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Febre oropouche: entenda a doença que atinge o Amazonas e tem sintomas como os da dengue

Nos primeiros 15 diassite apostas esports2024, o estado confirmou mais da metade dos casos registrados no ano passado inteiro e emitiu alerta epidemiológico

Mosquitos (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / ABr)

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Por Fernanda Bassette, da Agência Einstein - O Amazonas registrou mais da metade do númerosite apostas esportscasossite apostas esportsfebre oropouche na primeira quinzenasite apostas esportsjaneiro deste ano,site apostas esportscomparação com todo o ano passado — foram 223 casos da doença nas primeiras duas semanassite apostas esports2024, contra 424 registros totalizadossite apostas esportsjaneiro a dezembrosite apostas esports2023. Devido ao aumento expressivosite apostas esportsregistros, a Fundaçãosite apostas esportsVigilânciasite apostas esportsSaúde (FVS) do estado emitiu um alerta epidemiológico.

Segundo o órgão estadual, não há registrosite apostas esportsmortes. A febre oropouche causa sintomas muito parecidos com os da dengue e os da chikungunya e é uma arbovirose, ou seja, é transmitida pela picadasite apostas esportsum mosquito, o Culicoides paraense, também conhecido como maruim. No entanto,site apostas esportsacordo com Tatyana Amorim, diretora-presidente da FVS, os mosquitos do gênero Culex também podem ser vetores. No ciclo selvagem, os hospedeiros são animais primatas e o bicho-preguiça, enquanto no ciclo urbano o ser humano continua sendo o principal hospedeiro.

“A transmissão do vírus ocorre pela picada do mosquito infectado, ou seja, ela ocorre onde há a presença do mosquito maruim. Não há registrosite apostas esportscasossite apostas esportstransmissãosite apostas esportspessoa para pessoa diretamente e os sintomas são muito semelhantes com os da dengue, como dorsite apostas esportscabeça, dor muscular, dor nas articulações, tontura, náusea e diarreia”, explicou Amorim.

O períodosite apostas esportsincubação do vírus ésite apostas esportsquatro a oito dias, quando surgem os primeiros sinais. A manifestação dos sintomas costuma durarsite apostas esportscinco a sete dias, mas, segundo o alerta emitido, a recuperação total do paciente pode levar semanas. Os casos atuais estão concentradossite apostas esportsadultos jovens, com idades entre 20 e 59 anos, embora existam registros confirmadossite apostas esportstodas as faixas etárias.

Casos desde dezembro

O problema começou a se intensificar ainda no passado. De acordo com a FVS,site apostas esports1ºsite apostas esportsdezembrosite apostas esports2023 a 4site apostas esportsjaneirosite apostas esports2024, foram registrados 199 casos da doença no Amazonas. Para efeito comparativo, no mesmo período do ano anterior, foram registrados somente três casos. Por isso, a instituição decidiu emitir o alerta.

Os casos foram detectados por examesite apostas esportspesquisasite apostas esportsarboviroses realizado pelo Laboratório Centralsite apostas esportsSaúde Pública do Amazonas (Lacen-FVS), que, inicialmente, colheu 675 amostras e, assim, detectou os 199 casos da febre (28,48%)site apostas esportsdezembro a iníciosite apostas esportsjaneiro.

Sintomassite apostas esportscomum com outras arboviroses

No documento técnico, a FVS informa que as arboviroses urbanas compartilham sinais clínicos muito semelhantes, o que causa dificuldadesite apostas esportssuspeita inicial pelo profissionalsite apostas esportssaúde e também dificulta a intervenção médica adequada para evitar a ocorrênciasite apostas esportsformas graves e, eventualmente, mortes pela doença. O tratamento é realizado com medicamentos para tratar os sintomas e hidratação. Até o momento, não existe vacina ou um antiviral disponível para a febre oropouche.

De acordo com a infectologista Emy Akiyama Gouveia, do Hospital Israelita Albert Einstein, a emergência do vírus oropouche no Brasil está sendo alertada há anos por cientistas e pesquisadores. Para ela, esse aumento considerável no númerosite apostas esportscasos é preocupante pelo riscosite apostas esportsa doença se espalhar para outros estados.

“O mosquito Culicoides paraense é o transmissor da doença no ciclo urbano que ocorre entre homem – mosquito – homem. No ciclo silvestre, alguns mamíferos e aves são os hospedeiros e a transmissão pode ocorrer por outras espéciessite apostas esportsmosquitos. O homem acaba se infectando acidentalmente ao entrar nas matas e acaba levando a infecção para as cidades, mantendo o ciclosite apostas esportstransmissão. Há uma grande preocupaçãosite apostas esportsque ocorra surtos nas cidades”, explicou a médica.

Gouveia acrescenta que o quadro clínico causado pela febre oropouche é muito semelhante ao da dengue e que nem todos os laboratórios do país estão capacitados para a realização do diagnóstico correto. “O vírus já pode estar circulandosite apostas esportsalgumas regiões do Brasil sem sabermos, sendo que os casos no Amazonas podem estar refletindo apenas a ponta do iceberg”, alertou.

O Amazonas ainda não define o aumentosite apostas esportscasos como um surto, mas reconhece a necessidadesite apostas esportsmonitoramento constante e orienta, no alerta epidemiológico, que todos os casos suspeitos e confirmados devem ser notificados.

Prevenção

As medidassite apostas esportsprevenção são as mesmassite apostas esportsoutras doenças causadas por picadassite apostas esportsmosquitos: usosite apostas esportsrepelentes, principalmente no início e no fim do dia, usar preferencialmente blusasite apostas esportsmanga longa e calça comprida ao adentrar áreassite apostas esportsmata e beirasite apostas esportsrios e usar telas e mosquiteirossite apostas esportsáreas rurais e silvestres. Além disso, é recomendado procurar ajuda médica sempre que apresentar algum sinalsite apostas esportsgravidade, como orienta Gouveia: “em alguns pacientes, não todos, o caso pode evoluir com quadrosite apostas esportsmeningite ousite apostas esportsencefalite [inflamação do cérebro]. Então, quando o paciente tem sintomas tão intensos que não é possível controlar com medicação sintomáticasite apostas esportscasa, é preciso procurar um médico”.

Segundo Amorim, da FVS, a eliminação dos criadouros do mosquito envolve evitar acúmulosite apostas esportslixo, limpar terrenos, caixas d’água, cisternas, realizar vistorias para evitar água parada que propicie que os mosquitos depositem os ovos, entre outras. A FVS também emitiu uma nota técnica orientando sobre a intensificação das açõessite apostas esportsvigilância, prevenção e controle da doença.

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