247 - O Banco Nacionalaposta agoraDesenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) anunciaram um investimento conjuntoaposta agoraR$8,8 milhões para financiar até quatro projetosaposta agorarestauração ecológica na Caatinga e fortalecer a cadeia produtiva associada ao bioma. Os projetos serão selecionados por edital público, com execução prevista para até 48 meses, e devem abranger áreas mínimasaposta agora100 hectaresaposta agoraunidadesaposta agoraconservação e regiões áridas do semiárido brasileiro. A iniciativa faz parte do programa Floresta Viva, liderado pelo BNDES, com foco na restauraçãoaposta agorabiomas brasileiros.
O anúncio foi feito nesta quarta-feira (27), durante uma reunião do Comitê Regional das Instituições Financeiras Federais (Coriff), na sede da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), no Recife (PE). Representantes do BNDES, BNB e Sudene destacaram a importância do programa para promover práticas sustentáveis e impulsionar o desenvolvimento regional.
Impacto ambiental e social no semiárido - As áreas prioritárias para os projetos estão localizadas no entornoaposta agoraunidadesaposta agoraconservaçãoaposta agoraestados como Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe. A restauração poderá incluir territórios indígenas, quilombolas, assentamentosaposta agorareforma agrária, áreasaposta agorapreservação permanente e reservas legaisaposta agoraimóveis ruraisaposta agorapequeno porte.
“O bioma da Caatinga é fundamental para a soberania alimentar, a mitigação das mudanças climáticas e a preservaçãoaposta agorauma biodiversidade única no mundo. Restaurar essas áreas é uma prioridade para promover o desenvolvimento sustentável e combater a desertificação”, destacou Aloizio Mercadante, presidente do BNDES.
Paulo Câmara, presidente do BNB, ressaltou que a iniciativa busca aliar preservação ambiental com crescimento econômico. “Queremos incentivar boas práticas que promovam o desenvolvimento sustentável e a conservação do bioma da Caatinga, integrando a região ao contextoaposta agorainovação e preservação ambiental.”
Conservação da biodiversidade e combate à crise climática - A Caatinga, que ocupa cercaaposta agora10,1% do território nacional, é o único bioma exclusivamente brasileiro. Com características semiáridas e longos períodosaposta agoraestiagem, abriga uma rica biodiversidade adaptada às condições extremas, incluindo diversas espécies endêmicas. Sua vegetação possui alta eficiência na capturaaposta agoradióxidoaposta agoracarbono, funcionando como um importante sumidouroaposta agoraCO2, o que a torna essencial no enfrentamento das mudanças climáticas.
Contudo, o desmatamento crescente ameaça a integridade do bioma. De acordo com dados do Mapbiomas, 46% da área original da Caatinga já foi desmatada, com uma aceleração significativa entre 2019 e 2022.
Detalhes do edital e prazos - As instituições interessadasaposta agoraparticipar do programa devem ser organizações sem fins lucrativos, com pelo menos dois anosaposta agoraatuação e experiênciaaposta agoraconservação ambiental, desenvolvimento sustentável ou recuperaçãoaposta agoraáreas degradadas. O edital, que será conduzido pelo Fundo Brasileiro pela Biodiversidade (Funbio), aceita propostas até 21aposta agorafevereiroaposta agora2025.
Além do apoio financeiro, os projetos selecionados receberão acompanhamento técnico e deverão apresentar impactos positivos na regeneração ambiental e no fortalecimentoaposta agoracadeias produtivas locais.
Floresta Viva: alcance global com foco local - O programa Floresta Viva, com metaaposta agorainvestir R$ 500 milhões ao longoaposta agorasete anos, visa restaurar entre 25 mil e 35 mil hectaresaposta agorabiomas brasileiros. Estima-se que a iniciativa retire entre 8 e 11 milhõesaposta agoratoneladasaposta agoraCO2 da atmosfera ao longoaposta agora25 anos, alinhando-se aos Objetivosaposta agoraDesenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas e contribuindo para metas globaisaposta agorabiodiversidade.
“A Caatinga é um símboloaposta agoraresiliência e sustentabilidade. Com iniciativas como o Floresta Viva, não apenas preservamos o bioma, mas também criamos oportunidades para as comunidades locais, promovendo justiça social e ambiental”, concluiu Mercadante.

