Agência Brasil - O Conselho Nacionalonabet donoJustiça (CNJ) divulgou nesta terça-feira (28) o mais recente levantamento sobre a igualdade racial eonabet donogênero no Judiciário brasileiro.
De acordo com os dados da pesquisa Justiçaonabet donoNúmeros 2024, o Brasil tem 14,25%onabet donojuízes que se declaram negros. O númeroonabet dononegros sobe para 27,1% entre os servidores do Poder Judiciário.
A Justiça Eleitoral (18,1%) é o ramo com o maior percentualonabet donomagistrados negros, seguido pela Justiça do Trabalho (15,9%), Justiça estadual (13,1%), Justiça Federal (11,6%) e Justiça Militar (6,7%).
Na distribuição pelas regiões do país, os maiores índicesonabet donojuízes negros estãoonabet donotribunais do Acre, Piauí, Sergipe e Bahia. Os tribunais do Rio Grande do Sul, São Paulo e Santa Catarina possuem menor presençaonabet donomagistrados negros.
Ao comentar as estatísticas, o presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, disse que o órgão já adotou medidas para ampliar o númeroonabet donojuízes negros, como o programaonabet donobolsas para financiar os estudosonabet donocandidatos negros à magistratura.
“Nós pretendemos mudar progressivamente essa estatística, que não reflete a demografia da sociedade brasileira”, afirmou.
Mulheres: A pesquisa Justiçaonabet donoNúmeros também mostra o cenário da participação feminina no Judiciário brasileiro. A média nacional indica o percentualonabet dono36,8%onabet donojuízasonabet donotodo o Brasil. O númeroonabet donoservidoras chega a 53,3%.
A Justiça estadual lidera o ranking nacional, com 38,2%onabet donojuízas, seguida pela Justiça do Trabalho (39,7%), Justiça Federal (31,3%) e a Justiça Eleitoral (32,9%). Os tribunais superiores (23,2%) e a Justiça Militar (22,2%) são os ramos com menor presençaonabet donomagistradas.
Sobre a questão, Barroso avaliou que o percentual mais baixoonabet donomulheres na magistratura está na Justiçaonabet donosegunda instância. Segundo o ministro, &nbsp;em tribunais regionais federais, a média está abaixoonabet dono20%.
“O CNJ também tem uma políticaonabet donoalternância nas promoções por merecimento. Se for promovido um homem, a promoção seguinte seráonabet donouma mulher. Estamos tentando equalizar raça e gênero na Justiça brasileira para fazer corresponder a estatística da população brasileira”, completou.
A pesquisa também identificou que a produtividade do Judiciário subiu 7%onabet dono2023. &nbsp;O custo do Judiciário foionabet donoR$ 132,8 bilhões, valor equivalente a 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB). Em contrapartida, a Justiça arrecadou R$ 68 bilhões para os cofres públicos.

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Brasil

Menosonabet dono15% dos juízes brasileiros se declaram negros

Por TV Brasil - Rioonabet donoJaneiro
O 13onabet donomaio marca o Dia da Abolição da Escravatura, instituída pela Lei Áurea há 136 anos. A data marca debate sobre como deve ser a reparação histórica ao povo negro escravizado.
Em 1992, o Papa João Paulo II pediu perdão pelo papel da Igreja a favor da escravidão. Holanda, Alemanha e França, países que lucraram com regimes escravistas, também reconheceram os crimes cometidos contra ex-colônias.
Um dos atos mais recentes foionabet donoPortugal. No fimonabet donoabril deste ano, o presidente Marcelo Rebelo disse que o país foi responsável por crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era colonial, e sugeriu a necessidadeonabet donoreparações.
Apesaronabet dononão ter sido formalizado, o gesto do presidente português atende a uma antiga reivindicação do movimento negro no Brasil e é considerado primeiro passo para a implementaçãoonabet donouma políticaonabet donoreparação, focadaonabet donoreduzir as injustiças históricas contra negros. 
Durante maisonabet donoquatro séculos, pelo menos 12,5 milhõesonabet donoafricanos foram sequestrados, transportados à força por longas distâncias, principalmente por navios e comerciantes europeus, e vendidos como escravos.
Portugal e Inglaterra aparecem como os países que mais traficaram. Estima-se que quase 6 milhõesonabet dononegros tenham sido vítimas do sistema escravista português.
O Brasil era o principal destino, para onde vieram entre 4 e 5 milhõesonabet donohomens, mulheres e crianças. Cercaonabet dono1 milhão chegou pelo Cais do Valongo, no Rioonabet donoJaneiro, o maior porto escravagista das Américas.
A historiadora especialistaonabet donoescravidão e relações raciais nas Américas, Ynaê Lopes Santos, destaca que a reparação pode ocorrer com açõesonabet donocurto, médio e longo prazo. Ela cita, como exemplo, a devoluçãoonabet donoartefatos aos países colonizados.
“No casoonabet donoPortugal e muitos países europeus, há um reconhecimento das suas ações colonialistasonabet donorelação a artefatos. Uma trajetória interessante da devoluçãoonabet donoobjetos que estãoonabet donomuitos museus na Europa, mas que pertencem a países que foram colonizados. Eu acreditoonabet donouma políticaonabet donoreparação financeira”, afirmou.
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Há também a cobrança por reparação pelo Estado brasileiro.
Em setembro do ano passado, o Ministério Público Federal, por exemplo, passou a investigar a responsabilidade do Banco do Brasil no tráficoonabet donopessoas negras escravizadas no século XIX. A instituição financeira pediu perdão ao povo negro.
Outra proposta é a criaçãoonabet donoum fundo soberano para sanar privaçõesonabet donodireitos. Para o presidente da Comissão da Igualdade Racial do Instituto dos Advogados Brasileiro (IAB), Humberto Adami, as propostasonabet donoreparação devem ser buscadas, mas acreditaonabet donouma “difícil implementação com as forças políticasonabet donohoje”.

Tag: desigualdade-racial

Menosonabet dono15% dos juízes brasileiros se declaram negros

Data da Abolição da Escravatura retoma debate sobre reparação a negros