Por Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil - Os bancos multilateraisdesenvolvimento terão à disposição mais ferramentas para ampliar os investimentosprojetos sustentáveis e estimular o desenvolvimento global. O G20, grupo das 19 maiores economias do planeta, mais União Africana e União Europeia, aprovou na noite desta quarta-feira (23) um roteiroreformas para essas instituições financeiras.
Entre os principais bancos multilateraisdesenvolvimento estão o Banco Mundial, o Banco InteramericanoDesenvolvimento e o Novo BancoDesenvolvimento (chamadoBanco do Brics). Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o plano está baseadotrês pilares: aprimoramento da eficiência operacional, aumento da capacidade financeira e fortalecimento da coesão e da eficácia dessas instituições financeiras.
“Os bancos precisam continuar refinando seus processos para se adaptar às dinâmicasconstante transformação no cenário globaldesenvolvimento. Isso envolve, entre outras ações, fortalecer o apoio a plataformasfinanciamento lideradas pelos países, agilizar os fluxosprojetos e fomentar a inovação”, afirmou Haddaddiscurso durante jantar dos ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20,Washington. Até novembro, o Brasil preside o G20.
O ministro da Fazenda ressaltou que o documento foi aprovado por consenso e resultaum trabalho iniciado pela Índia, que ocupou a presidência anterior do grupo. “Em linha com o mandato dos líderes do G20Nova Déli [capital da Índia], a presidência brasileira entende a aprovação do Roteiro do G20 para bancos multilateraisDesenvolvimento como um passo decisivo para transformar os bancos multilateraisinstituições capazesendereçar os ObjetivosDesenvolvimento Sustentável [das Nações Unidas]”, declarou.
Haddad defendeu o aumentomecanismosproteção cambial, para reduzir o prejuízo a paísesdesenvolvimento tomadoresempréstimosmomentosalta do dólar, e o incentivo a financiamentosmoedas locais. “Ao fortalecer os sistemas nacionais e expandir os recursos concessionais, os bancos estarão mais bem preparados para oferecer apoio direcionado às nações que lutam para atingir seus objetivosdesenvolvimento sustentável e enfrentar os desafios globais”, acrescentou.
Outro item que consta do plano é o aumentorecursos privados para financiar os investimentosdesenvolvimento sustentável. “Um ponto essencial é a ampliaçãoinvestimentos privados com o objetivosuperar a atual taxaalavancagem, estimadauma pequena fração dos desembolsos dos bancos multilateraisdesenvolvimento”, explicou Haddad no discurso.
O ministro ressaltou que o roteiro foi desenvolvido por meioconsultas a especialistas, à sociedade civil e aos próprios bancos multilateraisdesenvolvimento. Haddad continuaWashington nesta quinta-feira (24), onde participa da 4ª ReuniãoMinistrosFinanças e PresidentesBancos Centrais do G20. O encontro ocorre paralelamente à reuniãooutono (no hemisfério norte) do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial.
O compromisso finalviagem será um evento da Força-TarefaMobilização Global contra as Mudanças Climáticas (TF-Clima) e uma reunião restrita do FMI com ministrosFinanças,que o Fundo Monetário apresentará cenários econômicos globais.

Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante reunião no Palácio do Planalto,Brasília
17/09/2024
REUTERS/Ueslei Marcelino

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G20 aprova planoreformabancosdesenvolvimento

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