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Brasil Sustentável

BNDES e BNB investem R$ 8,8 milhões para restaurar a Caatinga e fortalecer cadeias produtivas no semiárido

247 - O 4º Fórum Debate para o Desenvolvimento, promovido pela Associação Brasileiraaposta agoraDesenvolvimento (ABDE)aposta agoraparceria com o Banco do Nordeste (BNB), está discutindo o potencial do Brasil, especialmente do Nordeste, para liderar a transição energética mundial. O evento reúne instituições nacionais e internacionais, como o Banco Mundial e o BNDES, para debater o financiamentoaposta agorauma transição energética justa e inclusiva, destacando as oportunidadesaposta agoraenergia limpa na região. Durante a abertura, a diretora da ABDE, Márcia Maia, enfatizou a urgência da transição energética, apontando o Brasil como um grande emissoraposta agoracarbono, mas com uma matriz energética privilegiada e promissora.
Paulo Câmara, presidente do Banco do Nordeste, destacou a importância da inclusão social e econômica nesse processo, ressaltando o papel das instituições financeiras na redução das desigualdades regionais. Ele mencionou que,aposta agora2023, o BNB investiu R$ 58,5 bilhões, sendo R$ 37 bilhões direcionados para energias renováveis. Além disso, Câmara enalteceu os programasaposta agoramicrocrédito, como o Crediamigo e o Agroamigo, que fomentam a geraçãoaposta agorarenda e a melhoria da qualidadeaposta agoravida na região.
Ruben Delgado, da Softex, abordou a relevância da tecnologia no processoaposta agoratransição energética e o impacto das startups no setor. Paulo Simplício, da Agência Francesaaposta agoraDesenvolvimento, reforçou a parceria com o BNB e o focoaposta agoraprojetosaposta agoraenergia renovável no Nordeste, destacando a prioridade para energia solar, eólica e hidrogênio verde. O fórum continua com discussões ao longo do dia sobre os desafios e oportunidades para a região. Confira a programação:
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Turbina eólicaaposta agoraFortaleza, Ceará
26/04/2017

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Fórum discute potencial do Nordeste para liderar transição energética mundial

Por Paulo Emílio,aposta agora - Considerado como um dos principais instrumentosaposta agorafomento da economia regional, o Banco do Nordeste do Brasil (BNB) se viu sob a ameaçaaposta agoraser desmontado e entregue à iniciativa privada durante o governo Jair Bolsonaro (PL). Em 2023, com a mudança na política econômica do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), porém, a instituição financeira ganhou novo fôlego e cresceu 27%aposta agorarelação a 2022. “Isso mostra uma grande diferençaaposta agorapriorização. Agora existe realmente uma priorização governamental. O banco conversa com o governo federal. O que a gente escuta é que antes era cada um por si e Deus por todos. O banco agora é 'linkado' com o governo federal”, afirma o presidente do BNB, Paulo Câmara. Alinhado com as políticasaposta agoraincentivo à economia do governo federal, o banco retomou com força os financiamentos destinados a alavancar a economia e reduzir as diferenças regionais. O BNB encerrou o primeiro semestreaposta agora2024 com desembolsos históricos do Fundo Constitucionalaposta agoraFinanciamento do Nordeste (FNE), totalizando R$ 21 bilhões, um aumentoaposta agora25,8%aposta agoracomparação com o mesmo períodoaposta agora2023. Ao longoaposta agoratodo o ano passado, o banco direcionou aos municípiosaposta agorasua áreaaposta agoraatuação, que abrange 11 estados, um totalaposta agoraR$ 28,1 bilhões, com recurso do FNE, ante R$ 20,7 bilhões registradosaposta agora2022.