"Mulheres crescem entendendo que é sempre 'o outro' quem irá defendê-las", diz empreendedora que ensina autodefesa feminina
Para Amanda Lemes, esse é um fenômeno socialretrait 1xbetmutilaçãoretrait 1xbetmecanismosretrait 1xbetproteção e é preciso transformar a defesa pessoal feminina numa política pública
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Beatriz Bevilaqua,retrait 1xbet - A cada 2 minutos, uma menina ou mulher é estuprada no Brasil, uma médiaretrait 1xbet822 mil casos a cada ano. Desse total, apenas 8,5% casos chegam ao conhecimento da polícia e 4,2% são identificados pelo sistemaretrait 1xbetsaúde, segundo relatório do Atlas da Violência, do Institutoretrait 1xbetPesquisa Econômica Aplicada (Ipea).Em meio a discussão sobre o Projetoretrait 1xbetLei 1904/2024, o qual deseja equiparar o aborto após 22 semanas ao crimeretrait 1xbethomicídio e uma penaretrait 1xbetaté 20 anos, trouxemos um debate com uma grande especialistaretrait 1xbetdefesa pessoal feminina no programa “Empreender Brasil”, na TVretrait 1xbet. Amanda Lemes é fundadora da Empodere-se, que ensina crianças e mulheres a se defenderemretrait 1xbetsituaçõesretrait 1xbetviolência e abuso. Ela é advogada, mestreretrait 1xbetpolíticas públicas, feminista, ex-investigadora da polícia civil e praticanteretrait 1xbetartes marciais.
“As mulheres crescem entendendo que é sempre “o outro” quem irá defendê-las, seja o pai, o vizinho ou o namorado. A nossa segurança está terceirizada no nosso imaginário simbólico para o homem e crescemos sem qualquer noção básicaretrait 1xbetdefesa pessoal”, disse Amanda.
Ideação do Negócio a partir da necessidaderetrait 1xbetajudar mulheres
A empreendedora questiona que hoje, ainda no Brasil, não existe uma única política pública para combater a violência contra a mulher. É depois que a violência já aconteceu que surge alguma ação efetiva, como a Lei Maria da Penha, que ainda assim é questionada por conservadores.
“Qual a política pública que temosretrait 1xbetprevenção contra a violência? Nenhuma polícia do mundo chega a tempo do episódioretrait 1xbetviolência que duraretrait 1xbetmédiaretrait 1xbet10 segundos a 1 minuto. Você certamente precisaráretrait 1xbetferramentas individuais para agirretrait 1xbetrelação à violência”, alertou Amanda.
Segundo a especialista, a maioria das mulheres paralisa dianteretrait 1xbetuma agressão. As mulheres são os únicos bichos na natureza que não se defendem, porque esse é um fenômeno socialretrait 1xbetmutilaçãoretrait 1xbetnossos mecanismosretrait 1xbetdefesa e a ferramenta para combatermos isso é transformar a defesa pessoal feminina numa política pública, inclusive dentro das escolas desde muito cedo, que passa por um letramentoretrait 1xbetcompreensão da violência contra a mulher.
“Para criar os workshops, estudamos 2 mil boletinsretrait 1xbetocorrência, entendendo os principais modus operandi das violências contra a mulher, a partir deste estudo construímos um laboratórioretrait 1xbetvárias linhasretrait 1xbetluta - krav maga, jiu jitsu, karate, judo e nos juntamos com psicólogos e outros especialistas, para aprimorar técnicas físicas e emocionais”, explicou.
O sonhoretrait 1xbetAmanda é queretrait 1xbet12 anos haja um mercado mais constituído da defesa pessoal feminina e que se torne uma política pública massificada no Brasil. “Estamos numa guerra ideológica, contra os nossos corpos. A quais corpos é permitida a legítima defesa? Temos nossos mecanismosretrait 1xbetdefesas mutilados desde criança e não é por acaso, pois se trataretrait 1xbetum projeto para nos manter nesse lugarretrait 1xbetvulnerabilidade. Por outro lado, nosso processoretrait 1xbetempoderamento está crescendo. Estamos num embate permanente”, avaliou.
Durante a entrevista ela traz algumas dicas e técnicas básicasretrait 1xbetautodefesa e reforça que todos os corpos têm suas fragilidades e suas forças, o mais importante é saber como utilizar essas potencialidadesretrait 1xbetsituaçõesretrait 1xbetemergência.
O programa "Empreender Brasil" traz a cada semana um brasileiro ou brasileiraretrait 1xbetalguma parte do país para compartilhar aretrait 1xbetjornada empreendedora, desafios, superações e impacto. O programa é conduzido pela jornalista Beatriz Bevilaqua, que também apresenta o “Brasil Sustentável” e o “Sociedade do Amanhã” todos os sábados às 11h30 e 17h respectivamente, onde discute semanalmente as principais transformações da sociedade nas últimas décadas e uma perspectiva sobre o nosso futuro.
Assista à entrevista na íntegra: