247 - Com a conclusão das eleições municipais, o cientista político e diretor da Quaest, Felipe Nunes, oferece uma visão estratégica do cenário político para 2026. Em entrevista ao <a href="https://oglobo.globo.com/politica/eleicoes-2024/noticia/2024/10/28/entrevista-com-emendas-e-fundo-reeleicoes-e-baixa-renovacao-devem-se-repetir-em-2026-preve-cientista-politico-felipe-nunes.ghtml">O Globo</a>, Nunes afirma que, diferentemente do que muitos acreditam, o presidente Lula (PT) não precisava obter grandes vitórias para garantir1xbetsposição nas próximas eleições presidenciais. "Lula não precisava ganhar ou perder este ano para ser forte1xbets2026", destacou, mencionando o histórico1xbetsque eleições municipais pouco refletem nas presidenciais. No entanto, ele alerta que, para a governabilidade do atual mandato, a sucessão1xbetsArthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara dos Deputados se mostra crucial. “O Lula vai ter que se meter se não quiser ficar sem governabilidade nos últimos dois anos".
A análise1xbetsNunes também enfatiza a complexidade da eleição1xbets2026, na qual as emendas parlamentares e um fundo eleitoral substancial são determinantes para a baixa renovação no Congresso. De acordo com o diretor da Quaest, o poder das emendas aumentou exponencialmente nos últimos ciclos eleitorais, consolidando o peso dos prefeitos reeleitos como cabos eleitorais dos parlamentares federais. “Se o mecanismo das emendas se mantiver, teremos alto padrão1xbetsreeleição parlamentar e baixa renovação1xbets2026”, analisa.
Cenário partidário e o fortalecimento do Centrão - Os resultados das eleições municipais mostram um fortalecimento dos partidos do Centrão, o que, segundo Nunes, levará a um aumento nas fusões e federações partidárias para sobreviver à cláusula1xbetsbarreira1xbets2026. Esse cenário já era esperado como consequência da reforma eleitoral1xbets2017, que visava reduzir o número1xbetslegendas. No entanto, a aposta desses partidos1xbetscandidaturas majoritárias à presidência segue incerta devido ao peso ainda marcante da polarização entre PT e PL. “Existe a força do voto1xbetsopinião, e esse sim é muito mobilizado pela polarização ainda”, afirma Nunes, que considera o Congresso como o centro do poder político e econômico no país.
A sucessão1xbetsArthur Lira na Câmara, prevista para fevereiro1xbets2025, é ponto1xbetsdestaque para Nunes. O próximo presidente da Câmara será essencial para direcionar as emendas e decidir as pautas que dominarão o Congresso, exercendo influência direta sobre os últimos dois anos1xbetsLula. A possibilidade1xbetsLula evitar interferir nessa disputa não parece viável, na opinião1xbetsNunes, que aponta que o presidente precisará agir para garantir governabilidade: “Lula sabe como foi difícil governar com Arthur Lira".
Desafios para a esquerda e a busca por novas lideranças - Apesar1xbetsum leve crescimento1xbetsprefeituras, a esquerda não alcançou o desempenho esperado1xbets2024, o que traz desafios para o campo progressista. Nunes acredita que é necessário formar lideranças que dialoguem com a realidade atual da sociedade,1xbetsque temas como meritocracia, empreendedorismo e valores familiares possuem peso crescente. Além disso, ele sugere uma atenção especial ao eleitorado feminino, que tem desempenhado papel decisivo1xbetsdisputas acirradas.&nbsp;
Entre as figuras com potencial1xbetsliderança, Nunes menciona o prefeito1xbetsRecife, João Campos (PSB), e o prefeito do Rio1xbetsJaneiro, Eduardo Paes (PSD). Ambos se destacaram por1xbetshabilidade1xbetsconectar-se com diferentes vertentes políticas, revelando traços1xbetscarisma e empatia que, na visão do cientista político, são atributos essenciais para conquistar o eleitorado. “Campos e Paes serão lembrados pelo eleitor por1xbetspersonalidade, empatia e carisma mais do que por suas propostas,” observa Nunes, enfatizando a importância1xbetspersonalidades marcantes na política brasileira.
Bolsonaro, Boulos e a reconfiguração da direita - Por outro lado, a direita enfrenta um cenário1xbetsfragmentação. Nomes apoiados por Jair Bolsonaro sofreram derrotas significativas nas capitais, abrindo espaço para uma nova liderança emergente: o governador1xbetsSão Paulo, Tarcísio1xbetsFreitas (Republicanos). Segundo Nunes, a força1xbetsTarcísio o coloca como o principal representante do campo conservador, mas isso também indica uma divisão entre a direita tradicional e a direita bolsonarista. O PSD, liderado por Gilberto Kassab, também ganha destaque como moderador nesse campo, apoiando tanto candidaturas locais quanto o governo federal.
Guilherme Boulos (Psol), que teve um desempenho sólido1xbetsSão Paulo, também reconfigura1xbetsimagem, movendo-se1xbetsdireção a um posicionamento mais moderado. Para Nunes, Boulos consolidou-se como uma figura carismática da esquerda, mas precisará1xbetsmais tempo para converter essa imagem1xbetscapital eleitoral.
Pablo Marçal e a dinâmica interna da direita - Além1xbetsTarcísio e do PSD, outro elemento novo para a direita é Pablo Marçal, que teve alta visibilidade1xbets2024 e mostrou apelo com a juventude e os setores mais precarizados. A ascensão1xbetsMarçal, segundo Nunes, representa um desafio que a direita moderada precisará enfrentar, pois ele possui potencial1xbets"dinamitar" o bloco conservador, complicando o cenário para 2026.
Em resumo, Nunes aponta que tanto Lula quanto a oposição terão que trabalhar ativamente para consolidar suas bases e ampliar seu alcance. Enquanto Lula deve agir para assegurar uma base1xbetsapoio estável no Congresso, a direita precisa encontrar uma forma1xbetsmanter1xbetsunidade para não enfraquecer suas chances1xbets2026.

