Reuters - Uma emergência alimentar está se instalandocsa de apostabairros pobres da Argentina, com a desnutrição crescendo e médicos tratando crianças com doenças oculares, e até mesmo escorbuto, associadas a uma dieta deficientecsa de apostavitaminas.
Anoscsa de apostarecessões e alta inflação deixaram mais da metade da população argentina na pobreza, incluindo cercacsa de apostasetecsa de apostacada dez crianças.
A insegurança alimentar aumentou drasticamente nos últimos anos e agora está sendo agravada por uma dura campanhacsa de apostaausteridade sob o comando do presidente Javier Milei, cujo novo governo cortou bilhõescsa de apostadólarescsa de apostagastos como partecsa de apostaum planocsa de aposta"déficit zero" sob a promessacsa de apostarecuperar a economia.
Dados oficiais da semana passada mostraram que a pobreza atingiu 53% no primeiro semestre do ano,csa de apostacomparação com cercacsa de aposta42% no final do ano passado. Cercacsa de aposta18% das pessoas estãocsa de apostaextrema pobreza, o que significa que a renda familiar não cobre o custo da cesta básicacsa de apostaalimentos.
"Há momentoscsa de apostaque não tenho comida suficiente para alimentar (meus filhos)", disse Silvina Rizo, mãecsa de apostatrês filhoscsa de apostauma comunidade nos arredorescsa de apostaSalta, no norte montanhoso da Argentina.
Rizo disse que agora cozinha com lenha porque não tem dinheiro para comprar gás para o fogão. A filha mais nova tem pavor do vento e da chuva que sacodem o telhadocsa de apostalata e as paredes feitascsa de apostasacos plásticos.
"Quando chove, o bairro inunda. Mas para onde eu vou?", disse Rizo. "Não tenho para onde ir com meus filhos. O aluguel é muito caro."
O númerocsa de apostaargentinos que enfrentam insegurança alimentar moderada a grave quase dobrou para 36% nos últimos sete anos, segundo um relatório da ONU neste ano. Um milhão e meiocsa de apostacrianças perdem uma refeição por dia e estão comendo menos alimentos nutritivos, como carnes e vegetais, que se tornaram mais caros.
"Estamos vendo casoscsa de apostaescorbuto, casoscsa de apostalesões oculares devido à deficiênciacsa de apostavitamina A, com lesões na córnea", disse Norma Piazza, pediatra especializadacsa de apostanutrição.
"Essas coisas existiam na América Central, na África e na Ásia, mas nunca tínhamos visto pacientes aqui com lesões oculares devido à faltacsa de apostavitamina A."
Piazza disse que algumas crianças estão sendo internadas com problemas neurológicos e convulsõescsa de apostaque a única patologia é a deficiênciacsa de apostavitaminas como a B12, indicando a faltacsa de apostacarnecsa de apostaum país que há muito se orgulhacsa de apostaseu rebanho bovino.
O governocsa de apostaMilei, que assumiu o podercsa de apostadezembrocsa de aposta2023, reconheceu uma "emergência alimentar". Buenos Aires diz que respondeu com pagamentos maiorescsa de apostacertos subsídios sociais, como o abono universal para crianças e cartõescsa de apostaalimentação.

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América Latina

Emergência alimentar se instalacsa de apostabairros atingidos por pobreza na Argentina

