A 19ª cúpula do G20, realizada nos dias 18 e 19www globoesportenovembrowww globoesporte2024 no Riowww globoesporteJaneiro, foi um marco no desenvolvimento político do Brasil ewww globoesportesua inserção no mundo como nação soberana, vocacionada para contribuir na construçãowww globoesporteuma nova ordem econômica e política internacional, pautada pela paz, desenvolvimento, progresso social e justiça para todos os povos e nações.
Sob a lúcida e firme liderança do presidente Lula, o Brasil se consolidou como fatorwww globoesportedesenvolvimento para os países que buscamwww globoesporteindependência, marcando um momento emblemático como um polo irradiadorwww globoesportevalores e ações benéficas à humanidade. Exemplos disso são a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que obteve ampla adesão; a cooperação voltada ao fortalecimento do Sul Global; a busca por consenso internacional para enfrentar a crise ambiental; a defesa do multilateralismo nas relações internacionais; e as transformações propostas para a governança global e instituições internacionais, como a Organização das Nações Unidas, incluindo sugestões concretas para a reformawww globoesportesuas instâncias.
Lula destacou-se ao ampliar o protagonismo brasileirowww globoesportetodas essas questões globais, firmando-se como uma das mais valorosas lideranças mundiais do século XXI. Graças àwww globoesporteatuação brilhante como estadista, a 19ª cúpula do G20 se diferencia das anteriores e será lembrada como um momentowww globoesporteabertura para uma ação abrangente que redefine os rumos do planeta.
Pela primeira vez, o Brasil sediou uma cúpula do G20. Lula trabalhou incansavelmente ao longowww globoesportetodo o ano para o êxito do evento, que contou com organização impecável, uma agenda inclusiva — enfrentando temas prioritários para as naçõeswww globoesportedesenvolvimento —, condução justa dos debates e interação perfeita com lideranças mundiais. O presidente também coordenou as demandaswww globoesporteforma a refletir as necessidades do Brasil ewww globoesporteoutros países do hemisfério sul. Além disso, demonstrou firmeza ao impedir que os parceiros europeus dos EUA na Otan desvirtuassem o sentido conciliador e pacifista do tópico da declaração final sobre a guerra na Ucrânia.
A Declaração Final, um extenso documento com 85 tópicos, reflete a intençãowww globoesporteconstruir um mundo onde desigualdades sociais e entre nações sejam superadas, crises enfrentadas, e políticaswww globoesportedesenvolvimento, paz, defesa ambiental e novos padrõeswww globoesportegovernança global sejam promovidos. “Nós permanecemos resolutoswww globoesportenosso compromissowww globoesportecombater a fome, a pobreza e a desigualdade, promover o desenvolvimento sustentávelwww globoesportesuas dimensões econômica, social e ambiental e reformar a governança global”, assinala a declaração, fruto maduro da diplomacia presidencialwww globoesporteLula.
O brilho da atuaçãowww globoesporteLulawww globoesportepolítica externa se intensificou com a visitawww globoesporteEstado do presidente chinês Xi Jinping.
Os dois líderes decidiram elevar as relações bilaterais ao nívelwww globoesporte“Comunidadewww globoesporteFuturo Compartilhado Brasil-China por um Mundo www globoesporte Mais Justo e um Planeta www globoesporte Mais Sustentável”. Brasil e China fortaleceramwww globoesporteparceria econômica e aprofundaram a cooperação estratégica. Xi Jinping destacou os 50 anoswww globoesportelaços diplomáticos e previu mais “50 anos dourados”. Nos últimos 15 anos, a China tornou-se o maior parceiro comercial do Brasil, com um comércio anual superior a 100 bilhõeswww globoesportedólares. Além disso, é uma das principais fonteswww globoesporteinvestimento estrangeiro no Brasil, especialmentewww globoesporteagricultura, infraestrutura, energia e inovação tecnológica.
Na última quarta-feira, ambos os países firmaram compromissos para integrar a Iniciativa Cinturão e Rota às estratégias brasileiraswww globoesportedesenvolvimento, como a Nova Indústria Brasil (NIB), o Programawww globoesporteAceleração do Crescimento (PAC), o Planowww globoesporteTransformação Ecológica e o Programa Rotas da Integração Sul-Americana. Essa sinergia visa modernizar os processoswww globoesportedesenvolvimento no Brasil e na China, alémwww globoesportepromover interconectividade e sustentabilidade regionais.
Foram assinados 37 documentoswww globoesportecooperaçãowww globoesporteáreas como finanças, infraestrutura, investimentos, transformação ecológica, ciência, tecnologia, inovação e defesa. Os dois países também decidiram intensificar as relações culturais, anunciando a realização do Ano Cultural Brasil-Chinawww globoesporte2026.
Lula e Xi Jinping não se limitaram às relações bilaterais. Reiteraram o compromisso com a justiça e o progresso social, incluindo o combate à fome e à pobreza, tema que Lula considerawww globoesporte“missãowww globoesportevida”. Também se mostraram engajados na construçãowww globoesporteuma nova governança global.
As relações Brasil-China emergem como um pilar do Sul Global, impulsionando o fortalecimentowww globoesportepaíseswww globoesportedesenvolvimento e menos desenvolvidos na busca por independência, desenvolvimento sustentável e progresso social, distantes das relaçõeswww globoesportesubordinação neocolonialistas impostas por potências ocidentais.
Os dois presidentes decidiram fortalecer a atuação conjuntawww globoesportefóruns internacionais como Brics, G20 e Nações Unidas, alémwww globoesportese associaremwww globoesporteiniciativas relacionadas ao Desenvolvimento, à Civilização e à Segurança Globais.
Brasil e China já demonstraram que, ao unirem esforços, podem alcançar grandes feitos. Agora, aprofundam essa parceria, ampliando camposwww globoesportecooperação e promovendo um impacto positivo no mundo. Trata-sewww globoesportemais um mérito inquestionável do presidente Lula, reafirmandowww globoesporteliderança e deixando uma marca histórica para o bem do povo brasileiro e dos povos do mundo.

