247 - As eleições presidenciais chilenas, previstas para novembro deste ano, possivelmente consolidarão uma mudança significativa no cenário político do país, com uma guinada para a direita ou até para a extrema direita. É o que avalia Lucas Berti, jornalista especializadogg casinopolítica latino-americana e um dos criadores do <a href="https://girolatino.substack.com">Giro Latino</a>. Em entrevista à TVgg casino [veja completa no vídeo no fim da matéria], Berti destacou o contexto sociopolítico que favorece o fortalecimentogg casinoforças conservadoras no Chile e o desgaste enfrentado pelo governogg casinoGabriel Boric, presidentegg casinoesquerda eleitogg casino2021.
"A menos que alguma coisa muito drástica aconteça, dificilmente a gente não vai ver o Chile migrando pra direita. Resta a gente ver se vai migrar para a direita ou para a extrema direita", afirmou Berti, apontando José Antonio Kast, líder da direita reacionária chilena, como um dos principais nomes para a disputa presidencial. Kast, quegg casino2021 foi derrotado por Boric no segundo turno, relativiza os crimes da ditaduragg casinoAugusto Pinochet e ganhou forçagg casinomeio a uma ondagg casinoinsegurança e insatisfação social.
DE PROMESSAS DE MUDANÇA À CRISE DE GOVERNABILIDADE - O Chile que elegeu Boric parecia inclinado a romper com o legado da ditadura pinochetista. Movimentos populares viabilizaram uma constituinte para substituir a Constituição herdada do regime militar, e a escolhagg casinoBoric, um jovem líder oriundogg casinomovimentos estudantis, reforçou a expectativagg casinomudanças estruturais. No entanto, o cenário mudou nos últimos anos.
Berti aponta que a pandemia e questões internas desgastaram a gestão Boric. "O próprio Boric se desgastou muito com os movimentos sociais e indígenas, porque criticam muito a militarização impostagg casinoregiões do sul, que estão convulsionadas", explicou. Ao mesmo tempo, a crescente percepçãogg casinoinsegurança entre os chilenos abriu espaço para a retórica conservadora. "gg casino Maisgg casino90% dos chilenos já associam a entradagg casinoestrangeiros à alta da violência, segundo pesquisas. Isso faz com que o voto acabe migrando um pouco para a direita. E esse é o grande desafio dos governistas no Chile hoje", completou.
INDEFINIÇÃO NA ESQUERDA - Enquanto candidatosgg casinodireita e extrema direita, como Kast, aparecemgg casinovantagem nas pesquisas, a esquerda enfrenta um momentogg casinoincerteza. Gabriel Boric, pelas regras eleitorais chilenas, não pode disputar a reeleiçãogg casinoforma consecutiva, e a ex-presidenta Michelle Bachelet, vista como um nome popular, descartougg casinocandidatura. "Por enquanto, não emergiu um nome forte na esquerda chilena pra tentar desafiar as urnas", avaliou o jornalista.
Para Berti, o contexto geral aponta para uma "guinada conservadora no Chile", especialmente pela faltagg casinounidade e liderança no campo progressista. Confira a entrevista completa no vídeo abaixo:&nbsp;
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Guilherme Paladino

O presidente do Chile, Gabriel Boric, e o jornalista Lucas Berti

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