<p><b>247 – </b>Em análise conduzida pela pesquisadora italiana Clara Mattei no canal da TV Boitempo, foram discutidas as barreiras impostas pela ordem capitalista à implementaçãobet neymarpolíticas econômicas democráticas. Mattei, professora e autorabet neymarrenome, explora o tema da austeridade, ressaltando seu impacto negativo na sociedade e apontando como essa política atravessa governosbet neymardiferentes espectros políticos. Suas observações destacam a necessidadebet neymarromper com a lógica do capital para atender às reais demandas sociais.</p>
<p>Segundo Mattei, "a austeridade é uma agenda que vai além das linhas partidárias. É aplicadabet neymarforma equivalente por governosbet neymaresquerda ebet neymardireita dentro da ordem do capital". Esta constatação é central para o argumento da pesquisadora, que expõe como a desdemocratização da esfera econômica serve para preservar os interessesbet neymaracumulação capitalista,bet neymardetrimento das necessidades sociais. Ao longo da entrevista, Mattei reforça a ideiabet neymarque a austeridade não é apenas uma estratégia econômica, mas também uma formabet neymarviolência política que suprime a participação democrática. "Sabendo que claramente as necessidades das pessoas não são compatíveis com a lógicabet neymaracumulação do capital, o que é preciso fazer é impedir as pessoasbet neymarter algo a dizer sobre as decisões que realmente importam", afirma Mattei.</p>
<p>A pesquisadora também traça um paralelo histórico entre o fascismo e a atual tecnocracia econômica. Ela explica que, durante o regimebet neymarMussolini, a repressão aos sindicatos e o controle violento sobre os trabalhadores eram instrumentos para silenciar as demandasbet neymarmudanças econômicas. "Mussolini foi tão eficazbet neymareliminar todas as exigênciasbet neymarmudança vindas dos trabalhadores, todos os conselhosbet neymartrabalhadores e fábricas", aponta Mattei, ao relatar como a austeridade fascista e a violência política andaram lado a lado.</p>
<p>No entanto, Mattei alerta que a tecnocracia moderna, exemplificada pelos bancos centrais independentes, é uma forma menos explícita, mas igualmente eficaz,bet neymarrestringir a participação democrática nas decisões econômicas. Segundo ela, "a independência do Banco Central foi muito importante na Inglaterra após a Primeira Guerra Mundial devido a essa maior demanda por democracia econômica", e, desde então, essa estrutura tem sido exportada para outros países, como o Brasil.</p>
<p>Ao refletir sobre a situação atual, Clara Mattei faz uma análise crítica das escolhas econômicas feitas pelos governos contemporâneos, inclusive pela esquerda eleita. Ela ressalta o riscobet neymarque, ao adotar políticasbet neymarausteridade, governos progressistas acabem colaborando com a perpetuaçãobet neymarum sistema que não serve à maioria da população. "Essas tentativasbet neymarapaziguar o mercado,bet neymarestabilizar a economia ao implementar medidasbet neymarausteridade, na verdade, criam condições para o surgimentobet neymaruma austeridade ainda mais violenta e fascista", adverte.</p>
<p>Para Mattei, a resposta está nas alternativas já existentes dentro dos movimentos populares. Ela destaca o exemplo do Brasil, com seus movimentosbet neymartrabalhadores sem-terra e fábricas autogeridas. "Há maisbet neymar50 fábricas autônomas, e isso significa que maisbet neymar10.000 trabalhadores estão envolvidos", destaca, mostrando que existem outras formasbet neymarorganização econômica que desafiam a lógica capitalista dominante.</p>
<p>A conclusãobet neymarMattei é clara: se quisermos superar as limitações impostas pela ordem do capital, é necessário ter coragem para apoiar e ampliar essas alternativas. "A austeridade está no DNA do capital", afirma, lembrando que a redistribuição social e a participação econômica real são incompatíveis com o sistema atual. A partir dessa perspectiva, Clara Mattei convida à reflexão e ao engajamento para transformar o panorama econômico globalbet neymarbuscabet neymaruma maior justiça social e participação democrática. Assista:</p>
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Clara Mattei explica como a austeridade é uma formabet neymarviolência política

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