Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil - São Paulo
A 30ª edição do Grito dos Excluídos, realizada na manhã deste sábado (7), feriado do Dia da Independência, questionou a invisibilidade das pessoascomo sacar bonus arbetysituaçãocomo sacar bonus arbetyvulnerabilidade. O ato teve como tema "Todas as Vidas Importam, mas Quem se Importa?"
Desde as 8h, moradorescomo sacar bonus arbetyrua, religiosos, militantes, imigrantes, membroscomo sacar bonus arbetymovimentos sociais e sindicais começaram a se reunir na Praça da Sé, na capital paulista, para pedir urgência no atendimento das necessidades dos excluídos, como a populaçãocomo sacar bonus arbetysituaçãocomo sacar bonus arbetyrua e a carcerária.
“Estamos aqui denunciando a exclusão social e ao mesmo tempo sendo um sinalcomo sacar bonus arbetyresistência na construçãocomo sacar bonus arbetyuma sociedade justa, igualitária, fraterna, e solidária. Lembramos sempre a necessidadecomo sacar bonus arbetya gente ter um novo modelo [de sociedade]. Esse modelo não nos serve”, disse Paulo Pretini, que participa da organização do atocomo sacar bonus arbetySão Paulo.
“É inaceitável conviver com pessoas tendo dificuldade para se alimentar, dificuldade para moradia, para ter trabalho, a gente precisacomo sacar bonus arbetyfato criar uma outra sociedade muito mais fraterna e solidária”, acrescentou.
Entre os movimentos sociais presentes estavam a Centralcomo sacar bonus arbetyMovimentos Populares (CMP), o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento dos Atingidos Por Barragens, a Pastoral dos Moradorescomo sacar bonus arbetyRua, a Marcha Mundial das Mulheres, e a Central Única dos Trabalhadores (CUT).
“A gente precisacomo sacar bonus arbetypolíticas públicas efetivas para essa população, para os excluídos, que façam um enfrentamento, que barrem que a pobreza chegue à extrema pobreza”, destacou Luciana Carvalho, da Rede Rua.
“A populaçãocomo sacar bonus arbetyrua não está só à margem da sociedade, essas pessoas não acessam a sociedade. E, alémcomo sacar bonus arbetya sociedade não se importar com elas, as criminaliza, vilipendia seus direitos”, acrescentou.
Para a religiosa Petra Silvia Pfaller, da Pastoral Carcerária, a situação é ainda pior para aqueles que estão no sistema prisional e que não têm como se manifestar. “Trazemos hoje aqui o grito das pessoas que estão encarceradas, quase 1 milhãocomo sacar bonus arbetypessoas que não podem vir para gritar, dizer que eles passam fome, espancamento, tortura, faltacomo sacar bonus arbetyacesso à saúde, faltacomo sacar bonus arbetylugar para dormir, faltacomo sacar bonus arbetyacesso à Justiça. É um povo altamente abandonado pelo preconceito”, disse.
<h2>Desfile</h2>
O Dia da Independência, na capital paulista, também foi comemorado com um desfile cívico-militar no Sambódromo do Anhembi, na zona norte da cidade. O evento contou com a presença do governadorcomo sacar bonus arbetySão Paulo, Tarcísiocomo sacar bonus arbetyFreitas, do prefeito Ricardo Nunes e do comandante da 2ª Divisão do Exército, generalcomo sacar bonus arbetydivisão Pedro Celso Coelho Montenegro.

Trigésima edição do Grito dos Excluídos, na Praça da Sé,como sacar bonus arbetySão Paulo 