247 - Nos primeiros seis meses do mandato do presidente ultradireitista Javier Milei, a pobreza e a indigência aumentaram significativamente na Argentina, conforme estimativas do Observatório da Dívida Social Argentina da Universidade Católica Argentina (ODSA-UCA). De acordo com os dados, 55,5% da população vive atualmente na pobreza, enquanto 17,5% se encontramcsa de apostasituaçãocsa de apostaindigência, informa a <a href="https://redeargentina.com.br/2024/09/05/pobreza-sobe-14-pontos-no-primeiro-semestre-e-atinge-555-dos-argentinos-diz-uca/">Rede Argentina</a>.
Quando o governocsa de apostaAlberto Fernández chegou ao fim,csa de aposta10csa de apostadezembrocsa de aposta2023, o índicecsa de apostapobreza estavacsa de aposta41,7%, com 11,9% da populaçãocsa de apostasituaçãocsa de apostaindigência, segundo o Instituto Nacionalcsa de apostaEstatísticas e Censos (Indec). Durante o primeiro semestre deste ano, a inflação acumulada chegou a 79,8%, com novos índicescsa de apostapobreza esperados para serem divulgados pelo Indec no finalcsa de apostasetembro.
Segundo a UCA, aproximadamente 24,9 milhõescsa de apostapessoas nas áreas urbanas do país estãocsa de apostasituaçãocsa de apostapobreza, incapazescsa de apostaarcar com os custos da Cesta Básica Total, quecsa de apostajunho alcançou o valorcsa de aposta873.168 pesos argentinos (cercacsa de apostaUS$ 624 à taxacsa de apostacâmbio livre). O valor da cesta registrou um aumentocsa de aposta76,1% no primeiro semestre, pressionando ainda mais a renda das famílias.
O relatório também destaca que 7,8 milhõescsa de apostaargentinos estãocsa de apostasituaçãocsa de apostaextrema pobreza, ou indigência, abaixo da linha da Cesta Básicacsa de apostaAlimentos, cujo valorcsa de apostajunho foicsa de aposta393.319 pesos (US$ 280). A cesta registrou um aumentocsa de aposta63,4% no mesmo período.
Para o diretor da ODSA-UCA, Agustín Salvia, a situaçãocsa de apostapobreza na Argentina é estrutural e não deve melhorar sem um aumento significativo na produtividade e na criaçãocsa de apostaempregos. "Se não houver aumento da produtividade e do emprego, não podemos pensarcsa de apostauma redução desses níveis", afirmou Salvia.
O estudo também revelou que a insegurança alimentar afeta 24,7% das pessoas nas áreas urbanas pesquisadas, 20,8% das famílias e impressionantes 32,2% das crianças e adolescentes, indicando um cenário alarmante que requer atenção urgente do governo e da sociedade.

Pessoascsa de apostasituaçãocsa de apostapobreza na Argentina

Sob Milei, Argentina tem 55,5% da populaçãocsa de apostasituaçãocsa de apostapobreza

