247 – Durante o Mês da Consciência Negra, a Secretariauniquecasino comJustiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus-DF) promoveu uma ampla reflexão sobre expressões racistas ainda enraizadas no cotidiano brasileiro. Segundo informações divulgadas pela Sejus-DF e pela Agência Brasília, frases como “lista negra”, “samba do crioulo doido” e “cor do pecado” são exemplosuniquecasino comlinguagens que carregam preconceitos históricos e reforçam a desigualdade racial. A secretáriauniquecasino comJustiça e Cidadania, Marcela Passamani, destacou que o combate a esses hábitos linguísticos é essencial para construir uma sociedade verdadeiramente antirracista.
<h3>Linguagem como reflexo do racismo estrutural</h3>
A antropóloga Renata Nogueira, da Universidadeuniquecasino comBrasília (UnB), explica que o racismo estrutural está presenteuniquecasino comcomo imaginamos o mundo, hierarquizamos pessoas e atribuímos papéis sociais. “Expressões como ‘a coisa tá preta’ e ‘serviçouniquecasino compreto’ reproduzem estereótipos que consolidam a desigualdade entre brancos e negros”, afirmou.
Dados do Institutouniquecasino comPesquisa e Estatística do Distrito Federal (IPEDF) mostram a disparidade racial nos espaçosuniquecasino compoder: apesaruniquecasino com58% da população do DF ser negra, a maioria das posições no serviço público (52,4%) ainda é ocupada por pessoas não negras. Por outro lado, negros representam 66,8% dos autônomos e 79,1% dos empregados domésticos, revelando como a desigualdade racial persisteuniquecasino comdiferentes setores da sociedade.
Como parte das ações, a Sejus oferece o cursouniquecasino comLetramento Racial, direcionado principalmente a servidores públicos. A iniciativa busca identificar e combater as diversas formasuniquecasino comdiscriminação que foram normalizadas ao longo do tempo. “O objetivo é que as vítimas não se sintam oprimidas ao denunciar e que a sociedade compreenda a urgênciauniquecasino commudar padrõesuniquecasino comcomportamento”, destacou Passamani.
<h3>Casosuniquecasino comracismo estrutural</h3>
O professoruniquecasino comcapoeira Luiz Renato Nelson dos Santos, conhecido como Mestrando Vagalume, compartilhouuniquecasino comexperiência com racismo estrutural ao ser impedidouniquecasino comdar aulasuniquecasino comuma escola no Recanto das Emas. “A justificativa foi que não havia espaço na grade horária, mas a decisão acabou prejudicando as crianças e enfraquecendo o projeto. Isso é um exemplo clarouniquecasino comcomo o racismo opera nas estruturas,” declarou.
Além do combate às expressões linguísticas racistas, a Sejus defende políticas públicas transversais que enfrentem as desigualdades raciaisuniquecasino comtodas as dimensões. “Compreender o exercício da cidadania é compreender que ele deve ser único, sem distinção entre negros e não negros”, afirmou Passamani.
<h3>Revisãouniquecasino comexpressões no dia a dia</h3>
Palavras e frases aparentemente inofensivas carregam significados racistas que reforçam estigmas. Entre elas:
<ul><li>“A coisa tá preta”: Relaciona dificuldades à cor preta.</li><li>“Serviçouniquecasino compreto”: Associa trabalho malfeito a pessoas negras.</li><li>“Cabelo ruim”: Desvaloriza cabelos crespos e exalta padrões eurocêntricos.</li><li>“Mulata”: De origem desumanizante, remete ao termo “mula.”</li><li>“Samba do crioulo doido”: Relaciona confusão e desordem à negritude.</li></ul>
Com ações educativas e campanhasuniquecasino comconscientização, a Sejus-DF reafirma a importânciauniquecasino comum enfrentamento direto ao racismo estrutural. Essa iniciativa, especialmente relevante durante o Mês da Consciência Negra, busca mobilizar a sociedade para construir uma culturauniquecasino comrespeito e igualdade racial.

Servidores públicos têm feito cursouniquecasino comletramento racial no DF

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Consciência Negra: expressões racistas no cotidiano desafiam sociedade a adotar letramento racial

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Consciência Negra: expressões racistas no cotidiano desafiam sociedade a adotar letramento racial