SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacionalbetfair 300Pesquisas Espaciais (INPE), o desmatamento no bioma caiubetfair 30020.075 hectaresbetfair 3002022 para 14.697betfair 3002023, uma quedabetfair 30027%. A entidade ressalta que esses dados, entretanto, oferecem &nbsp;visão parcial do cenário. Isso porque o Atlas monitora áreas superiores a três hectaresbetfair 300florestas maduras, o que corresponde a 12,4% da área original do bioma.
O Atlas mostrou diminuição do desmatamentobetfair 300grande parte dos 17 estados da Mata Atlântica, com exceçãobetfair 300Piauí, Ceará,betfair 300Mato Grosso do Sul e Pernambuco. Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina se destacarambetfair 300forma positiva, com quedabetfair 30057%, 78% e 86%, respectivamente,. A mesma tendência foi apontada pelo SAD, segundo avaliação da SOS Mata Atlântica,betfair 300relação à floresta contínua.
A Mata Atlântica inclui ainda regiõesbetfair 300recuperação oubetfair 300estágios iniciaisbetfair 300desenvolvimento, além dos encraves, o que amplia a cobertura vegetal para 24% da área do bioma. Alémbetfair 300ser capazbetfair 300monitorar toda essa parcelabetfair 300vegetação existente, o SAD consegue detectar desmatamentos a partirbetfair 3000,3 hectare.
Segundo o SAD, parceria entre a SOS Mata Atlântica e o MapBiomas, o desmatamento total aumentoubetfair 30074.556 para 81.356 hectaresbetfair 3002022 para 2023. A área é o equivalente a maisbetfair 300200 camposbetfair 300futebol desmatados por dia e os números são preocupantes.
Segundo o engenheiro agrônomo, a diferença entre os números se dá sobretudo pelo aumento das derrubadasbetfair 300encraves no Cerrado e na Caatinga, principalmente na Bahia, no Piauí ebetfair 300Mato Grosso do Sul, identificadas pelo SAD. Essa perda se deu majoritariamente onde há expansão agrícola. Ele questiona o sentidobetfair 300haver tanta área agrícola se o país não consegue manter a saúde dos ecossistemas que sustentam a produção.
<h2>Menos floresta, mais impactos&nbsp;</h2>
“Menos floresta representa mais desastres naturais, epidemias e desigualdade. Para a agricultura, significa também quebrasbetfair 300safra recorrentes”, disse. Ele avalia que, enquanto não houver um olhar integrado para todos os biomas, tanto no que se refere a zerar o desmatamento quanto à priorização da restauração florestal, as crises do clima e da biodiversidade continuarão a se intensificar.
Com a queda do desmatamento, cai também a emissãobetfair 300gasesbetfair 300efeito estufa. Já a restauração retira gás carbônico da atmosfera. “Para alcançar a meta do Acordobetfair 300Paris,betfair 300aquecer o planeta somente até 1,5 grau até o final do século 21, a gente precisa pararbetfair 300lançar gásbetfair 300efeito estufa na atmosfera, mas também precisa retirar gás carbônico. A forma mais barata e mais eficientebetfair 300conseguir isso é plantando floresta.”
A restauração do bioma também tem papel importante para a adaptação às novas condições climáticas. “O clima do planeta já está mudando, e, para isso, quanto mais floresta, mais estaremos preparados para nos adaptar aos eventos extremos, evitar as ondasbetfair 300calor. Ter floresta aumenta o conforto térmico e o equilíbrio das cidades.”
Perto do Pampa, na Região Sul, Guedes Pinto diz que a situação também é preocupante. “Metade do Rio Grande do Sul é Mata Atlântica, a parte do meio para o norte. Os desastres e as enchentes aconteceram nos dois biomas. Toda essa água que chegabetfair 300Porto Alegre vem dos morros e das regiões serranas do Rio Grande do Sul, que são totalmente Mata Atlântica”, lembrou Luís Fernando Guedes Pinto..
Dados do Atlas mostram que restam somente 10% da Mata Atlântica original no Rio Grande do Sul. “Se tivesse floresta protegendo os rios, as nascentes, as beirasbetfair 300rio e os morros, a tragédia poderia ter tido impactos muito menores. O desmatamento amplifica o efeito dessa chuva, o potencial dessa tragédia e diminui a resiliência [das cidades]. Quanto mais natureza e floresta, maior a capacidadebetfair 300resistir aos impactos,betfair 300minimizá-los e tambémbetfair 300ter mais resiliência para se recuperar após o evento”, afirmou..&nbsp;

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