247 - O governoCuba formalizou, no iníciooutubro, seu pedido para aderir ao BRICS, um grupo que passou recentemente por uma ampliação e agora inclui, alémBrasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, países como Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Arábia Saudita. O convite para a parceria foi lançado durante a Cúpula do BRICS, realizada entre os dias 22 e 24outubro,Kazan, na Rússia.
Em uma entrevista ao podcast Mundioka, da <a href="https://noticiabrasil.net.br/20241104/as-na-manga-brics-oferece-a-cuba-chance-de-driblar-60-anos-de-embargo-dos-eua-via-banco-do-grupo-37189513.html">Sputnik Brasil</a>, analistas discutem as potenciais contribuiçõesCuba ao BRICS e as oportunidades que essa adesão pode trazer para a ilha, que enfrenta há 60 anos o embargo imposto pelos Estados Unidos, o que comprometesoberania econômica. Guilherme Barbosa Pedreschi, advogado, procurador federal e autor do livro "Na estrada com Fidel: o outdoor na Revolução Cubana", analisa que a principal metaHavana é estabelecer condições mais favoráveis para contornar as sanções norte-americanas, buscando "efetivamente fazer trocas mais justas".
"Entrar no sistema financeirouma maneira mais eficiente e comercializaruma maneira mais justa. Então essa me parece que é a grande esperança, a grande boiasalvação que se sinaliza para Cuba ter acesso a crédito do Novo BancoDesenvolvimento e assim se fortalecer nesse mundo multipolar que está se redesenhando", destaca o especialista.
A entradaCuba no BRICS é vista como um ganho significativo para a América Latina, que, segundo Pedreschi, encontra-se sob a influência "ruim" e "maléfica" dos EUA. Ele argumenta que Cuba se tornará um ator mais relevante nas economias da região, favorecendo a intercambialidade entre os países latino-americanos.
&nbsp;"Esse ganho diplomático que Cuba vai ter, esse aumento no pesoCuba na comunidade internacional, tende a florescer nos demais países aqui [...]. Eu vejo com muito bons olhos que uma nova roupagem realmente vai se desenhando na América Latina."
Além disso, a adesão ao BRICS pode impulsionar a economia cubana por meio do turismo, um dos principais motores econômicos do país, que tem sido severamente impactado desde a presidênciaDonald Trump (2017–2021). "Cuba já é bastante aberta e muito fácilconseguir vistoqualquer lugar do mundo [...]. Mas com os parceiros do BRICS, tende a ser melhor ainda você fomentar agênciasviagem especializadas dentro desses países do BRICS. Então você tem pacotes especiais, você tem uma gamapossibilidadesaumentar o turismo", explica.
Quando questionado sobre como a população cubana tem conseguido resistir a seis décadasembargo, Pedreschi destaca a "consciência política" como um fator central. "O povo cubano é muito consciente; ele sofre duramente, é castigado, mas eles têm cultura política para entender,um modo geral, que estão sendo sufocados. É um país que não tem soberania econômica, ele é isolado, qualquer empresa do mundo que negociar com Cuba vai sofrer um processo nos EUA."
Nesse cenário, ele afirma que a população cubana "não tem outra opção senão resistir", ressaltando que a alternativa seria "entregar o país para os EUA", que agiriam para transformá-lo"um outro Porto Rico". "Então o povo resiste porque tem que resistir e dribla como vem driblando desde 1960, quando começaram as sanções. [...] E agora, mais uma vez, com o BRICS, é mais uma chance da nação e do povo resistir", conclui.
José Niemeyer, professorrelações internacionais do Ibmec, afirma que a possível entradaCuba representa uma reformulação do BRICS como um grupo econômico. "Eu não considero um blocointegração regional porque muitos países não têm um link geográfico. [...] É um blocorepresentação econômica, mas cada vez mais eu tenho visto o BRICS como uma intençãopaíses do Oriente, principalmente Rússia e China,criar um contraponto ao bloco ocidental, principalmente aquele bloco ocidental que é formado na perspectiva militar pela OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]."
Niemeyer enfatiza que a adesãoCuba ao BRICS tem um caráter mais político-ideológico, dado que se trataum país que sempre desafiou Washington, com a Rússia e a China vendo nele um novo centro para se contrapor ao mundo ocidental.
Por fim, ao abordar a possibilidadeo Brasil sofrer sanções por apoiar a adesãoCuba, Niemeyer destaca a necessidadeum equilíbrio nas relações internacionais do país. "O Brasil está nesse meio-termo dessa disputa que eu tenho visualizado entre o Ocidente e o Oriente. Não é uma nova Guerra Fria, [...] mas você vê hoje decididamente dois blocospaíses, países como EUA e União Europeia e países como China e Rússia, e o Brasil tem que saber se equilibrar no meio disso."
Ele lembra que o Brasil é uma potência verde, um grande produtoralimentos e energia, e deve manter um papel relevante neste novo cenário global. "Se você me perguntar, do pontovista estratégico militar, 'O Brasil está mais próximo dos EUA do que da China?', está mais próximo dos EUA. Mas, do pontovista comercial, a China é tão importante quanto os EUA hoje para a balança comercial brasileira", finaliza o especialista.

