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Eleições parlamentares europeias: pesquisas apontam uma guinada à direita

A complexa conjuntura continental se enquadra no possível fortalecimento da direita e da extrema direita

Plenário do Parlamento Europeu (Foto: Reuters)

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Por Sergio Ferrari,Berna, Suíça - Entre 6 e 9junho, os cidadãos27 países elegerão os seus 720 deputados ao Parlamento Europeu por escrutínio universal, direto, proporcional e secreto. Essa complexa conjuntura continental se enquadra no possível fortalecimento da direita e da extrema direita, bem como a minimização do debate sobre questões essenciais como as mudanças climáticas.

As eleições começarão na Holanda na quinta-feira, 6junho. Continuarão na Irlanda, na sexta-feira, 7, e na Eslováquia, Letônia e Malta, no sábado, 8. Na República Tcheca, nos dias 7 e 8, enquanto na Itália acontecerão no sábado, dia 8, e no domingo, dia 9. Os cidadãos dos outros vinte países da União Europeia (UE) (Alemanha, Áustria, Bélgica, Bulgária, Chipre, Croácia, Dinamarca, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Lituânia, Luxemburgo, Polônia, Portugal, Romênia e Suécia) irão às urnas no domingo, 9junho.

Os eurodeputados eleitos, que terão o mandato450 milhões dos seus compatriotas na União Europeia, terãonomear uma nova presidência da Comissão Europeia para os próximos cinco anos, alémse constituírem como o novo poder legislativo da UE, papel que será partilhado com o Conselho da União, órgão com representação ministerial dos países.

O primeiro passo após a eleição é formar os diferentes grupos ou bancadas, levandoconta suas respectivas afinidades político-ideológicas. Para que um grupo exista, ele deve reunir pelo menos 23 deputadosum mínimo7 países (https://elections.europa.eu/es/easy-to-read/).

Na última semanamaio, e com basesondagens do institutosondagens alemão Politpro, o jornal Frankfurter Rundschau projetava uma vitória confortável naquele país para as forças democratas-cristãs (CDU/CSU), com 30% das intençõesvoto. Em segundo lugar, está a extrema-direita AfD, com quase 16%. Os socialistas e os Verdes disputam o terceiro lugar, com pouco mais14% cada. À luzoutras pesquisas, o diário alemão projetou resultados na mesma direção, com diferenças percentuais não significativas entre a segunda e a quarta posições.

Sem dúvida, a recente crise da AfD, cujo candidato e cabeçalista, Maximilian Krah, foi penalizado por suas declarações abertamente pró-nazistas, pode prejudicá-la, reduzindo suas expectativas eleitoraisrelação às suas projeções anteriores. No entanto, se essas sondagens se confirmarem, a hegemonia na Alemanha continuará nas mãos da direita democrata-cristã e da extrema-direita xenófoba. (https://www.fr.de/politik/wahl-europaparlament-aktuelle-wahltrends-deutschland-eu-europawahl-umfrage-92831524.html).

Na França,acordo com a pesquisa Ifop-Fiducial, publicada27maio, o Reagrupamento Nacional (RN),Marine Le Pen, com o candidato Jordan Barella à frente da lista, obteria 33,5%. O Renascimento (Renaissance),Emmanuel Macron, ficaria muito atrás, com 16%, enquanto a aliança Partido Socialista-Praça Pública obteria 14,5% dos votos. Os Verdes, os Republicanos e a progressista França Insubmissa oscilariam, segundo essa mesma sondagem, entre 7 e 8% dos votos para cada força. Na França, esses resultados significariam, por um lado, uma dura sanção ao atual governo; por outro, uma vitória inquestionável da extrema-direita lepeniana.

No caso da Itália, segundo o sitenotícias suíço Swissinfo, no finalmaio tudo indicava que a atual primeira-ministra Giorgia Meloni,extrema-direita, poderia vencer com mais27% dos votos, superando assim a principal formaçãooposição, o Partido Democrático (PD),centro-esquerda, que obteria 21%. Em terceiro lugar, e com 16%, estaria o Movimento 5 Estrelas (M5S). As outras duas forçasdireita aliadas a Meloni (Liga e Força Itália) disputariam o quarto e quinto lugar, com 8% cada. Tal comooutros países, também na Itália a tendência predominante aponta para resultados muito bons nas urnas para a extrema-direita e para o espectro da direita (https://www.swissinfo.ch/spa/meloni-busca-catapultar-su-proyecto-ultraderechista-en-la-ue-con-las-elecciones-europeas/78785502).

A situação na França não é muito diferente. Nessa terça-feira (28maio), o site do jornal Le Figaro avaliou o debate televisivo entre líderes políticos franceses sobre as eleições europeias da noite anterior, qualificando-o como "espetáculo angustiante", fazendo eco ao historiador Maxime Tandonnnet, que opinou que "ilustra a grande loucura desse iníciocampanha e a crescente desconexão entre cidadãos e políticos". O título do artigo no Le Figaro é significativo: "Um debate grotesco a imagemuma eleição para desabafar".

Por seu lado, num artigo intitulado "Eleições europeias: uma campanha marcada pelo declínio da ambição ecológica", o diário Le Monde23maio afirmava que, "convertidasbodes expiatórios ou invisíveis, as questões climáticas estão quase ausentes, relegadas à periferia dos debates para as eleições9junho". Segundo o Le Monde, tal omissão poderia muito bem "desesperar cientistas e ativistas" sobre a incapacidade da políticaagirfavor do meio ambiente. Talvez o principal debate programático europeu (e talvez o único do gênero) tenha sido o23maio,Bruxelas, entre cinco dos principais candidatos com aspirações à presidência da União Europeia. Mais uma vez, os Estados-Membros da UE delegaram a essa superestrutura política a discussãoconteúdos praticamente inexistentes a nível nacional.

Esse silêncio político pré-eleitoralrelação a um projeto europeu global pode desvirtuar ainda mais a imagem que o cidadão médio tem da UE: apenas uma moeda comum, com um grupotecnocratas que a dirigem a partirBruxelas, e eventuais fontesfinanciamento para projetos específicos ou situaçõesemergência, como durante a pandemia. No máximo, uma aliança militar para solicitar e garantir mais apoio militar/bélico a Kiev, na guerra russo-ucraniana.

Tudo isso está muito longe do conceito fundador do TratadoMaastricht,1992, que consolidou essa construção europeia como "uma nova etapa no processocriaçãouma União cada vez mais estreita entre os povos da Europa, onde as decisões serão tomadas o mais próximo possível dos cidadãos".

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