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Sudeste

Em SP, Grito dos Excluídos questiona invisibilidade dos vulneráveis

Por Léo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil - Riocomo sacar bonus arbetyJaneiro
Mães que perderam seus filhoscomo sacar bonus arbetyoperações policiais formaram o pelotãocomo sacar bonus arbetyfrente do Grito dos Excluídos, que percorreu ruas do centro no Riocomo sacar bonus arbetyJaneiro neste sábado (7). O ato, que é tradicionalmente realizado no dia 7como sacar bonus arbetysetembro, chegou àcomo sacar bonus arbety30ª edição. Desde a concentração às 10h, na esquina da Rua Uruguaiana com Avenida Presidente Vargas, elas carregaram cartazes com os rostos das vítimas e cobraram justiça.
Uma das reivindicações envolve a federalização dos processos envolvendo letalidade policial no Riocomo sacar bonus arbetyJaneiro. A Procuradoria-Geral da República (PGR) recebeu,como sacar bonus arbetyjulho deste ano, representação favorável à medida envolvendo quatro casos, entre eles a chamada Chacina do Jacarezinho, ocorridacomo sacar bonus arbety2021 durante operação policial que deixou 28 mortos e é considerada a mais letal da histórica da capital fluminense. A discussão ocorre tendocomo sacar bonus arbetyvista indícioscomo sacar bonus arbetyviolaçõescomo sacar bonus arbetydireitos humanoscomo sacar bonus arbetyprocessos que tramitam na esfera estadual. A PGR, no entanto, ainda não decidiu se apresentará à Justiça pedidocomo sacar bonus arbetyfederalização.
"Ninguém sofre mais com a violência do estado do que essas mães. E o pior: com a impunidade imperando. Os assassinoscomo sacar bonus arbetymuitos e muitas nunca foram punidos ou nem respondem processo. São vidas perdidascomo sacar bonus arbetyjovens e crianças negras, periféricas. Quando damos o protagonismo a essas mães, dizemos: nós nos importamos com essas vidas", diz Sandra Quintela, que integra a Rede Jubileu Sul Brasil e a coordenação nacional do Grito dos Excluídos.
Desde 1995, o Grito dos Excluídos envolve atos organizadoscomo sacar bonus arbetydiversas cidades do país. Eles reúnem uma variedadecomo sacar bonus arbetygrupos, entidades, centrais sindicais, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas populares. Sandra destaca que,como sacar bonus arbetycada lugar do Brasil, a manifestação tem uma característica. Ela cita, por exemplo, que,como sacar bonus arbetyFortaleza, há forte liderança da Igreja Católica e que,como sacar bonus arbetyManaus, o ato ocorre no dia 5como sacar bonus arbetysetembro, quando se celebra o Dia da Amazônia. "Aqui no Rio, começamos no ano passado, com essa tradiçãocomo sacar bonus arbetyas mães puxarem o Grito dos Excluídos. E pretendemos que assim sejacomo sacar bonus arbetyagoracomo sacar bonus arbetydiante", afirmou.
O lema "Todas as formascomo sacar bonus arbetyvida importam" deu o tom da 30ª edição. "Chegar a esse marco mostra a força da organização popular, da organização que é feitacomo sacar bonus arbetybaixo para cima. O Grito dos Excluídos é um processo. Tudo é decidido e construído coletivamente. E ele nasce também com a propostacomo sacar bonus arbetydesmilitarizar o 7como sacar bonus arbetysetembro. Essa é uma data do colonizador. Foi o príncipe regente que proclamou nossa independência. Então, a gente vai à rua para dizer que essa é uma independência incompleta. Enquanto houver desigualdade, injustiça e violência na cidade e no campo, não seremos uma país independente", acrescenta Sandra.