&nbsp; Os Fundos Constitucionaisaposta agoraFinanciamento do Centro-Oeste (FCO), do Nordeste (FNE) e do Norte (FNO) foram criados na Constituiçãoaposta agora1988 visando reduzir os desequilíbrios regionais e incentivar o desenvolvimento destas regiões. Os fundos representam 3% da arrecadação do Impostoaposta agoraRenda (IR) e do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). O Banco do Nordeste do Brasil (BNB), que é responsável pelo FNE, fica com 60% dos cercaaposta agoraR$ 3 bilhões desta destinação. O FCO fica com 20% e o FNO com os demais 20%, definidos por critérios como população, por exemplo, entre outros.&nbsp; “Este ano, o orçamento do FNE éaposta agoracercaaposta agoraR$ 40 bilhões. Só que não são R$ 40 bilhõesaposta agoradinheiro novo que chega na região. O que chegaaposta agoradinheiro novo na região é algoaposta agoratornoaposta agora30% deste valor (cercaaposta agoraR$ 12 bilhões). Para chegar ao resto dos R$ 40 bilhões tem um dinheiro que a gente empresta e que volta todo ano. Os R$ 40 bi são formados por esse recurso novo e o retorno dos desembolsos e contrataçõesaposta agoraanos anteriores”, explica Paulo Câmara.&nbsp; “Se a arrecadação aumenta, a gente recebe mais por ano por meio do FNE e quando tem determinados anos que a gente tem um maior volumeaposta agorapagamentos - porque às vezes você contrata muito e desembolsa pouco e às vezes você contrata menos e desembolsa muito”, completa. Nesta linha, no ano passado, o BNB desembolsou 60% do que contratou, e a expectativa é que até o finalaposta agora2024 os desembolsos cheguem pertoaposta agora80%. &nbsp; No primeiro semestre deste ano as contratações globais chegaram a R$ 29,15 bilhões, crescimentoaposta agora11,8% na quantidadeaposta agoraoperações realizadas no mesmo períodoaposta agora2023. Deste total, R$ 23,1 bilhõesaposta agorafinanciamentos feitos pelo BNB foram com recursos oriundos do FNE.&nbsp;  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2024092512098_b1f96e51917efe93c9e670e78ff034bebad390af934cd795c30fa3ed825692fc.png" data-media-id="editor_0" data-image-id="2024092512098_b1f96e51917efe93c9e670e78ff034bebad390af934cd795c30fa3ed825692fc" data-rendition-name="original" width="1052" height="979" loading="lazy" alt="tabelas"></figure>  Já os desembolsos feitos por meio apenas do FNE chegaram a R$ 21 bilhões, incrementoaposta agora25,8% quando comparado com o primeiro semestreaposta agora2023. Quando consideradas todas as fontesaposta agorafinanciamento, os desembolsos somaram R$ 27 bilhões, altaaposta agora11% com relação aos primeiros seis mesesaposta agora2023, e as contratações somaram R$ 29 bilhõesaposta agoranovas operações ao longo do período. Ao longoaposta agoratodo o ano passado, o banco contratou um totalaposta agoraR$ 58,5 bilhõesaposta agoratoda aaposta agoraáreaaposta agoraatuação, que abrange todos os estados do Nordeste, o norteaposta agoraMinas Gerais e o Espírito Santo, com recursos oriundos do FNE eaposta agoraoutras fontes operadas pela instituição. A estimativa, segundo dados do próprio BNB, é que esses recursos resultaram na geração ou na manutençãoaposta agora2,5 milhõesaposta agorapostosaposta agoratrabalho .&nbsp;  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231204111256_b139232c505208bd24a81ef491f58715b3e609c3b7d61559f78bf347aed5f1c8.jpg" data-media-id="editor_1" data-image-id="20231204111256_b139232c505208bd24a81ef491f58715b3e609c3b7d61559f78bf347aed5f1c8" data-rendition-name="original" width="1280" height="600" loading="lazy" alt="paulo-camara"><figcaption>Paulo Câmara(Photo: Divulgação)Divulgação</figcaption></figure>  A programação do FNE para o próximo ano, segundo Câmara, éaposta agora18,5%aposta agoracima dos R$ 40 bilhões. “Então vamos chegar pertoaposta agoraR$ 48 bilhões só via FNE, fora os recursos próprios do banco, que correspondem a 20%. No ano passado, o BNB contratou R$ 58 bilhões e do FNE foram contratados R$ 43 bilhões. O desafio que a gente tem desde o ano passado é aumentar essa diferença para não ser tão dependente do FNE. Esperamos ter este resultadoaposta agora2025”, afirma.