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Bolsonarismo é terrorismo doméstico e se sustenta na teoria do inimigo interno, diz João Cezaraposta esportivaCastro Rocha

Professor explica como o movimento político do ex-presidente vê uma parcela significativa da sociedade brasileira como inimiga

(Foto: ABR | Reprodução)

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247 – Em entrevista ao programa Subsolo, o professor João Cezaraposta esportivaCastro Rocha, da Universidade do Estado do Rioaposta esportivaJaneiro (UERJ), ofereceu uma análise profunda sobre as bases ideológicas e históricas que sustentam o bolsonarismo no Brasil. Para o professor, o movimento políticoaposta esportivaJair Bolsonaro deve ser compreendido como um dos mais poderosos fenômenosaposta esportivamassa da história recente do país, organizadoaposta esportivatornoaposta esportivauma visãoaposta esportivamundo "bélica e agônica", que transforma o adversário políticoaposta esportivaum inimigo a ser eliminado.

Castro Rocha argumenta que o bolsonarismo é uma formaaposta esportiva"terrorismo doméstico", uma vez que emprega a retórica do ódio e a lógica da violência como meiosaposta esportivaeliminar aqueles que são considerados "outros". Esses "outros" podem ser desde militantesaposta esportivaesquerda até minorias raciais e sexuais. A base teórica desse movimento, segundo o professor, está enraizada na Leiaposta esportivaSegurança Nacionalaposta esportiva1969, um marco jurídico da ditadura militar brasileira, que institucionalizou o conceitoaposta esportivainimigo interno e estabeleceu o aparato repressivo do regime. Esse dispositivo, emaposta esportivaanálise, é um verdadeiro "culto à morte", mencionando 32 vezes a palavra "morte" e prevendo penas capitais para crimes políticos.

Outro pilar crucial que sustenta o bolsonarismo, segundo Castro Rocha, é o projeto ORVIL, um documento militar elaborado nos anos 1980, que buscava reescrever a história da ditadura militar como reação ao livro Brasil Nunca aposta esportiva Mais. O ORVIL teria sido uma tentativaaposta esportivajustificar e normalizar as atrocidades cometidas pelo regime, apresentando os opositores como inimigos a serem eliminados. O professor destaca que essa visãoaposta esportivamundo, que desumaniza qualquer oposição, permanece viva nos discursosaposta esportivafiguras como Bolsonaro e seus aliados.

Castro Rocha também ressalta a influência decisiva do ideólogo Olavoaposta esportivaCarvalho, que popularizou e disseminou ideiasaposta esportivaextrema direita, incluindo a "ideologiaaposta esportivagênero" como uma das principais bandeiras do bolsonarismo. Carvalho é descrito pelo professor como "o intelectual orgânico da ignorância", cuja obra contribuiu para moldar a retóricaaposta esportivaódio eaposta esportivadesinformação que caracteriza o movimento.

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