Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein - É muito comum, quando pensamosestrela bet oficial loginvacinação, associarmos o atoestrela bet oficial loginvacinar somente às crianças – a rotinaestrela bet oficial loginimunização dos pequenos é intensa e segue rigorosa até o último imunizante do calendário infantil, que ocorre entre os 9 e 14 anos (vacina contra HPV). Passada essa fase, a cobertura vacinal despenca, como se o ciclo se encerrasse e não houvesse mais a necessidadeestrela bet oficial loginse proteger. Mas essa é uma ideia equivocada: jovens e adultos também possuem um <a href="https://www.gov.br/saude/pt-br/vacinacao/calendario">calendário vacinal</a> previsto no Programa Nacionalestrela bet oficial loginImunizações (PNI) e precisam manter aestrela bet oficial logincadernetaestrela bet oficial logindia. 
De acordo com especialistas ouvidos pela Agência Einstein, o adulto com a caderneta desatualizada pode desenvolver formas mais agressivasestrela bet oficial logindoenças preveníveis por vacinas e, além disso, se tornar um vetorestrela bet oficial logintransmissão, podendo colocarestrela bet oficial loginrisco pessoas ao seu redor, inclusive as crianças. Ainda há a questão do envelhecimento, que torna o sistema imunológico mais lento e suscetível às infecções. Não é à toa que idosos com maisestrela bet oficial login60 anos possuem um calendário próprioestrela bet oficial loginvacinas e são o público-alvoestrela bet oficial loginvárias campanhas, como a da gripe. 
A vacinaçãoestrela bet oficial loginadultos também é importante por outros fatores, como o lugar onde a pessoa mora, o históricoestrela bet oficial loginvacinação na infância, possíveis doenças que esteja tratando e até mesmo atividades cotidianas que podem influenciar a necessidadeestrela bet oficial loginuma ou outra vacina. Segundo o PNI, há dosesestrela bet oficial loginvacinas que devem ser reaplicadas durante a vida adulta e durante situações específicas, inclusive durante a gestação. 
Por exemplo: se a pessoa viajar para alguma regiãoestrela bet oficial loginriscoestrela bet oficial loginfebre amarela, precisará estar com a vacinaçãoestrela bet oficial logindia porque alguns países exigem o certificadoestrela bet oficial loginproteção contra a doença (países como Panamá, República Dominicana e Cuba, entre outros). Se trabalhar ou mesmo visitar regiõesestrela bet oficial loginrisco no Brasil, como a Amazônia, também precisará estar vacinada. E apesarestrela bet oficial loginmuita gente não saber, a vacina contra a febre amarela faz parte do PNI para adultos e, desde 2017, o Brasil adota o esquema vacinalestrela bet oficial loginapenas uma dose, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS). 
Outro exemploestrela bet oficial loginindicaçãoestrela bet oficial loginvacina na idade adulta é para pessoas com doenças crônicas e transplantadas, justamente para reduzir o riscoestrela bet oficial logindesenvolverem formas gravesestrela bet oficial logindoenças infecciosas. Pessoasestrela bet oficial logintratamentoestrela bet oficial logincâncer, por exemplo, também devem avaliar com seu médico a necessidadeestrela bet oficial loginatualizaçãoestrela bet oficial loginvacinas. Isso porque o tratamento oncológico deixa a imunidade da pessoa mais baixa e, consequentemente, ela pode ter um prejuízo maior caso se contagie por alguma doença prevenível por vacinação. 
Apesarestrela bet oficial loginas vacinas estarem disponíveis na rede públicaestrela bet oficial loginsaúde, muitos adultos não se vacinam. “Talvez os adultos não procurem a vacinação porque têm a sensaçãoestrela bet oficial loginque já tomaram todas as vacinas na infância e, por isso, acham que estão fortes e protegidos e não precisam se preocupar mais. Também pode ser que se desconheça a existênciaestrela bet oficial loginum calendário vacinal para adultos ou ainda que se acrediteestrela bet oficial loginnotícias falsas divulgadas pelas redes sociais sobre as vacinas, especialmente nos últimos anos. Talvez não haja apenas um ponto crítico, e sim uma conjunçãoestrela bet oficial loginfatores”, avalia a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein. 
Quais são as vacinas? 
O calendário nacionalestrela bet oficial loginvacinaçãoestrela bet oficial loginadultos inclui a recomendaçãoestrela bet oficial loginvacinas contra hepatite B (são três doses,estrela bet oficial loginacordo com o histórico vacinal da pessoa), duplaestrela bet oficial logindifteria e tétano (com reforço a cada dez anos ou a cada cincoestrela bet oficial logincasoestrela bet oficial loginferimentos graves) e febre amarela (dose única) para adultosestrela bet oficial loginqualquer idade. A vacina contra o HPV na rede pública é indicada para adultos com até 45 anos vítimasestrela bet oficial loginabuso sexual, mas há a opção para todas as idades na rede particular. 
Para os adultos entre 20 e 29 anos, o Ministério da Saúde preconiza a vacina tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola no esquemaestrela bet oficial loginduas doses). De 30 a 59 anos, a recomendação é repetir a tríplice viral. A partir dos 60 anos é indicada a vacina dTpa acelular (difteria, tétano e coqueluche). O governo também realiza a vacinação anual contra a gripe influenza para gruposestrela bet oficial loginrisco, entre eles, os idosos. 
