<a href="https://vermelho.org.br/2024/12/02/massacre-de-paraisopolis-cinco-anos-de-dor-luta-e-impunidade/">Por Barbara Luz, do site Vermelho - </a>Neste domingo (1º/12), o Massacrebet365 login roletaParaisópolis, bairro periférico da zona sulbet365 login roletaSão Paulo, completou cinco anos sem que os responsáveis ​​pelas mortesbet365 login roletanove jovens durante uma operação da Polícia Militar no Baile da DZ7,bet365 login roleta2019, fossem condenados. Para marcar a data, famílias das vítimas organizaram um atobet365 login roletafrente ao Palácio dos Bandeirantes, sede do governobet365 login roletaSão Paulo, e lançaram o site “os9queperdemos” que contém a linha do tempo do episódio e também hospeda uma centralbet365 login roletadenúncias e relatórios sobre a violência policial e a criminalização do funk.
O protesto reuniu famíliasbet365 login roletavítimas e apoiadores que caminharam pela Rua Nabih Assad Abdalla, no Morumbi, carregando faixas com frases como “O Direito existe para que a justiça seja feita” e “Não foi socorro”. A manifestação criticou a versão da PM, que afirma ter ido ao baile prestar socorro e assistência, apesar das evidênciasbet365 login roletarepressão violenta.
Cristina Quirino, mãebet365 login roletaDenys Henrique Quirinobet365 login roleta16 anos, uma das vítimas, emocionou o público ao dizer que “não é só quem aperta o gatilho, quem joga o gás lacrimogêneo, quem executa. Quem manda também tem que ser punido”. Ela destacou a omissãobet365 login roletaresponsabilidade dos governantes e criticou a impunidade que ainda prevalece: “os governadores não são punidos”.
<h3>A tragédia e as investigações</h3>
As nove vítimas, com idades entre 14 e 23 anos, morreram após serem encurraladasbet365 login roletauma viela da comunidade pela PM. Apesar da versão inicialbet365 login roletaque foram pisoteadas, a Defensoria Públicabet365 login roletaSão Paulo e o Centrobet365 login roletaAntropologia e Arqueologia Forense (Caaf) da Universidade Federalbet365 login roletaSão Paulo (Unifesp) comprovaram que as mortes ocorreram por asfixia mecânica.
A Defensoria produziu um relatóriobet365 login roleta187 páginas detalhando imagens e áudios que indicam o uso desproporcionalbet365 login roletaforça, como o lançamentobet365 login roletaexplosivos pela PM, agravando o pânico na multidão. Doze policiais foram acusados ​​por homicídio e outro por expor os participantes do baile a risco.
Entretanto, o processo avança lentamente: a primeira audiênciabet365 login roletainstrução, no Tribunalbet365 login roletaJustiçabet365 login roletaSão Paulo, ocorreu apenasbet365 login roletajulhobet365 login roleta2023, quase quatro anos após a tragédia. Na ocasião, havia 24 testemunhasbet365 login roletaacusação na listabet365 login roletadepoimentos programados,bet365 login roletaum totalbet365 login roleta52 testemunhas arroladas.
Violência policial e racismo estrutural
Dados do Instituto Sou da Paz divulgadosbet365 login roletaoutubro mostram que, entre janeiro e agostobet365 login roleta2024, 441 pessoas foram mortas pela PM paulista, um aumentobet365 login roleta78%bet365 login roletarelação ao mesmo períodobet365 login roleta2023. O racismo estrutural fica evidente: doisbet365 login roletacada três mortos eram negros, e o aumento entre vítimas negras chegou a 83%.
<h3>Criminalização do funk</h3>
O massacrebet365 login roletaParaisópolis reflete o estigmabet365 login roletatorno do funk ebet365 login roletaeventos culturais periféricos. Em 2019, João Doria, então governadorbet365 login roletaSão Paulo, afirmou que não recuaria nas ações das forçasbet365 login roletasegurança, mesmo diantebet365 login roletadenúnciasbet365 login roletaabusos. Para os familiares, a criminalização desses espaços contribui para a tragédia.
O site “os9queperdemos” lançado no atobet365 login roletabuscar manter a memória das vítimas vivas e incentivar denúnciasbet365 login roletaabusos. Para as famílias, trata-sebet365 login roletauma ferramentabet365 login roletaresistência e luta por justiça.
O caso continua como símbolobet365 login roletaluta contra a violência policial no Brasil, destacando a urgênciabet365 login roletaresponsabilizar não só os executores, mas também quem determina operações repressivas.

Massacrebet365 login roletaParaisópolis: cinco anosbet365 login roletador, luta e impunidade

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