Entre secas e inundações, Rio Grande do Sul vive eventos extremos com sinaiscomo criar aposta na pixbetmudanças climáticas
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BRASÍLIA (Reuters) - Atingido por duas inundações catastróficas no intervalocomo criar aposta na pixbetapenas seis meses, depoiscomo criar aposta na pixbetter enfrentado quase três anoscomo criar aposta na pixbetseca inclemente, o Rio Grande do Sul virou o exemplo do que as mudanças climáticas podem fazer com eventos já considerados extremos, mas que vêm atingindo proporções cada vez piorescomo criar aposta na pixbetum mundo que não consegue conter o avanço da temperatura global, avaliam especialistas.Nos últimos dias, o Estado foi palcocomo criar aposta na pixbetuma confluência infeliz, explicam cientistas ouvidos pela Reuters. De um lado, um El Niño extremamente forte, com todos os oceanos mais quentes, não apenas o Pacífico, como é comum no fenômeno, e uma ondacomo criar aposta na pixbetcalor no Sudeste e no Centro-Oeste, que aumentou a umidade no ar e favoreceu a chegadacomo criar aposta na pixbetum ar quente e úmido ao Sul do Brasil.
Do outro lado, vinda da Antártida, uma frente fria com chuva e vendaval, mas sem força para empurrar o ar quente. Junto a isso, com o El Niño, as frentes andamcomo criar aposta na pixbetleste para oeste,como criar aposta na pixbetvezcomo criar aposta na pixbetsul para norte, o que faz com que chova mais tempocomo criar aposta na pixbetum só lugar, explica o pesquisador Marcelo Schneider, do Instituto Nacionalcomo criar aposta na pixbetMeteorologia (Inmet).
A combinaçãocomo criar aposta na pixbetfatores, no entanto, não é totalmente fora do comum, mas simcomo criar aposta na pixbetintensidade. Cientistas ouvidos pela Reuters explicam que o Rio Grande do Sul sempre foi o pontocomo criar aposta na pixbetencontrocomo criar aposta na pixbetsistemas tropicais e sistemas polares, o que criava um padrão que inclui períodoscomo criar aposta na pixbetchuvas intensas e outroscomo criar aposta na pixbetseca. A exacerbação dos fenômenos causados pelas mudanças climáticas, no entanto, aumenta o choque desses sistemas, piora fenômenos com El Niño e La Niña, e deixa o clima imprevisível.
Em setembro do ano passado, já sob efeito do El Niño, o Estado ficou debaixo d'água devido à passagemcomo criar aposta na pixbetum ciclone extratropical,como criar aposta na pixbetuma inundação que já era considerada histórica, com maiscomo criar aposta na pixbet50 mortes registradas.
Agora, apenas seis meses depois, novas enchentes quebraram novamente os recordes. Nesse momento, quase metade dos municípios gaúchos foram atingidos pela chuva,como criar aposta na pixbetdiversas regiões do Estado, com ao menos 31 pessoas mortas e maiscomo criar aposta na pixbet70 desaparecidas, segundo dados da Defesa Civil estadual.
"Nem todos anoscomo criar aposta na pixbetEl Niño temos desastres dessa magnitude. É notável que temos cada vez mas desastres e cada vez piores. O aquecimento global muda padrões do clima e eventos extremos se tornam cada vez mais frequentes. Uma atmosfera mais quente retém mais umidade, assim como um oceano mais quente gera mais energia, mais combustível para tempestades severas. Então fica tudo mais potencializado", resume a pesquisadora Karina Lima, doutorandacomo criar aposta na pixbetClimatologia pela UFRGS.
Lima explica que não foram feitos ainda os chamados estudoscomo criar aposta na pixbetatribuição, que verificam se um evento extremo foi tornado mais provável e/ou mais intenso devido às mudanças climáticas. "Mas é muito difícil que um evento dessa magnitude não tenha tido influência", afirma.
O governo trabalha com planoscomo criar aposta na pixbetadaptaçãocomo criar aposta na pixbet15 áreas, que passam por agricultura, infraestrutura, cidades, entre outras. Algumas das medidas, por exemplo, são planoscomo criar aposta na pixbetretiradacomo criar aposta na pixbetmoradorescomo criar aposta na pixbetencostas, sempre vulneráveis à chuva; o desenvolvimentocomo criar aposta na pixbetsementes mais resistentes; estudoscomo criar aposta na pixbetinfraestrutura para construçãocomo criar aposta na pixbetestradas, pontes, etc, que sejam mais resistentes.
"Estamos vivendo essas mudanças climáticas, que estão chegando muito mais rápido e muito mais forte. Precisamos adaptar e mitigar ao mesmo tempo", defendeu.