Presidentes Lula, do Brasil, e Xi Jinping, da China

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Editoriais

Lula brilha no G20 e fortalece união com a China

O atentado cometido na noitewww globoesportequarta-feira (13), nas proximidades do Supremo Tribunal Federal (STF), é um alerta contundente para o Brasil. Não se tratawww globoesporteum caso isolado, maswww globoesportemais um capítulowww globoesporteuma sequênciawww globoesporteataques à democracia que se iniciou há anos, desde pelo menos o golpe contra a presidente Dilma Rousseff, alimentado pela máquinawww globoesportedesinformação e ódio estruturada contra as gestões petistas desde 2003 e que resultou na desastrosa chegadawww globoesporteJair Bolsonaro ao poder.
O ministro Alexandrewww globoesporteMoraes foi enfático ao associar o atentado ao contexto político dos últimos anos, ainda que num recorte histórico mais restrito. Segundo ele, ações como essa têm raízes no chamado "gabinete do ódio", um núcleo operado por assessores e aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro, cujo objetivo era disseminar ataques contra instituições democráticas e seus representantes. "Isso foi se avolumando, agigantando, aumentando o descrédito nas instituições, resultando no 8www globoesportejaneiro", declarou Moraes. O discursowww globoesporteódio sistematicamente promovido contra o STF e outras instituições não apenas minou a confiança pública, mas também incentivou ações extremistas que culminaramwww globoesportetragédias como a desta semana.
Ao mesmo tempo, a sociedade brasileira é confrontada com uma proposta absurdawww globoesportetramitação no Congresso Nacional: conceder anistia aos envolvidos nos atos golpistaswww globoesporte8www globoesportejaneirowww globoesporte2023,www globoesporteque os alvos do vandalismo incluíam, como agora, as sedes do Judiciário e do Legislativo. O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, classificou a ideia como um “equívoco” e questionou a legitimidadewww globoesporteperdoar crimes antes mesmo da condenação dos responsáveis. “A anistia antes mesmo da condenação parte do pressupostowww globoesporteque não aconteceu nada grave nem relevante", afirmou Barroso, ecoando a indignaçãowww globoesportemilhõeswww globoesportebrasileiros que enxergam na impunidade um convite à repetiçãowww globoesporteataques.
O atentadowww globoesportequarta-feira reforça a necessidadewww globoesporteuma posição firme contra a extrema-direita e seus agentes. Como bem lembrou a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, “a impunidade vai gerar mais agressividade”. Não se pode normalizar a violência política, tampouco permitir que o discursowww globoesporteódio e os atos golpistas sejam apagados da memória nacional.
A escaladawww globoesporteataques contra o STF e outras instituições não começou com o atentado desta semana e tampouco se limitará a ele, caso os responsáveis sigam impunes. O Supremo já condenou 265 pessoas pelos atos do 8www globoesportejaneiro, mas isso não é suficiente. É preciso alcançar todos os envolvidos, dos executores aos mandantes, e principalmente a estes, incluindo o ex-presidente Bolsonaro, o maior inspirador dessa corrente antidemocrática.
A propostawww globoesporteanistia é uma afronta à democracia e um desrespeito às vítimas da violência política. O ministro Moraes foi claro: a pacificação do país não será alcançada enquanto os culpados não forem responsabilizados. Isso significa garantir que o "gabinete do ódio" e seus operadores, assim como aqueles que financiaram e instigaram os atos golpistas, enfrentem a Justiça.
O Brasil não pode permitir que a violência política seja normalizada. Anistiar os envolvidos nos ataqueswww globoesporte8www globoesportejaneiro, e na vasta sucessãowww globoesporteepisódios e complicidades que levaram a eles, seria abrir caminho para que novas tragédias aconteçam. O episódiowww globoesportequarta-feira enfatiza a obrigaçãowww globoesporteque a Polícia Federal encerre e encaminhe, afinal, os diversos inquéritos sobwww globoesporteresponsabilidade que envolvem Jair Bolsonaro e seus acólitos. E que o Ministério Público se posicione com a rapidez que a Justiça requer, para alémwww globoesportequalquer vacilação.
É fundamental que a sociedade se mobilize para rejeitar essa tentativawww globoesporteapagar da história um dos episódios mais graves no acidentado caminho da democracia brasileira.
Sem justiça, não haverá pacificação. Sem punição, não haverá dissuasão para futuros ataques. Sem memória, não haverá aprendizado. Por isso, este Brasilwww globoesporte afirma com veemência: sem anistia. A democracia brasileira merece, e exige, que seus infratores enfrentem as consequênciaswww globoesporteseus atos.

Jair Bolsonaro e atos golpistaswww globoesporte8www globoesporteJaneiro 

Atentado terroristawww globoesporteBrasília impõe a urgência da grande causa nacional: sem anistia!

