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Especialistas dão orientações e campanha busca proibir artefatos
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Por Pedro Rafael Vilela, repórter da Agência Brasil - Para boa parte das pessoas, a festaqual as melhores casas de apostasfimqual as melhores casas de apostasano, como a noitequal as melhores casas de apostasRéveillon, marcada por grandes celebrações - é um momentoqual as melhores casas de apostasalegria, empolgação e confraternização. Mas parte da comunidadequal as melhores casas de apostasseres vivos pode viver situaçõesqual as melhores casas de apostasextremo sofrimento nessas ocasiões, levando a ferimentos severos, sequelas e até mortes,qual as melhores casas de apostasdecorrência dos ruídos causados por rojões e fogosqual as melhores casas de apostasartifício com estampidos.As luzes que anunciam o novo ano, uma tradição secular mundo afora, não costumam ser positivas para animais domésticos e silvestres, e nem para pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) ou com muita sensibilidade sonora. O assunto é sério, preocupa especialistas, tutores, vítimas e mobiliza autoridades, inclusive o Congresso Nacional, que analisa um projetoqual as melhores casas de apostaslei para proibir artefatos pirotécnicos que emitem sons muito altos.
Os animais possuem um alcance auditivo muito superior ao dos seres humanos. No caso dos cães, por exemplo, eles conseguem ouvir sons até quatro vezes mais distantes que a audição equal as melhores casas de apostasfrequências muito mais altas. Além disso, segundo especialistas, eles não compreendem a origem do barulho, o que agrava a sensaçãoqual as melhores casas de apostasperigo. É como se estivessem diantequal as melhores casas de apostasuma ameaça iminente, sem possibilidadequal as melhores casas de apostasfuga ou proteção.
"Os fogos com estampidos causam grande sofrimento aos animais devido àqual as melhores casas de apostasaudição extremamente sensível. Eles conseguem captar frequências sonoras que nós não percebemos, e o barulho repentino e alto dos fogos é interpretado como uma ameaça. Isso pode gerar reações como medo extremo, pânico e até dor física. Muitos entramqual as melhores casas de apostasdesespero, tentando fugir, o que pode causar acidentes graves, como quedas ou enforcamentoqual as melhores casas de apostascoleiras. Em casos extremos, animais com problemas cardíacos ou respiratórios podem até sofrer colapsos fatais", descreve o professor Neander Oíbio, mestre e profissionalqual as melhores casas de apostasmedicina veterinária.
No DF, uma leiqual as melhores casas de apostas2020 proíbe a comercialização, o manuseio, a queima e a solturaqual as melhores casas de apostasfogosqual as melhores casas de apostasartifício ou artefatos pirotécnicos com ruídos, com exceção daqueles que tenham efeitos visuais sem sonoridade, ou com uma menor intensidade (até 100 decibéis). Alémqual as melhores casas de apostasser prática ilegal, a comercialização configura crime do artigo 253 do Código Penal, com pena máximaqual as melhores casas de apostasdois anosqual as melhores casas de apostasdetenção.
Especialistas ouvidos pela reportagem apontam que o impacto dos estampidos varia entre as espécies da fauna e, claro, entre humanos,qual as melhores casas de apostasacordo com o perfil. Os caninos costumam demonstrar medoqual as melhores casas de apostasforma mais visível, com latidos, choros ou tentativasqual as melhores casas de apostasfuga. Já os gatos tendem a se esconder e podem apresentar alterações comportamentais mais sutis, mas não menos preocupantes.
"Os gatinhos sofrem muito com o ruído e as 'explosões' dos fogosqual as melhores casas de apostasartifício, pois acreditam ser uma situaçãoqual as melhores casas de apostasperigo. Logo, correm para se salvar, o coração dispara forte. Muitos se perdemqual as melhores casas de apostascasa, outros se ferem gravemente, e há os que não resistem e vêm a óbito, infartam por causa da descarga pesadíssimaqual as melhores casas de apostasadrenalina e afins no organismo", relata a professora Juliane Araripe, que coordena a organização Maternidade Felina, uma redequal as melhores casas de apostasprotetores voluntários independentes, com atuaçãoqual as melhores casas de apostasBrasília, que trabalha no resgate, acolhimento e encaminhamentoqual as melhores casas de apostasdoação responsávelqual as melhores casas de apostasgatos. O coletivo tem atualmente 150 animais abrigados.
Sofrimento silvestre - As aves estão entre as espécies mais afetadas, porque são extremamente sensíveis a ruídos altos, podendo sofrer ataques cardíacos pelo estresse, abandonar os ninhos e perder a orientaçãoqual as melhores casas de apostasvoo, se chocando contra árvores e outros obstáculos. Em ambientes rurais, animaisqual as melhores casas de apostascriação, como cavalos, bovinos e galinhas, podem entrarqual as melhores casas de apostasdesespero, resultandoqual as melhores casas de apostasferimentos e também óbitos.
"Quando um estalido desse ocorre, muitas sensações podem ser percebidasqual as melhores casas de apostasautistas, desde cefaleia, sensaçãoqual as melhores casas de apostasagulhadas na cabeça, sensação desorientação, e essa é muitíssimo perigosa, porque se a pessoa não foi orientada ao longo da vida sobre o que que ela tem sensibilidade, ela não saberá como agir nesse momento", argumenta a médica.
Campanha contra o estampido - Além do DF, outras unidades da federação, como Goiás e Amapá, alémqual as melhores casas de apostascidades como São Paulo, Campo Grande, Belo Horizonte, Porto Alegre e Curitiba possuem legislações que proíbem fabricação e vendaqual as melhores casas de apostasfogosqual as melhores casas de apostasartifício com estalido acimaqual as melhores casas de apostasdeterminado volume sonoro.
Em outubro deste ano, o Senado Federal aprovou um projetoqual as melhores casas de apostaslei,qual as melhores casas de apostasautoria do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que proíbe,qual as melhores casas de apostastodo o território nacional, a fabricação, o comércio, o transporte, o manuseio e o usoqual as melhores casas de apostasfogosqual as melhores casas de apostasartifícioqual as melhores casas de apostasestampido equal as melhores casas de apostasartefatos pirotécnicos que produzam ruídos. Fogos destinados à exportação ficamqual as melhores casas de apostasfora desse veto. Pela proposta, a empresa que descumprir a legislação estará sujeita à multaqual as melhores casas de apostasaté 20% sobre o faturamento bruto. Quem utilizar os produtos poderá ser multado ainda entre R$ 2,5 mil e R$ 50 mil. O texto agora estáqual as melhores casas de apostasanálise na Câmara dos Deputados.
Em ação que busca garantir celebrações mais inclusivas e respeitosas, o Instituto Cultural e do Bem-Estar Animal (ICBEM), que atuaqual as melhores casas de apostasBrasília, lançou ampla campanhaqual as melhores casas de apostasconscientização contra o usoqual as melhores casas de apostasfogosqual as melhores casas de apostasartifício com ruídos. Alémqual as melhores casas de apostascobrar fiscalização da legislação local, a campanha também promove o usoqual as melhores casas de apostasfogosqual as melhores casas de apostasbaixo estampido, sem causar danos à saúde e ao bem-estarqual as melhores casas de apostaspessoas e animais. "Fogos luminosos oferecem um espetáculo igualmente bonito e mais inclusivo, alinhando tradição com responsabilidade social", afirma Gleison Willy, presidente do instituto.