<a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/08/27/pobreza-extrema-cai-40-mas-abismo-para-super-ricos-aumenta-no-brasil">Brasilcsa de apostaFato</a> - O aquecimento da economia nacional no período entre 2022 para 2023 – fim do governocsa de apostaJair Bolsonaro (PL) e início do governocsa de apostaLuiz Inácio Lula da Silva (PT) – levou à <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/07/31/taxa-de-desemprego-e-a-menor-desde-2015-e-numero-de-pessoas-trabalhando-no-brasil-bate-recorde" target="_blank">queda no desemprego no país</a>, ao aumento do rendimento dos trabalhadores e à <a href="https://www.brasildefato.com.br/2023/08/30/mais-de-7-5-milhoes-vivem-com-menos-de-r-150-por-mes-no-pais-mostra-observatorio-das-desigualdades" target="_blank">redução da extrema pobreza</a>. Apesar disso, a concentraçãocsa de apostarenda aumentou.
Isso é o que mostram dados compilados <a href="https://www.brasildefato.com.br/2023/08/30/mais-de-7-5-milhoes-vivem-com-menos-de-r-150-por-mes-no-pais-mostra-observatorio-das-desigualdades" target="_blank">Observatório Brasileiro das Desigualdades</a> divulgados nesta terça-feira (27). O observatório é uma iniciativa da <a href="https://www.brasildefato.com.br/2023/08/30/mais-de-7-5-milhoes-vivem-com-menos-de-r-150-por-mes-no-pais-mostra-observatorio-das-desigualdades" target="_blank">Ação Brasileiracsa de apostaCombate às Desigualdades (ABCD)</a>, criada no ano passado. A ação tem apoiocsa de apostaorganizações sociais, associaçõescsa de apostamunicípios, centrais sindicais, entidadescsa de apostaclasse, instâncias governamentais e do Judiciário.
Em 2023, pela primeira vez, o observatório apresentou um compilado sobre 42 indicadores que ajudam a medir a desigualdade no Brasil. Neste ano, esse monitoramento foi atualizado e apontou mais melhoras que pioras.
Dos 42 indicados monitorados, 19 tiveram melhora – 44% do total; 21% deles pioraram; e 14% tiveram um desempenho neutro. Outros 21% –ou seja, 9 dos 42 indicadores – não puderam ser atualizados pois não haviam dados disponíveis.
De acordo com o observatório, houve quedacsa de aposta<a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/04/24/pobreza-e-extrema-pobreza-atingem-menores-patamares-no-brasil-desde-2012-diz-estudo" target="_blank">40% na proporçãocsa de apostapessoascsa de apostasituaçãocsa de apostaextrema pobreza</a>csa de aposta2022 para 2023. O estudo cita dados do <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/04/24/pobreza-e-extrema-pobreza-atingem-menores-patamares-no-brasil-desde-2012-diz-estudo" target="_blank">Instituto Brasileirocsa de apostaGeografia e Estatística (IBGE)</a>, que considera extremamente pobres pessoas com rendacsa de apostaaté R$ 105 por mêscsa de aposta2022 e até R$ 109csa de aposta2023.
A queda da pobreza entre mulheres negras foi ainda maior: 45,2%.
O observatório também apontou uma <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/07/31/taxa-de-desemprego-e-a-menor-desde-2015-e-numero-de-pessoas-trabalhando-no-brasil-bate-recorde" target="_blank">reduçãocsa de apostacercacsa de aposta20% do desemprego no país </a>de 2022 para 2023, também usando dados do IBGE. O instituto ainda mediu um aumentocsa de apostacercacsa de aposta8,3% dos ganhos dos trabalhadores, o que também é citado pelo observatório.
O ganho foi maior para mulheres do que para homens: 9,6% contra 7,7%.
Apesar disso, a desigualdadecsa de apostarenda subiu ligeiramente no Brasil. Em 2022, o 1% mais rico da população tinha rendimento 30,2 vezes maior do que os 50% mais pobres. Em 2023, o rendimento dos mais ricos subiu para 31,2 vezes o dos mais pobres. “É uma desigualdade muito grande”, afirmou o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, coordenador do Fórum das Centrais Sindicais e um dos colaboradores do observatório,csa de apostaentrevista ao <a href="https://www.youtube.com/live/xGFrRj8HABU?t=423s" target="_blank">Central do Brasil,</a> produzido pelo Brasilcsa de apostaFato.
Segundo ele, as desigualdades no Brasil são um problema estrutural,csa de apostadifícil enfrentamento. “Por outro lado, já se observa que,csa de aposta2023, frutocsa de apostapolíticas públicas importantes especialmente no âmbito federal, houve um impacto na redução da desigualdade”, acrescentou.
Outras áreas
Na educação e saúde, cresceu 12,3% a proporçãocsa de apostamulheres negrascsa de aposta18 a 24 anos no Ensino Superior, segundo o IBGE. Além disso, houve uma reduçãocsa de aposta14% das mães com até 19 anos que deram à luz a filhos vivos,csa de apostaacordo com o Sistemacsa de apostaInformações sobre Nascidos Vivos (Sinasc).
Já na área ambiental, houve quedacsa de aposta13,1% no desmatamentocsa de apostaáreas indígenas ecsa de apostaconservação. A queda foi mais expressiva no Norte: 46,4%. O dado é do Institutocsa de apostaReferência Negra Peregum.
Pioras
Em compensação, houve aumento da desnutrição entre <a href="https://www.brasildefato.com.br/2020/09/08/estudo-avalia-impacto-de-alimentos-processados-para-a-saude-indigena" target="_blank">crianças indígenas</a> entre 2022 e 2023, algo que segundo o Observatório da Desigualdade chama atenção para uma “crise emergente". “Entre as possíveis causas dessa piora estão a seja por questões geográficas como também pelo racismo estrutural, que invisibiliza pessoas indígenascsa de apostacontextos urbanos e impõe barreirascsa de apostaacesso aos serviços”, diz o relatório da entidade.
Houve também aumentocsa de aposta5% da mortalidade infantil entre 2021 e 2022, e aumentocsa de aposta22%csa de apostamortes por causas evitáveis no mesmo período.
O relatório do observatório informa ainda que,csa de aposta2019 a 2022, o déficit habitacional cresceu, chegando a 6,4 milhõescsa de apostaresidências. Já as <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/01/16/mercado-de-carbono-saida-para-a-crise-climatica-ou-licenca-para-poluir" target="_blank">emissõescsa de apostacarbono</a>, que causam o efeito estufa, cresceram 30% no mesmo período.
“Sobre o déficit habitacional, são dados até 2022 que mostram que houve um aumento. Provavelmente, quando nós tivermos a atualização desses indicadores, nós observaremos que a políticacsa de apostaretomada do Minha Casa Minha Vida terá um impactocsa de apostaredução”, ponderou Ganz Lúcio.