&nbsp; A projeção encontra eco na realidade, uma vez queaposta agora2023 o banco captou R$ 1,4 bilhão junto ao governo federal e cujo processo foi finalizado no final do primeiro semestre deste ano. “Isso abriu um espaçoaposta agoraR$ 13 bilhões. Então estamos indo atrás para colocar mais R$ 13 bilhõesaposta agoranegócios que vão se somar aos R$ 47 bilhões que vai ser o FNEaposta agora2025, mais o capital próprio do BNB, que é algoaposta agoratornoaposta agoraR$ 15 bilhões, mais os R$ 13 bilhões”, observa Paulo Câmara.&nbsp; “Então vamos para cercaaposta agoraR$ 75 bilhões. Mas sabemos que, apesar disso, não haverá tempo para tanta captação e também não interessa ao banco captar qualquer tipoaposta agorarecurso, tem que captar recurso que tenha sinergia com o que o banco faz,aposta agoraáreas que o banco tem mais carência, como infraestrutura, e com um custo financeiro compatível.&nbsp; Esta gamaaposta agorarecursos é voltada para o crescimento econômico da região, geraçãoaposta agoraemprego e o fomento do desenvolvimento regional por meio da ofertaaposta agoracrédito mais barato que o disponibilizado pelo mercado financeiro, para setores como o agronegócio, indústria, comércio, serviços e infraestrutura.&nbsp; Com base nesse foco, 21% dos recursos são voltados para o setoraposta agorainfraestrutura, 22% para a agricultura, 22% para a pecuária, 10% para a indústria e 20% para o comércio. O restante atende a outros setores, como turismo, agroindústria e pessoas físicas.&nbsp; <h2>Captação internacional&nbsp;</h2> Para 2025, a meta, segundo Paulo Câmara, é “ter mais recursos externos para se juntar ao FNE, com juros mais compatíveis com a taxa que a gente atua”. Estes recursos externos são captados junto a instituições internacionais como Banco Interamericanoaposta agoraDesenvolvimento (BID), Banco Mundial e o New Development Bank (NDB - o chamado Banco dos Brics), que tem forte atuação no setoraposta agorainfraestrutura, especialmente no segmentoaposta agoraenergias renováveis, que, no momento, o banco não consegue atender a demanda regional. Segundo informações do BNB, o programaaposta agorafinanciamento com o usoaposta agorarecursos externos foi iniciadoaposta agora2023, por meio da Agência Francesaaposta agoraDesenvolvimento (AFD), totalizando US$ 1,33 bilhão (cercaaposta agoraR$ 6,38 bilhões), o que proporcionou ao banco ampliar a ofertaaposta agoraprodutos e alcançar novos públicos, como governos estaduais e municipais.&nbsp;  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230324200356_8a818d03ccdf54a09478e06ef8885b195c4b4cdbb0e0e5889bc580f6e19ddb68.jpg" data-media-id="editor_2" data-image-id="20230324200356_8a818d03ccdf54a09478e06ef8885b195c4b4cdbb0e0e5889bc580f6e19ddb68" data-rendition-name="original" width="1280" height="600" loading="lazy" alt="energia-eólica"><figcaption>Energia eólica(Photo: Ricardo Stuckert/PR)</figcaption></figure>  Recentemente, o diretoraposta agoraPlanejamento do banco, José Aldemir Freire, afirmou que a instituição destinou R$ 26,7 bilhões para projetosaposta agorainfraestrutura, com destaque para o segmentoaposta agoraenergia limpa, nos últimos três anos. Neste período, os empréstimos voltados para os segmentosaposta agoraenergia solar e eólica chegaram a R$ 17,8 bilhões. Além destes dois segmentos, o foco do BNB para os próximos anos estará voltado para a áreaaposta agorahidrogênio verde (H2V) eaposta agoraeólicas offshore.