Além dessas, existem outras vacinas para adultos disponíveis na rede particular. A Sociedade Brasileiraestrela bet oficial loginImunizações (SBIm) possui um <a href="https://sbim.org.br/images/calendarios/calend-sbim-adulto.pdf">documento</a>estrela bet oficial loginque recomenda vários imunizantes – entre eles as vacinas pneumocócicas, contra herpes-zóster e hepatite A, por exemplo. O documento também indica a vacina contra a dengue e contra a Covid-19 e traz as informações sobre cada imunizante, e se ele está disponível no SUS ou não. 
No começoestrela bet oficial loginabril, a Agência Nacionalestrela bet oficial loginVigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o registroestrela bet oficial loginuma vacina contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR), causadorestrela bet oficial logininfecções do trato respiratório, especialmente a bronquiolite – uma inflamação dos brônquios que atinge muitos bebês e crianças com até 2 anosestrela bet oficial loginidade. A aplicação da vacina é na mãe, durante a gestação. O uso dessa vacina também foi aprovado para a prevençãoestrela bet oficial logindoenças causadas pelo VSRestrela bet oficial loginidoso com 60 anos ou mais – outra populaçãoestrela bet oficial loginrisco.
“Essa é uma vacina que, quando estiver disponível, deve ser tomada. O VSR causa a infecçãoestrela bet oficial loginvias aéreas, potencialmente gravesestrela bet oficial loginbebês. O que poucos sabem é que ele acomete também idosos e pode complicar aqueles com comorbidades. No Brasil, é subestimado o real impacto do VSRestrela bet oficial loginidosos, já que o exame não é amplamente disponível”, explica a infectologista do Einstein. 
Casosestrela bet oficial logincoquelucheestrela bet oficial loginSão Paulo 
A cidadeestrela bet oficial loginSão Paulo, por exemplo, está vivendo um aumentoestrela bet oficial login<a href="https://www.agenciaeinstein.com.br/texto/cidade-de-sao-paulo-registra-o-dobro-de-casos-de-coqueluche-neste-inicio-de-ano/">casosestrela bet oficial logincoqueluche</a>, o que gerou um alerta feito pela Coordenadoriaestrela bet oficial loginVigilânciaestrela bet oficial loginSaúde. A coqueluche, também chamadaestrela bet oficial login“tosse comprida”, é prevenível pela vacinação e se caracteriza por crisesestrela bet oficial logintosse seca incontroláveis, intercaladas com a ingestãoestrela bet oficial loginar, que provoca um som agudo, como um guincho ou chiado. Apesarestrela bet oficial logina vacina promover uma imunidade duradoura, ela não é permanente e, por isso, é indicada a revacinação na idade adulta – o que muita gente não sabe. 
“Este ponto é crucial: muitos nem sabem que precisam tomar a vacinaestrela bet oficial loginnovo. Talvez antigamente o indivíduo tivesse um médico da família,estrela bet oficial loginconfiança, que acompanhava o histórico desde a infância. Esse tipoestrela bet oficial loginvínculo é muito importante para que o olhar sobre a prevenção das doenças seja valorizado. Hoje as pessoas são atendidas pontualmente por vários médicos e isso pode ser um fator prejudicial, pois eles não possuem uma visão mais global do indivíduo”, comenta a infectologista.
O médico Renato Kfouri, vice-presidente da SBIm, concorda e diz que são poucos os profissionaisestrela bet oficial loginsaúde que perguntam ou recomendam a vacina rotineiramente para os seus pacientes. “Há um grande esforço da SBIm eestrela bet oficial loginoutras sociedades médicasestrela bet oficial loginconscientizar esses profissionais para a recomendaçãoestrela bet oficial loginvacinação do paciente com doença pulmonar, cardíaca, reumática, transplantado, oncológico. Há muito o que caminhar e precisamos começar na formação dos médicos”, diz. 
Kfouri ressalta que ainda há no imaginário das pessoas a ideiaestrela bet oficial loginque a vacinação é coisaestrela bet oficial logincrianças. “Quando a gente pergunta para um adulto quando ele tomouestrela bet oficial loginúltima vacina e se ele está com a cadernetaestrela bet oficial logindia, a maioria diz que está, sem nem saber que as vacinas que recebeu na infância não protegem mais ou que nem existam as que hoje são recomendadas para esse público”, afirmou. 
Caso a pessoa desconheça o seu histórico vacinal, a recomendação é se imunizar novamente – não há riscoestrela bet oficial loginrepetir alguma vacina que eventualmente tenha sido tomada. “Se um adulto perdeu a cadernetaestrela bet oficial loginvacinação, a gente o considera como não-vacinado e recomeça o esquema vacinal. Mesmo que ele já as tenha tomadoestrela bet oficial loginalgum momento da vida, não há nenhuma sobrecarga ou malefício para a saúde. Pode vacinar normalmente”, frisa o médico.

Aplicaçãoestrela bet oficial loginvacina

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Saúde

Atualizar a cadernetaestrela bet oficial loginvacinação não é só para a criança; jovens e adultos também precisam se imunizar

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