Por Bernardo Caram
BRASÍLIA (Reuters) - O Senado aprovou nesta terça-feira os três novos nomes apresentados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para integrar a diretoria do Banco Central a partirlink alternatif 7upbetjaneiro, quando o atual governo terá maiorialink alternatif 7upbetmembros indicados no comando da autarquia.
Foram aprovados os nomeslink alternatif 7upbetNilton David, chefelink alternatif 7upbetoperaçõeslink alternatif 7upbettesouraria do banco Bradesco, para a diretorialink alternatif 7upbetPolítica Monetária, e dos servidoreslink alternatif 7upbetcarreira Gilneu Vivan e Izabela Correa para as diretoriaslink alternatif 7upbetRegulação e Relacionamento, Cidadania e Supervisãolink alternatif 7upbetConduta, respectivamente.
Em uma votação tranquila para o governo, David recebeu 50 votos favoráveis e 1 contra no plenário do Senado, alémlink alternatif 7upbetuma abstenção. A aprovaçãolink alternatif 7upbetVivan ocorreu por 53 a 3, enquanto o aval a Correa foi dado com 48 votos favoráveis e 3 contra.
Os três nomes passaram por sabatina e foram aprovados mais cedo nesta terça pela Comissãolink alternatif 7upbetAssuntos Econômicos (CAE) do Senado.
Na audiência, os indicados defenderam o compromisso do BClink alternatif 7upbetlevar a evolução dos preços no país ao centro da metalink alternatif 7upbetinflação, estipuladalink alternatif 7upbet3% neste e nos próximos anos.
"O Copom tem sido bastante vocal e clarolink alternatif 7upbetrelação ao seu compromisso firmelink alternatif 7upbetconvergência à metalink alternatif 7upbetinflação e, sendo aprovado, é esse o mandato que vamos perseguir", disse Correa.
David afirmou que a desancoragem das expectativaslink alternatif 7upbetinflação, que têm permanecido acima da meta, requer uma atuação firme por parte da autoridade monetária. Ele acrescentou que, considerando as defasagens da política monetária, os choqueslink alternatif 7upbetpreços precisam ser avaliadoslink alternatif 7upbetrelação a suas causas e grauslink alternatif 7upbetpersistência.
"Além da firmeza, a serenidade e a perseverança são atributos indispensáveis para um adequado cumprimento desse mandato", disse.
CÂMBIO E FISCAL - David, que será o responsável pela execução da política cambial, disse que intervenções da autarquia no câmbio geram alterações temporárias e efêmeras no patamar da moeda, citando que essa atuação tem efeitos colaterais. Segundo ele, países que tentaram intervir com intensidade no câmbio acabaram desistindo.
Em relação ao tema das contas públicas, Vivan disse que o Comitêlink alternatif 7upbetPolítica Monetária (Copom) se preocupa com essa variável, ponderando que o compromisso legal do BC é com a metalink alternatif 7upbetinflação, "não com outra coisa".
David, porlink alternatif 7upbetvez, disse que as contas públicas são uma variávellink alternatif 7upbetentrada para a políticalink alternatif 7upbetjuros e afirmou que parte da surpresa na atividade econômica no Brasil pode estar relacionada ao impulso fiscal.
David ainda avaliou que o país não está próximolink alternatif 7upbetum cenáriolink alternatif 7upbetdominância fiscal --quando a deterioração das contas públicas retira eficácia da atuação do BC. Para ele, a política monetária surtiu efeito e conteve um aumento ainda maior dos preços.
OS INDICADOS - David ocupará a vagalink alternatif 7upbetGabriel Galípolo, que presidirá o BC a partirlink alternatif 7upbetjaneiro. Vivan e Correa substituirão respectivamente Otavio Damaso e Carolina Barros, também servidoreslink alternatif 7upbetcarreira do banco.
Com isso, Lula, que assumiu a Presidência com fortes críticas à atuação do BC, passará a ter 7link alternatif 7upbet9 indicados à diretoria da autarquia, que formam o Copom, responsável pela definição da taxa básicalink alternatif 7upbetjuros no país --atualmentelink alternatif 7upbet11,25% ao ano.
Os diretores Ailtonlink alternatif 7upbetAquino (Fiscalização), Paulo Picchetti (Assuntos Internacionais) e Rodrigo Teixeira (Administração), que assumiramlink alternatif 7upbetjaneiro deste ano, foram os outros escolhidos por Lula, alémlink alternatif 7upbetGalípolo, que passará a comandar o BC após o fim do mandatolink alternatif 7upbetRoberto Campos Neto.
Os diretores Diogo Guillen (Política Econômica) e Renato Gomes (Organização do Sistema Financeiro e Resolução), que seguemlink alternatif 7upbetseus cargos, foram indicações do ex-presidente Jair Bolsonaro.
David é graduadolink alternatif 7upbetEngenharialink alternatif 7upbetProdução pela USP e está no Bradesco desde 2019. Antes disso atuoulink alternatif 7upbetoutras instituições, incluindo Morgan Stanley e Citi.
Mestre e bacharellink alternatif 7upbetEconomia pela Universidadelink alternatif 7upbetBrasília (UnB) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Vivan é servidor do BC desde 1994 e atualmente chefia o Departamentolink alternatif 7upbetRegulação do Sistema Financeiro.
Correa é servidora do BC desde 2006 e atual secretárialink alternatif 7upbetIntegridade Pública da Controladoria-Geral da União. Graduadalink alternatif 7upbetadministração pública, ela foi pesquisadoralink alternatif 7upbetpós-doutorado na Universidadelink alternatif 7upbetOxford e tem doutoradolink alternatif 7upbetGoverno pela London School of Economics and Political Science.
Com a aprovação da autonomia do BC, sancionadalink alternatif 7upbet2021, os diretores do banco passaram a ter mandatos fixos, não coincidentes com o mandato do presidente da República.

Izabela Correa, Gilneu Astolfi e Nilton Schneider

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