&nbsp; <h2>Infraestrutura&nbsp;</h2> Ainda no setoraposta agorainfraestrutura, o saneamento básico também recebeu uma forte atenção por parte do bancoaposta agorafomento, com R$ 2,97 bilhões investidos entre 2021 e 2023. Essa área é considerada prioritária, uma vez que a coberturaaposta agoraágua alcança 74,7% da população do Nordeste e apenas 30,2% são beneficiados com sistemaaposta agoraesgoto. Para reduzir esta disparidade, o BNB tem acelerado as análises e contratações com o objetivoaposta agoracontribuir com as metas estabelecidas pelo governo Lula. Visando alcançar estas diretrizes, o crescimento das contrataçõesaposta agora2022 para 2023 superou 6.600%. Neste ano, até o momento, o banco já direcionou cercaaposta agoraR$ 1,78 bilhão para o setoraposta agorasaneamento emaposta agoraáreaaposta agoraatuação.&nbsp;  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/2024042920040_c9d616574a43101e477e12292c3ec792244e1a56fba8fef3e6b29219a2211d00.jpg" data-media-id="editor_3" data-image-id="2024042920040_c9d616574a43101e477e12292c3ec792244e1a56fba8fef3e6b29219a2211d00" data-rendition-name="original" width="1170" height="700" loading="lazy" alt="agua-torneira-saneamento"></figure>  “O banco vem aportando maisaposta agorainfraestrutura, seja por meioaposta agoraconcessões ouaposta agoraparcerias público-privadas (PPPs). Um exemplo está no saneamento, área que temos intensificado desde o ano passado, porque estados e municípios têm prazo devido ao marco legal do saneamento, que é 2033. Muitas vezes financiamos diretamente as companhiasaposta agoraágua, que são estatais não dependentes e a gente pode financiar, e parceiros privados. Muitos estados estão com concessões ou PPPs, então financiamos o parceiro privado. Estamos muito focados nisso também”, ressalta o presidente do BNB. O crescimento econômico do Nordeste acima do registrado pelo Brasil justifica a atenção do banco com o avanço da infraestrutura regional. No primeiro trimestre deste ano, a região cresceu 3,2% e o Brasil 2,5% e, segundo dados do Escritório Técnicoaposta agoraEstudos Econômicos do Nordeste (Etene), o PIB (Produto Interno Bruto) per capita regional deverá registrar um crescimento nominal acimaaposta agora50% até 2030.&nbsp; Em relação ao crescimento do emprego, dados do Cadastro Geralaposta agoraEmpregados e Desempregados (Caged) apontam que o Brasil registrou um saldoaposta agora1,3 milhãoaposta agoraempregos com carteira assinada no primeiro semestreaposta agora2024. No Nordeste, este saldo chegou a 142 mil postosaposta agoratrabalho.&nbsp; Com base nesses dados, o BNB tem os investimentosaposta agorainfraestrutura como fundamentais para assegurar a competitividade e produtividade das cadeias produtivas, reduçãoaposta agoracustos, geraçãoaposta agoraemprego e renda, além da redução da desigualdade do Nordeste frente a outras regiões do país.&nbsp; <h2>Incentivo à agropecuária&nbsp;</h2> O banco também é um dos maiores indutores do setor agropecuário, respondendo por pouco maisaposta agora48% dos financiamentos agrícolas emaposta agoraáreaaposta agoraatuação. O percentual é ligeiramente inferior quandoaposta agoracomparação com os recortes industrial e comercial que, juntos, correspondem a 52% dos financiamentos. “O agrícola é menor que o industrial devido a atuaçãoaposta agoraoutros agentes, como o Banco do Brasil que é um grande parceiro deste setor. Mas se juntar o BNB e o Banco do Brasil, eles são os responsáveis pelo financiamento deste setor”, observa Paulo Câmara.&nbsp;  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20230226160256_45dcb711752f0eafd0b6963da0aa77c6818aaf42185571c45539c30414947759.jpg" data-media-id="editor_4" data-image-id="20230226160256_45dcb711752f0eafd0b6963da0aa77c6818aaf42185571c45539c30414947759" data-rendition-name="original" width="1280" height="600" loading="lazy" alt="uva-vinícola"><figcaption>Cultivoaposta agorauva(Photo: Agência Brasília)Agência Brasília</figcaption></figure>  Atualmente, o BNB é responsável por 49% do crédito rural e 90% do crédito para agricultura familiar na região Nordeste, com expectativaaposta agoraampliaraposta agoraatuação nos próximos anos, especialmenteaposta agorasetores como produçãoaposta agoragrãos e frutas.