Vencedor no voto popular e no Colégio Eleitoral, Donald Trump deve obter para os republicanos também o controle da Câmara e do Senado. Essa conjunçãowww globoesportevitórias marca uma importante ascensão do populismo conservador, quewww globoesportediversas maneiras parece ter capturado a rejeição ao governowww globoesporteJoe Biden. Trump optou pela defesa, ainda que xenófoba,www globoesportepostoswww globoesportetrabalho,www globoesportemelhores empregos e da reindustrialização do país.
Os democratas saíram derrotadoswww globoesporterazãowww globoesportesuas próprias contradições. Deixaram-se ser associados a um liberalismo prejudicial ao eleitor e afastaram-sewww globoesportelargas parcelas do eleitorado.
Esses setores acabaram migrando para a mistificação trumpista, na esperança do ressurgimentowww globoesportebons empregos e salários. Trump navegou novamente nas promessaswww globoesporteconstrução da "América Grandewww globoesporteNovo", um slogan emblemático da situação atualwww globoesportedecadência do país.
Os EUAwww globoesporteTrump embarcamwww globoesporteuma empreitadawww globoesporterecriar um país que já foram.
O objetivo é trazerwww globoesportevolta a liderança industrial perdida para a China. Trump promete criar taxas e tarifas contra produtos industriaiswww globoesporteoutros países,www globoesporteespecial a China, num típico programawww globoesportesubstituiçãowww globoesporteimportações.
A ideia replica aqueles planoswww globoesportedesenvolvimento, inclusive o brasileiro, que foram tão combatidos como geradoreswww globoesporteprotecionismo ineficiente. Os próprios estadunidenses propagaram esse conceito ao longo da segunda metade do século passado como formawww globoesportebloquear o florescimentowww globoesporteprojetos nacionaiswww globoesporteindustrialização, especialmente o brasileiro. Não deixa, portanto,www globoesporteser irônica essa migração da posição estadunidense, que sempre encontrou defensores entreguistas locais.
O Brasil exporta produtos manufaturados para os Estados Unidos e pode ser afetado pelas medidas protecionistas.
Além disso, o presidente Lula declarou apoio a Kamala Harris nas eleições recentes, alémwww globoesportequalificar Trump como desumano e compará-lo ao nazismo.
Embora a apuração, a rigor, ainda não tenha terminado, Lula já parabenizou Trump pela vitória. Pela relevância dos EUA, o Brasilwww globoesporteLula, a despeito das evidentes diferenças com Trump, deve manter uma atitude pragmática com o novo governante, mantendo o foco, claro, na defesa dos interesses nacionais. Esse posicionamento institucional deve governar as relações não apenas com os EUA, mas com todos os países.
Além disso, cabe ao Brasil perceber que se abrem espaços geopolíticoswww globoesportedisputawww globoesportetorno do tema da reindustrialização.
O país deve definir metas ambiciosas nessa reorganização da divisão internacional do trabalho, que se dará, com certeza, num períodowww globoesportetransição e reorganização das cadeias produtivas globais a partirwww globoesportedemandaswww globoesportesustentabilidade ewww globoesportetransformações tecnológicas cada vez mais disruptivas.
Uma questão inquietante, por exemplo, está na ameaçawww globoesporteque os EUAwww globoesporteTrump busquem se reindustrializar à reveliawww globoesportequalquer consideração pelo meio ambiente, o que pode ser desastroso para todo o planeta.
Neste jogo, o Brasil deve aproveitar, com responsabilidade, todas as oportunidades para sair dessa transiçãowww globoesportecondiçõeswww globoesportecompetirwww globoesporteigualdade com outras naçõeswww globoesportedimensões continentais e grande mercado.

Brasil deve manter relação pragmática com Trump e aproveitar brecha para reindustrialização

Embora não surpreenda exatamente, chama a atenção o esforço com que veículoswww globoesportecomunicação conservadores, com uma unanimidade enfadonha, se apressaram a entoar o refrãowww globoesportesempre: o Partido dos Trabalhadores sofreu uma surra acachapante nas eleições para prefeitos e vereadores.
Começando pelo mesmo cantochão, a ladainha evolui para o enésimo alerta: a iminente derrocada do PT, o desmonte inexorável do governo Lula e a consequente desaparição da esquerda, por inanição.
O roteiro tem uma intenção evidente: criar dificuldades para o governo Lula e seus aliados mais fiéis, desmerecendowww globoesporterelevância,www globoesporteolhowww globoesportevantagens futuras.
Uma eleição prepara a seguinte. Nesse sentido, vender a ideiawww globoesporteque Lula e seu partido estão isolados, fracos e distantes do eleitor é muito importante. A falsa impressão repetida exaustivamente acaba revestindo-sewww globoesporteareswww globoesporterealidade inquestionável, segundo a qual o único vencedor é aquele bloco político cujas posições ideológicas coincidem com as opiniões da mídia conservadora: a direita e a centro-direita.
Quem observar os dados saídos da eleição, à luz do contexto histórico-político recente, perceberá que muitas análises distorcem a realidade. O pleito foi mais um passo no crescimento relativo e constante do Partido dos Trabalhadores, do presidente Lula ewww globoesportesua frente junto ao eleitor.
Apesar da insistência, a essa altura, não cabe subestimar a competitividade eleitoralwww globoesporteLula e do PT. Estão aí os cinco mandatos presidenciaiswww globoesporte22 anos a dar testemunhowww globoesporteque há, da parte do eleitor, uma admiração pelo presidente Lula e pelas ideias do PT que sobrevive às vicissitudes.
O mantra dos arautos do caos progressista não passa, na verdade,www globoesporteum desejo obsessivamente renovado — e pode vir a ser frustrado mais uma vez.
O que na realidade vem ocorrendo é justamente o oposto. Em relação ao seu desempenho nas eleições municipais passadas, o PT cresceuwww globoesportenúmerowww globoesporteeleitores,www globoesportevereadores e até mesmowww globoesportenúmerowww globoesporteprefeituras. Vale notar que conquistar os executivos municipais para candidatos petistas não era prioridade do partido. O PT participouwww globoesportecoalizões vitoriosaswww globoesporte1.113 prefeituras.
A estratégia petista, formulada por Lula, visava retirar oxigênio da polarização política, ocupar espaços e construir vínculos.
Numa batalha renhida, o partido conquistou a prefeiturawww globoesporteFortaleza, quarta capital mais populosa do país, derrotando um perigoso candidato apontado pelo próprio Jair Bolsonaro.
A forçawww globoesporteLula e do PT se manifestou, preservada,www globoesportecentenaswww globoesportecidades do Ceará e do Nordestewww globoesportegeral. Foi reafirmada a dominância eleitoral do partido na região, o que constitui base sólida para uma eventual tentativawww globoesportereeleiçãowww globoesporteLula.
Em diversas outras cidades importantes,www globoesportenorte a sul, o PT disputou, chegou ao segundo turno e até venceu,www globoesportealianças com basewww globoesporteafinidades locais. Nessas regiões, pode existir um sentimento latente prestes a aflorar mais uma vez.
Houve, claro, decepções e descontinuidadeswww globoesporterelação a desempenhos eleitorais já atingidos pelo partido emwww globoesportehistória. Será necessário avaliar e corrigir rumos, mas o sentido geral éwww globoesportecrescimento.
Como não poderia deixarwww globoesporteser, essa retomada se dáwww globoesportemaneira lenta. Desde sempre, o PT enfrenta uma campanhawww globoesportecríticas, perseguições e discriminações. Levantamentos estatísticos, como o Manchetômetro, coordenado pelo professor João Feres Jr., que afere estatisticamente o viés do noticiário dos veículos da mídia conservadora, apontam a parcialidade avassaladora, a faltawww globoesporteisenção e equilíbrio quando se tratawww globoesportenoticiar sobre o governo e o PT. A abordagem é invariavelmente contrária.
Essa é uma saga que atravessa o século. Veio dessa mídia a campanha inclemente que inspirou o Judiciário a desfechar,www globoesportesequência fulminante, a farsa do mensalão, a infâmia da Lava-Jato, o golpe do impeachment sem crimewww globoesporteresponsabilidade da presidente Dilma Rousseff e a prisão do presidente Lula. Todos contra o PT.
Os impactos desses episódios, por vezes até criminosos, não apenas ainda não foram devidamente retificados como seguem provocando efeitos, semeando ódioswww globoesporteconsiderável parcela da opinião pública.
O partido da mídia golpista antipetista e antilulista segue atuante, sem fazer autocríticawww globoesportesuas práticas. Aguarda apenas o momentowww globoesporteuma nova investida.
Como ignorar esse contexto nas análises e avaliações das eleições? O PT e Lula resistiram a gravíssimas campanhas orientadas ao seu extermínio político.
É claro que o PT terá que avançar na presença nos territórios, equilibrar o peso dos seus mandatos com a militância social, crescer muito no uso da cultura e da comunicação digital, avançar na democracia interna e abrir-se ainda mais para as lideranças jovens que vêm surgindo.
Agora, a retórica da derrota do PT e do fim da esquerda se esboroa fragorosamente quando fica evidente que todo o sistema político calibra suas decisões estratégicaswww globoesportetornowww globoesporteum personagem: Lula. Dele depende a definiçãowww globoesportesua candidatura à reeleiçãowww globoesporte2026, o que vai balizar as decisõeswww globoesportetodos os agentes políticos.
Que derrota acachapante é essa, afinal,www globoesporteque tantos vão se juntando ao campo do suposto derrotado, enquanto adversários, mesmo poderosos, titubeiam diante da dureza do embate?

