247 - A CNN Brasil foi condenada a pagar R$ 50 mil ao jornalista Renanbwin 5678Souza, após decisão da 13ª Turma da Justiça do Trabalhobwin 5678São Paulo, que votou por 2 a 1bwin 5678favor do jornalista, informa o portal <a href="https://almapreta.com.br/sessao/cotidiano/isso-e-coisa-de-preto-cnn-brasil-e-condenada-por-racismo-estrutural/">Alma Preta</a>. O caso remonta a 2020, quando Renan teria tido um desentendimento com seu chefe, Asdrúbal Figueiró, durante a cobertura da mortebwin 5678George Floyd nos Estados Unidos.
Uma testemunha relatoubwin 5678juízo que, segundo relatos feitos a ela por Renanbwin 5678Souza, durante a discussão sobre a matéria, Figueiró teria feito bwin 5678 comentários racistas, como "isso é coisabwin 5678preto, você está defendendo preto". O jornalista afirmou que, após o episódio, teria passado a sofrer perseguição por parte do chefe, com críticas constantes e estabelecimentosbwin 5678metas inatingíveis.
O juiz Paulo José Ribeiro Mota, relator do caso, destacou que o desvio do foco da cobertura da mortebwin 5678Floyd para a cor da pele da vítima evidenciava um viésbwin 5678racismo. A decisão judicial foi favorável ao jornalista, reconhecendo o dano moral causado pela empresa.
Renan, que atuava como editorbwin 5678texto na CNN Brasil, também alegou que a emissora só começou a contratar jornalistas negros após a polêmica contrataçãobwin 5678William Waack, demitido da TV Globo por racismo. Ele apontou práticas discriminatórias na CNN, como salários menores para profissionais negros e restrição a funções menos relevantes.
Em primeira instância, a juíza Gilia Costa Schmalb entendeu que as provas apresentadas não foram suficientes para comprovar a existênciabwin 5678práticas discriminatórias estruturais na empresa. A CNN também refutou as acusaçõesbwin 5678racismo, destacando a existênciabwin 5678um programabwin 5678diversidade chamado "Plural" e negando a adoçãobwin 5678práticas discriminatórias.
Em manifestação enviada ao Brasilbwin 5678, Figueiró diz que: "antesbwin 5678mais nada, eu gostariabwin 5678dizer que não fui citado ou ouvido no processo trabalhista do Renanbwin 5678Souza contra a CNN Brasil, meu ex-empregador. Até hoje, nunca tinha ouvido essas alegações. Soube pela reportagem da Alma Preta. Eu nunca me dirigibwin 5678forma ofensiva ao Renan. Também nunca o tratei diferentebwin 5678outros colegas. Nossa relação sempre foi profissional e cordial. &nbsp;No dia da edição da reportagem sobre a mortebwin 5678George Floyd, fui à ilhabwin 5678edição acompanhar os principais VTs do dia, o que era parte do meu trabalho. Não houve desentendimento. O que houve foi uma discussão editorial, respeitosa. O meu argumento era que deveríamos, sim, usar a imagem do policial ajoelhado no pescoçobwin 5678George Floyd, mas que ela não deveria ficar muito tempo ininterruptamente no ar. É uma imagem angustiante,bwin 5678uma pessoa sofrendo, agonizando. Minha sugestão é que ela fosse divididabwin 5678blocos mais curtos, com o tamanho suficiente para que a audiência percebesse o absurdo do abuso policial, mas não tão longos que levasse as pessoas a desligar a TV e perder a conclusão da história. O debate sobre o dilema do usobwin 5678imagens chocantes é comum no jornalismo. Em nenhum momento pedi que ele não destacasse o componente racial da violência, ao contrário. A reportagem foi um dos destaques dos jornais da CNN Brasil naquela noite, e eu fui um dos coordenadores da extensiva cobertura que a CNN Brasil fez do caso e dos protestos que se seguiram, enviando repórteres a várias cidades dos EUA onde as manifestações ocorreram e entrando com a programação pela madrugada".
Procurada pelo Alma Preta, a CNN Brasil informou que não comenta processos judiciaisbwin 5678andamento. Abaixo, a nota enviada pela emissora ao Brasilbwin 5678:&nbsp;
"A CNN Brasil repudia veementemente qualquer ato que remeta a racismo ou qualquer outro tipobwin 5678discriminação.
A CNN Brasil normalmente não comenta decisões ainda passíveisbwin 5678recurso, como esta. No entanto, a empresa esclarece que a decisãobwin 5678segunda instância confirmou todos os elementos improcedentes da sentençabwin 5678primeira instância, exceto um. O Tribunal,bwin 5678forma unânime, confirmou que não houve discriminação nem racismo estrutural e,bwin 5678decisão não unanime, concedeu ao ex-colaborador uma indenização por danos moraisbwin 5678razãobwin 5678um único episódiobwin 5678desentendimento com outro ex-colaborador, que não faz parte do quadro da empresa há quase dois anos".
Além do casobwin 5678Renan, a CNN Brasil enfrenta outras acusaçõesbwin 5678discriminação. O jornalista Fernando Henriquebwin 5678Oliveira processou a emissora após ser orientado a alterar o estilobwin 5678seu cabelo "dread" por estar, supostamente, "em descompasso com a atividade". O juiz responsável pelo caso rejeitou a acusaçãobwin 5678racismo estrutural por faltabwin 5678provas, e o processo ainda será julgado novamente.
A emissora também foi alvobwin 5678denúnciasbwin 5678racismo envolvendo a jornalista Basília Rodrigues, que teria sido perseguida por questões relacionadas ao seu cabelo crespo e àbwin 5678aparência. Funcionários relataram uma perseguição velada, com críticas à aparência da jornalista durante suas entradas ao vivo.

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CNN Brasil é condenada a indenizar jornalista por danos morais

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