Somando mortes indiretas, óbitosbet furiaGaza podem chegar a 186 mil, aponta estudo

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Sputnik - Em estudo publicado no The Lancet, pesquisadores apontam que o númerobet furiavítimas fatais no enclave, atualmente estimadobet furia37.396, é subestimado porque não contabiliza as mortes indiretas e corpos ainda sob escombros.

Um estudo feito por pesquisadores da áreabet furiasaúde publicado no periódico científico The Lancet aponta que o númerobet furiamortes decorrentes da ofensiva israelense na Faixabet furiaGaza pode ser bem maior do que o estimado pelas estatísticas oficiais.

Em seu último balanço, divulgadobet furia19bet furiajunho, o Ministério da Saúde palestino aponta um totalbet furia37.396 mortos no enclave desde o início da ofensiva,bet furiaoutubrobet furia2023. Entretanto, pesquisadores apontam que a coletabet furiadados por parte do ministério se torna cada vez mais complicada devido à destruiçãobet furiagrande parte da infraestrutura da Faixabet furiaGaza.

Nesse contexto, a organização não governamental Airwars, que faz análises detalhadasbet furiaincidentes na Faixabet furiaGaza, descobre com frequência nomesbet furiavítimas fatais identificadas que acabaram não sendo incluídos na listabet furiaóbitos. Ademais, a Organização das Nações Unidas (ONU) estima que, até 29bet furiafevereirobet furia2024, 35% dos edifícios na Faixabet furiaGaza foram destruídos, portanto, o númerobet furiacorpos ainda enterrados nos escombros é provavelmente substancial, com estimativas que apontam para maisbet furia10 mil.

Somado a isso, o estudo acrescenta que "conflitos armados têm implicações indiretas na saúde além do dano direto da violência".

"Mesmo que o conflito termine imediatamente, continuará a haver muitas mortes indiretas nos próximos meses e anos por causas como doenças reprodutivas, transmissíveis e não transmissíveis", aponta o estudo.

O texto avalia que o númerobet furiamortes indiretas seja grande dada a intensidade do conflito; a destruição da infraestruturabet furiaassistência médica; a escassez severabet furiaalimentos, água e abrigo; a incapacidade da populaçãobet furiafugir para lugares seguros; e a perdabet furiafinanciamento para a Agência das Nações Unidasbet furiaAssistência aos Refugiados da Palestina no Próximo Oriente (UNRWA, na siglabet furiainglês), uma das poucas organizações humanitárias ainda ativas na Faixabet furiaGaza.

Segundo o estudo, "em conflitos recentes, tais mortes indiretas variambet furiatrês a 15 vezes o númerobet furiamortes diretas", o que levou os pesquisadores à estimativabet furia186 mil mortos.

"Aplicando uma estimativa conservadorabet furiaquatro mortes indiretas por uma morte direta para as 37.396 mortes relatadas, não é implausível estimar que até 186 mil ou até mais mortes poderiam ser atribuídas ao conflito atualbet furiaGaza", aponta o estudo.

Os pesquisadores apontam que um cessar-fogo imediato e urgente na Faixabet furiaGaza é essencial, acompanhadobet furiamedidas para permitir a distribuiçãobet furiasuprimentos médicos, alimentos, água limpa e outros recursos para as necessidades humanas básicas.

"Ao mesmo tempo, há uma necessidadebet furiaregistrar a escala e a natureza do sofrimento neste conflito. Documentar a verdadeira escala é crucial para garantir a responsabilização histórica e reconhecer o custo total da guerra", diz o estudo.