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Pesquisa aponta reduçãoataques a jornalistas2023

No Brasil, 330 profissionais foram vítimasataques durante o ano2023, segundo levantamento da Associação BrasileiraJornalismo Investigativo, divulgado nesta terça

Jornalismo (Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ABr)

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Por Luiz Claudio Ferreira, repórter da Agência Brasil - No dia 8janeiro do ano passado, a jornalista Marina Dias, do The Washington Post (EUA), viveupesadelo. Na cobertura dos ataques antidemocráticos naquela data,Brasília, ela foi insultada e agredida. Ela sofreu rasteira, jogada no chão e continuou sofrendo violência até que um militar a ajudasse. “As pessoas me agrediram mesmo depoisser escoltada por um militar”, recorda.

De ofensas a violências físicas, jornalistas no Brasil foram vítimas330 ataques durante o ano2023, segundo levantamento da Associação BrasileiraJornalismo Investigativo (Abraji), divulgado nesta terça (26). O número é 40,7% menor do que o ano anterior, quando foram registrados 557 casos.

Segundo avalia a entidade, os principais ataques ocorridos no ano passado tiveram relação aos episódios8janeiro, como foi o casoMarina Dias, que, inclusive, participou da divulgação do levantamento.  Segundo explicou a pesquisadora Rafaela Sinderski, da Abraji, profissionais da imprensa foram atacados durante esses atos e também sofreram agressões físicas. “Tiveram seus equipamentos destruídos, foram perseguidos e intimidados. Isso se refletiu nos nossos dados”, exemplificou.

AGRESSÕES GRAVES - Por outro lado, a queda do númeroviolências2023, segundo avaliou a entidade, tem relação com a alteração do cenário político e fim do mandato do então presidente Jair Bolsonaro. Conforme a pesquisadora, o mapeamento contabilizou que 38,2% dos casos registrados foram considerados episódiosviolência grave. “São agressões físicas, ameaçasmorte,perseguição,violência física”, exemplifica a pesquisadora.

Outras tendências, segundo a Abraji, se fortaleceram no último período analisado, como o aumento dos processos judiciais civis ou penais com o intuitosilenciar jornalistas, que chegaram a 7,9% do totalagressões, e o crescimentoagressões graves registradas na categoria“agressões e ataques”.

RECOMENDAÇÕES - A partir do que foi coletado, a Abraji recomendou que os os poderes públicos reforcem políticasproteção a jornalistas e comunicadores vítimasataquesrazão do exercício da profissão.

A entidade apontou que as plataformasredes sociais devem desenvolver mecanismos para enfrentar a violência online que afeta jornalistas.

Às empresas jornalísticas, a associação pediu que sejam adotadas medidasformação, prevenção e proteção para seus profissionais. Aos jornalistas, ficou a recomendação que não deixemdenunciar a agressões sofridas no exercício da profissão.

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