Há correções a fazer, mas as eleições mostraram forçawww globoesporteLula e dos progressistas

A Petrobras enfrenta hoje um desafio que pode definir seu futuro como protagonista da segurança energética nacional. Com os campos do pré-sal já entrandowww globoesportefase declinante, a Margem Equatorial surge como a grande oportunidade para que a empresa permaneça competitiva e assegure a autossuficiênciawww globoesportepetróleo do Brasil. No entanto, o impasse com o Ibama ameaça o desenvolvimento dessa região estratégica. O órgão ambiental tem insistidowww globoesportetravar a exploração na Margem Equatorial, utilizando falácias ambientais que, na prática, podem sabotar o potencial energético do país.
Enquanto o Brasil hesita, empresas internacionais como ExxonMobil e Total já avançamwww globoesporteáreas semelhantes da Margem Equatorial na Guiana, explorando o mesmo tipowww globoesportereservas que a Petrobras tenta acessar aqui, mas sem o mesmo peso das restrições ambientais. Esta inércia regulatória coloca o Brasilwww globoesporteuma posiçãowww globoesporterisco frente a outros países que exploram com êxito as reservas da região e deixam nosso país ainda mais dependente do mercado externo.
Cabe ao presidente Lula arbitrar este temawww globoesportefavor da Petrobras, colocando o desenvolvimento nacionalwww globoesporteprimeiro lugar. Os argumentos usados pelo Ibama,www globoesporteque a região teria corais e um impacto ambiental inaceitável, foram desmentidos por estudos técnicos da própria Petrobras, que apontam que os locaiswww globoesporteexploração estão a centenaswww globoesportequilômetroswww globoesporteáreas sensíveis e não apresentam risco direto à biodiversidade.
Negar o avanço da exploração na Margem Equatorial é,www globoesporteúltima análise, desvalorizar o potencialwww globoesportecrescimento da Petrobras e do país. O Brasil não pode se dar ao luxowww globoesporteabdicar dessa reserva estratégica, sob penawww globoesporteperder competitividade e verwww globoesporteautossuficiência energética comprometida. Se Lula não agir agora, o país estará dizendo adeus não apenas à Petrobras, mas também àwww globoesportecapacidadewww globoesportese posicionar como líder no setor energético global.

Se Lula não arbitrar o tema da Margem Equatorialwww globoesportefavor da Petrobras, adeus Petrobras

