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    Brasil e Rússia concordam sobre Israel e Palestina e podem unir maioria global, diz analista

    "O Brasil é um aliado possível nas pressões internacionais para criar alianças entre a maioria global e pressionar pela necessidadelogo pixbetum cessar-fogologo pixbetGaza", disse Giovana Branco

    Casas e edifícios destruídoslogo pixbetataques israelenses,logo pixbetJabalia, no norte da Faixalogo pixbetGaza (Foto: Reuters/Anas al-Shareef)
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    Sputnik - Conforme o Conselhologo pixbetSegurança avança filiação da Palestina à ONU como membro pleno, Brasil e Rússia querem a volta da soluçãologo pixbetdois Estados. Para analistas ouvidas pela Sputnik Brasil, Moscou e Brasília podem unir a maioria global e pressionar pelo fim das hostilidades na Faixalogo pixbetGaza.

    Nesta quarta-feira (10), o Conselhologo pixbetSegurança da ONU encaminhou propostalogo pixbetadesão da Palestina à organização como membro pleno. A decisão vem 12 anos após a Palestina ser aceita como membro observador da ONU.

    O pedido palestino para adesão plena à ONU estava parado desde 2011, por inação do Conselhologo pixbetSegurança. Atualmente, a Palestina é um membro observador da ONU, assim como a Santa Sé, responsável pela administração do Vaticano. Estados observadores podem participar dos debates na ONU, mas sem direito a voto.

    Em avanço sem precedentes, o presidente do Conselhologo pixbetSegurança solicitou ao comitêlogo pixbetadesão da ONU que emita decisão sobre a entrada da Palestina como Estado-membro na organização ainda no mêslogo pixbetabril.

    Para o chanceler russo, ainda que seja necessário condenar os ataques perpetrados pelo Hamaslogo pixbetIsraellogo pixbet7logo pixbetoutubrologo pixbet2023, que levaram à escalada das hostilidades, eles não justificariam a "punição coletivalogo pixbetmilhõeslogo pixbetpalestinos".

    A posição russa sobre o conflito israelo-palestino é similar à brasileira, o que sugere possível cooperação entre Brasília e Moscou, acreditam especialistaslogo pixbetpolítica externa russa ouvidas pela Sputnik Brasil.

    "Brasil e Rússia defendem a soluçãologo pixbetdois Estados [...] e condenaram tanto os ataqueslogo pixbet7logo pixbetoutubro, quanto a dura retaliação que Israel tem feito, causando a mortelogo pixbetinúmeros civis", disse a doutorandalogo pixbetRelações Internacionais pelo Santiago Dantas (UNICAMP/UNESP/PUC-SP), Fernanda Albuquerque, à Sputnik Brasil. "Além disso, nem Brasil, nem Rússia classificam o Hamas como uma organização terrorista."

    A sintonia entre as posiçõeslogo pixbetBrasil e Rússia ficou clara durante conversa telefônica entre o presidente russo Vladimir Putin e seu homólogo brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, realizada nas primeiras semanas da atual operação israelense. Durante a conversa, Lula e Putin pediram observância à soluçãologo pixbetdois Estados e medidas urgentes para desescalar as hostilidades.

    "Além disso, países do Ocidente são muito ferozeslogo pixbetsuas críticas ao conflito na Ucrânia, mas fazem vista grossa ao que está acontecendologo pixbetrelação a Israel contra os palestinos", disse Branco. "A Rússia realmente coloca esses paíseslogo pixbetxeque [no Conselhologo pixbetSegurança da ONU], questionando suas políticas externas duais."

    Relações com Israel - Apesar da posição favorável à soluçãologo pixbetdois Estados, Rússia e Israel mantêm laços diplomáticos, classificados pelo presidente Putin como "relações sólidaslogo pixbettrabalho". Os contatos entre Israel e Rússia se intensificam desde o restabelecimentologo pixbetrelações diplomáticas,logo pixbet1991, e atingiram seu pico durante o início dos anos 2000.

    "A Rússia mantém relações tanto com Israel quanto com a Palestina e realmente tenta manter um equilíbrio", declarou Albuquerque. "Porém, a Rússia muitas vezes é considerada pró-Palestina pelalogo pixbetdefesa do Estado palestino, algo previsto por resolução da ONU [...], e pela Rússia não classificar o Hamas como organização terrorista."

    Do pontologo pixbetvista pragmático, as relações comerciais entre Rússia e Israel apresentam dinâmica positiva, com superávit significativo para Moscou. Israel adquirelogo pixbetfornecedores russos recursos energéticos, metais, fertilizantes e trigos, que continuarão sendo demandados durante o conflito.

    As diferenças não retiram a posição da Rússia como possível mediadora do conflito, afinal Moscou mantém relações com Tel Aviv, com os principais grupos palestinos, com o Hezbollah, Irã e diversos atores relevantes no Oriente Médio.

    Nesse sentido, uma aproximação entre Rússia e países como o Brasil poderia fortalecer as negociações para o fim das hostilidades na Faixalogo pixbetGaza, acredita Branco.

    "O Brasil é um aliado possível nessas pressões internacionais para criar alianças entre a maioria global e pressionar pela necessidadelogo pixbetum cessar-fogologo pixbetGaza", sugeriu Branco. "Sozinho, o Brasil tem mais dificuldadelogo pixbetinserção nesse tema."

    Segundo a especialista, a política externa brasileira não foi capazlogo pixbetarticular com clarezalogo pixbetposição sobre o conflito israelo-palestino à comunidade internacional. Além disso, críticaslogo pixbetautoridades brasileiras a Israel "foram mal recebidas pelos aliados ocidentais do Brasil".

    "O Brasil tem um papel diminutologo pixbetrelação ao Oriente Médio, diferentemente da Rússia, que tem inserção na região e consegue,logo pixbetfato, influenciar discursos, debates e decisões sobre esse tema", concluiu a especialista.

    No dia 7logo pixbetoutubrologo pixbet2023, ataque perpetrado pelo Hamaslogo pixbetIsrael deu início à mais recente operação israelense na Faixalogo pixbetGaza. De acordo com o Ministério da Saúdelogo pixbetGaza, pelo menos 33.482 pessoas morreram no conflito, emlogo pixbetmaioria mulheres e crianças. Além disso, milhareslogo pixbetpessoas estão desaparecidas sob os escombroslogo pixbetedifícios e objetoslogo pixbetinfraestrutura destruídos.bjetoslogo pixbetinfraestrutura destruídos.

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