Guindastes pontilham o horizonte enquanto a construçãohotéisluxo e a reformaedifícios históricos estãoandamento,Havana, Cuba

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América Latina

BRICS oferece a Cuba chancedriblar 60 anosembargo dos EUA via banco do grupo, dizem analistas

247 - Na Cúpula do BRICS, realizada nesta quinta-feira (24)Kazan, a presidente do Novo BancoDesenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, enfatizou a importância da paz e da segurança como pilares para o desenvolvimento global. Em seu discurso na Sessão BRICS Outreach, a ex-presidente do Brasil reforçou que o fortalecimento da cooperação entre os países do Sul Global e dos BRICS é vital para alcançar um sistema econômico multipolar, menos dependente do dólar e mais justo para os países emergentes. Dilma aproveitou a ocasião para prestar solidariedade a Cuba, duramente impactada por sanções econômicas, e aos palestinos, destacando a gravidade da violência perpetrada por Israel na FaixaGaza.
Dilma inicioufala saudando os líderes dos países-membros do BRICS e o secretário-geral da ONU, António Guterres. Em um tom que defendia a integração e o desenvolvimento econômico do Sul Global, ela afirmou que "os países dos BRICS e do Sul Global estão se tornando atores centrais na busca por um multilateralismo que trilhe novos caminhos rumo a um desenvolvimento inclusivo, sustentável e resiliente".
Dilma também criticou a hegemonia financeira do Ocidente, refletida no poder do dólar e nas sanções unilaterais que, segundo ela, minam a confiança global e ampliam as desigualdades financeiras. Para Dilma Rousseff, a "instrumentalização do dólar" representa um obstáculo para o Sul Global, que busca alternativas que permitam maior autonomia e estabilidade. Ela citou dados que ilustram a crescente participação dos BRICS no PIB global: enquanto o G7 representa atualmente cerca30,8%, os BRICS já superam essa porcentagem, alcançando 31,5%. A projeção do Fundo Monetário Internacional (FMI) é que, até 2028, os BRICS responderão por 35% a 40% da economia mundial, sinalum novo equilíbrio econômico.
A líder do NDB enfatizou que os países emergentes precisam"acesso a novas fontesfinanciamento" para investirinfraestrutura, energia renovável, educação e inovação. Esses recursos são essenciais para que o Sul Global possa avançaráreas como industrialização, combate às mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável. Dilma destacou que a "reforma das instituições financeiras herdadasBretton Woods" é essencial para adequar o sistema financeiro global à nova realidade multipolar.
Dilma ressaltou que o Novo BancoDesenvolvimento tem um papel diferenciado, por não impor condicionalidades macroeconômicas aos seus empréstimos, como tradicionalmente fazem o FMI e o Banco Mundial. A expansão da adesão do NDB a novos países do Sul Global, segundo ela, é fundamental para fortalecer uma arquitetura financeira mais inclusiva.
Em tomapelo, Dilma concluiu seu discurso reforçando a urgência da cooperação global para garantir segurança e estabilidade. "Para o progresso, precisamospaz e, para o desenvolvimento, precisamossegurança e cooperação," finalizou a presidente do NDB, reiterando seu compromisso com um novo paradigmacolaboração internacional que priorize o Sul Global e a construçãouma ordem econômica multipolar e justa.
Leia a íntegra do discursoDilma Rousseff:&nbsp;
Expresso minhas saudações à Sua Excelência o Presidente da Federação Russa, Sr. Vladimir Putin, anfitrião da Cúpula dos BRICS, pelo convite para participar da Sessão &nbsp;BRICS Outreach. &nbsp;
Gostariacumprimentar todos os Presidentes, Primeiros-Ministros e Ministros das Relações Exteriores aqui presentes. Saúdo também Sua Excelência, o Secretário-Geral das Nações Unidas, Sr. António Guterres. &nbsp;
Excelências, Ilustres Convidados, Senhoras e Senhores. &nbsp;
Os países dos BRICS e do Sul Global estão se tornando atores centrais na busca por um multilateralismo que trilhe novos caminhos rumo a um desenvolvimento inclusivo, sustentável e resiliente. &nbsp;
A crise financeira2008 marcou um pontovirada, pois os países desenvolvidos enfrentaram os desafios macroeconômicos criados pela predominância das finanças especulativas sobre as atividades produtivas, que ciclicamente dão lugar a um crescimento lento, inflação e alto endividamento. As economias emergentes, porvez, têm desenvolvido suas atividades comerciais e produtivas, acelerando seu crescimento e ganhando força no comércio e no investimento. Elas também têm pressionado por uma reforma do sistemagovernança global, formando novos arranjos regionais e se tornando agentes geopolíticos ativosbuscauma ordem multipolar e multilateral. &nbsp;
A mudança do dinamismo econômicodireção ao Sul Global é a força motriz desta nova era, onde os países dos BRICS têm crescido rapidamente. Essa mudança se refletenúmeros impressionantes. Por exemplo, embora o G7 representasse 62% do PIB global quando foi estabelecido, hoje representa apenas 30,8%, enquanto as nações dos BRICS já representam 31,5% do PIB global, e essa participação tende a ser ainda maior à medida que os BRICS incluem países exportadoresenergia. Vale notar que o FMI prevê que os países dos BRICS, até 2028, representarão entre 35% a 40% do PIB global, enquanto a participação do G7 cairá para 27%. &nbsp;
Ao mesmo tempo, a fragmentação geoeconômica e o aumento das tensões geopolíticas criam turbulências para o Sul Global. A instrumentalização do dólar com sanções unilaterais está exacerbando os riscos financeiros, reduzindo a confiança no sistema e levando à desaceleração da globalização e do crescimento. Barreiras tecnológicas e controlesexportação são outra manifestaçãouma nova ondaprotecionismo e uma nova versão da política“empobreça seu vizinho” — “beggar-thy-neighbor”. &nbsp;