&nbsp; De acordo com dados da Associação Brasileira dos Produtores e Exportadoresaposta agoraFrutas e Derivados (Abrafrutas), quatro estados do Nordeste são responsáveis por exportar o maior valoraposta agorafrutas do Brasil. Sozinhos, Pernambuco, Bahia, Ceará e Rio Grande do Norte faturaram US$ 780 milhõesaposta agora2023,aposta agoraum faturamento total superior a US$ 1 bilhão. O Vale do São Francisco, localizadoaposta agorapleno semi-árido nordestino, respondeu por maisaposta agora90% das exportações nacionaisaposta agorauvaaposta agoramesa e manga. Somente neste ano, o orçamento do Plano Safra 2024/2025, éaposta agoraR$ 21 bilhões, sendo R$ 11 bilhões destinados para o agronegócio e o restante para a agricultura familiar. O volumeaposta agorarecursos é R$ 1,5 bilhão maior que o disponibilizado no Plano safra 2023/2024 e visa ampliaraposta agora17% a ofertaaposta agoracrédito para os agricultores familiares, demonstrando o peso da instituição junto ao segmento. &nbsp; <h2>Micros e pequenos</h2> Um outro ponto importante da atuação do banco junto à economia da região está junto ao segmentoaposta agoraMicro e Pequenas Empresas (MPE). Segundo dados da própria instituição financeira, o númeroaposta agoraoperações contratadas com recursos do FNE cresceu 21,6% e o volume contratado aumentou 7,6%, somando R$ 2,8 bilhões ao longo do primeiro semestre deste ano, quando comparado com o mesmo período do exercício anterior. Além disso, as operaçõesaposta agoramicrofinanças urbanas e rurais também tiveram crescimento. O programaaposta agoramicrocrédito urbano, batizadoaposta agora“Crediamigo”, contratou R$ 5,46 bilhões, altaaposta agora12,3%, enquanto o “Agroamigo” teve uma evoluçãoaposta agora147,3%, com R$ 4,56 bilhões aplicados. Nesta linha, o Banco do Nordeste exibe uma das maiores experiênciasaposta agoramicrofinanças da América Latina, realizando maisaposta agora16 mil operações por dia com o Agroamigo e o Crediamigo. Além deste segmento, o Banco do Nordeste (BNB) também superou a marcaaposta agoraR$ 6,5 bilhões contratadosaposta agora2024 junto a empresas com faturamento entre R$ 4,8 milhões e R$ 400 milhões por ano. As operações, realizadas entre janeiro e agosto deste ano, superam o volume contratado ao longoaposta agoratodo o ano passado.&nbsp; Neste ponto, Paulo Câmara volta a observar que os dados demonstram a importância para o Nordeste do banco que sofreu até mesmo ameaçasaposta agoraser fechado ou entregue à iniciativa privada ao longo da gestãoaposta agoraJair Bolsonaro. ”Nas últimas décadas os instrumentosaposta agoradesenvolvimento, principalmente no tocante a infraestrutura, estão encolhendo. A Sudene perdeu força, o Nordeste perdeu empresas que atuavam no desenvolvimento da infraestrutura, a maior delas foi a Eletrobras, que foi vendida e colocou a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) fora deste conceito. Os órgãos que atuavam e tinham predominância importante, como o Departamento Nacionalaposta agoraObras contra a Seca (Dnocs), também encolheram muito. O que restou efetivamente foi o Banco do Nordeste como maior agente”, observa o executivo.&nbsp; “Existe uma lógica e um planejamento por trás disso que envolve relevância do empreendimento, os segmentos, a questão espacial. O banco tem foco especial no semiárido, isso é muito claro, a desconcentração do investimento. Também buscamos fazer a distribuição dos portes dentro dos estados e os programas governamentais. A lógica é ser um órgãoaposta agoradesenvolvimento atrelado às prioridades governamentais”, afirma.&nbsp;

Nordeste

BNB: da ameaçaaposta agoradesmonte a R$ 75 bilhõesaposta agorafinanciamentos regionais

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