Mãesbrazino apostasjovens mortos pela polícia viram bolsistasbrazino apostasprojeto da UFRJ
Ideia é propor ações para garantir direitos das vítimas da violência
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Agência Brasil - Um grupobrazino apostas100 mães que perderam seus filhosbrazino apostasoperações policiais se reuniu nesta sexta-feira (6) no primeiro encontrobrazino apostasum projeto articulado pela Redebrazino apostasAtenção a Pessoas Afetadas pela Violênciabrazino apostasEstado (Raave) e pela Universidade Federal do Riobrazino apostasJaneiro (UFRJ).Ao longobrazino apostasum ano, elas receberão uma bolsa mensal e irão se envolverbrazino apostasuma sériebrazino apostasdiscussões e pesquisas. Um dos objetivos é chegar ao fim do projeto com uma propostabrazino apostaspolítica pública envolvendo direitos dos atingidos pela violênciabrazino apostasEstado. A iniciativa conta ainda com o fomento do Ministério da Justiça e da Segurança Pública.
A idealização do projeto se deu a partirbrazino apostasatividades desenvolvidas pelo Raave, que é constituída por instituições defensorasbrazino apostasdireitos humanos, movimentosbrazino apostasmães e familiares das vítimas e grupos clínicosbrazino apostasatenção psicossocial. Em parceria com o Institutobrazino apostasPsicologia da UFRJ, algumas dessas mães já recebiam o acolhimento e o acompanhamento na universidade.
Em junho, foi realizado o processo seletivo para a distribuição das 100 bolsas. A UFRJ fará o pagamento ao longobrazino apostas12 meses. Em contrapartida, as mães precisarão se comprometer com as diretrizes do Raave e manter assiduidade nos encontros. No entanto, como muitas morambrazino apostasáreas com presençabrazino apostasorganizações criminosas e onde há frequentes operações policiais, a orientação é para que ninguém se exponha a uma situaçãobrazino apostasperigo. "Se estiver ocorrendo operação policial, nos avisem para ficarmos cientes. Nenhuma pessoa deve colocar a vidabrazino apostasrisco", destacou o advogado Guilherme Pimentel, que integra a coordenação técnica da Raave.
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PerfilEntre as inscritas, 94% têm outros filhos além do que foi assassinado e apenas 9% contavam com algum vínculo empregatício. brazino apostas Mais da metade informou estar desempregada, ser donabrazino apostascasa ou desenvolver trabalho autônomo. Sobre a fontebrazino apostasrenda, a maioria mencionou ser beneficiáriabrazino apostasprogramas sociais, como o Bolsa Família.
O Raave chama atenção que o filho assassinado é, muitas vezes, uma pessoa que auxiliabrazino apostascasa financeiramente e, dessa forma, o episódio gera não apenas a dor da perda, mas também um empobrecimento da família. Ao mesmo tempo, a faltabrazino apostasuma política pública psicossocial dirigida para essas mães acaba criando uma contextobrazino apostasadoecimento, deixando-as consequentemente mais distantes do mercadobrazino apostastrabalho.
"É uma bolabrazino apostasneve, que produz uma sériebrazino apostasoutros problemas, com consequências nefastas para elas e seus outros filhos”, pondera Dejany Ferreira, que também atua na coordenação técnica da Raave. O alto índicebrazino apostasengajamento na luta por direitos é apontado como um mecanismobrazino apostasproduçãobrazino apostassaúde. Para o Raave, ao se organizarem, essas mulheres criam um ambientebrazino apostasacolhimento psicossocial mútuo.
Uma das bolsistas é Andressa Laranjeiras. Ela é mãebrazino apostasMatheus Laranjeiras, jovem que foi morto durante operação policialbrazino apostasoutubrobrazino apostas2021 na Comunidade Risca Faca,brazino apostasMaricá (RJ). Testemunhas afirmaram na época que a vítima, que não estava envolvida com o crime, foi atingida na cabeçabrazino apostasmeio a uma trocabrazino apostastiros entre os agentes e traficantes.
Todas as atividades do projeto foram planejadasbrazino apostasforma a promover uma aliança entre o conhecimento acadêmico e os saberes populares. Mesmo que mais da metade das participantes nunca tenha passado do ensino fundamental, há uma aposta na capacidade que elas possuem para mobilizar suas vivências, experiências e competências para formularem propostas.
“Para nós, a produçãobrazino apostasqualquer política pública que se pretenda eficiente precisa ter a centralidadebrazino apostasquem vive a realidade. Não podemos produzir nada sobre a vida das pessoas sem as próprias pessoas. Por isso, essas mães serão pesquisadoras e assinarão a coautoria dessa propostabrazino apostaspolítica pública”, explica a professora do Institutobrazino apostasPsicologia da UFRJ Mariana Mollica, coordenadora do programabrazino apostasbolsas.