Por TV Brasil - Riom estrelabetJaneiro
O 13m estrelabetmaio marca o Dia da Abolição da Escravatura, instituída pela Lei Áurea há 136 anos. A data marca debate sobre como deve ser a reparação histórica ao povo negro escravizado.
Em 1992, o Papa João Paulo II pediu perdão pelo papel da Igreja a favor da escravidão. Holanda, Alemanha e França, países que lucraram com regimes escravistas, também reconheceram os crimes cometidos contra ex-colônias.
Um dos atos mais recentes foim estrelabetPortugal. No fimm estrelabetabril deste ano, o presidente Marcelo Rebelo disse que o país foi responsável por crimes cometidos durante a escravidão transatlântica e a era colonial, e sugeriu a necessidadem estrelabetreparações.
Apesarm estrelabetnão ter sido formalizado, o gesto do presidente português atende a uma antiga reivindicação do movimento negro no Brasil e é considerado primeiro passo para a implementaçãom estrelabetuma políticam estrelabetreparação, focadam estrelabetreduzir as injustiças históricas contra negros. 
Durante maism estrelabetquatro séculos, pelo menos 12,5 milhõesm estrelabetafricanos foram sequestrados, transportados à força por longas distâncias, principalmente por navios e comerciantes europeus, e vendidos como escravos.
Portugal e Inglaterra aparecem como os países que mais traficaram. Estima-se que quase 6 milhõesm estrelabetnegros tenham sido vítimas do sistema escravista português.
O Brasil era o principal destino, para onde vieram entre 4 e 5 milhõesm estrelabethomens, mulheres e crianças. Cercam estrelabet1 milhão chegou pelo Cais do Valongo, no Riom estrelabetJaneiro, o maior porto escravagista das Américas.
A historiadora especialistam estrelabetescravidão e relações raciais nas Américas, Ynaê Lopes Santos, destaca que a reparação pode ocorrer com açõesm estrelabetcurto, médio e longo prazo. Ela cita, como exemplo, a devoluçãom estrelabetartefatos aos países colonizados.
“No casom estrelabetPortugal e muitos países europeus, há um reconhecimento das suas ações colonialistasm estrelabetrelação a artefatos. Uma trajetória interessante da devoluçãom estrelabetobjetos que estãom estrelabetmuitos museus na Europa, mas que pertencem a países que foram colonizados. Eu acreditom estrelabetuma políticam estrelabetreparação financeira”, afirmou.
<h2>Brasil</h2>
Há também a cobrança por reparação pelo Estado brasileiro.
Em setembro do ano passado, o Ministério Público Federal, por exemplo, passou a investigar a responsabilidade do Banco do Brasil no tráficom estrelabetpessoas negras escravizadas no século XIX. A instituição financeira pediu perdão ao povo negro.
Outra proposta é a criaçãom estrelabetum fundo soberano para sanar privaçõesm estrelabetdireitos. Para o presidente da Comissão da Igualdade Racial do Instituto dos Advogados Brasileiro (IAB), Humberto Adami, as propostasm estrelabetreparação devem ser buscadas, mas acreditam estrelabetuma “difícil implementação com as forças políticasm estrelabethoje”.

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Data da Abolição da Escravatura retoma debate sobre reparação a negros

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