Raisi, Robert Fico, Prigozhin e Gaza: dois pesos e duas medidas na imprensa internacional
Israel realmente é o grande protegido do aparatologo sportingbetpropaganda liderado pelos EUA
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A primeira hipótese é que todos os eventos possíveis têm uma chance igual logo sportingbet ocorrer.
Por Eduardo Vasco - Quando chegou a notícia da queda do helicópterologo sportingbetEbrahim Raisi, o primeiro que veio à mentelogo sportingbettodo mundo que tem um mínimologo sportingbetpensamento crítico foi: “seria obralogo sportingbetIsrael?”Essa é uma especulação absolutamente legítima. Contudo, os jornalistas e comentaristas que trabalham direta ou indiretamente para o aparatologo sportingbetpropaganda imperialista a descartam categoricamente. O que não passalogo sportingbetpura hipocrisia. São eles mesmos que adoram fazer as mais idiotas especulações sobre tudo – quando convém aos seus patrões, é claro.
Quando houve a queda do helicópterologo sportingbetEvgeny Prigozhin, por exemplo, a primeira especulação feita por esses propagandistas foi que o governo russo teria sido o responsável. Afinal, o ex-líder do Grupo Wagner havia se insurgido contra Vladimir Putin. Esse era o grande fato que sustentava a lógica dessa argumentação. Era um opositorlogo sportingbetPutin, portanto o mais provável é que Putin teria ordenadologo sportingbeteliminação. Mesmo que ele houvesse se reconciliado e recebido o perdão do presidente russo, mesmo que o helicóptero tenha caído perto da fronteira com a Ucrânia e que os russos tenham garantido que foi uma sabotagem ucraniana.
É possível que nunca se saiba a verdade. Porém, os propagandistas dos EUA tentaram transformar a especulaçãologo sportingbetcomprovação com uma montagem ridícula: o The Wall Street Journal publicou, pouco depois do incidente, que membros do governo russo armaram o assassinatologo sportingbetPrigozhin. As fontes? Agenteslogo sportingbetinteligência ocidentais. Ou seja, a CIA, o MI6 e suas filiais. Todo mundo sabe que eles têm um histórico infindávellogo sportingbetinformações falsas plantadas na imprensa contra os seus inimigos. Será que o WSJ publicaria uma reportagem acusando o governo israelenselogo sportingbetderrubar o aviãologo sportingbetum presidente iraniano cuja fonte é o FSB (sucessor da KGB)?
Em segundo lugar, o comentarista admite ter dificuldades cognitivaslogo sportingbet“enxergar como Israel se beneficia” da eliminação do chefelogo sportingbetEstado do seu maior inimigo. Na verdade, não é nada disso. Ele tem plena noçãologo sportingbetcomo isso beneficia Israel, como beneficiaria qualquer país cujo líder inimigo é abatido. Só é um hipócrita que tenta livrar Israel das legítimas acusações.
Por fim, ele considera que Israel matar o presidente do Irã “seria interpretado, na prática, como um ato provocativo de guerra”. Será que ele também acha que Xi Jinping mandar matar Joe Biden não necessariamente seria uma provocação aos EUA? É óbvio que se Israel derrubou o helicópterologo sportingbetRaisi isso foi um atologo sportingbetguerra! E que, portanto, o Irã teria absoluto direitologo sportingbetresponder com uma guerra à guerra iniciada por Israel.
Israel realmente é o grande protegido do aparatologo sportingbetpropaganda liderado pelos EUA chamado eufemisticamentelogo sportingbet“imprensa internacional”. Em 23logo sportingbetoutubro do ano passado, o colunista da Folhalogo sportingbetS.Paulo Joel Pinheiro da Fonseca descobriu a verdade absoluta sobre quem bombardeou o Hospital al-Ahlilogo sportingbetGaza, ocorrido poucos dias antes. Em um artigo vergonhosamente enganoso, citou as notícias que apontavam Israel como o responsável para refutá-las com a conclusãologo sportingbetque, contudo, “o consenso emergente é que o míssil não veiologo sportingbetIsrael. Foi um foguete do grupo Jihad Islâmica que se partiu e caiu no estacionamento do hospital. Muito provavelmente foram menoslogo sportingbet500 mortes.”
De onde tirou isso? Ele não disse. Citou apenas a própria Folha e o New York Times, que resolveram adotar “cautela”. Ele não apresentou nenhuma fonte paralogo sportingbetafirmação, nem mesmo indicou se os dois jornais haviam se embasadologo sportingbetalgum fato. Também, se houvesse apresentado a fonte dessa afirmação, ele teria reveladologo sportingbetparcialidade total: foram Israel e EUA que acusaram a Jihad Islâmicalogo sportingbetatacar o hospital. A dupla, responsável pelo genocídiologo sportingbetGaza, é uma “fonte” menos confiável que a CIA quando foi usada pelo Wall Street Journal para acusar a Rússialogo sportingbetmatar Prigozhin. E o artigo do colunista da Folha foi escrito com toda a pompalogo sportingbetquem está acima das “narrativas”, com a missão sagradalogo sportingbetdesmentir que Israel era o culpado!
Mas uma reportagem do Estadologo sportingbetS.Paulo conseguiu superar as falsidades do colunista da Folha. Na verdade, é um despacho da AFP publicado no New York Times que o Estadão reproduziu no dia 16logo sportingbetmaio deste ano. A fake news é tão escandalosa que ela já vem no título: “Nacionalista e militante pró-Rússia dá 5 tiros no premiê da Eslováquia”
Dentro da matéria, não há nenhuma comprovação do que o título afirma. Apenas uma descrição no lide,logo sportingbetque o atirador é “um ultranacionalista e simpatizante do presidente russo, Vladimir Putin” elogo sportingbetoutro trecho que diz que “ele é simpatizante do grupo paramilitar Slovenskí Branci, ligado ao Kremlin”.
Não há nenhuma ligação entre as informações da matéria. Na verdade, a única informação que poderia embasar o título é a última, mas ser simpatizantelogo sportingbetum grupo eslovaco (supostamente) ligado ao Kremlin não o torna um “simpatizante do presidente russo”, como diz o lide, e tampouco um “militante pró-Rússia”, como afirma o título.
Até aqui, a reportagem publicada no Estadão é uma aberração que utiliza uma pequena informação no final do texto para deturpá-la e exagerá-la. Tecnicamente, seu título pode ser considerado uma mentira porque o texto não corrobora o que foi anunciado. É a ânsialogo sportingbetculpar a Rússia por um crime dos mais repulsivos.