Rodolfo Rodrigo,<a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/08/19/nordeste-tem-665-casos-de-conflitos-pela-terra-e-cpt-alerta-para-violencia-e-impunidade-dos-latifundiarios"> Brasildr bingo gratisFato</a> - Em 2023, a região Nordeste se destacou como a segunda no Brasil com o maior númerodr bingo gratisconflitos no campo, registrando 665 casos. O cenário é ainda mais preocupante na Bahia, que alcançou a posiçãodr bingo gratisestado com o maior númerodr bingo gratisconflitos do tipo no Brasil, com 249 ocorrências. Os dados foram apresentados pela Comissão Pastoral da Terra (CPT)dr bingo gratisseu relatório anual, divulgado no dia 31dr bingo gratisjulho, traçando um panorama da violência no campodr bingo gratisdiversos estados da região.
Sobre o assunto, o Trilhas do Nordeste, programa do Brasildr bingo gratisFato Pernambucodr bingo gratisparceria com a Rede TVT, entrevistou Cecília Gomes, integrante da coordenação nacional da CPT. Ela destaca que essa violência está enraizada na históriadr bingo gratiscolonização do país, onde a concentraçãodr bingo gratisterras nas mãosdr bingo gratispoucos perpetua a desigualdade e a exploração. "Essa crescente está muito mais vinculada à disputa por terras e recursos naturais, como minérios e água, especialmente para inserção das energias renováveis e da mineração", explica Cecília.
Segundo o relatório, os conflitos no campo na Bahia vêm aumentando desde 2016, afetando diretamente comunidades quilombolas, indígenas, moradoresdr bingo gratisfundo e fechodr bingo gratispasto e famílias sem terra. Em Pernambuco, maisdr bingo gratis18 mil camponeses e camponesas foram impactados pelos conflitosdr bingo gratis2023, conforme o documento.
A CPT, que mapeia essas violências desde 1985, realiza esse trabalho por meio do Centrodr bingo gratisDocumentação Dom Tomás Balduíno (CEDOC), recebendo informaçõesdr bingo gratisseus agentes, movimentos e organizações. O objetivo do relatório é não apenas registrar as violaçõesdr bingo gratisdireitos no campo, mas também fomentar o diálogo com a sociedade sobre a persistente violência e impunidade nessas áreas.
Resistindo - A resistência das comunidades rurais, principalmente a das chamadas "famílias posseiras" – aquelas que historicamente ocupam e vivemdr bingo gratisdeterminado território –, tem sido intensa. Segundo o relatório, 1.267 famílias no Nordeste resistiram aos processosdr bingo gratisexpulsãodr bingo gratis2023, enquanto 3.148 foram despejadasdr bingo gratisseus territórios.
A CPT tem atuado junto ao Ministério Público e à Defensoria Pública da União (DPU) para tentar barrar os despejos e garantir o direito dessas famíliasdr bingo gratispermaneceremdr bingo gratissuas terras, explicou Cecília.
Com a proximidade das eleições municipaisdr bingo gratisoutubro, ela ressalta a importânciadr bingo gratisos municípios e a sociedade avaliarem quais candidatos e partidos estão comprometidos com os direitos das famílias camponesas.
Segundo a coordenadora, muitos desses conflitos têm raízes na relação entre grandes proprietários e o agronegócio, que buscam expandir suas possesdr bingo gratisdetrimento das comunidades rurais, por isso "é fundamental identificar quais candidatos dialogam com a reforma agrária e quais estão vinculados ao agronegócio e à retirada do povo do campo", conclui.

