Agência Brasil - O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) determinou o aumentojogo mmo50% no efetivo da Força Nacionaljogo mmoSegurança Pública (FNSP) na Terra Indígena (TI) Tekoha Guasu Guavirá, localizada entre os municípiosjogo mmoGuaíra e Terra Roxa, no oeste do Paraná. A região é próxima à fronteira do Brasil com o Paraguai.Na noitejogo mmosexta-feira (3), quatro indígenas da comunidade Yvy Okaju (antigo Y’Hovy), do povo Avá-Guarani, foram feridos a tiros. As vítimas das armasjogo mmofogo são uma criança atingida na perna; um jovem alvejado nas costas; outro indígena ferido na perna e um quarto que teve o maxilar perfurado por um projétil.
O Ministério da Justiça afirma que as ações adotadas já restabeleceram a ordem na região. “As medidas preventivas estãojogo mmocurso para evitar a escaladajogo mmotensões.”
A FNSP teria sido informada do novo ataque à comunidade indígena por voltajogo mmo21h da sexta-feira, o que motivou, no sábado, o reforço do efetivo anunciado pelo MJSP.
Em novembro passado, <a href="https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-mjsp-n-812-de-21-de-novembro-de-2024-597105626">a Portaria nº 812, do Ministério da Justiça</a>, já havia autorizado, por 90 dias, o emprego da Força Nacionaljogo mmoSegurança Públicajogo mmoapoio à Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) na terra indígena.
Atuações
Diante do riscojogo mmonovos ataques, equipesjogo mmoprontidão e sobreaviso foram acionadas para intensificar o patrulhamento na área a fimjogo mmoreforçar a segurança e auxiliar na realocaçãojogo mmomoradores para áreas mais protegidas dentro da aldeia. “A situação permanece sob vigilância contínua pelas forçasjogo mmosegurança, com reforços programados para garantir a proteção da comunidade e mitigar novos riscos”, afirmou,jogo mmonota, o Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A Superintendência da Polícia Federal do Paraná conduz as investigaçõesjogo mmoGuaíra para identificar os autores dos disparos.
Também sob coordenação da Polícia Federal, a Força Nacionaljogo mmoSegurança Pública está contribuindo para o policiamento ostensivo,jogo mmoconjunto com a Polícia Militar do estado do Paraná. As açõesjogo mmosegurança pretendem evitar novos incidentes. “Todas as ações estão sendo conduzidas com máxima prioridade para evitar a repetiçãojogo mmoepisódiosjogo mmoviolência”, afirma o ministério.
Já a Guarda Municipal e a Funai acompanham a situação dos indígenas feridos, que foram encaminhados à Unidadejogo mmoPronto-Atendimento (UPA)jogo mmoGuaíra e ao Hospital Bom Jesusjogo mmoToledo (PR), a 100 quilômetros do local dos disparos com armajogo mmofogo.
Críticas
Apesarjogo mmoa atuação da Força Nacionaljogo mmoSegurança Pública ter o objetivojogo mmopreservar a segurança das pessoas, a integridade do patrimônio e garantir a ordem pública local, o desempenho do efetivo no conflito tem sido criticado por entidades representantesjogo mmopovos indígenas.
Em nota conjunta, divulgada neste sábado (4), a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a Comissão Guarani Yvyrupa (CGY), a Articulação dos Povos Indígenas do Sul do Brasil (Arpin Sul), a Articulação dos Povos Indígenas do Sudeste (Arpin Sudeste) e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) avaliam que a Força Nacional age como se nada estivesse ocorrendo na região. “Ao ser permanentemente acionada pela comunidade ou inclusive por instâncias do governo federal, relativiza as denúncias e chega sempre atrasada, depois que os indígenas já foram agredidos.”
A reportagem da Agência Brasil aguarda o posicionamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública sobre as críticas ao desempenho da Força Nacional nos recentes episódiosjogo mmoviolência na terra indígena.
O Conselho Indigenista Missionário (Cimi), vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), tem denunciado o acirramento dos conflitos na região, no momento que a comunidade aguarda a conclusão da demarcação da Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá.De acordo com a entidade, desde 29jogo mmodezembro, o povo Avá-Guarani tem sido alvojogo mmodisparosjogo mmoarmajogo mmofogo, lançamentojogo mmobombas contra a aldeia, além do ateamentojogo mmofogo na vegetação,jogo mmoplantações ejogo mmomoradias da terra indígena.
Há uma semana, imagensjogo mmosucessivos ataques sofridos pelos indígenas da região oeste do Paraná circulamjogo mmoredes sociais.

