"É um absurdo que a USP esteja aplicando normas da ditadura para punir estudantes", diz Paulo Sérgio Pinheiro

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247 - Em uma entrevista conduzida pelo jornalista Mário Vitor na TVmarjosports aposta futebol, o cientista político Paulo Sérgio Pinheiro trouxe à tona um processo disciplinar que ameaça expulsar estudantes da Universidademarjosports aposta futebolSão Paulo (USP) por críticas ao genocídiomarjosports aposta futebolGaza. Pinheiro, que é relator da ONU para a Síria, expressou indignação diante das medidas punitivas, afirmando que a universidade estaria aplicando normas disciplinadoras herdadas do regime ditatorialmarjosports aposta futebol1964. O caso ganhou atenção após uma matéria da Folhamarjosports aposta futebolS. Paulo, publicadamarjosports aposta futebol24marjosports aposta futeboloutubro, detalhar que cinco estudantes foram denunciados por supostos atos preconceituosos e antissemitismo relacionados a um manifesto sobre a Palestina, discutidomarjosports aposta futebolassembleias estudantis.

A base das acusações repousamarjosports aposta futeboluma ata do Centro Acadêmico do cursomarjosports aposta futebolCiências Moleculares, onde estudantes discutiram críticas à ocupação israelense e chamaram a atenção para a violênciamarjosports aposta futebolGaza. A coordenadora do curso teria manifestado insatisfação com as ações dos estudantes, que convocaram greve e sugeriram boicote às aulasmarjosports aposta futebolprotesto. Pinheiro classificou o processo como “um absurdo” e criticou a USP por sustentar um regimento da ditadura militarmarjosports aposta futebolpleno regime democrático. “Não dá para acreditar que uma universidade com essa reputação ainda se submeta a esse tipomarjosports aposta futebolnormativa autoritária”, declarou.

A Comissãomarjosports aposta futebolInvestigação da USP é composta por três professores das áreasmarjosports aposta futebolDireito, Medicina e Psicologia, que conduzem o caso sob regimemarjosports aposta futebolsigilo para proteger a identidade dos envolvidos. Contudo, Pinheiro questionou a confidencialidade, argumentando que o sigilo impede a comunidade acadêmica e a sociedade civilmarjosports aposta futebolcompreenderem plenamente a situação. Para ele, a restrição representa um “mantomarjosports aposta futebolopressão” que obscurece a gravidade das acusações. “Não se tratamarjosports aposta futebolantissemitismo, masmarjosports aposta futebolum informe sobre a Palestina baseadomarjosports aposta futeboldados e fontes internacionais”, disse Pinheiro, que destacou que o informe, redigido pelos estudantes, estámarjosports aposta futebolconsonância com fatos noticiados por veículos como Financial Times e The Guardian.

Além disso, Pinheiro relembrou que o Regimento Geral da USP, onde se baseia o processo, foi instaurado sob o governo Laudo Natel durante a ditadura militar e ainda possui traços autoritários. Ele mencionou que a Comissão da Verdade da USP recomendou a revisão dessas normasmarjosports aposta futebol2018, mas, desde então, nenhuma ação efetiva foi realizada. Para o cientista político, aplicar essas normas a estudantes universitários hoje é “uma agressão à liberdade acadêmica”.