À medida que as considerações geopolíticas passam para o centro do palco, o multilateralismo, mais do que nunca, torna-se a pedra angularum mundopaz e segurança. Precisamos restaurar uma ordem internacional que produza uma globalização mais inclusiva, sustentável e resiliente, sob uma governança global verdadeiramente multilateral. Uma prioridade máxima neste cenário internacional desafiador é o fortalecimento dos BRICS e do Sul Global. Devemos reforçar a cooperação e implementar estratégias para criar novos instrumentos e ferramentas para promover nosso desenvolvimento. &nbsp;
A busca pela eliminação da pobreza, o impulso para o desenvolvimento industrial e o combate às mudanças climáticas são prioridades máximas no Sul Global. Além disso, infraestrutura logística, social e digital continua indispensável dianteredestransporte fragmentadas, fornecimentoenergia pouco confiável, faltaacesso a água potável e saneamento, e insuficiente provisãoserviçossaúde e educaçãoqualidade, entre outras questões críticas. Sem mencionar que a intensificação dos desastres naturaistodo o mundo, especialmente nos países do Sul Global, evidencia que o mundo enfrenta uma emergência climática, e os mercados emergentes e paísesdesenvolvimento são os mais afetados. &nbsp;
Nesse contexto, uma das barreiras mais significativas enfrentadas pelo Sul Global é a limitada disponibilidadecréditolongo prazo para o desenvolvimento. Alémnossas necessidades urgentesfinanciamento, sabemos que as altas taxasjurosmoedas fortes e as variações do câmbio criam muitos problemas e desequilíbrios para o investimento nos países do Sul Global, principalmente ao não permitir a mobilização do setor privado. Além disso, a elevada dívida pública das economias avançadas drena a liquidez que,outra forma, poderia financiar investimentos nos mercados emergentes e nos paísesdesenvolvimento (EMPDs). Duas das economias avançadas – EUA e Japão – possuem metade da dívida global, estimadaUS$ 100 trilhões. Recentemente, o FMI apontou “para uma combinação perversabaixo crescimento e alta dívida” nas economias avançadas, o que cria uma situação crítica e desafiadora no futuro próximo.
O acesso a novas fontesfinanciamento é, portanto, fundamental para que o Sul Global invistainfraestrutura, transição energética e capacitaçãociência, educação e tecnologia. Esses investimentos são essenciais para fomentar a inovação, a industrialização e o desenvolvimento sustentável. O grande volumefinanciamento necessário é a razão pela qual buscamos novas plataformas, novas tecnologias digitais, a captação e o investimentomoedas locais para fornecer novos fundos para nosso desenvolvimento. É importante destacar que isso não é contra nenhuma outra fontefinanciamento, pois o Sul Global precisa ter acesso e compartilhar todos os recursos internacionais e mecanismos financeiros disponíveis. Daí a importância e a urgência da reforma das instituições financeiras herdadasBretton Woods.
Senhoras e Senhores,
A capacitaçãoconhecimento científico, educacional e tecnológico é pré-condição para dar suporte à inovação e criar condições para uma industrializaçãonova qualidade. Trata-seum fator crítico para o Sul Global, servindo como pedra angular tanto para o desenvolvimento econômico quanto para o progresso social. Os países emergentes edesenvolvimento não podem aceitar serem relegados ao papelmeros exportadorescommodities. Para alcançar uma nova industrialização, reitero que eles devem passar por um processo“catch-up”, melhorando a educação, fortalecendo as capacidades científicas e tecnológicas e promovendo um ecossistema industrial inovador. Na verdade, &nbsp;a inovação é a chave para impulsionar uma produtividade mais alta, que, porvez, cria melhores empregos e estabelece as bases para um crescimento inclusivo e sustentável.
Para tanto, a cooperação internacional desempenha um papel estratégico ao ajudar o fechamento da lacuna, o “catch-up” na capacitaçãociência, tecnologia, promovendo a inovação. Sem cooperação internacional, essa lacuna é mais difícilser superada e os países BRICS têm na cooperação o seu alicerce. &nbsp;
Alémseu mandato para investirinfraestrutura, ações contra as mudanças climáticas e contra a desigualdade, o Banco dos BRICS (NDB) deve explorar seu papelnovas fontesfinanciamento e cooperação internacional para a educação e inovação tecnológica.
Assim, uma política integrada que vincule finanças, investimento, indústria e tecnologia é essencial para o Sul Global. O NDB desempenha um papel crucial na mobilização desses recursos para projetosinfraestrutura e desenvolvimento sustentável nos países dos BRICS.
Além disso, o NDB enfatiza a soberania nacional, pois seu financiamento não impõe condicionalidades macroeconômicas, diferenciando-o das instituições tradicionaisBretton Woods. A expansão da adesão do NDB a novos países do Sul Global é estratégica e contribuiforma decisiva para uma arquitetura financeira internacional mais multilateral.
Neste cenário desafiador, o mundo precisa urgentemente cultivar paradigmas colaborativos com centralidade no Sul Global, que devem aderir estritamente aos princípiosbenefício mútuo e ganhos para todos, alémrespeitar plenamente a soberania e a independência das nações. Estou convencidaque os BRICS e os arranjos regionais do Sul Global continuarão a desempenhar um papel fundamental na construçãouma nova ordem multipolar nos próximos anos. O NDB reafirma seu compromisso com esse objetivo e é parceiro na formaçãonovos centroscrescimento e na criaçãonovos caminhos e visõescooperação e desenvolvimento.
Por fim, devo expressar minha solidariedade com Cuba, aqui presente, que tem sofrido com sanções e bloqueios econômicos por mais60 anos, apesar das decisões tomadas pela Assembleia Geral das Nações Unidas contra essas medidas. Gostaria tambémcondenar a violência extrema que afeta a FaixaGaza, particularmente o massacremulheres e crianças, o que significa uma tentativaextermínio do povo palestino.
Senhoras e senhores,
Para o progresso, precisamospaz e, para o desenvolvimento, precisamossegurança e cooperação. &nbsp;
Muito obrigada.