Economia

Pobreza extrema cai 40%, mas abismo para super-ricos aumenta no Brasil

247 - Entre 2022 e 2023, 9,6 milhõescsa de apostabrasileiros saíram da condiçãocsa de apostaextrema pobreza, reduzindo pela metade o númerocsa de apostapessoas nessa situaçãocsa de apostacomparação a 2021, quando 19,2 milhões viviam nessa condição. Esses dados foram divulgados pelo Instituto Brasileirocsa de apostaEconomia da Fundação Getulio Vargas (FGV IBRE), com base na Pesquisa Nacional por Amostracsa de apostaDomicílios Contínua (2012-2023).
“O resultado reflete a implementaçãocsa de apostaum amplo conjuntocsa de apostapolíticas e programas sociais no Brasil, aliados à retomada do crescimento da economia, com geraçãocsa de apostaemprego e renda e valorização do salário mínimo”, comentou o ministro Wellington Dias.
A redução da extrema pobreza ocorreucsa de apostatodo o país, mas foi no Nordeste que os resultados mais expressivos foram observados. Das 9,6 milhõescsa de apostapessoas que saíram dessa condição, 4,8 milhões estavam na região, representando metade do total nacional. Além disso, 5,4 milhõescsa de apostanordestinos saíram da situaçãocsa de apostapobreza nos últimos dois anos.
Para contextualizar,csa de aposta2021, a soma das populaçõescsa de apostasituaçãocsa de apostapobreza e extrema pobrezacsa de apostaAlagoas, Pernambuco e Maranhão superava 60,5%. Nos nove estados nordestinos, 33 milhõescsa de apostapessoas estavam na linhacsa de apostapobreza e outras 10 milhões viviamcsa de apostaextrema pobreza.
O relançamento do Programa Bolsa Famíliacsa de apostamarçocsa de aposta2023 foi um marco na políticacsa de apostatransferênciacsa de apostarenda do país. Com a manutenção do valor mínimocsa de apostaR$600 e a inclusãocsa de apostanovos benefícios conforme a composição familiar, o valor médio do benefício aumentou, gerando impactos significativos nos indicadorescsa de apostapobreza monetária.
Ao finalcsa de aposta2023, cercacsa de aposta18 milhõescsa de apostapessoas haviam saído da pobreza, uma reduçãocsa de apostaquase 23%csa de apostadois anos. Segundo a FGV IBRE, são consideradas na linhacsa de apostapobreza pessoas com rendimento domiciliar per capita abaixocsa de apostaR$ 667 mensais, enquanto aquelascsa de apostaextrema pobreza vivem com menoscsa de apostaR$ 209 mensais per capita.
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Efeito Lula: 9,6 milhõescsa de apostapessoas saíram da condiçãocsa de apostaextrema pobrezacsa de aposta2023, diz pesquisa

247 - A extrema pobreza no Brasil foi reduzida pela metade nos últimos dois anos, devidocsa de apostagrande parte à recuperação econômica, segundo o Centrocsa de apostaEstudos para o Desenvolvimento do Nordeste do FGV IBRE.&nbsp;
Em 2021, cercacsa de aposta19,2 milhõescsa de apostabrasileiros viviam com menoscsa de apostaR$ 209 por mês, representando quase 10% da população. Esse número caiu 50%, reduzindo para 9,67 milhõescsa de apostapessoascsa de aposta2023.
O estudo aponta que diversos fatores contribuíram para essa diminuição, sendo o principal deles as políticascsa de apostatransferênciacsa de apostarenda, como o Auxílio Emergencial e o aumento no Bolsa Família. Além disso, a valorização do salário mínimo, a recuperação econômica, o retorno do turismo e um período com chuvas mais regulares também tiveram um impacto significativo.&nbsp;
Metade dos brasileiros que saíram da extrema pobreza nesse período vive no Nordeste.Os estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco lideraram a redução da extrema pobreza na região, com quedascsa de aposta56,9%, 55,1% e 51,7%, respectivamente. Apesar do progresso, o Nordeste ainda possui maiscsa de apostacinco milhões e meiocsa de apostapessoascsa de apostaextrema pobreza, representando 9% da população local.&nbsp;
O estudo também mostrou uma queda na pobrezacsa de apostageral,csa de aposta22,9%, com o númerocsa de apostapessoas vivendo com até R$ 667 por mês caindocsa de aposta78,38 milhõescsa de aposta2021 para 60,4 milhõescsa de aposta2023. O Nordeste novamente se destacou, com maiscsa de aposta5,4 milhõescsa de apostapessoas saindo da linha da pobreza. (Com informações da <a href="https://cultura.uol.com.br/noticias/67283_extrema-pobreza-recua-pela-metade-no-brasil-nos-ultimos-dois-anos-segundo-estudo.html">TV Cultura</a>).&nbsp;

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