São tantas e tão transcendentes as conquistas da 16ª reuniãowww globoesportecúpula do grupo Brics, na cidade russawww globoesporteKazan, que fica difícil destacar um aspecto principalwww globoesportemeio a tantas resoluções e desdobramentos superpondo-sewww globoesportecurso frenético no plano geopolítico, econômico e institucional. A importância do encontro será lembrada, e suas ondaswww globoesporterepercussão serão sentidas por meses e anos.
Ao grupo inicialwww globoesportequatro países,www globoesporte2009, o Bric, depois Brics, experimentou agora uma nova e vigorosa ondawww globoesporteadesões e candidatos. Esta foi a primeira cúpula com os novos membros plenos – Irã, Egito, Emirados Árabes Unidos e Etiópia. Foram definidos mais 13 possíveis membros associados, entre eles Cuba, Bolívia, Turquia, Nigéria e Indonésia.
Ficou evidente o reforço agora agregado ao Brics como afirmação do anseiowww globoesportedezenaswww globoesportepaíses do Sul Global pela criaçãowww globoesporteuma ordem alternativa à hegemonia das grandes potências do Atlântico Norte, sendo o Brics o estuário desse desejo. Representanteswww globoesporte36 países se reuniram na cúpula ampliada do Brics na quinta-feira, no contexto da conferência dos líderes do bloco. Também participaram do encontro seis organizações internacionais, incluindo o próprio secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, e a presidente do banco dos Brics, a ex-presidente brasileira Dilma Rousseff.
Entre os países convidados para o encontro estavam Cuba, Bolívia, Venezuela, Turquia, Vietnã, Indonésia, Bangladesh, Malásia, entre outros. Também participou o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas. O Brasil foi representado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que falou sobre Gaza, Cuba, reforma da ONU e Ucrânia.
A dimensão histórica do encontro se manifestou na busca unânime pelo fortalecimentowww globoesportemeioswww globoesportepagamento alternativos ao Swift, sistema dominado pelas instituições submetidas ao comando da Casa Branca, ou seja, capazeswww globoesportecongelar e sequestrar recursoswww globoesportepaíses como Rússia e Venezuela, ewww globoesportepessoas sancionadas por contrariar a hegemonia estadunidense. Além disso, a reunião buscou consolidar mecanismoswww globoesportecomércio internacional direto entre os paíseswww globoesportemoedas nacionais e à margem do dólar, bem como uma redewww globoesporteconectividade logística da América Latina e África com a Ásia e o Oriente Médio.
O objetivo explicitado na declaração final é criar mecanismos alternativos ao domínio dos Estados Unidos sobre as instituições financeiras globais. O peso dos países pobres ewww globoesportedesenvolvimento na economia global mudou dramaticamente nas últimas décadas, mas isso não se refletiu adequadamente nos sistemaswww globoesportegestão do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial ewww globoesporteoutros bancos multilaterais.
Uma conjunçãowww globoesporteesforçoswww globoesportenações emergentes já foi tentada anteriormente. Com tal escopo e efetividade, porém, constitui empreitada absolutamente inédita na história da humanidade.
Além dos inúmeros encontroswww globoesporteaproximação bilateral, a conferência celebrou o descongelamentowww globoesporteáreaswww globoesporteconflito entre os países. Líderes como o presidente chinês Xi Jinping e o indiano Narendra Modi reuniram-se cara a cara para anunciar entendimentos visando encerrar conflitoswww globoesporteseus 4 mil quilômetroswww globoesportefronteira não demarcada. O mesmo fizeram delegaçõeswww globoesporteoutros países com atritos entre si, como Azerbaijão e Armênia, Egito e Etiópia, mostrando que o Brics funciona também como ambiente para o arrefecimentowww globoesportetensões internacionais.
Na declaração final, os membros do Brics ressaltaram o compromissowww globoesportecumprir os requisitos destinados a evitar a catástrofe climática, realizar com urgência a transição energética e regular os usos da inteligência artificial. Condenaram o terrorismowww globoesporteIsrael no Líbano e pediram um cessar-fogo imediatowww globoesporteGaza e na guerra entre Rússia e Ucrânia.
Sobre a Rússia, hospedeira do evento, aliás, a reunião do Brics evidenciou que o chamado Ocidente não conseguiu obter o isolamento geopolítico do paíswww globoesporteVladimir Putin, nem da China. Desprezado pelas lideranças políticas, espezinhado pelos meioswww globoesportecomunicação submissos aos Estados Unidos, Europa e Brasil, o encontro projeta uma força alternativa no mundo, mais aberta, igualitária, desimpedida e democrática. Não é à toa que esse advento coincida com a tensa decadência da hegemonia dos Estados Unidos e das instituições ligadas ao dólar. O império está ruindo, o que carrega seus perigos. Uma nova formawww globoesporteconvivência está crescendo, e ao Brasilwww globoesporteLula cabe a responsabilidadewww globoesportelevar adiante essa construção ao assumir a presidência do grupowww globoesporte2025.