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Mundo

"Para o progresso, precisamospaz e, para o desenvolvimento, precisamossegurança e cooperação", diz Dilma no BRICS

247 - A presidente do Novo BancoDesenvolvimento (NDB), conhecido como Banco do Brics, Dilma Rousseff, enfatizou que a expansão do númeromembros do banco é uma prioridade essencial para reforçarfunção como uma “plataformacooperação” voltada para o Sul Global.&nbsp;
“Outro item que está no topo da listaprioridades do NDB é a expansão do númeromembros. Novos membros reforçam o papel do bancoser uma plataformacooperação entre os países do Sul Flobal”, disse Dilma nesta quarta-feira (23), duranteparticipação na Cúpula dos Brics,Kazan, na Rússia,acordo com o<a href="https://www.metropoles.com/mundo/no-brics-dilma-defende-plataforma-de-cooperacao-com-o-sul-global"> Metrópoles</a>.&nbsp;
Em seu discurso, Dilma ressaltou que a crescente interconexão entre os países participantes facilita a criaçãouma infraestrutura financeira alicerçada no multilateralismo eum mundo multipolar. A presidente do NDB também destacou os avanços significativos do banco nos últimos trimestres, que permitiram a aprovaçãouma significativa redução nos custos dos empréstimos. “Isso atende a um pedidolonga data dos nossos acionistas”, comentou.
O discurso ocorreuum contextocrescente diálogo entre os líderes do bloco, incluindo uma reunião entre Dilma e o presidente russo, Vladimir Putin, na terça-feira (22). Na reunião, Putin também abordou a importância dos pagamentosmoedas locais, afirmando que essa prática pode reduzir as taxasserviço da dívida e aumentar a independência financeira dos países-membros do Brics.&nbsp;
“O aumento dos pagamentosmoedas locais permite reduzir as taxasserviço da dívida, aumentar a independência financeira dos países-membros do Brics, minimizar os riscos geopolíticos e, tanto quanto possível no mundohoje, libertar o desenvolvimento econômico da política.”, disse Putin na ocasião.&nbsp;
Dilma, porvez, reforçou a urgência das necessidades financeiras dos países do sul global, afirmando que “neste momento, os países do sul global necessitam urgentementefinanciamento e as condições para o obter são bastante complexas.

Presidente do Novo BancoDesenvolvimento (NBD), Dilma Rousseff.

