(Reuters) - O Brasil poderá acionar termelétricas a gás natural liquefeito (GNL) para atender os horáriosbetfinal bonuspico da demanda por energia,betfinal bonusação preventiva para enfrentar uma seca nas hidrelétricas que já tem levado ao despachobetfinal bonusuma sériebetfinal bonususinas movidas a combustíveis fósseis, principalmente ativos a gás da Petrobras e a carvão, nos últimos dois meses.
Em reunião na terça-feira, o Comitêbetfinal bonusMonitoramento do Setor Elétrico (CMSE) aprovou a possibilidade do despacho flexívelbetfinal bonustrês usinas movidas a GNL: Porto Sergipe, da Eneva; Linhares, hoje do BTG masbetfinal bonusprocessobetfinal bonusvenda para a Eneva; e Santa Cruz, atualmente operada pela Eletrobras masbetfinal bonusprocessobetfinal bonusvenda para a Âmbar, do grupo J&amp;F.
Esses empreendimentos, planejados para atender outras demandas do sistema elétrico nacional, poderão ser acionados agorabetfinal bonusforma flexível para o chamado atendimento da "ponta", isto é, quando a cargabetfinal bonusenergia está no pico e o operador precisa garantir a estabilidade e segurança do fornecimento aos consumidores.
No caso das usinas Linhares e Santa Cruz, o governo também antecipou o comandobetfinal bonusdespacho para todo o mêsbetfinal bonusnovembro. Essa antecipação é necessária porque as termelétricas a GNL precisam receber um comando do ONS 60 dias antesbetfinal bonusentrarbetfinal bonusoperação, já que necessitam programar a compra do combustível.
As usinas a GNL vão se somar a outras termelétricas que o ONS já tem acionado diante da seca para garantir a segurança do fornecimentobetfinal bonusenergiabetfinal bonushorários críticos, principalmente no fim da tarde, quando o sistema perde um grande volumebetfinal bonusgeração solar enquanto a carga está elevada.
O Brasil convive hoje com uma sobreofertabetfinal bonusenergia, mas enfrenta dificuldades relacionadas à potência do sistema, principalmente com a seca no Norte afetando as hidrelétricas da região, que são fundamentais para o atendimento da ponta.
Um levantamento da consultoria Volt Robotics a pedido da Reuters mostra que, desde julho, o Brasil tem se apoiadobetfinal bonustermelétricas a gás da Petrobras com contratos encerrando, alémbetfinal bonususinas a carvão e óleo combustível, para o atendimentobetfinal bonusponta.
Os principais empreendimentos acionados com esse fim nos últimos dois meses foram Termomacaé e Termorio, da Petrobras, e o complexo a carvão Jorge Lacerda.
O CEO da Volt Robotics, Donato da Silva, aponta que Termomacaé tem características técnicas adequadas para o atendimentobetfinal bonusponta, por ser uma térmica a gásbetfinal bonusciclo aberto, que pode ser ligada e desligada rapidamente, mas que isso não se estende a todas as usinas que vêm sendo acionadas.
Os dados levantados pela consultoria mostram que, embora o ONS só necessite dessas termelétricas nas poucas horasbetfinal bonuspicobetfinal bonusdemanda, a maioria delas acaba ficando ligada por muito mais tempo por razões técnicas,betfinal bonusuma geração desnecessária que desloca outras fontes, como as renováveis, e eleva os custos aos consumidores.
Isso ocorre, por exemplo, com as térmicas a carvão, que utilizam caldeiras a vapor no processobetfinal bonusgeraçãobetfinal bonusenergia elétrica.
"Nós não preparamos o sistema para viver com esse tipobetfinal bonussituação. Tivemos uma preocupação grandebetfinal bonusconstruir o parque térmico pensando nas questões energéticas, não na questãobetfinal bonusponta... A maioria das máquinas que temos foram feitas para questões energéticas, então não conseguem desligar", afirma Silva.
