Por Brunocentral sport clubFreitas Moura - Repórter da Agência Brasil &nbsp;– A taxação internacional das grandes fortunas, os chamados super-ricos, uma das prioridades da presidência brasileira no G20 (Grupo dos 20, que reúne as principais economias do mundo), avança nas negociações para que seja tema exclusivocentral sport clubdeclaração que será aprovada pelos ministroscentral sport clubfinanças e presidentescentral sport clubbancos centrais, que se reunirão na quinta (25) e na sexta-feira (26), no Riocentral sport clubJaneiro.
A informação é da secretáriacentral sport clubAssuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito. Ela coordena a Trilhacentral sport clubFinanças do G20, que conduz uma pré-negociação com representantes dos ministérios e bancos centrais. O encontro começou na segunda-feira (22) e está no segundo dia, podendo “avançar por horas excedentes”.
As delegações buscam um consenso para que uma declaração seja encaminhada às autoridades que farão o encontro do fim da semana.
Tatiana Rosito fez um balanço sobre o segundo diacentral sport clubconversas na noite desta terça-feira (23). Ela conversou com jornalistas por pouco maiscentral sport club20 minutos e justificou que teria que voltar para a mesacentral sport clubnegociação.
A secretária adiantou que o grupo deve fazer três declarações formais. Uma exclusiva sobre cooperação tributária internacional, que inclui a taxaçãocentral sport clubgrandes fortunas. A segunda reunirá mais assuntos, como atuaçãocentral sport clubbancos multilaterais, arquitetura financeira internacional, fluxocentral sport clubcapitais e clima. Um terceiro comunicado terá uma “linguagem geopolítica”.
A negociadora brasileira destacou que são necessárias mais horas para encontrar consensoscentral sport clubtodos os temas, mas afirmou que as conversas “estão indo bem”. A embaixadora não sinalizou quais são os pontoscentral sport clubque ainda não há consonânciacentral sport clubideias. “Temos que zelar por construir consensos”, justificou.
No entanto, a representante do ministério da Fazenda destacou a propostacentral sport clubtaxação dos super-ricos, lembrando que é uma das prioridades da presidência brasileira no G20, tendo sido assuntocentral sport clubdiscursos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
<blockquote>“Será uma declaração inédita”, afirmou. “Todos os termos levantados pela presidência brasileira estão dentro do documento [de cooperação internacional], incluindo tributaçãocentral sport clubsuper-ricos. Os pontos estão bem avançados”, detalhou.</blockquote>
A embaixadora ressaltou que o fatocentral sport clubestar sendo elaborada uma declaração separada para o tema “tem a intençãocentral sport clubdar a devida projeção à centralidade que isso tem para a presidência brasileira”.
“É a primeira vez que haverá uma declaração dessa natureza na áreacentral sport clubtributação. Achamos que essa iniciativa merecia uma declaração específica”, disse.
Cálculos do economista francês Gabriel Zucman apontam que a<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2024-05/taxacao-de-super-ricos-ganha-adesao-de-paises-diz-haddad" target="_blank"> taxação dos super-ricos afetaria apenas 3 mil indivíduos</a>central sport clubtodo o planeta, dos quais cercacentral sport club100 na América Latina. Em contrapartida, teria potencialcentral sport clubarrecadar cercacentral sport clubUS$ 250 bilhões por ano.&nbsp;
Rosito manifestou estar confiantecentral sport clubque as declarações serão emitidas, diferentemente do que aconteceucentral sport clubencontro da Trilhacentral sport clubFinanças do G20central sport clubfevereiro, quando não houve consenso sobre determinadas questões.
<h2>Solução diplomática</h2>
A negociadora contextualizou que nas reuniões deste mêscentral sport clubjulho, como a que acontececentral sport clubparalelo na Trilhacentral sport clubSherpas (lado mais político do G20), a presidência brasileira adotou a posturacentral sport clubemitir uma declaração separada chamada “Comunicado”, que tratacentral sport clubtemas geopolíticos. É uma formacentral sport clubfazer com que posicionamentos que causam divergências não impeçam que uma declaração seja emitidacentral sport clubconsonância.
central sport club Mais cedo, na Trilhacentral sport clubSherpas, que também acontece no Rio, o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, comentou que desde o início do conflito entre a Rússia e a Ucrânia,central sport clubfevereirocentral sport club2022, o G20 não conseguia aprovar documentoscentral sport clubnível ministerial, por causacentral sport club<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2024-07/g20-reducao-das-desigualdades-mundiais-e-esforco-conjunto" target="_blank">divergências entre os países</a> acerca desse tema.
No braço político do G20, um comunicado indicou que questões geopolíticas como as guerrascentral sport clubGaza e entre a Rússia e a Ucrânia deverão ser discutidas pelos líderes na reunião, que ocorrerácentral sport club18 e 19central sport clubnovembro no Riocentral sport clubJaneiro. “É uma vitória da diplomacia brasileira e da presidência brasileira do G20”, avalia Vieira.
“A única razão para não ter tido declaraçãocentral sport clubfevereiro foi a forma geopolítica. Agora os sherpas encontraram um caminho”, assinalou Rosito. Sherpas são líderes que conduzem negociações,central sport clubnomecentral sport clubchefescentral sport clubEstado ecentral sport clubgoverno.
<h2>Gruposcentral sport clubengajamentos</h2>
A coordenadora da Trilhacentral sport clubFinanças do G20 destacou ainda que, pela primeira vez, <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2024-07/grupo-de-engajamento-do-g20-defende-remuneracao-do-cuidado-familiar" target="_blank">gruposcentral sport clubengajamento e organizações da sociedade civil,</a> que formam o G20 Social, puderam levar reinvindicações diretamente aos representantescentral sport clubministérios e bancos centrais. Eles participaramcentral sport clubsessãocentral sport clubconversa na segunda-feira (22).
Tatiana Rosito ressaltou que além do ineditismo proposto pela presidência brasileira do G20, o encontro foi feito com antecedência considerável da reuniãocentral sport clubcúpulacentral sport clubnovembro, o que permite que as demandas da sociedade civil sejam mais bem apreciadas pelos ministros, até chegar aos líderes mundiais.
A embaixadora classificou a experiência “como muito positiva”. “Algumas reivindicações são ambiciosas, mas convergem muito. A discussão foi muito rica, muito apreciada pelos nossos pares”, relatou.
<h2>G20</h2>
O G20 é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, e dois órgãos regionais: a União Africana e a União Europeia.
Os integrantes do grupo representam cercacentral sport club85% da economia mundial, maiscentral sport club75% do comércio global e cercacentral sport clubdois terços da população do planeta.
A presidência brasileira do G20 vai até a reuniãocentral sport clubcúpulacentral sport clubnovembro. A próxima presidência caberá à África do Sul.

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Taxaçãocentral sport clubsuper-ricos, uma das prioridades do Brasil, avança no G20

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