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Silvio Almeida sobre PMb2xbetsTarcísio: 'se instaurou uma licença para que os policiais possam agir da maneira que quiserem"

"Quem aposta nesse modelob2xbetspolícia,b2xbetsque o policial mata indiscriminadamente, mas ele também morre, é tudo menos moderado", afirmou o ministro

Silvio Almeida (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil)

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Agência Brasil - O ministrob2xbetsDireitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida criticou a atuação da Polícia Militar do estadob2xbetsSão Paulo na Baixada Santista, durante as operações Escudo e Verão. "Quem aposta nesse modelob2xbetspolícia,b2xbetsque o policial mata indiscriminadamente, mas ele também morre, é tudo menos moderado. É um radical, um extremista, que não tem nenhum tipob2xbetsapego ao que determinam as leis, a Constituição e as normas dos direitos humanos", disse durante agenda na tardeb2xbetshoje, na capital paulista, após ser questionadob2xbetscoletivab2xbetsimprensa.

"O que me parece, portanto, é que se instaurou no estadob2xbetsSão Paulo uma espécieb2xbetslicença para que os policiais possam agir da maneira que quiserem, sem nenhum tipob2xbetscontrole. E nós sabemos já, uma polícia que não tem controle não é polícia. Porque os controles da polícia são os controles da legalidade. Uma polícia que se perde o controle deixab2xbetsser polícia e vira uma milícia", ressaltou.

Segundo ele, quem defende que segurança pública é simplesmente licença para matar não entende da questão. O ministro acrescentou que isso é um jogo que vai enganando a população, enquanto se vê o crescimento dos índicesb2xbetsviolência. "Quem está se sentindo mais seguro com a polícia sem controle? Ninguém se sente seguro."

Almeida afirmou que o ministério tem agido, apesar das limitações que a pasta enfrenta. "Nós temos acompanhado essas violações in loco, por meio da Ouvidoria Nacionalb2xbetsDireito Humanos, temos instado as autoridadesb2xbetscontrole, tanto do Judiciário, como também do Ministério Público, para que ajamb2xbetsacordo com a lei e tomem providênciab2xbetsrelação a isso. E temos proposto também um diálogo com as polícias, para que nós possamos observar que isso que nós estamos fazendo não está nos levando a lugar nenhum", respondeu.

A Baixada Santista foi alvo das Operações Escudo, no ano passado, e Verão, no início deste ano, realizadas pela PM. Com a justificativab2xbetscombate ao crime organizado, o governo do estado deflagrou essas grandes operações após policiais militares serem mortos na região.

A Operação Escudo, deflagrada após a morte do policial militar Patrick Bastos Reis, que foi baleado e mortob2xbetsGuarujá, no dia 27b2xbetsjulhob2xbets2023, matou 28 pessoas no períodob2xbets40 dias, na Baixada Santista. Uma segunda Operação Escudo foi decretadab2xbetsSão Vicenteb2xbets8b2xbetssetembro, resultandob2xbetsmais oito mortes, segundo divulgação do Instituto Sou da Paz.

Neste ano, quando as ações passaram a ser nomeadasb2xbetsOperação Verão, 56 pessoas foram mortas por policiais militares na região, segundo nota da Secretariab2xbetsSegurança Pública (SSP). As mortes ocorreramb2xbetssupostos confrontos com a polícia desde o dia 2b2xbetsfevereiro, quando o policial militar Samuel Wesley Cosmo foi mortob2xbetsSantos, durante patrulhamento. Na ocasião, a SSP informou que as polícias civil e militar se mobilizaram para localizar e prender os envolvidos no crime contra Cosmo.

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Resultados

Levantamento realizado pelo Instituto Sou da Paz, a partir da análiseb2xbetsdados da SSP, mostrou que as operações deflagradas pela Polícia Militar na Baixada Santista, no ano passado, não resultaramb2xbetsavanços na redução da criminalidade violenta, colocaram a vidab2xbetspoliciaisb2xbetsrisco, alémb2xbetsviolar direitos das populações periféricas da região.

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