Dilma defende expansão do Banco do Bricsdiscurso na CúpulaKazan

247 - As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura da Cúpula do BRICS, ocorrida nesta quarta-feira (23)Kazan, na Rússia, trouxeram à tona a importância do bloco como um ator econômico relevante no cenário global e reforçaram a necessidadedesdolarização das economias emergentes.
Lula ressaltou que o BRICS, que representa mais3,6 bilhõespessoas e 36% do PIB globalparidadepodercompra, desempenhou um papel crucial no crescimento econômico mundial nas últimas décadas. “Juntos, somos mais3,6 bilhõespessoas que integram o mercado dinâmico, com elevada mobilidade social”, afirmou. Ele também destacou a riqueza natural dos países membros, que detêm 72% das pedras raras do planeta, 76% do manganês e 50% do grafite.&nbsp;
Contudo, Lula criticou a lógicafinanciamento internacional que beneficia as nações ricasdetrimento dos paísesdesenvolvimento. “É um Plano Marshall às avessas,que as economias emergentes edesenvolvimento financiam o mundo desenvolvido”, alertou.
Durante seu discurso, o presidente brasileiro destacou que as iniciativas e instituições do BRICS rompem com essa lógica, promovendo um comércio mais equilibrado. “As exportações brasileiras para os países do BRICS cresceram 12 vezes entre 2003 e 2023. O BRICS é hoje a origemquase um terço das importações do Brasil”, detalhou. Ele também mencionou a criação da Aliança EmpresarialMulheres, uma rede que visa fomentar o empoderamento econômico feminino e combater desigualdadesgênero.
O Novo BancoDesenvolvimento (NBD), sob a liderançaDilma Rousseff, foi destacado como uma alternativa às instituições tradicionaisfinanciamento. Com quase 100 projetos emcarteira e investimentos que somam US$ 33 bilhões, o NBD se propõe a fortalecer as economias locais sem impor condicionais. “Em vezoferecer programas que impõem condicionalidades, o NBD financia projetos alinhados às prioridades nacionais”, defendeu Lula.
O presidente enfatizou a urgênciadiscutir meiospagamentos alternativos para transações entre os países do BRICS, afirmando que a desdolarização é essencial para uma verdadeira ordem multipolar. “Não se tratasubstituir nossas moedas, mas é preciso trabalhar para que a ordem multipolar que almejamos se reflita no sistema financeiro internacional”, destacou, conclamando os líderes a não adiarem essa discussão fundamental.
O presidente Lula participou da Cúpula do BRICS por meiovideoconferênciafunção do acidente doméstico sofrido no último finalsemana, que o impediufazer viagenslonga distância.&nbsp;
Leia o discursoLula na íntegra:&nbsp;
Mesmo sem estar pessoalmenteKazan, quero registrar minha satisfaçãome dirigir aos companheiros do BRICS. Quero agradecer o apoio que os membros do grupo têm estendido à presidência brasileira do G20.
Seu respaldo foi fundamental para avançariniciativas que são cruciais para a redução das desigualdades, como a taxaçãosuper-ricos.
Nossos países implementaram nas últimas décadas políticas sociais exitosas que podem servirexemplo para o resto do mundo.
A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza já estáfase avançadaadesões.
Convido todos a se somarem à iniciativa, que nasceu no G20, mas está aberta a outros participantes.
O BRICS é ator incontornável no enfrentamento da mudança do clima.
Não há dúvidaque a maior responsabilidade recai sobre os países ricos, cujo históricoemissões culminou na crise climática que nos aflige hoje.
É preciso ir além dos 100 bilhões anuais prometidos e não cumpridos, e fortalecer medidasmonitoramento dos compromissos assumidos.
Os dados da ciência exprimem um sentidourgência sem precedentes.
O planeta é um só e seu futuro depende da ação coletiva.
Também cabe aos países emergentes fazerparte para limitar o aumento da temperatura global a um grau e meio.
Na COP 30,Belém, vamos juntos mostrar que é possível conciliar maior ambiçãonossas Contribuições Nacionalmente Determinadas com o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas.
Na presidência brasileira do BRICS, queremos reafirmar a vocação do bloco na luta por um mundo multipolar e por relações menos assimétricas entre os países.
Não podemos aceitar a imposição“apartheids” no acesso a vacinas e medicamentos, como ocorreu na pandemia, nem no desenvolvimento da Inteligência Artificial, que caminha para tornar-se privilégiopoucos.
Precisamos fortalecer nossas capacidades tecnológicas e favorecer a adoçãomarcos multilaterais não excludentes,que a voz dos governos prepondere sobre interesses privados.
O BRICS foi responsável por parcela significativa do crescimento econômico mundial nas últimas décadas.
Juntos, somos mais3,6 bilhõespessoas, que integram mercados dinâmicos com elevada mobilidade social.
Representamos 36% do PIB global por paridadepodercompra. Contamos com 72% das terras raras do planeta, 75% do manganês e 50% do grafite.
Entretanto, os fluxos financeiros continuam seguindo para nações ricas.
É um Plano Marshall às avessas,que as economias emergentes edesenvolvimento financiam o mundo desenvolvido.
As iniciativas e instituições do BRICS rompem com essa lógica.
A atuação do Conselho Empresarial contribuiu para ampliar o comércio entre nós.
As exportações brasileiras para os países do BRICS cresceram doze vezes entre 2003 e 2023.
O BRICS é hoje a origemquase um terço das importações do Brasil.
A Aliança EmpresarialMulheres está criando redes para fomentar o empoderamento econômico feminino e combater as desigualdadesgênero que persistem.
Por meio do MecanismoCooperação Interbancária, nossos bancos nacionaisdesenvolvimento vão estabelecer linhascréditomoedas locais, que reduzirão os custostransaçãopequenas e médias empresas.
O Novo BancoDesenvolvimento (o NDB), que neste ano completa dez anos, tem investido na infraestrutura necessária para fortalecer nossas economias e promover uma transição justa e soberana.
Sob a liderança da companheira Dilma Rousseff, o NDB conta atualmente com uma carteiraquase 100 projetos e com financiamentos da ordem33 bilhõesdólares.
Ele foi pensado para ser bem-sucedido onde as instituiçõesBretton Woods continuam falhando.
Em vezoferecer programas que impõem condicionalidades, o NDB financia projetos alinhados a prioridades nacionais.
Em vezaprofundar disparidades,governança se assenta na igualdadevoto.
Agora é chegada a horaavançar na criaçãomeiospagamento alternativos para transações entre nossos países.&nbsp;
Não se tratasubstituir nossas moedas. Mas é preciso trabalhar para que a ordem multipolar que almejamos se reflita no sistema financeiro internacional.
Essa discussão precisa ser enfrentada com seriedade, cautela e solidez técnica, mas não pode ser mais adiada.
Muitos insistemdividir o mundo entre amigos e inimigos. Mas os mais vulneráveis não estão interessadosdicotomias simplistas.
O que eles querem é comida farta, trabalho digno e escolas e hospitais públicosacesso universal equalidade.
É um meio ambiente sadio, sem eventos climáticos que ponhamriscosobrevivência.
É uma vidapaz, sem armas que vitimam inocentes.
Como disse o presidente Erdogan na Assembleia Geral da ONU, Gaza se tornou “o maior cemitériocrianças e mulheres do mundo”.
Essa insensatez agora se alastra para a Cisjordânia e para o Líbano.
Evitar uma escalada e iniciar negociaçõespaz também é crucial no conflito entre Ucrânia e Rússia.
No momentoque enfrentamos duas guerras com potencialse tornarem globais, é fundamental resgatar nossa capacidadetrabalhar juntosprolobjetivos comuns.
Por isso, o lema da presidência brasileira será “Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável”.
Companheiros, espero vê-los na próxima Cúpula para construir mais um capítulo da nossa história comum.
Muito obrigado presidente Putin e muito obrigado aos companheiros que estãoKazan.