"As usinas a óleo combustível funcionam rapidamente, mas têm CVU (custo) mais caro", acrescentou o especialista, lembrando que parte dessas usinas também ficará descontratada nos próximos anos.
LEILÃO DE CAPACIDADE
Várias das termelétricas que vêm sendo acionadas pelo ONS nos últimos meses têm contratos expirando nos próximos anos.
Alémbetfinal bonusTermomacaé, estão nessa situação as UTEs Termoceará, Cubatão e Seropédica, da Petrobras, alémbetfinal bonususinas a óleo como Maracanau I, Termonordeste e Termoparaíba.
O leilãobetfinal bonusreservabetfinal bonuscapacidade vem sendo apontado como uma oportunidade para que os geradores termelétricos recontratem essas usinas. A Petrobras, por exemplo, avalia que tem cercabetfinal bonus3 mil megawatts (MW)betfinal bonususinas candidatas para o certame.
O Ministériobetfinal bonusMinas e Energia já realizou uma consulta pública sobre as regras para o leilão, mas atrasou a publicação das diretrizes finais, o que inviabilizou o cronograma original previsto para o certame,betfinal bonusagosto.
Questionada, a pasta não forneceu uma expectativa para a realização do certame. Informou apenas que "equipe técnica da pasta está consolidando as informações já recebidas" na consulta pública.
A Eneva, outra interessada no certamebetfinal bonuscapacidade, avalia que o cenáriobetfinal bonusescassez hídrica tornou "ainda mais urgente a definiçãobetfinal bonusuma estratégia para o leilão".
"Existe um volume substancialbetfinal bonususinas térmicas existentes encerrando seus contratosbetfinal bonuscomercializaçãobetfinal bonusenergia elétrica. Sem eles, é provável que os investidores retirem essas usinas do deck, e, com isso, a capacidade termelétrica brasileira pode se reduzir, diminuindo a segurança e resiliência do SIN", disse o diretor-executivobetfinal bonusMarketing, Comercialização e Novos Negócios da Eneva, Marcelo Lopes,betfinal bonusnota.
OUTRAS MEDIDAS DO CMSE
Também para lidar com a seca nas hidrelétricas, foi aprovada na reunião do CMSE da véspera uma articulação para viabilizar a operação excepcional do reservatório intermediário da usinabetfinal bonusBelo Monte, no Norte, com vazão mínimabetfinal bonus100 m³/s, "respeitadas as licenças e autorizações necessárias".
Já na transmissãobetfinal bonusenergia, o governo buscará viabilizar a entradabetfinal bonusoperação das linhas Porto do Sergipe-Olindina-Sapeaçu, Terminal Rio-Lagos e Leopoldina-Lagos, com o objetivobetfinal bonusassegurar o pleno escoamentobetfinal bonuspotência nos mesesbetfinal bonussetembro, outubro, novembro e dezembro.
O CMSE também autorizou o ONS a utilizar critériosbetfinal bonusdesempenho e segurança menos restritivos para a operação do Sistema Interligado Nacional (SIN), quando necessário,betfinal bonusforma a garantir a maximização do usobetfinal bonusrecursos disponíveis e o atendimento às cargas entre setembro e novembro.
Nesta quarta-feira, o ministrobetfinal bonusMinas e Energia, afirmou que a condição do setor elétrico é "extremamente mais confortável do que a situaçãobetfinal bonus2021", citando um superávit da Conta Bandeiras e níveis mais altos dos reservatórios das hidrelétricas.
"Para tranquilizar a sociedade brasileira, apesar da mudança climática, da gravidade do baixo índice pluviométrico e do atraso das chuvas no Brasil, nós estamos vivendo um momento, graças ao planejamento, extremamente segurobetfinal bonusque não teremos crise energética".

Linhasbetfinal bonustransmissão
11/10/2021

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Brasil reforçará despacho com termelétricas a GNL para enfrentar a seca

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