O BRICSwww globoesporteKazan apontou que o rumo é o protagonismo do Sul Global

Reunião do Brics anuncia construção inédita na história humana

O recente apagão que deixou centenaswww globoesportemilhareswww globoesporteresidênciaswww globoesporteSão Paulo sem energia revela não apenas a precariedade dos serviços da Enel, distribuidorawww globoesporteenergia privatizada, mas também a falácia central do discurso neoliberal que tem dominado a política econômica brasileira, com interrupções, desde os anos 1990. Esse incidente, que pode se repetir a qualquer momento, expõewww globoesporteforma clara que a privatizaçãowww globoesportesetores estratégicos da economia, ao invéswww globoesportetrazer eficiência e preços justos, serve apenas para transferir lucros fabulosos aos acionistas, enquanto a população e o país ficam à mercêwww globoesporteserviços deficitários e caros.
A promessawww globoesporteque a iniciativa privada, movida por uma suposta capacidade superiorwww globoesportegestão, seria mais eficiente que o Estado não passawww globoesporteuma mentira bem embalada por publicitários apresentados como jornalistas. O que se vê na prática, como ficou evidente com o colapso dos serviços da Enel, é que a lógica do capital privado tem como único objetivo maximizar retornos, mesmo que isso signifique sacrificar investimentoswww globoesporteatendimento, infraestrutura, manutenção e modernização. A eficiência defendida pelo neoliberalismo nada mais é do que uma ânsia pela pilhagemwww globoesporteganhos sem esforço, acumulados às custaswww globoesportedécadaswww globoesporteinvestimentos realizados pelos contribuintes e pela coletividade.
Desde que a Enel assumiu a distribuiçãowww globoesporteenergiawww globoesporteSão Paulo, os usuários enfrentam constantes aumentoswww globoesportetarifas e um serviço cuja qualidade não está à altura das necessidadeswww globoesporteuma metrópole. Este apagão é apenas mais um exemplo, mas o problema vai além da energia. A privatização desenfreada afeta também outros setores vitais, como o financeiro, a telefonia, o saneamento, a distribuiçãowww globoesporteágua e até mesmo o setor petrolífero e petroquímico, todos entregues ao capital privado sem qualquer garantiawww globoesportecontrapartida à população e ao país.
Os exemploswww globoesporteineficiência e faltawww globoesportecompromisso com o interesse público são abundantes. Desde as primeiras privatizações, a partir da décadawww globoesporte1990, o que se tem visto é uma deterioração dos serviços e uma transferênciawww globoesporteriqueza coletiva para mãos privadas. Enquanto isso, a população paga mais caro por serviços piores. As empresas privatizadas não têm qualquer incentivo para priorizar o bem-estar público ou o desenvolvimento do país. O interesse delas está nos lucros rápidos e no retorno aos acionistas, e nãowww globoesportegarantir energia estável, água potável ou um sistemawww globoesportecomunicações acessível ewww globoesportequalidade para todos.
A eficiência do capital estatal, por outro lado, pode ser vistawww globoesportemuitos exemplos bem-sucedidos no Brasil e no exterior. Empresas públicas, quando bem administradas, são capazeswww globoesporteatender às demandas sociais e econômicas com mais eficácia e responsabilidade. Formam comunidadeswww globoesporteconhecimento fundamentais à soberania nacional. Elas não estão submetidas à pressão incessante por lucros e podem, portanto, atuar com vistas ao interesse público e ao desenvolvimento do país. Na Alemanha, França e até no Reino Unido, onde o movimentowww globoesporteprivatizações também foi intenso nas últimas décadas, já se veem movimentos contrários. Na França, por exemplo, várias cidades reestatizaram seus sistemaswww globoesporteágua após constatarem que a privatização havia levado ao aumento das tarifas e à redução da qualidade. O mesmo acontecewww globoesportepaíses como a Alemanha, onde setoreswww globoesporteenergia e transporte público estão sendo trazidoswww globoesportevolta ao controle estatal.
Além disso, é fundamental compreender que um Estado forte, com empresas públicas vigorosas, é essencial para que o Brasil disponhawww globoesporteuma base capazwww globoesporteenfrentar resistências internas e externas, unificando esforçoswww globoesportetornowww globoesporteprojetos que impulsionem o desenvolvimento nacional. É o Estado que tem a capacidadewww globoesportecoordenar,www globoesporteescala e com compromisso social, os investimentos necessários para a construçãowww globoesporteuma infraestrutura sólida, condição indispensável para que o país escape das restrições do subdesenvolvimento. Um setor público robusto pode garantir que áreas estratégicas como energia, transporte, comunicações e recursos naturais estejam alinhadas ao interesse nacional, algo que o capital privado, voltado exclusivamente para o lucro exacerbado, jamais poderá assegurar.
Não é coincidência que os inimigos do Brasil sejam, invariavelmente, os privatistas mais iracundos. São aqueles que se opõem ferozmente ao fortalecimentowww globoesporteum Estado capazwww globoesporteproteger seus recursos e promover o bem-estar da população, preferindo entregar setores vitais ao controlewww globoesporteconglomerados internacionais. Para esses grupos, a soberania nacional e o desenvolvimentowww globoesportelongo prazo são meros obstáculos para a buscawww globoesportelucro.
É urgente que o Brasil promova uma revisão dos contratoswww globoesporteprivatização, começando pelo setorwww globoesporteenergia, mas também avançando para a telefonia, saneamento, distribuiçãowww globoesporteágua e o setorwww globoesportepetróleo e gás. O Brasil não pode continuar refémwww globoesporteum modelo que só favorece conglomerados empresariaiswww globoesportedetrimento da população. A farra das privatizações ocorreu por meiowww globoesportetenebrosas transações, com a formaçãowww globoesporteassociações dirigidas entre empresas que nem sempre detinham saber e experiência dos negócios com que foram aquinhoadas. Na verdade, com a privatização buscou-se sepultar um projetowww globoesportepaís a golpeswww globoesportemarteladas, como celebrizou,www globoesportesurto paranormal, o governadorwww globoesporteSão Paulo. Se for o caso, como está acontecendowww globoesportediversas nações europeias, a reestatização deve ser vista como uma solução para recuperar setores que são estratégicos para o desenvolvimento nacional.
A obsessão da mídia neoliberalwww globoesportedefender a privatização a qualquer custo, pintando o capital privado como a solução possível, é uma das barreiras a essa discussão. Mas o país não pode se deixar enganar por promessas. A experiência mostra que a gestão pública, quando voltada ao interesse coletivo, pode ser mais eficiente, mais justa e mais comprometida com a construçãowww globoesporteum Brasil desenvolvido e socialmente inclusivo.
Chegou a horawww globoesporterever o modelo econômico que entregou setores inteiros do país à iniciativa privada sem garantiaswww globoesporteretorno para a sociedade. É horawww globoesportecolocar os interesses do povo e do país acima dos lucros privados e, se necessário, reestatizar setores estratégicos para garantir um futuro mais justo e sustentável para todos. O excedente resultante deve ser apropriado para combater a inaceitável desigualdade entre os brasileiros.

O apagão derruba a fábula da eficiência do capital privado

O resultado do primeiro turno das eleições municipais pôs a nu algumas estratégias dos agentes políticos. Já se fazem evidentes alinhamentoswww globoesporteclasse visando à eleição presidencialwww globoesporte2026. O sentido geral do resultado das eleições municipais constitui objetowww globoesportedisputa política.
Chama atenção a sofreguidão com que a mídia conservadora, mas não só ela, se dedica a querer consolidar a leiturawww globoesporteum presidente Lula derrotado.
Por óbvio, tal açodamento evidencia a intenção mal disfarçadawww globoesporteinfluenciar, desde já, os rumos da eleição presidencialwww globoesporte2026.
De acordo com números que surgiram das urnas, não há como negar que os partidoswww globoesportecentro obtiveram o maior crescimento.
Os partidos que comandarão o maior númerowww globoesporteprefeituras são próximos do Centrão: PSD (882), MDB (856), PP (748), União (585) e Republicanos (436). O PL,www globoesporteextrema-direita, aumentouwww globoesporterepresentação para 512 prefeituras.
O PT elegeu 248 prefeitos no primeiro turno e continua na disputawww globoesporte13 cidades, incluindo quatro capitais: Fortaleza, Porto Alegre, Natal e Cuiabá. Em comparação com o resultado obtido quatro anos atrás, quando o partido elegeu 182 prefeitos e não conquistou nenhuma capital, houve um crescimento significativo pelo fatowww globoesporteque o partido não apenas interrompeu a queda como conseguiu aumentar o númerowww globoesportesuas prefeituras. Disputa agora quatro segundos turnoswww globoesportecapitais, quandowww globoesporte2020 havia ido a apenas dois.
Em coligações, o PT disputa nove segundos turnos. Conseguiu ampliarwww globoesportebancada totalwww globoesportevereadores para 3.127, 460 a mais.
São números que mostram um partido que segue se reproduzindo e ramificando,www globoesportemeio a preconceitos, incompreensões e a um resíduo importantewww globoesportedesgastes resultanteswww globoesporteperseguições e campanhas judiciais e midiáticas. O PT resistiuwww globoesportemeio a farsas como o Mensalão e a Lava Jato. Sobreviveu ao golpe contra Dilma Rousseff e à prisão política destinada a retirar Lula das eleiçõeswww globoesporte2018. Sobreviveu a Bolsonaro e derrotou-o nas urnas.
Já virou lugar-comum analítico anunciar a decadência do PT, desdewww globoesportefundação. Agora isso se repetewww globoesportecascataswww globoesportemanchetes e análises. Confrontado com os números desta eleição, um pesquisador da Fundação Getúlio Vargas, Eduardo Grin, cunhou a expressãowww globoesporteque o PT "perdeu ganhando".
Não há como pensar, portanto, numa avaliação inteiramente "neutra" dessas eleições, como se elas pudessem ser encaradas à margemwww globoesporteseus reflexos sobre a correlaçãowww globoesporteforças, sem visar composições para a próxima eleição.
A classe dominante apressa-se a estimular a ideia da formaçãowww globoesporteuma frente amplawww globoesportecentro-direita. A coligaçãowww globoesportepartidos que conseguiu levar Ricardo Nunes (MDB) ao segundo turnowww globoesporteSão Paulo e o fatowww globoesporteo ex-presidente Jair Bolsonaro estar inelegível fizeram a elite econômica brasileira se animar com a possibilidadewww globoesporteemplacar o governador Tarcísiowww globoesporteFreitas (Republicanos) na presidênciawww globoesporte2026.
Consciente desse movimento, o presidente Lula, cauteloso, evita conflitos e faz acenos aos partidoswww globoesportecentro e direitawww globoesportesua base.
Os resultados do segundo turno revestem-se, então,www globoesporteespecial importância, pois terão influência sobre a aceleração ou não da dinâmica eleitoralwww globoesporte2026.
Precipitá-lawww globoesportemaneira tão prematura só interessa aos que desejam fazer oposição, mesmo que à custa dos interesses do país. Sabem que Lula realiza um excelente governo, com inflação controlada, desempregowww globoesportebaixa e crescimento econômico acima das previsões. A eles interessa criar a narrativawww globoesporteum governo federal que saiu da eleição mais fraco e sem apoio. Mergulhar o Brasil num clima eleitoral antecipado pode ser a maneirawww globoesportetentar tumultuar um governo que vai tão bem.