Lula destaca poderio econômico do BRICS e defende desdolarização: "essa discussão não pode ser mais adiada"

Por Lucas Pordeus León - Repórter da Agência Brasil
Em reunião nesta terça-feira (22) com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, a presidenta do Banco do Brics, Dilma Rousseff, defendeu a ampliação do bloco e o aumento dos financiamentosmoedas nacionais,substituição ao dólar.
Ex-presidenta brasileira, Dilma destacou que os países do Sul Global têm necessidades financeiras muito grandes e que há dificuldades para conseguir esses empréstimos.
“Tivemos investimentos bastante elevados, mas ainda não o suficiente para as necessidades dos países do Brics. Por isso é muito importante disponibilizar financiamentomoeda local atravésplataformas específicas. O Novo BancoDesenvolvimento [NBD] tem o compromissoviabilizar não só financiamentoprojetos soberanos, mas tambémprojetos da iniciativa privada”, afirmou Dilma Rousseff.
O Sul Global é o termo usado para se referir aos países pobres ou emergentes que, emmaioria, estão localizados no Hemisfério Sul do planeta.
O presidente russo agradeceu a presença da presidente do NBD – o Banco do Brics –Kazan, na Rússia, que recebe a 16ª cúpula do bloco entre esta terça (22) e quinta-feira (24). Além disso, Putin elogiou o trabalho da ex-presidenta do Brasil à frente da principal instituição financeira do grupo e defendeu o aumento do usomoedas nacionais.
“Agradecemos muito o que você fez nos últimos anos. O aumento dos pagamentosmoedas locais permite reduzir as taxasserviço da dívida, aumentar a independência financeira dos países-membros do Brics, minimizar os riscos geopolíticos e, tanto quanto possível no mundohoje, libertar o desenvolvimento econômico da política”, enfatizou Putin.
O mandatário russo destacou ainda que, desde 2018, o Banco do Brics financiou mais100 projetos totalizando maisUS$ 33 bilhões. Um dos objetivos do bloco tem sido oaumentar o usomoedas próprias no comércio entre os países membros, <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2024-10/cupula-do-brics-na-russia-mira-alternativa-ao-dolar-e-ao-fmi" target="_blank">reduzindo a dependência do dólar</a>.
Está prevista ainda na Cúpula do Brics a apresentação, por Dilma Rousseff,um relatório com um balanço do NBD na quinta-feira (24), durante a sessão do Brics +, que deve reunirtorno32 representantespaíses da Ásia, África e América Latina. Dilma preside o banco até julho2025.
Durante a reunião com Putin nesta terça-feira, a ex-presidenta brasileira ainda defendeu a expansão do bloco, que é um dos principais temas da cúpula atual na Rússia. “O Brics está agoraum processogrande amadurecimento. Espero que possamos ter uma expansão maior dos países do Brics para os países do Sul Global e que possamos definir os novos rumos que devemos trilhar nos próximos anos”, completou Dilma Rousseff.
A cúpula deste ano deve <a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2024-10/cupula-do-brics-define-criterios-para-paises-se-associarem-ao-bloco" target="_blank">definir os critérios</a> para os países interessados ingressarem no blocouma nova modalidade,membros associado. Existem cerca30 países que mostraram interesseparticipar do Brics.&nbsp;
Lula - Putin também conversou por telefone nesta terça-feira com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não pôde comparecer à cúpula devido a um acidente doméstico no último finalsemana. Ambos lamentaram a ausência do chefeEstado do Brasil, mas Lula prometeu participar da reunião dos países-membros por videoconferência.
O primeiro dia da Cúpula do Brics também contou com reuniões do presidente russo, Vladmir Putin, com os presidentes da China, Xi Jinping, e da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Com Putin, Dilma defende expansão do Brics e usomoedas locais

