247 - Em celebração aos 40 anos do movimento "Diretas Já", a Câmara dos Deputados realizará uma sessão solene nesta terça-feira (7), no Plenário Ulysses Guimarães. A sessão, marcada para as 9h, tem como finalidade comemorar a retomada da democracia no Brasil após o período da ditadura militar.
Presidida pelo deputado federal Pedro Uczai (PT-SC), a sessão destaca a importância da manutenção do Estado Democráticobetboo üye olDireito. O evento contará com a presençabetboo üye olparlamentares, representantes do Supremo Tribunal Federal (STF), da Associação Brasileirabetboo üye olImprensa (ABI) e familiares das lideranças que organizaram o movimento.
Segundo o deputado Uczai, a homenagem é uma oportunidadebetboo üye olreafirmar o compromisso com os valores democráticos ebetboo üye ollembrar a luta pelo Brasil democrático. Ele recorda a manifestaçãobetboo üye ol16betboo üye olabrilbetboo üye ol1984, quando maisbetboo üye ol1,7 milhãobetboo üye olbrasileiros reivindicaram a volta das eleições diretas, uma ação decisiva para o fim do regime militar.
“Naquele dia 16betboo üye olabrilbetboo üye ol1984, maisbetboo üye ol1,7 milhãobetboo üye olbrasileiros saírambetboo üye olpasseata reivindicando a retomada das eleições diretas e com a pressão popular conseguimos desmontar o regime militar. Não podemos aceitar que jamais isso volte acontecer, precisamos lembrar do que foi a ditadura militar no Brasil para nunca mais vivermos tempos terríveis como aqueles”, salienta Uczai.

original

610x380

300x400

500x240

321x200

square

320x320

thumbnail

viewImage

Brasília

Câmara dos Deputados realiza sessão solenebetboo üye olhomenagem aos 40 anos do Movimento "Diretas Já"

