O duplo discurso na controversa política dos Estados Unidos sobre o TikTok
Posição americana contraria as narrativasbr betano com cassinolivre mercado e democracia
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Xinhua - A recente aprovação pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidosbr betano com cassinoum projetobr betano com cassinolei que visa forçar o TikTok a se separarbr betano com cassinosua empresa controladora chinesa, a ByteDance, ou enfrentar uma proibiçãobr betano com cassinotodo o país, gerou uma forte controvérsia internacional. Analistasbr betano com cassinovários países sul-americanos coincidirambr betano com cassinoque a medida reflete uma postura intervencionista e iliberal do Congresso dos Estados Unidos, contrária às suas próprias narrativasbr betano com cassinolivre mercado e democracia.As críticas se concentram na contradição entre as políticas econômicas promovidas pelos Estados Unidos para outros países ebr betano com cassinointervenção diretabr betano com cassinoquestões tecnológicas ebr betano com cassinosegurança nacional, e questionam especialmente a ameaça que essa medida representa para a liberdadebr betano com cassinoexpressão e o livre fluxobr betano com cassinoinformações na esfera digital, não apenas para a sociedade americana, mas para o mundo.
A decisão da Câmara, que ainda não foi ratificada pelo Senado, recebeu uma resposta firme do governo chinês, que pediu aos Estados Unidos que "respeitem sinceramente a economiabr betano com cassinomercado e o princípio da concorrência leal" e forneçam um "ambiente aberto, justo e não discriminatório para empresasbr betano com cassinotodos os países". Alertou também que a China tomará "todas as medidas necessárias para proteger resolutamente seus direitos e interesses legítimos".
De acordo com o professor Gilson Schwarz, da Escolabr betano com cassinoComunicação e Artes da Universidadebr betano com cassinoSão Paulo (USP), os Estados Unidos aplicam uma lógicabr betano com cassinodois pesos e duas medidas que prevalece desde o pós-guerra, evidenciando uma tendência iliberal e anticompetitiva. Os Estados Unidos promovem o liberalismo econômico para outros países, mas internamente agembr betano com cassinoforma intervencionista, especialmentebr betano com cassinoquestões relacionadas à segurança nacional e à tecnologia, seguindo a lógica do "faça o que eu digo, mas não o que eu faço".
Essa atitude leva à aniquilação da informação livre e da liberdadebr betano com cassinoexpressão, que é a base do que é tão frequentemente proclamado como democracia. "Obviamente, as grandes empresas internacionaisbr betano com cassinomídia, as redes, a Amazon, Meta e outras nos Estados Unidos manipulam as informaçõesbr betano com cassinoacordo com as necessidades políticas e econômicasbr betano com cassinosuas empresas. Não acho que isso deva surpreender ninguém. O único problema é que o que está acontecendo nos Estados Unidos pode se refletirbr betano com cassinonossos países também", alertou.
Gonzalo Abascal, secretário editorial do jornal Clarín,br betano com cassinoum artigo publicado a meadosbr betano com cassinomarço, alguns dias após a decisão da Câmarabr betano com cassinoRepresentantes, chamou a atenção sobre a complexidade do problema e previu que a manobra não será ratificada. Ele destacou que, embora o presidente Biden tenha garantido que promulgaria a lei se ela fosse aprovada,br betano com cassinofevereiro passado ele mesmo abriu uma conta no Tik Tok com vistas às próximas eleições presidenciais. Para Abascal, essa é a "síntese perfeita das contradições que as novas plataformas geram nos políticos tradicionais".
O jornalista argentino considerou que o problema do Tik Tok parece ser difícilbr betano com cassinoresolver por dois motivos. "Primeiro, porque a sanção não teria o mesmo consenso no Senado. Mas muito mais porque uma possível proibição entrariabr betano com cassinoconflito com o direito à liberdadebr betano com cassinoexpressão garantido na primeira emenda da Constituição dos Estados Unidos. Qualquer sanção, então, certamente seria anulada pela Suprema Corte", escreveu. Abascal concluiu que, se o Tik Tok fosse proibido nos Estados Unidos, "estaríamos testemunhando o fimbr betano com cassinouma das ideias fundamentais do país mais poderoso, e que se irradiava para grande parte do mundo: a do livre fluxobr betano com cassinoinformações e ideias, mesmo aquelas vindas do exterior".
Em uma carta endereçada a vários jornais chilenos, o professor Sebastián Zárate R., especialistabr betano com cassinoDireito Constitucional e Direito da Informação da Universidade Autônoma, também enfatizou os riscosbr betano com cassinouma possível venda forçada do Tik Tok. Zárate alertou sobre a importânciabr betano com cassinoproteger o direito à liberdadebr betano com cassinoexpressão e criticou a faltabr betano com cassinotransparência nas políticasbr betano com cassinoprivacidade das redes sociais.
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