247 - O presidente da Rússia, Vladimir Putin, enfatizou a necessidadeexpandir o comércio utilizando moedas nacionais como estratégia. A declaração ocorreu durante uma reunião com a ex-presidente do Brasil e atual presidente do Novo BancoDesenvolvimento (NBD - Banco do BRICS), Dilma Rousseff, que manifestou apoio à proposta.&nbsp;
“Um aumento dos pagamentosmoedas nacionais torna possível minimizar os riscos políticos externos”, afirmou Putin,acordo com a AFP. A reunião contou ainda com a participação da presidente do Banco Central Russo, Elvira Nabiulina, e do ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov
Desde o início da invasão da Ucrânia2022, a Rússia tem enfrentado severas sanções ocidentais, especialmentenatureza financeira. Nesse cenário, Putin frequentemente defende a redução da dependência da economia russarelação ao dólar, que Moscou classifica como uma moeda "tóxica". Para Putin, a criaçãoum sistema internacionalpagamentos poderia fornecer uma alternativa ao sistema Swift, do qual a maioria dos bancos russos foi excluída devido às sanções.
Durante a reunião, Dilma Rousseff também enfatizou a urgênciaaumentar o comérciomoedas nacionais e que, atualmente, os países do Sul Global enfrentam grandes desafios para conseguir financiamento. “No momento, os países do Sul Global têm uma grande necessidadefinanciamento, mas as condições para obtê-lo são muito complicadas”, disse.&nbsp;
A criação do NBD, que serve como uma alternativa ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e ao Banco Mundial, duas instituições consideradas controladas por potências ocidentais, representa um passo na busca por maior autonomia financeira para as naçõesdesenvolvimento.&nbsp;

Em reunião com Dilma na Cúpula do Brics, Putin sugere abandono do dólar no comércio internacional

247 - A ex-presidente do Brasil e atual presidente do Novo BancoDesenvolvimento (NBD), também conhecido como Banco do Brics, Dilma Rousseff, fez uma sériedeclarações críticas ao crescente protecionismo no comércio internacional e à políticafinanciamento internacional, que impõe restrições aos paísesdesenvolvimento. 
Ela também criticou o uso dominante do dólar no comércio internacional. “Há uma dicotomia, que é o fatoo dólar ser uma moeda doméstica, nacional, e cumprir um papelreserva internacional”, afirmou Dilma Ela discursou durante a abertura do “States of the Future”, evento paralelo do G20. As declarações foram citadas pelo<a href="https://valor.globo.com/brasil/noticia/2024/07/22/dvida-pblica-se-tornou-obstculo-para-investimentos-em-pases-pobres-diz-dilma-rousseff.ghtml"> Valor Econômico</a>. 
“Essas contradições aumentaram o descasamentoreduçãoriscos praticadas pelos Estados Unidos e pela Europa, produzindo um protecionismo nunca antes visto [para as nações desenvolvidas]”. 
Rousseff ressaltou que o aumento da dívida externa está restringindo o espaço fiscal dos países e dificultando o acesso a financiamentos: “Não só é crescente o volume da dívida externa, o que reduz o espaço fiscal dos países, como vem se tornando ainda mais difícil, ou impossível para alguns países, conseguir financiamento acessível devido às restrições ou à faltaliquidez no mercado internacional”.
Dilma defendeu a necessidadeuma mudança na estrutura econômica do Brasil e do Sul Global: “O Brasil não pode se manter como ‘mero exportadorcommodities e mero consumidor dos benefícios da 4ª Revolução Industrial’”. Ela também criticou o “pensamento único” que opõe Estado e mercado, argumentando que as economias desenvolvidas têm adotado políticas para promoverindustrialização:
“O denominado pensamento único, que construiu uma falsa oposição entre Estado e mercado e impôs ao Sul Global o preconceito contra a atuação do Estado, vem sendo questionado pela própria atuação das economias desenvolvidas, que têm adotado políticas para fazer desenvolverprópria industrialização”.

