247 – Em uma ação que expõe novamente a prática do lawfarecasa de aposta abertadisputas econômicas internacionais, o Departamentocasa de aposta abertaJustiça dos Estados Unidos (DOJ) anunciou uma investigação contra a Saab, fabricante suecacasa de aposta abertaaeronaves,casa de aposta abertarelação ao contrato fechado com o governo brasileirocasa de aposta aberta2014, segundo <a href="https://www.estadao.com.br/politica/blog-do-fausto-macedo/departamento-justica-eua-notifica-fabricante-sueca-saab-cacas-gripen-brasil/">informa o blog do jornalista Fausto Macedo</a>. O acordo, avaliadocasa de aposta abertaUS$ 4,5 bilhões, envolveu a compracasa de aposta aberta36 caças Gripen para a Força Aérea Brasileira, no contexto do Projeto FX-2, a maior aquisição militar da história recente da América Latina. O movimento levanta suspeitas sobre as intenções dos Estados Unidos e expõe os riscos e desafios enfrentados por empresas que competemcasa de aposta abertamercados estratégicos dominados por interesses norte-americanos.
A Saab, por meiocasa de aposta abertacomunicado oficial divulgado na última quinta-feira, 10, informou que foi intimada a prestar esclarecimentos ao DOJ e garantiu que colaborará com as investigações, fornecendo todas as informações requisitadas. “Autoridades brasileiras e suecas já investigaram partes do processocasa de aposta abertaaquisição dos caças. As investigações foram encerradas sem indicar qualquer irregularidade por parte da Saab”, declarou a empresa,casa de aposta abertauma tentativacasa de aposta abertatranquilizar acionistas e parceiros internacionais.
O que é lawfare e por que ele importa?O termo lawfare se refere ao uso estratégicocasa de aposta abertaações judiciais e investigações legais como ferramentascasa de aposta abertaguerra e manipulação política ou econômica. O conceito combina as palavras "law" (lei) e "warfare" (guerra), e vem sendo cada vez mais utilizado para descrever situaçõescasa de aposta abertaque governos ou instituições se valemcasa de aposta abertaprocessos judiciais ou investigações para intimidar, coagir ou constranger adversários. O objetivo, muitas vezes, não é apenas buscar justiça ou combater irregularidades, mas sim enfraquecer ou eliminar a concorrênciacasa de aposta abertamaneira legalmente sancionada.
No casocasa de aposta abertaquestão, a ação do DOJ contra a Saab levanta suspeitascasa de aposta abertaque os Estados Unidos estão, mais uma vez, instrumentalizando suas instituições judiciais para proteger os interessescasa de aposta abertasuas indústriascasa de aposta abertadefesa, que concorrem diretamente com empresas europeiascasa de aposta abertamercados globais. Ao lançar investigações que colocam sob suspeita contratos legítimos firmados por empresas estrangeiras, o DOJ cria um climacasa de aposta abertaincerteza que,casa de aposta abertaúltima instância, beneficia suas próprias corporações, muitas das quais foram derrotadas pela Saab no processocasa de aposta abertalicitação do Projeto FX-2.
<h3>Histórico e interesses norte-americanos</h3>
O contrato firmado pelo Brasilcasa de aposta aberta2014 foi o resultadocasa de aposta abertaum longo processocasa de aposta abertaavaliação e negociação iniciadocasa de aposta aberta2008, que contou com a participaçãocasa de aposta abertadiversos concorrentes internacionais, incluindo empresas dos Estados Unidos. A escolha pelo caça sueco Gripen,casa de aposta abertadetrimentocasa de aposta abertaoutros modelos, foi amplamente elogiada na época por especialistas militares e econômicos brasileiros, que destacaram o custo-benefício e a transferênciacasa de aposta abertatecnologia proporcionada pela Saab como fatores decisivos para a decisão.
No entanto, o históricocasa de aposta abertaações judiciais promovidas pelos EUA contra empresas estrangeiras que competemcasa de aposta abertamercados estratégicos não é novo. Em diversas ocasiões, os Estados Unidos já recorreram ao lawfare para impor sanções, multar ou simplesmente intimidar empresascasa de aposta abertaoutros países que representam concorrência direta para suas gigantes industriais. Essas ações judiciais têm um duplo efeito: não só impõem custos financeiros e legais às empresas visadas, como também geram incertezas e danos reputacionais que podem afastar outros governos e clientes.
<h3>Repercussão no Brasil e na Europa</h3>
No Brasil, o processocasa de aposta abertaaquisição dos caças Gripen já foi alvocasa de aposta abertainvestigações anteriores por autoridades brasileiras e suecas, todas encerradas sem indícioscasa de aposta abertairregularidades. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, por exemplo, foi alvocasa de aposta abertadenúncias no passado sobre suposto tráficocasa de aposta abertainfluência relacionado ao contrato, mas sempre negou envolvimento direto nas negociações. Na época, a defesa do presidente argumentou que as investigações ocorreramcasa de aposta abertamaneira oculta, uma crítica comum entre aqueles que denunciam o usocasa de aposta abertalawfare.
Na Europa, a investigação do DOJ é vista com desconfiança por analistas e políticos que acompanham as disputas comerciais entre as potências. Muitos argumentam que a ofensiva jurídica norte-americana contra a Saab é um exemplo clarocasa de aposta abertaabusocasa de aposta abertapoder, com o intuitocasa de aposta abertaminar a competitividadecasa de aposta abertaempresas que não se alinham aos interesses dos EUA. Essa postura é criticada por prejudicar as relações comerciais internacionais e questionar a legitimidade dos processoscasa de aposta abertalicitaçãocasa de aposta abertaque os Estados Unidos não saem vitoriosos.
Reflexões sobre o impacto do lawfare internacionalO impacto do lawfare na economia global é profundo, especialmente quando praticado por potências econômicas que utilizam seu aparato legal para interferircasa de aposta abertamercados estratégicos. Quando um país como os Estados Unidos recorre ao lawfare, a mensagem que fica écasa de aposta abertaque os mercados não são tão livres quanto aparentam ser, e que há um preço a ser pago por empresas que ousam desafiar a hegemonia das indústrias norte-americanas.No caso da Saab, resta saber até que ponto a investigação do DOJ irá prosseguir e quais serão suas consequências para a fabricante sueca e para o Brasil, que apostou na parceria tecnológica e militar como uma formacasa de aposta abertamodernizar suas forças armadas e desenvolvercasa de aposta abertaindústriacasa de aposta abertadefesa. Para analistas e críticos do lawfare, a ação do DOJ não é apenas um ataque à Saab, mas um aviso a todas as empresas internacionais: competircasa de aposta abertamercados estratégicos, mesmo que seguindo todas as regras, pode atrair consequências judiciais.

