Reuters - O BNDES já liberou maisapostas app700 milhõesapostas appreaisapostas appcrédito com recursos do Fundoapostas appUniversalização dos Serviçosapostas appTelecomunicações (Fust), voltados para a universalização do acesso à internet, disse o diretorapostas appdesenvolvimento produtivo, inovação e comércio exterior do banco, José Luís Gordon.
A expectativa é que até o fimapostas app2025 esses empréstimos alcancem 2 bilhõesapostas appreais no acumulado. "O 'pipeline'apostas appprojetos está grande e os empresários veem nele uma boa oportunidade crédito“, disse o diretor do bancoapostas appfomento.
Os recursos do Fust para a modalidadeapostas appcrédito têm como prioridade projetosapostas appampliação da conectividade no país.
"A grande maioria dos recursos do fundo é destinada a crédito...Já recebemos 2 bilhões (de reais) do Fust e mais ou menos 720 milhões já foram contratados e o restante jáapostas apppipelineapostas appcontratação. Já temos quase tudoapostas appdiscussão para contratação até o fim do ano que vem dos projetos", afirmou.
Um dos projetos contemplados com recursos do Fust foi o financiamentoapostas app146 milhõesapostas appreais para a operadora Brisanet Serviçosapostas appTelecomunicações. A verba serviu para investimento na expansão dos serviçosapostas apptelecomunicaçõesapostas appregiões com baixa renda e baixa qualidadeapostas apprede. O projeto da Brisanet foi a primeira operação com recursos do Fust voltado à universalizaçãoapostas appacesso à banda larga 5Gapostas appperiferias e favelas, afirmou o banco.
O banco conseguiu junto ao Conselho do Fust uma flexibilização para usar os recursos para projetosapostas appdata center no país com taxasapostas appjuros menores para projetos no Nordeste e com maior conteúdo nacional e menor pegadaapostas appcarbono.