Por Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil - Brasília
Há 40 anos, no dia 25betboo üye olabrilbetboo üye ol1984, uma votação no Plenário da Câmara dos Deputados frustrou a expectativabetboo üye olgrande parte da população brasileira, que esperava poder votar para presidente por meiobetboo üye oleleições diretas. Nesse dia, uma propostabetboo üye olemenda à Constituição para restaurar a eleição direta para presidente a partirbetboo üye ol1985, depoisbetboo üye ol20 anosbetboo üye olditadura militar, foi rejeitada pelos parlamentares.&nbsp;
A emenda, apresentada pelo então deputado federal Dantebetboo üye olOliveira (PMDB-MT), teve 298 votos a favor, 65 contra, três abstenções e 113 ausências. Por ser uma emenda, era preciso 320 votos favoráveis para ser encaminhada ao Senado Federal.&nbsp;
“Esses 22 votos que a emenda não teve para ser aprovada foram decisivos para jogar a população numa tremenda depressão, que a gente via pelas ruas”, lembra a historiadora Vania Cury. Apesar do climabetboo üye ol“velório” após a rejeição da emenda, o sentimento erabetboo üye olesperança, segundo ela.&nbsp;
“A conversa entre os líderes ali, entre as pessoas que participaram da campanha, era ‘não vamos deixar cair a peteca, vamos continuar lutando por eleições diretas’. Mas num primeiro momento acabaram concordando que o Tancredo [Neves] fosse o candidato para o colégio eleitoral”, lembra.&nbsp;
O jornalista Ricardo Kotscho, que acompanhou a votação, disse que, apesar da derrota da emenda, o assunto mexeu com o país. “De qualquer maneira, o movimento já era vitorioso, porque mobilizou o Brasil inteiro, inclusive a imprensa, que aos poucos foi entrando na cobertura”, disse, lembrando dos grandes atos públicos que aconteceram antes da votação.&nbsp;
Com a derrota da Emenda Dantebetboo üye olOliveira, a primeira eleiçãobetboo üye olum presidente civil após a ditadura militar aconteceu no Colégio Eleitoral, formado pelos membros do Congresso Nacional e por &nbsp;delegados eleitos nas assembleias legislativas dos estados. O então líder da oposição, Tancredo Neves, superou o então deputado Paulo Maluf, apoiado pelo regime militar, por 480 votos contra 180.
Após a mortebetboo üye olTancredo Neves, ainda antes da posse, o vice-presidente eleito José Sarney assumiu a Presidência do Brasil. Após a promulgação da Constituição,betboo üye ol1988, o Brasil voltou a ter eleições diretas para presidente, com a eleiçãobetboo üye olFernando Collor,betboo üye oldezembrobetboo üye ol1989.
A derrota da Emenda Dantebetboo üye olOliveira e o movimento pelas Diretas Já no país são tema do programa Caminhos da Reportagem, que será transmitido neste domingo (28), às 22h, na TV Brasil.&nbsp;
Participação popular - A votação da propostabetboo üye oleleições diretas para presidente foi precedidabetboo üye oluma sériebetboo üye olatos públicos, que ficaram conhecidos como a Campanha pelas Diretas Já. Em 25betboo üye oljaneirobetboo üye ol1984, maisbetboo üye ol300 mil pessoas se reuniram na Praça da Sé,betboo üye olSão Paulo, com mobilizaçãobetboo üye olpolíticos, artistas, esportistas e trabalhadoresbetboo üye oldiversas categorias.&nbsp;
Um dos participantes foi o metalúrgico aposentado João Paulo Oliveira, que também ajudou a levar outras pessoas para o comício. “A gente vinhabetboo üye olônibus, vinhabetboo üye oltáxi, tinha gente que não tinha dinheiro para vir até a praça, e nós fazíamos vaquinha para essas pessoas virem aqui também”, lembra.
Com a proximidade da votação da emenda no Congresso Nacional, as manifestações populares ficaram mais lotadas. No dia 10betboo üye olabrilbetboo üye ol1984, cercabetboo üye ol1 milhãobetboo üye olpessoas participarambetboo üye olum comício na Candelária, no centro do Riobetboo üye olJaneiro,betboo üye olum dos principais atos do movimento das Diretas Já.&nbsp;
A atriz Lucélia Santos, militante pela anistia dos presos políticos, também foi à Candelária naquele dia. “Todo o Brasil estava lá na Candelária naquele pôr do sol. Foi uma confluênciabetboo üye olenergias positivas, onde a arte, os artistas, eram parte efetivamente”, lembra a atriz, que tinha ficado conhecida pelo papel da protagonista da novela A Escrava Isaura,betboo üye ol1976. &nbsp;
O último e maior comício das Diretas Já aconteceu no Vale do Anhangabaú,betboo üye olSão Paulo, e contou com 1,5 milhãobetboo üye olparticipantes. O evento foi no dia 16betboo üye olabrilbetboo üye ol1984, a nove dias da votação da emenda no Congresso. &nbsp;
“O comício do Anhangabaú, eu acho que foi o grande divisorbetboo üye oláguas na história brasileira entre a ditadura e a democracia. Foi a partir daquele dia que o Brasil estava voltando para a democracia”, avalia o jornalista Ricardo Kotscho, então repórter do jornal Folhabetboo üye olS.Paulobetboo üye ol1984 e rodou o país cobrindo as manifestações pelas eleições diretas.&nbsp;
Entre os participantes no ato também estava o então jogador do Corinthians Walter Casagrande Júnior, um dos principais nomes da chamada Democracia Corintiana, movimento no qual jogadores e outros profissionais do time decidiam, no voto, questões como as regras da concentração e até a contrataçãobetboo üye olatletas. Ele conta a emoção que sentiu ao ir com outros jogadores ao comício e, mesmo sendo reconhecidos, o foco não era o time ou o futebol. &nbsp;
“Eu fiquei bastante emocionado já dentro do metrô, porque as pessoas reconheceram a gente e não falarambetboo üye olfutebol, e eu percebi que o foco e o pensamentobetboo üye oltodos era o mesmo, pouco importava se eu, o Magrão [apelido do ex-jogador Sócrates], o Wladimir [ex-jogador], jogávamos no Corinthians, se o cara era gari, se o outro ali era secretário, se o outro trabalhava na padaria, se o outro é office boy. Ali dentro daquele metrô estávamos todos iguais, com o mesmo pensamento, com foco na nas diretas, na Emenda Dantebetboo üye olOliveira”, lembra Casagrande.&nbsp;

Tag: diretas-ja

Câmara dos Deputados realiza sessão solenebetboo üye olhomenagem aos 40 anos do Movimento "Diretas Já"

Votaçãobetboo üye olemenda que pedia eleições diretas completa 40 anos