Fazendeiros destruíram plantaçõesdr bingo gratisacampamento do MST no municípiodr bingo gratisItabela (BA)

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Nordeste

Nordeste tem 665 casosdr bingo gratisconflitos pela terra e CPT alerta para 'violência e impunidade' dos latifundiários

Murilo Pajolla, <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/05/10/amazonia-concentra-metade-dos-conflitos-no-campo-registrados-em-2023-aponta-cpt">Brasildr bingo gratisFato</a> - A Amazônia Legal concentrou quase metadedr bingo gratistodos os conflitos no campo registradosdr bingo gratis2023 no Brasil pela Comissão Pastoral da Terra (CPT). Dos 2.203 episódios contabilizados no ano passado, 1.034 ocorreram na região amazônica, que compreende nove estados brasileiros.&nbsp;
Segundo a CPT, que produz anualmente o relatório Conflitos no Campo, este é terceiro maior númerodr bingo gratiscasosdr bingo gratistoda a série histórica, que começoudr bingo gratis1985. Em primeiro lugar ficou 2020, com 1.167 ocorrências, edr bingo gratissegundo vem 2022, com 1.117 registros.
Das 31 pessoas assassinadas por conflitos no campodr bingo gratis2023, 19 estavam na Amazônia. Foram registradas 54 ocorrênciasdr bingo gratistrabalho escravo, com 250 trabalhadores resgatados, principalmente no Pará e Maranhão. Dos 180 registrosdr bingo gratismulheres vitimadas pela violência no campo no país, 120 foram na região amazônica.
Em 2023, o Pará liderou a contagem por estado com 226 conflitos. As Terras Indígenas (TIs) Munduruku e Kayapó foram as mais impactadas. Maranhão (206) e Rondônia (186) vêmdr bingo gratisseguida. A região Norte foi a que mais teve conflitos no campodr bingo gratis2023, com 810 ocorrências.&nbsp;
Entre os 5 estados com os maiores númerosdr bingo gratisconflitos no país, 3 estão na área da Amazônia Legal: Pará (226 ocorrências), Maranhão (206) e Rondônia (186).
Retomadas e ocupações - Em 2023, a Região Norte registrou 22 açõesdr bingo gratisocupações e retomadas, com 2.316 famílias participantes. Os acampamentos somaram 12 ocorrências envolvendo 1.412 famílias.
"No Pará, o destaque é para as ocupações nas Fazendas Bom Jesus e Santa Maria, entre os municípiosdr bingo gratisMarabá, Curionópolis e Parauapebas, com cercadr bingo gratis1.000 famílias", pontuoudr bingo gratisnota a CPT.&nbsp;
Quem são as vítimas e os causadores - A violência individual afetou 1.108 pessoas na Amazônia Legal, o equivalente a 75,5% do totaldr bingo gratisvítimas registradas pela CPTdr bingo gratis2023. As principais vítimas são pequenos proprietários e indígenas, seguidos por sem terra, e os principais causadores são fazendeiros, grileiros, garimpeiros e empresários.
As invasões motivaram a maior parte dos conflitos, com Roraima e Amazonas mais afetados. O Amazonas lideradr bingo gratisregistrosdr bingo gratispistolagem no Brasil (7,3 mil famílias atingidas), enquanto Rondônia é líder disparadodr bingo gratisfamílias ameaçadasdr bingo gratisdespejo (7,1 mil). O Amazonas vem na sequência, com 2.293 famílias sob ameaçadr bingo gratisexpulsão.
Os conflitos por água na Amazônia diminuíramdr bingo gratis131 para 95 ocorrências entre 2022 e 2023, mas ainda estão acima da média dos últimos 10 anos. Os principais tiposdr bingo gratisconflitos são destruição/poluição e não cumprimentodr bingo gratisprocedimentos legais.
Créditodr bingo gratiscarbono gerou conflitos - O relatório Conflitos no Campo também revela que a violência tem crescido na região da tríplice divisa dos estados do Amazonas, Acre e Rondônia, chamadadr bingo gratisAmacro, com 200 conflitos registrados. 22 comunidades no Brasil estiveram envolvidasdr bingo gratisconflitos relacionados a projetosdr bingo gratiscarbonodr bingo gratis2023, liderados pelo Pará.

Vista aéra do inicio do trecho da rodovia AM 366 ao lado do aeroportodr bingo gratisTapauá, no Amazonas, norte do Brasil

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Amazônia concentra metade dos conflitos no campo registradosdr bingo gratis2023, aponta CPT

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Amazônia concentra metade dos conflitos no campo registradosdr bingo gratis2023, aponta CPT