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Economia

BNDES libera maisapostas appR$ 700 mi do Fust para conectividade

Por Sabrina Craide, repórter da Agência Brasil - Apenas 22% dos brasileiros com maisapostas app10 anosapostas appidade têm condições satisfatóriasapostas appconectividade, apesarapostas appo acesso à internet estar perto da universalização no país. Outros 33% da população estão no nível mais baixo do índice que mede a conectividade significativa no país (de 0 a 2 pontos) e 24% ocupam a faixaapostas app3 a 4 pontos. Os índices são mais baixos entre pretos e pardos, nas classes D e E, nas regiões Norte e Nordeste e nas cidades menores. Os dados estão no estudo inédito Conectividade Significativa: propostas para medição e o retrato da população no Brasil, lançado nesta terça-feira (16) pelo Núcleoapostas appInformação e Coordenação do Ponto BR (NIC.br), braço executivo do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br). O estudo mediu a qualidade e efetividade do acesso da população às tecnologias digitais a partirapostas appvariáveis como custo da conexão, uso diversificadoapostas appdispositivos, tipo e velocidadeapostas appconexão e frequênciaapostas appuso da internet. A partir dessas variáveis, foram estabelecidos diferentes níveisapostas appconectividade significativa, o que resultou numa escalaapostas app0 a 9, na qual o score zero indica ausênciaapostas apptodas as características aferidas, enquanto o nove denota a presençaapostas apptodas elas. Apesarapostas app84% da população do Brasil já ser usuáriaapostas appinternet, as condições desse acesso são bastante desiguais, na avaliaçãoapostas appGraziela Castello, coordenadoraapostas appestudos setoriais no Centro Regionalapostas appEstudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br/NIC.br), e responsável pelo levantamento. “Um jovem, por exemplo, que tem acesso apenas pelo celular, com um pacoteapostas appdados que termina antes do final do mês e sem conexãoapostas appcasa,apostas appsaída já tem barreiras muito maiores para o aproveitamento das oportunidades da internet paraapostas appformação e desenvolvimento profissional, quando comparado a outro jovem que consegue se conectar quando e onde quiser e que tem acesso a diferentes tiposapostas appdispositivos, por exemplo”, explica.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20240416120432_8d6deb12033e339a0a28879bed0fd60e62f4c19a5d1305e90f3d0d13043f34e3.png" data-media-id="editor_0" data-image-id="20240416120432_8d6deb12033e339a0a28879bed0fd60e62f4c19a5d1305e90f3d0d13043f34e3" data-rendition-name="original" width="670" height="1394" loading="lazy" alt="infografico"></figure>  Raça, classe social e região - A análise dos dados com base na autodeclaraçãoapostas appcor ou raça dos participantes mostra que, entre os brancos, 32% estão na faixa mais altaapostas appconectividade significativa (score entre 7 e 9). Já entre pretos e pardos, a porcentagem cai para 18%. A distância também é verificada na comparação entre estratos sociais. Na classe A, a maioria (83%) está na melhor faixaapostas apppontuação e apenas 1%, na pior. Por outro lado, entre as pessoas nas classes D e E, apenas 1% delas está na melhor faixa e a maioria (64%), na pior. As regiões Norte e Nordeste têm as piores condiçõesapostas appconectividade significativa. No Norte, apenas 11% estão na faixa entre 7 e 9 pontos e 44% estão na faixaapostas app0 a 2 pontos. No Nordeste, os percentuais sãoapostas app10% e 48%, respectivamente. Por outro lado, as regiões Sul e Sudeste têm os melhores índicesapostas appusuários na faixa entre 7 e 9 pontos, com 27% e 31%, respectivamente. Nas cidades com até 50 mil habitantes, 44% da população encontram-se na pior faixa da escala e nas com maisapostas app500 mil habitantes, a proporção negativa cai quase pela metade (24%). Em relação à área, enquanto 30% dos habitantes das localidades urbanas estão no grupoapostas apppior faixa (até 2 pontos), 54% dos moradoresapostas appzonas rurais encontram-se nessa condição. Gênero e faixa etária - O estudo mostrou que os entrevistados do sexo masculino apresentaram melhores índicesapostas appconectividade significativa, com 28% na faixa entre 7 e 9 pontos e 31% entre 0 e 2 pontos. Já as mulheres tiveram 17% na melhor faixa e 35% na faixa mais baixa. Segundo a pesquisa, apesarapostas appindicadores como a prevalênciaapostas appusuáriosapostas appinternet no Brasil não mostrar distâncias significativas entre homens e mulheres, a análise combinadaapostas appindicadores revela condiçõesapostas appconectividade mais precárias para a população feminina, “sublinhando barreiras pré-existentes paraapostas appinclusão produtiva, equiparaçãoapostas apprenda, incidência pública e participação na vida social, política e econômica do país”. No recorteapostas appfaixa etária, o levantamento confirma a maior vulnerabilidade à exclusão digital dos idosos: 61% dos brasileiros com 60 anos ou mais apresentam scores mais baixos (até 2 pontos)apostas appconectividade significativa. Por outro lado, somente 16% e 24% dos usuários com idades entre 10 e 15 anos e 16 e 24 anos, respectivamente, estão na faixa mais alta (entre 7 e 9 pontos), contrariando a ideiaapostas appque os mais jovens apresentariam melhores indicadores no mesmo quesito. Os níveis mais elevados ocorrem justamente entre os grupos etáriosapostas appmaior incidência no mercadoapostas apptrabalho (entre 25 e 44 anos). “O estudo questiona a ideiaapostas appque os gargalos para inclusão digital seriam sanados por uma possível transição geracional, uma vez que os jovens já seriam super conectados. Quando olhamos para os usuáriosapostas appinternetapostas appmaneira geral, isso se confirma, mas ao complexificar a análise e entendermos a conectividade como um todo, fica claro que uma parcela importante desse grupo possui condições precáriasapostas appconectividade e vai ingressar no mercadoapostas apptrabalho com uma desvantagem grande”, alerta Graziela Castello. Redução da Disparidade - Ao analisar dadosapostas appanos anteriores, o estudo identificou uma redução na disparidade entre os grupos que ocupam os extremos da escalaapostas appconectividade significativa. Em 2017, 48% da população tinham score entre 0 e 2 e apenas 10% estavam na faixaapostas app7 a 9 pontos – uma distânciaapostas app38 pontos percentuais. Em 2023, a diferença entre eles recuou para 11 pontos percentuais. Segundo Graziela, essa melhora progressiva, com a redução do grupo populacional com pior nívelapostas appconectividade e aumento do grupo com melhor nível, pode ser explicada por fatores como o crescimento da ofertaapostas appplanosapostas appconexão com maior velocidade pelas operadoras, mudanças nas formas e locaisapostas appuso pela população, que se intensificaram durante a pandemia. “Até o aumento natural da frequênciaapostas appuso da internet, que assumiu e assume cada vez mais centralidadeapostas appnossas vidas. Mas esse progresso,apostas appparte também por melhoriasapostas appinfraestrutura, parece aindaapostas appvelocidade bastante inferior às reais necessidades da população”, diz.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20240416120432_2095b25ce8f78e72dec6a80d49f72b0627e57507f7b04d3789de63ec95859fa4.png" data-media-id="editor_1" data-image-id="20240416120432_2095b25ce8f78e72dec6a80d49f72b0627e57507f7b04d3789de63ec95859fa4" data-rendition-name="original" width="670" height="614" loading="lazy" alt="infografico"></figure>  Estudo - O estudo foi feito a partir do processamentoapostas appindicadores da pesquisa TIC Domicílios, para compreensão da qualidadeapostas appacesso às tecnologias digitais no país. A TIC Domicílios, realizada pelo Centroapostas appEstudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic.br), é a mais abrangente pesquisa amostral domiciliar especializadaapostas apptecnologias da informação e comunicação feita no país. A ideiaapostas app“conectividade significativa” é um conceitoapostas appconstrução apoiado no entendimentoapostas appque a conexão deveria permitir utilização satisfatóriaapostas appvários serviços na internet, possibilitando o aproveitamento das oportunidades no ambiente online. De acordo com Graziela, as políticas públicas para resolver os gargalos desse setor devem ser orientadas pelas quatro dimensões utilizadas para medir a <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-11/classes-c-e-de-impulsionam-crescimento-da-conectividade-no-pais" target="_blank">conectividade</a> significativa: custo acessível, acesso a dispositivos, qualidade da conexão e ambientesapostas appuso (frequência e locaisapostas appuso). “As políticas devem ser orientadas para que todos os cidadãos e cidadãs tenham acesso a conexões intermitentes eapostas appqualidade,apostas appmúltiplos lugares, com acesso a dispositivos adequados às necessidades e atividades que se pretenda desenvolver, a um custo compatível com a renda da população. Mas se deve levarapostas appconta também as particulares sociais, econômicas e territoriais, para que as políticas atendamapostas appmaneira efetiva às diferentes realidades que compõem nosso país”, avalia a coordenadora.

Tag: conectividade

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Apenas 22% dos brasileiros têm boas condiçõesapostas appconectividade