247 – A reitora da Universidade do Estado do Rioaz1xbetJaneiro (UERJ), Gulnar Azevedo, concedeu uma entrevista à jornalista Hildegard Angel, da TVaz1xbet, discutindo os recentes episódiosaz1xbetocupaçãoaz1xbetprédios da universidade e a situação crítica que envolve o movimento estudantil. Gulnar lamentou o distanciamento das lutas tradicionais e a radicalizaçãoaz1xbetgrupos que, segundo ela, estão mais interessadosaz1xbetvisibilidade do queaz1xbetpromover causas coletivas. “O movimento estudantil não é mais o mesmo. Hoje, o foco parece ser aparecer, não a causa", disse a reitora,az1xbettomaz1xbetdesabafo.
Azevedo explicou que as ocupações tiveram início após a universidade enfrentar dificuldades financeiras, que levaram ao corteaz1xbetbolsas emergenciais concedidas durante a pandemia. "Chegamos a julho e percebemos que não havia mais recursos para manter as bolsas até o final do ano", afirmou. A reitora também destacou que, apesar dos esforços para dialogar e encontrar soluções pacíficas, os manifestantes responderam com violência e truculência. “Fizeram usoaz1xbetarmas brancas, estilingues e pedras. Invadiram a reitoria e destruíram equipamentos", lamentou.
Além da crise interna, a UERJ enfrenta graves problemas financeiros. Azevedo explicou que,az1xbet2023, o orçamento da universidade foi reduzidoaz1xbetdois terçosaz1xbetrelação ao ano anterior, colocando a instituiçãoaz1xbetuma situação crítica. “A UERJ sempre foi subfinanciada, mas este ano a situação se agravou. Tivemos que cortar 20% dos contratosaz1xbetserviços como limpeza e segurança, o que impacta diretamente o funcionamento da universidade”, disse.
Apesar dos cortes, Azevedo reconheceu que houve diálogo com o governo estadual, liderado por Cláudio Castro, que teria acolhido as demandas da universidade institucionalmente. No entanto, ela frisou que os recursos eram insuficientes para garantir a continuidadeaz1xbetbolsas emergenciais, o que gerou revolta entre os estudantes. "Revogamos o ato executivo que suspendia as bolsas, oferecendo uma solução alternativa, mas, ainda assim, a ocupação continuou", relatou.
Reintegraçãoaz1xbetposse e o peso da decisão
Uma das passagens mais sensíveis da entrevista foi quando Gulnar abordou a decisãoaz1xbetsolicitar a reintegraçãoaz1xbetposse dos prédios ocupados, após duas tentativas frustradasaz1xbetnegociação. “Nunca imaginei que um dia teria que pedir a reintegraçãoaz1xbetposse com a tropaaz1xbetchoque, mas não havia saída", confessou a reitora. Ela explicou que, diante da violência e dos danos ao patrimônio, a decisão foi inevitável. “Estávamos lidando com um risco muito grande, tanto para os estudantes que estavam fora, quanto para aqueles que insistiamaz1xbetpermanecer”, afirmou.
Gulnar destacou que o processoaz1xbetreintegração foi realizadoaz1xbetforma cuidadosa e que a maioria dos estudantes já havia deixado os prédios no momento da ação policial. Três pessoas foram detidas, incluindo dois estudantes e um jornalista que resistiram até o último momento. "Fizemos tudo dentro da legalidade, mas é uma tristeza ver a universidade chegar a esse ponto", disse Azevedo, visivelmente abalada.
Esperança e o futuro da UERJ
Apesar dos desafios, Gulnar Azevedo manteve um tomaz1xbetesperança quanto ao futuro da universidade. Ela enfatizou a importânciaaz1xbetreconstruir a culturaaz1xbetpaz no campus eaz1xbetpromover o diálogo entre a administração e os estudantes. “A porta está aberta para todos. Precisamos entender o que levou a esses extremos e como podemos evitar que isso se repita", declarou.
A reitora também revelou que a UERJ já está trabalhandoaz1xbetprojetos para expandir áreas estratégicas e fortalecer a infraestrutura acadêmica, com o apoioaz1xbetinstituições como o BNDES. Entre as iniciativas, estão a criaçãoaz1xbetnovos cursos, como Ciências Ambientais, e parcerias para desenvolver o complexo industrial da saúde. “A universidade tem que dialogar com o mundoaz1xbethoje. Precisamos formar profissionais que contribuam com o desenvolvimento do país e garantir que eles tenham espaço no mercadoaz1xbettrabalho”, finalizou. Assista:
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Entrevistas

"O movimento estudantil não é mais o mesmo", diz Gulnar Azevedo, reitora da UERJ

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"O movimento estudantil não é mais o mesmo", diz Gulnar Azevedo, reitora da UERJ