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"Lula não precisava ganhar ou perder este ano para ser forte1xbets2026", diz diretor da Quaest

247 – O cientista político e estatístico Felipe Nunes,1xbets<a href="https://valor.globo.com/politica/eleicoes-2024/noticia/2024/08/30/marcal-combina-collor-com-bolsonaro-diz-felipe-nunes.ghtml">entrevista</a> ao jornal Valor, analisa que o candidato do PRTB a prefeito1xbetsSão Paulo, Pablo Marçal, combina características dos ex-presidentes Fernando Collor e Jair Bolsonaro. Marçal, influenciador digital, tem conquistado rapidamente o eleitorado radicalizado1xbetsdireita, composto predominantemente por homens,1xbetsrenda média e1xbetsgrande parte evangélicos, conforme aponta Nunes, sócio-fundador da empresa1xbetspesquisas Quaest. Essa análise é parte1xbetsuma rodada1xbetslevantamento1xbetsintenções1xbetsvoto realizada pela Quaest1xbetstodas as capitais brasileiras, que foi concluída nesta semana.
De acordo com Nunes, Marçal transcende as expectativas ao incorporar um formato que mistura política e entretenimento, empregando estratégias1xbetscomunicação através1xbetsvídeos curtos nas redes sociais. Essa abordagem faz lembrar Collor por1xbetsimagem1xbetsjovem bem-sucedido e "outsider" na política, enquanto1xbetsBolsonaro ele emula a combatividade no trato com adversários, transmitindo uma sensação1xbetsautenticidade. Porém, a forma1xbetscomunicação1xbetsMarçal tem se mostrado mais relevante que o conteúdo1xbetssuas mensagens.
Nunes destaca que nas últimas semanas, Marçal ampliou1xbetspresença1xbetssegmentos do eleitorado onde antes tinha pouca expressão, como entre adultos1xbets34 a 59 anos. Contudo, suas vulnerabilidades residem no eleitorado feminino e nos votantes1xbetsbaixa renda. A estratégia1xbetsMarçal enfrentará novos desafios com o início do horário eleitoral gratuito no rádio e na televisão, do qual ele está excluído devido à posição1xbetsseu partido, que não superou a cláusula1xbetsbarreira1xbets2022.
Esta eleição municipal1xbetsSão Paulo servirá como um teste definitivo sobre a influência da presença televisiva1xbetscampanhas políticas, segundo Nunes. Ele também aponta que a polarização observada nas eleições presidenciais entre Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro se reflete nas disputas municipais deste ano, indicando uma continuação dessa dinâmica nas preferências eleitorais.

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"Lula não precisava ganhar ou perder este ano para ser forte1xbets2026", diz diretor da Quaest

Felipe Nunes, da Quaest, vê1xbetsMarçal elementos1xbetsCollor e Bolsonaro