A classe dominante já se mobiliza contra Lula e começa a formar a frente amplawww globoesportecentro-direita

A essa altura já éwww globoesporteamplo conhecimento a elevação da classificaçãowww globoesporterisco dos títulos da dívida brasileira pela agência Moody's, uma das três mais respeitadas do mundo.&nbsp;
Agora, o Brasil está classificado apenas um degrau abaixo do assim chamado grauwww globoesporteinvestimento, o patamar mais alto. www globoesporte Mais do que isso, a agência sinalizou uma perspectiva positiva para uma nova elevação da nota nos próximos meses.
A classificação do país subiuwww globoesporteBa2, dois níveis abaixo do grauwww globoesporteinvestimento, para Ba1, um nível abaixo dessa categoria. O grauwww globoesporteinvestimento representa a avaliaçãowww globoesporteque o país não corre riscowww globoesportedeixarwww globoesportehonrarwww globoesportedívida pública.
A conquista deve ser atribuída principalmente, como registra comunicado da Moody’s, &nbsp;ao robusto crescimento da economia brasileira nos últimos anos. Vale notar, porém, &nbsp;que esse crescimento decorre porwww globoesportevez do trabalho incansável do presidente Lula,www globoesporteseu fiador, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Este ewww globoesporteequipe vêm contornando imensas dificuldades para fazer o país crescer ao mesmo tempowww globoesporteque constroem o indispensável apoio político para manter a governabilidade e realizar as reformas, negociando intensamente com a Câmara, &nbsp;o Senado e o Judiciário&nbsp;
De maneira engenhosa, Lula e Haddad, depoiswww globoesporteassumirwww globoesportemeio a uma intentona golpista, conseguiram, contra todas as previsões dos analistas do mercado, abrir uma veredawww globoesportecrescimento robusto sobre bases fiscais coerentes, e construir a sustentação política necessária para que o conjunto do arranjo tivesse credibilidade.
Já pela mídia brasileira associada à Faria Lima a elevação da nota brasileira foi recebida com choque, seguidowww globoesportemuxoxos e até lágrimaswww globoesportecrocodilo. Com a Moody’s, absolutamente todas as previsõeswww globoesportebaixo crescimento e queda iminente do edifício econômico, a torcida pelo desastre, se desmancharam no ar. A surpresa decepcionada tomou conta dos analistas e economistas sabichões associados ao rentismo. A ciência dos doutores cobriu-sewww globoesportemiséria. Baixada a névoa, &nbsp;ficou claro que o fanatismo contra Lula os leva a perder o pulso da economia e a ambicionar que o Brasil vá mal. A ironia é que os acordes a anunciar o fracasso desses falsos profetas venham justamente das trombetas sopradaswww globoesporteseu templo sagrado: Wall Street.&nbsp;
A boa nova não representou, porém, qualquer surpresa para quem acompanha estewww globoesporte. Em pouco maiswww globoesporteum ano, ao menos quatro editoriais, como este, registraram que o cenário econômico e fiscal apresentava sinais muito positivos, na contramão do que apontava o "mercado" e a mídia hegemônica. Estes desprezavam os dados objetivos da realidade para se guiarem por preconceitos políticos direcionados contra Lula e o Brasil. Agora os doutores já correm atabalhoados a jogar água fria no otimismo, alertandowww globoesportenovo que o país corre o risco iminentewww globoesportedesequilíbrios gravíssimos e sem controle.&nbsp;
A agência Moody's mencionou, como razões da melhoria do crédito atribuído ao país, o crescimento da economia e as reformas econômicas e fiscais recentes. A Moody's ressalta a relevância do compromisso com as metas fiscais e com a trajetóriawww globoesporteestabilização da dívida públicawww globoesporterelação ao Produto Interno Bruto (PIB).
Entre as reformas mais importantes, a Moody’s destacou a reforma tributária. Segundo a agência, o novo sistema aperfeiçoará o ambientewww globoesportenegócios e a alocaçãowww globoesporterecursos, aumentando o potencialwww globoesportecrescimento no longo prazo. A Moody’s também citou a agendawww globoesportetransição energética para atrair investimentos privados e reduzir a vulnerabilidade do país a choques climáticos.
Em relação às contas públicas, o comunicado informou que a Moody’s espera uma melhora gradual nos resultados primários do governo nos próximos três anos. A agência se baseia nos esforços para aumentar as receitas, principalmente por meiowww globoesportemedidaswww globoesportearrecadação das classes mais ricas, e nas iniciativaswww globoesporterevisãowww globoesportedespesas.
Apesar da dívida pública e dos juros elevados, a Moody’s destacou que o Brasil tem expressivos ativos líquidos. Desde 2006, o país é credor externo, com as reservas internacionais superando a dívida externa.&nbsp;
A agência também sublinhou que o governo brasileiro se financia principalmentewww globoesportemoeda local no mercado doméstico,www globoesportevezwww globoesportebuscar moeda estrangeira no mercado internacional.
Não escapou ao diagnóstico da Moody's uma consideração sobre o apoio que a agenda econômica do governo vem obtendo junto ao Congresso, onde Lula vem construindo ampla base, mesmo que instávelwww globoesportealgumas situações. &nbsp;Vale notar que o presidente partiuwww globoesporteuma base fiel muito estreita e logrou muito mais. É o resultado da artewww globoesporteLula, à testawww globoesporteuma frente ampla bemwww globoesportearticulada por seus líderes e ministros.&nbsp;
Aproxima-se a volta do país à condição ambicionadawww globoesportebom pagador. Atingido este grau, volumosos fluxoswww globoesporteinvestimentos vão estar liberados para estimular ainda mais o crescimento.&nbsp;
Antes, o Brasil só tivera o selowww globoesportebom pagador no períodowww globoesporte2008 a 2015, tambémwww globoesportegovernos petistas.
É mera coincidência que os governos fiscalmente mais responsáveis sejam vilipendiados sob o viés ideológico mais empedernido?