Manifestantes que se revezaram no microfone defenderam uma variedadecomo sacar bonus arbetypautas como a defesa do meio ambiente, a garantida do acesso à moradia, o combate ao racismo religioso, o fim da política repressivacomo sacar bonus arbetyguerra às drogas e a mudança nas escalascomo sacar bonus arbetytrabalho, entre outras. Roberto Oliveira, integrante da coordenação do Movimento dos Atingidos por Barragem (MAB), destacou a jornadacomo sacar bonus arbetylutas que a entidade lançou na quinta-feira (5)como sacar bonus arbetydiferentes cidades da Região Norte, para marcar o Dia da Amazônia.
Ele considerou que o modelo econômicocomo sacar bonus arbetycurso promove a destruição da biodiversidade amazônica e prejudica as populações locais. "Precisamos olhar para as famílias mais empobrecidas, atingidas pela crise climática, pelos deslizamentos e pelas inundações, pelas fortes chuvas que vão cair, principalmente, nas casas dos mais vulneráveis", alertou.
A pesquisadoracomo sacar bonus arbetysaúde coletiva e militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), Mariana Nogueira, disse que não há democracia se o povo pobre, preto e favelado não tem acesso à saúde e educação. "Estamos há semanas com as escolas fechadas no Complexo da Maré", criticou, fazendo menção às consequências das operações envolvendo a demoliçãocomo sacar bonus arbetyimóveis considerados irregulares pela prefeitura.
Alguns candidatos nas eleições municipais também fizeram uso da palavra. Ao longo do trajeto com destino à Praça Mauá, os manifestantes entoaram palavrascomo sacar bonus arbetyordem envolvendo assuntos variados. "A gente sempre trabalha o tema da educação, da saúde, do transporte, da qualidadecomo sacar bonus arbetyvida. É uma pulverização mesmocomo sacar bonus arbetypautas. São as demandas dos excluídos e das excluídas. Então, como é um processo dinâmico e democráticocomo sacar bonus arbetyconstrução, diversas pautas vão entrando e sendo incorporadas", explica Sandra.
Outras manifestações
O 7como sacar bonus arbetysetembro também foi marcocomo sacar bonus arbetyoutras manifestações na capital fluminense. O Comando Militar do Leste realizou o tradicional desfile cívico-militar na Avenida Presidente Vargas a partir das 8h30. Na abertura das atividades, foi acesa a pira com o fogo simbólico da pátria. Em seguida, o Hino da Independência foi entoado, acompanhado por uma salvacomo sacar bonus arbety21 tiros. O desfile lembrou os 80 anos da Força Expedicionária Brasileira (FEB) e homenageou os 25 mil militares brasileiros que lutaram na Segunda Guerra Mundialcomo sacar bonus arbety1944.
Na orlacomo sacar bonus arbetyCopacabana, na zona sul da cidade, um grupocomo sacar bonus arbetymanifestantes se reuniucomo sacar bonus arbetyato a favor do impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandrecomo sacar bonus arbetyMoraes. Um carrocomo sacar bonus arbetysom foi estacionado na Avenida Atlântica, servindocomo sacar bonus arbetypalanque para discursos.
Os manifestantes criticaram a decisãocomo sacar bonus arbetyMoraescomo sacar bonus arbetysuspender as atividades da rede social X, após a empresa se recusar a cumprir decisões judiciais e a indicar um representante legal no país. Os descontentes com a atuação do ministro também consideram que ele cometeu abusos contra a liberdadecomo sacar bonus arbetyexpressão e afirmaram que ele violou a leicomo sacar bonus arbetyjulgamentos dos participantescomo sacar bonus arbetyatos que resultaram na depredação da Praça dos Três Poderes,como sacar bonus arbetyBrasília,como sacar bonus arbety8como sacar bonus arbetyjaneirocomo sacar bonus arbety2023.

Grito dos Excluídos no Rio, 7como sacar bonus arbetysetembrocomo sacar bonus arbety2024

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Mãescomo sacar bonus arbetyvítimas da violência estatal puxam Grito dos Excluídos no Rio

Por Padre Francisco Aquino Júnior (<a href="https://portaldascebs.org.br/grito-dos-excluidos-e-das-excluidas-2024-todas-as-formas-de-vida-importam-mas-quem-se-importa/">Portal das CEBs</a>) - O dia 7como sacar bonus arbetysetembro sempre foi marcado por desfiles militares e por desfilescomo sacar bonus arbetyescolas e repartições públicas. A lógica e o ritual militarcomo sacar bonus arbetyobediência e submissão dão o tom desse tipocomo sacar bonus arbetycelebração: “Marcha, soldado cabeçacomo sacar bonus arbetypapel. Se não marchar direito, vai preso pro quartel”. E as multidões enchem as ruas para assistir e aplaudir esse espetáculo militaristacomo sacar bonus arbetyobediência e submissão que se traduzcomo sacar bonus arbetypassividade e conformismo políticos. Trata-se, no fundo,como sacar bonus arbetyum patriotismo elitista, indiferente às profundas injustiças e desigualdades sociais, que gera passividade política e serve para justificar e naturalizar os interesses e privilégios das elites.
Desde 1995 celebramos nesse dia o Grito dos Excluídos e das Excluídas. Uma forma verdadeiramente cidadãcomo sacar bonus arbetycelebrar o dia da Pátria: denunciando as mais diversas formascomo sacar bonus arbetyinjustiça e negaçãocomo sacar bonus arbetydireitos; celebrando as lutas e conquistas do nosso povo; mobilizando e reunindo igrejas, movimentos populares, grupos e pessoas na defesa dos direitos humanos e da justiça socioambiental. Expressão e fermentocomo sacar bonus arbetyverdadeiro patriotismo: unidade na busca do bem comum; construçãocomo sacar bonus arbetyum povo, mediante conquista e garantiacomo sacar bonus arbetydireitos para todas as pessoas.
A ideia nasceu no final da 2ª Semana Social Brasileira – “Brasil, alternativas e protagonistas” (1993-1994). A primeira edição do Grito, inspirada pela CF-1995 “Fraternidade e Excluídos”, teve como tema: “Vidacomo sacar bonus arbetyprimeiro lugar” e mobilizou muitas comunidades, pastorais, grupos, organizações e movimentos populares pelo país afora. O Grito dos Excluídos e das Excluídas é um projeto vinculado à dimensão sociotransformadora da CNBB e construídocomo sacar bonus arbetyparceria com vários movimentos e organizações populares. Seu objetivo maior é a defesa da vida, denunciando as negaçõescomo sacar bonus arbetydireitos e animando e fortalecendo comunidades e grupos excluídos/as na luta por seus direitos: saúde, educação, habitação, trabalho, segurança alimentar, água, lazer, segurança pública e o combate as violências policiais…
O Grito é um evento/ato com local, data e hora. Mas um evento/ato que está ligado a processoscomo sacar bonus arbetyorganizações e lutas por direitos. E isso faz toda diferença. É um evento/ato dentrocomo sacar bonus arbetyum processo. Ele dá visibilidade aos problemas e as lutas nos territórios. Leva para as ruas problemas e lutas invisibilizados e silenciados. Faz ecoar os gritos que vêm das periferias. Dá voz e visibilidade a sujeitos marginalizados. Convoca e reúne pessoascomo sacar bonus arbetytorno dessas causas. Canta e celebra essas lutas, conquistas e resistências. E, nesse sentido, fortalece os processoscomo sacar bonus arbetylutas e organizações popularescomo sacar bonus arbetynossos territórios. Não é um fato isolado, mas momentocomo sacar bonus arbetyum processo. É verdade que a maioria das pessoas que participam do Grito não participam diretamente dessas lutas e organizações. Mas é verdade também que o Grito, alémcomo sacar bonus arbetydar visibilidade aos problemas e às lutas, sensibiliza pessoas e a sociedade para essas situações. E isso é muito importante para o fortalecimento das lutas e organizaçõescomo sacar bonus arbetynossos territórios.
O tema geral é sempre o mesmo: Vidacomo sacar bonus arbetyprimeiro lutar. E o lema chama atenção para um aspecto dessa causa primeira e maior que é a vida. Em 2024, trigésima edição do Grito, o lema é: Todas as formascomo sacar bonus arbetyvida importam. Mas quem se importa? Chama atenção para a banalização da vida que produz o que o Texto-Base da Campanha da Fraternidade desse ano chama “síndromecomo sacar bonus arbetyCaim” e o Papa Francisco tem chamado “cultura do descarte” ou “cultura da indiferença”. E isso, tanto nas relações entre as pessoas, como na organização política e econômica da sociedade. São tantas as negaçõescomo sacar bonus arbetydireitoscomo sacar bonus arbetynossa sociedade. São rostos bem concretos: pobres e famintos, negros, indígenas, sem-terra, catadores/ascomo sacar bonus arbetymaterial reciclável, populaçãocomo sacar bonus arbetysituaçãocomo sacar bonus arbetyrua, sem teto, periferias urbanas, encarcerados, mulheres, pessoas lgbtqiap+, idosos, pessoas com deficiência etc. A lista é enorme! “Mas quem se importa”?
O Gritos dos Excluídos e das Excluídas, vale repetir, é ocasião privilegiada para fazer ecoar esses gritos e dar visibilidade e fortalecer as lutas por direitoscomo sacar bonus arbetynossos territórios. Não podemos nos render e/ou cruzar os braços. Como insistia nosso profeta Pedro Casaldáliga, “nem por humanidade, nem por fé religiosa, poderemos aceitar algum dia a fatalidade como destino ou a exclusão como programa social”. Isso que vale para qualquer ser humano (sensocomo sacar bonus arbetyhumanidade), vale ainda mais para os crentescomo sacar bonus arbetygeral e para os cristãoscomo sacar bonus arbetyparticular (fé religiosa). O amor a Deus se concretiza no amor ao próximo (1Jo 4,20-21) e se mede no compromisso com os caídos (Lc 10, 25-37), com os pobres e marginalizados (Mt 25,31-40).
Vidacomo sacar bonus arbetyprimeiro lugar!!!

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Em SP, Grito dos Excluídos questiona invisibilidade dos vulneráveis

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Grito dos Excluídos irá contrapor a marcha bolsonarista no 7como sacar bonus arbetySetembro