Camila França

Na noitejogo mmosexta-feira (3), quatro indígenas da comunidade Yvy Okaju (antigo Y’Hovy), do povo Avá-Guarani, foram feridos a tiros

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Efetivo da Força Nacional é reforçado no PR após ataques a indígenas

247 - A Força Nacional foi mobilizada para a Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá, na regiãojogo mmoGuaíra, oeste do Paraná, após uma sériejogo mmoataques que deixaram seis indígenas do povo Avá-Guarani feridos desde 29jogo mmodezembro. A convocação,jogo mmoaordo com reportagem do <a href="https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2025/01/04/forca-nacional-e-chamada-apos-ataques-deixarem-6-indigenas-feridos-no-pr.htm">Uol</a>, ocorreu a pedido do Ministério dos Povos Indígenas, que,jogo mmonota divulgada neste sábado (4), afirmou: "Condenamos os atosjogo mmoviolência contra o povo Avá-Guarani, ocorridos desde o fimjogo mmodezembrojogo mmo2024, na Terra Indígena Tekoha Guasu Guavirá".
O órgão também destacou que acompanha a situação e reforçou a necessidadejogo mmomedidas para garantir a segurança da comunidade, que há décadas luta pela demarcaçãojogo mmoseu território. Atualmente, a regularização da TI Tekoha Guasu Guavirá está paralisada devido a uma decisão judicial baseada na tese do marco temporal.
Desde novembrojogo mmo2024, os Avá-Guarani alertavam sobre possíveis ataques. Durante encontros realizados nos dias 23 e 24 daquele mês, líderes da comunidade informaram às autoridades que pistoleiros ligados ao agronegócio planejavam ações violentas para o período do Natal. No entanto, o reforço na segurança chegou apenas após os ataques serem concretizados.
De acordo com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), "pistoleiros mascarados e armados" têm atuado na área, queimando barracos, disparando armasjogo mmofogo e lançando bombas contra os indígenas. "A Força Nacional chega sempre atrasada", criticou a entidade, ressaltando que muitos dos ataques foram anunciados nas redes sociais pelos próprios autores e poderiam ter sido evitados. Em um dos casos, a comunidade ficou cercada por horas sem intervenção das autoridades.
A violência escalou nos últimos dias. Na sexta-feira (3), quatro pessoas ficaram feridasjogo mmoum ataque noturno. Entre as vítimas, uma criançajogo mmo4 anos foi atingida na perna, e um jovem sofreu ferimentos nas costas. Outro indígena foi baleado no maxilar. Já na terça-feira (31), criminosos lançaram rojões e atearam fogo à terra indígena, ferindo um indígena no braço com disparojogo mmoarmajogo mmofogo.
No dia anterior, outro ataque deixou um indígena com queimaduras no pescoço. Relatos indicam que mesmo após a presença da Polícia Federal, peritos encontraram 14 cápsulasjogo mmobalas calibre 38 na área, mas os ataques recomeçaram logo após a saída da equipe.
A Apib também informou que, no último dia (29), invasores incendiaram plantações e barracos na terra indígena, enquanto armasjogo mmofogo e bombas foram usadas para intimidar os moradores. Esses episódios se somam a outros registrados desde julho, quando os Avá-Guarani começaram a relatar a presença constantejogo mmomilícias armadas na região.
Históricojogo mmoluta pela terra
Os Avá-Guarani enfrentam há décadas a disputa por seu território. Invadido nos anos 1930, o Tekoha Guasu Guavirá passou a ser retomado pela comunidade a partir do final da décadajogo mmo1990. Contudo, a demarcação permanece travada, agravando a vulnerabilidade do povo indígena. Em 2023, a comunidade já havia sido alvojogo mmoataques semelhantes, incluindo disparosjogo mmoarmasjogo mmofogo e açõesjogo mmotortura contra animais.
O Ministério da Justiça, responsável pela atuação da Força Nacional, ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso. A mobilização busca conter os conflitos e garantir a segurança da comunidade, mas lideranças indígenas e organizaçõesjogo mmodefesa dos povos originários criticam o atraso na resposta das autoridades.

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Força Nacional é enviada ao Paraná após ataques deixarem 6 indígenas feridos

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