247 - Em uma pequena casapix7 bet homeGaza, onde o cheiropix7 bet homepão recém-assado misturava-se com o som ensurdecedor dos combates ao redor, a cenapix7 bet homeum cirurgião improvisado salvando a vidapix7 bet homesua sobrinha capturou a essência brutal da guerra. Ahed, uma adolescente gravemente ferida, sangrava na mesa da cozinha quando seu tio, Hani Bseso, um ortopedistapix7 bet home52 anos, teve que tomar uma decisão desesperada. Sem instrumentos cirúrgicos, anestésicos ou antibióticos, ele usou uma facapix7 bet homecozinha, tesouras e linhapix7 bet homecostura para amputar a perna da jovem.
“Ela estava gravemente ferida”, Bseso recorda, “e sem nenhuma ferramenta, nenhum anestésico, nada, tive que encontrar uma maneirapix7 bet homesalvarpix7 bet homevida”, relata o médicopix7 bet homereportagem do The New York Times, reproduzida pelo jornal <a href="https://oglobo.globo.com/mundo/noticia/2024/06/19/sem-anestesia-e-sujeitos-a-graves-infeccoes-sistema-de-saude-em-colapso-cria-multidao-de-amputados-em-gaza.ghtml">O Globo</a>.&nbsp;
O genocídio promovido por Israel na Faixapix7 bet homeGaza já deixou maispix7 bet home37 mil mortos e um número ainda maiorpix7 bet homeferidos no enclavepix7 bet homeGaza, segundo autoridades locaispix7 bet homesaúde. Dentre os 85 mil feridos, muitos enfrentam a dura realidade das amputações. A situaçãopix7 bet homeGaza se agrava ainda mais devido ao colapso do sistemapix7 bet homesaúde local. Com hospitais destruídos ou funcionando com escassez severapix7 bet homesuprimentos médicos essenciais, como anestésicos e antibióticos, os médicos são forçados a amputar membros que poderiam ser salvospix7 bet homeoutras circunstâncias.
“Não há boas opções lá”, afirmou Ana Jeelani, cirurgiã ortopédicapix7 bet homeLiverpool, Inglaterra, que passou duas semanas no Hospital al-Aqsapix7 bet homemarço. Ela descreve uma luta constante contra a faltapix7 bet homesuprimentos e as condições insalubres que facilitam infecções fatais. “A esterilização completa é impossível. As bandagens acabam, o sangue disponível é insuficiente, e os pacientes ficampix7 bet homecamas sujas – é uma tempestade perfeita para infecções".
Seema Jilani, conselheira sêniorpix7 bet homesaúdepix7 bet homeemergência para o Comitê Internacionalpix7 bet homeResgate, compartilha históriaspix7 bet homehorrorpix7 bet homesuas duas semanaspix7 bet homeGaza. Entre as memórias que ela não consegue apagar está apix7 bet homeum meninopix7 bet homeseis anos, cobertopix7 bet homequeimaduras e sem um pé, e uma menina sem os dois pés. “Havia um bebê sem o braço e a perna direita, sangrando e necessitandopix7 bet homeum dreno torácico que não estava disponível. Ele não recebeu nada para a dor e não havia macas. Um cirurgião ortopédico tentou estancar o sangramento, mas não levou o bebê à salapix7 bet homeoperações porque havia casos mais urgentes".
A guerra trouxe um "inferno cheiopix7 bet homecenaspix7 bet homepesadelo", diz Jilani. “Tentei imaginar o que pode ser mais urgente do que um bebêpix7 bet homeum ano sem mão, sem perna, sufocando com seu próprio sangue. Isso lhe dá uma ideia da escala dos ferimentos que estamos vendo.”
A UNICEF estimoupix7 bet homenovembro que cercapix7 bet homemil crianças palestinas haviam perdido uma ou ambas as pernas devido aos combates, um número que provavelmente aumentou nos últimos meses.

Menina palestina que teve membro amputado após ser feridapix7 bet homeataque israelense

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