Economia

Dilma critica dependência do dólar e defende papel do Estado na economia

247 - O Novo BancoDesenvolvimento (NBD), popularmente conhecido como Banco do Brics, está se preparando para um marco significativo emtrajetóriaoito anos. Em uma entrevista ao <a href="https://www.globaltimes.cn/page/202406/1313998.shtml">Global Times</a>, a presidente do NBD e ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, revelou que o banco planeja aprovar seus primeiros empréstimosyuan para clientes fora da China ainda este ano ou no início2025.
"Esta iniciativa é uma espécieprograma piloto para observar seu desempenho e considerar uma possível ampliaçãomaior escala", afirmou Dilma. O movimentooferecer empréstimosyuan sublinha o compromisso do NBD com a diversificação e a inovaçãoseu portfólioempréstimos, especialmenteum momentoalta volatilidade nas taxasjuros e câmbiotodo o mundo.
Desdefundação2014,Fortaleza, no Brasil, o NBD tem buscado preencher lacunas deixadas por instituições financeiras tradicionais, como o FMI e o Banco Mundial. Com uma ênfasefornecer condiçõesempréstimos que respeitem a soberania dos países membros, o banco tem evitado as rigorosas condicionalidades frequentemente associadas a outras instituições financeiras multilaterais.
Dilma destacou que uma das maiores forças do NBD é a igualdadevoz e poder entre seus membros fundadores. "Nenhum país detém o poderveto; todos têm uma voz igual. Isso contrasta fortemente com o modelogovernançaoutras instituições multilaterais, onde as economias avançadas geralmente possuem a maioria do poderdecisão".
A presidente também mencionou a importânciafinanciarmoedas locais. "Estamos comprometidosoferecer pelo menos 30% dos nossos empréstimosmoedas locais dos países receptores2022 a 2026", disse Rousseff. O banco já começou a emitir empréstimosyuan chinês e rand sul-africano, com planosexpandir para a rúpia indiana e o real brasileiro no próximo ano. Esta estratégia não só oferece condições mais favoráveis para empréstimos soberanos, mas também fornece uma proteção vital contra as flutuações nas políticascâmbio do dólar.
O NBD tem um compromisso forte com projetosdesenvolvimento sustentável. Aproximadamente 40% do seu financiamento é direcionado para iniciativas que contribuem para a mitigação das mudanças climáticas, adaptação e transição energética. Dilma afirmou que o banco está alinhado com os objetivosdesenvolvimento sustentávelseus países membros e apoia a execuçãoprojetosinfraestrutura essenciais. "Estamos empenhadospromover a cooperação bilateral e multilateral enquanto trabalhamos para construir um mundo multipolar e multilateral", explicou, destacando o papel do NBDapoiar a Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI) da China. Segundo ela, a BRI não só fortalece a infraestrutura global, mas também promove ciência, tecnologia e inovação, essenciais para a industrialização e o desenvolvimentoalta qualidade dos países membros do NBD.
À medida que o NBD avança, enfrenta desafios significativos, especialmenteum cenário econômico globalconstante mudança. No entanto, Dilma permanece otimista. Ela acredita que o banco está bem posicionado para navegar pelas complexidades da economia global e apoiar o crescimento sustentável dos mercados emergentes. "Em comparação com outras instituiçõesdesenvolvimento, temos uma estrutura que valoriza a igualdade e a soberania dos nossos membros. Não impomos condições rigorosas e buscamos soluções inovadoras, como empréstimosmoedas locais, que beneficiam diretamente os países receptores", afirmou.
A expansão da membresia é outro objetivo crucial para o NBD. Recentemente, o banco começou a explorar oportunidadesfinanciamentoBangladesh e no Egito, com visitasdelegações do NBD a esses países para definir projetos futuros. "A expansão da membresia é fundamental para que o NBD se torne um banco maior e mais inclusivo", disse Rousseff.
Com o 80º aniversário do sistemaBretton Woods se aproximando, Dilma destacou a necessidade urgentereformar o sistema financeiro global centrado no dólar. "O sistema atual favorece desproporcionalmente os EUA, permitindo-lhes imprimir dinheiro à vontade e acumular um déficit fiscal massivo. Isso cria uma cargadívida enorme para os paísesbaixa e média renda", disse ela.
Para ela, a resposta estáum sistema financeiro global mais equilibrado, que dê voz e representação adequadas aos mercados emergentes. Ela defende o uso ampliadomoedas locais e a diversificação das reservasmoedas como passos cruciais para alcançar um sistema mais equitativo. "O mundo está caminhando para uma transição, sejaforma imediata ou a médio prazo, para um sistemamúltiplas moedasreserva global", concluiu Rousseff, sublinhando o papel vital dos paísesdesenvolvimento, como a China,liderar esse movimento para um sistema monetário mais multipolar.

Banco do Brics planeja aprovar primeiros empréstimosmoeda chinesa para clientes fora da China, diz Dilma

Agência Sputnik - O presidente russo, Vladimir Putin, se reunirá com a presidente do Novo BancoDesenvolvimento do BRICS, Dilma Rousseff, à margem do Fórum Econômico InternacionalSão Petersburgo (SPIEF),6junho, disse o assessor do Kremlin, Yuri Ushakov, nesta terça-feira.
“Está marcada uma sessão plenária para o dia 6junho, e nosso presidente terá uma conversa com a presidente do Novo BancoDesenvolvimento, a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff, no Palácio do Congresso Nacional. do Brasil", disse Ushakovum briefing antes do SPIEF.
O encontro será dedicado à participação do banco no financiamentoprojetos, inclusive na Rússia, acrescenta o comunicado oficial.
“Temos dúvidas sobre as atividades deste banco,cuja formação estivemos diretamente envolvidos. Essas questões serão discutidas”, disse Ushakov.

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