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Economia

A volta do lawfare: EUA investigam empresa sueca por vendacasa de aposta abertacaças ao Brasil

Reuters - O Departamentocasa de aposta abertaJustiça dos Estados Unidos solicitou informações à subsidiária da fabricante suecacasa de aposta abertaaeronaves Saab sobre a vendacasa de aposta aberta36 caças militares Gripen ao Brasil,casa de aposta aberta2014, transação que foi objetocasa de aposta abertauma investigaçãocasa de aposta abertacorrupção no Brasil, disse a Saab nesta quinta-feira.
"A Saab pretende atender ao pedido para fornecer informações e cooperar com o Departamentocasa de aposta abertaJustiça nessa questão", afirmou a companhia sobre a solicitação dos Estados Unidos à Saab North America.
Em comunicado, a empresa sueca disse que tanto autoridades brasileiras quanto suecas investigaram anteriormente partes do processocasa de aposta abertaconcorrência do Brasil e que essas investigações foram encerradas sem indicar quaisquer irregularidades por parte da Saab.
Procuradores brasileiros,casa de aposta aberta2016, acusaram formalmente Luiz Inácio Lula da Silva -- ex-presidente do Brasil na época e atual presidentecasa de aposta abertaexercício --casa de aposta abertausarcasa de aposta abertainfluência para ajudar a Saab a vencer a licitação para 36 caças no valorcasa de aposta aberta5,4 bilhõescasa de aposta abertadólares. Os advogadoscasa de aposta abertaLula disseram que o caso equivale a uma "perseguição política".
A Força Aérea Brasileira (FAB) escolheucasa de aposta aberta2014 o Gripen para renovarcasa de aposta abertafrotacasa de aposta abertacaças,casa de aposta abertadetrimento do F-18 Super Hornet, da norte-americana Boeing, e do Rafale, fabricado pela francesa Dassault Aviation SA.
O acordo com a Saab também permite que os Gripens sejam produzidos no Brasil no futuro.
As primeiras aeronaves já foram entregues ao Brasil, e o restante deve ser entregue até 2027.
Por volta das 13h30 (horáriocasa de aposta abertaBrasília), as ações da Saab caíam 6,38%.

Mundo

Sueca Saab diz ter sido intimada nos EUA a fornecer informações sobre vendacasa de aposta abertacaças ao Brasil

Sputnik - A força brasileira está insatisfeita com o alto custo do programa dos caças Gripen e divulgou que está estudando a aquisiçãocasa de aposta abertaum lote usadocasa de aposta abertaaeronaves norte-mericanas F-16, ao menos como tampão para a defesa do país,casa de aposta abertaacordo com a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/06/brasil-estuda-comprar-cacas-f-16-usados-devido-ao-preco-do-gripen.shtml">Folhacasa de aposta abertaS. Paulo</a>.
Ao mesmo tempo, a mídia afirma que a intenção da FAB com o anúncio "pressionar os suecos a melhorarem as condições da negociação".
O jornal destaca que o comunicado da força nada fala sobre as motivações que levam o interesse brasileiro aos F-16, mas a intenção também foi publicada pelo site britânico especializado no assunto Jane's, o que, segundo a Folha, "caiu como uma bomba nos meios militares".
"Toda a filosofia do programa do Gripen, que inclui a produção nacional do caça da sueca Saab e transferência amplacasa de aposta abertatecnologia, vai a xeque com a intenção", sublinha o jornal.
Em uma conta aproximada, na aquisição dos Gripen, a FAB teria um gasto extracasa de aposta abertatalvez R$ 5 bilhões por 14 aviões além da encomenda inicialcasa de aposta aberta36, 15 dos quais serão feitos na linhacasa de aposta abertamontagem da Embraer, parceira da Saab,casa de aposta abertaGavião Peixoto (SP).
O negóciocasa de aposta abertasi custou pouco maiscasa de aposta abertaR$ 20 bilhões se fossem pagos hoje. O valor é financiado por 25 anos pelo governocasa de aposta abertaEstocolmo, mas o Brasil precisa pagar adiantado parcelas que serão abatidas depois.
De 2019 a 2023, foram R$ 7,7 bilhõescasa de aposta abertavalores corrigidos, R$ 1,2 bilhão só no ano passado. A mídia destaca que, na semana passada, foi noticiado que o cronogramacasa de aposta abertaentrega das aeronaves fabricadas no Brasil parece inexequível, a contar o ritmo atual.
Segundo um oficial-general da FAB, ouvido pela mídia, a questão do preço está pesando. O F-16 é um avião que sobracasa de aposta abertaestoques mundo afora e por isso é tão requisitado na Ucrânia, por exemplo.
De 2019 a 2023, foram R$ 7,7 bilhõescasa de aposta abertavalores corrigidos, R$ 1,2 bilhão só no ano passado.
Atualmente, a defesa aérea brasileira, centradacasa de aposta abertaAnápolis (GO), conta com versões modernizadas dos antigos F-5, que voam desde os anos 1970. Há 47 aviões desse tipo no inventário da FAB, alémcasa de aposta aberta30 modeloscasa de aposta abertaataque AMX — os quais os Gripen deverão substituir.
O Brasil comprou, no pacote com a Suécia, armamentos ar-arcasa de aposta abertacurto alcance Iris-T e os mísseis para além do alcance visual Meteor, arma única na América Latina. Os primeiros podem ser integrados aos F-16, enquanto os segundos dependemcasa de aposta abertauma adaptação mais custosa e intrincada.
A mídia ainda acrescenta que os sete Gripen que a FAB já recebeu, todoscasa de aposta abertafabricação sueca e para um piloto, ainda estãocasa de aposta abertatestes para o empregocasa de aposta abertamísseis. A primeira missão oficial do avião será no exercício militar Cruzex, com a presença dos Estados Unidos,casa de aposta abertanovembro nos céuscasa de aposta abertaNatal (RN). No entanto, os tiros serão virtuais.
Para um militar próximo do programa, não haveria prejuízo ao futuro do Gripen no Brasil. Para ele, a FAB na prática só trocaria os F-5 pelos F-16, muito mais modernos, enquanto tenta viabilizar do pontocasa de aposta abertavista orçamentário mais caças da Saab, relata o jornal.

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A volta do lawfare: EUA investigam empresa sueca por vendacasa de aposta abertacaças ao Brasil

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Ante alto custo dos Gripen, FAB analisa comprar F-16 usados