Decisão da Moody's mostra que Haddad está no caminho certo e deve ser apoiado pelo PT e pelo governo

Na noitewww globoesporteontem, o Brasil assistiu a um dos maiores crimes da história política brasileira: Pablo Marçal, ex-coach, ex-golpista e candidato desesperado para ganhar atenção no cenário eleitoral, divulgou um documento claramente falso para atacar Guilherme Boulos (PSOL). O laudo, que Marçal apresentou como evidênciawww globoesporteum suposto episódiowww globoesporteinternaçãowww globoesporteBoulos por usowww globoesportedrogas, foi prontamente desmascarado. Mas o que choca não é apenas a ação criminosawww globoesporteMarçal — é o fatowww globoesporteque parte da mídia trata esse ato vil como a divulgaçãowww globoesporteum "suposto laudo", suavizando o que já está mais que evidente: uma falsificação grosseira e criminosa.
Ao empregar termos como "suposto" e "alegado" para falarwww globoesportealgo que já foi desmascarado como falso, a mídia se torna cúmplice. Quando uma ex-funcionária do médico citado no laudo vem a público e afirma categoricamente que a assinatura é falsa, não há mais espaço para relativizações. A própria clínica mencionada no documento, dirigida por um conhecidowww globoesporteMarçal com históricowww globoesportecondenação por falsificaçãowww globoesportedocumentos, já está no centro da suspeita. Como, diante disso, ainda há quem falewww globoesporte"suposto laudo"? É um laudo criminoso, uma armação desesperada e mal executada. Qualquer outro tratamento não passawww globoesporteleniência.
Ao tratar uma fraude eleitoral tão descarada com essa suavidade, a mídia dá combustível para o terreno fértil da desinformação. A táticawww globoesporteMarçal é conhecida: levantar suspeitas infundadas, jogar uma mentira na praça e esperar que o estrago esteja feito antes que a verdade consiga se impor. O simples fatowww globoesporteo documento estar circulando e sendo debatido já é, para ele, uma vitória parcial. E quando veículoswww globoesporteimprensa tratam essa mentira como algo a ser ponderado ou investigado, a engrenagem do crime eleitoral continua girando.
Neste caso, a ação necessária é clara. Marçal não apenas divulgou um documento falso — ele cometeu um crime eleitoral que,www globoesporteacordo com as leis brasileiras, deve ser tratado com rigor. A falsificaçãowww globoesportedocumentos e o usowww globoesportefake news com o objetivowww globoesporteinfluenciar o processo eleitoral são ataques diretos à democracia, e a resposta deve ser proporcional. Marçal deve ser preso ewww globoesportecandidatura, impugnada, como Boulos bem afirmou. Não se tratawww globoesporteuma mera briga política, maswww globoesporteuma questãowww globoesportejustiça ewww globoesportepreservação da integridade das eleições.
A imprensa, que deveria ser a linhawww globoesportedefesa contra a mentira, não pode se colocar no papelwww globoesportecúmplice. Ao suavizar a linguagem, a mídia legitima a dúvida e perpetua o ciclowww globoesportedesinformação. É preciso chamar as coisas pelo que elas são. O laudo é falso, a assinatura é falsificada, e Pablo Marçal está cometendo um crime eleitoral. Tratar essa situação com qualquer outro termo que não "falsificação criminosa" é compactuar com a distorção dos fatos.
Neste momento, é essencial que a Justiça Eleitoral e a imprensa estejam alinhadaswww globoesporteum único objetivo: preservar a verdade e punir exemplarmente quem tenta distorcer os fatos para se beneficiar politicamente. A impunidade ou o tratamento brando a crimes eleitorais não apenas incentivam novos atos como também corroem a confiança da sociedade no processo democrático. Marçal, comwww globoesporteestratégia rasteira, precisa ser responsabilizado. E a mídia, que ainda insistewww globoesportetratar suas ações com eufemismos, deve refletir seriamente sobre seu papel nessa história. Afinal, a desinformação não se espalha sozinha — ela precisawww globoesporteveículos cúmplices para ganhar força.

Mídia que trata fake newswww globoesportePablo Marçal como 'suposto laudo' é sóciawww globoesporteseus crimes eleitorais

As circunstâncias da morte prematura, aos 36 anos, da jornalista Nathalia Urban, correspondente deste Brasilwww globoesporte na Escócia, ainda estão para ser inteiramente esclarecidas.
É necessário aguardar que os responsáveis pela devida investigação policial realizem seu trabalho e apresentem conclusões.
Estewww globoesporte defende que tudo seja feito sem atropelos, com zelo, ética e respeito à memóriawww globoesporteNathalia, evitando pré-julgamentos e especulaçõeswww globoesportetoda ordem.&nbsp;
A comoção criadawww globoesportetornowww globoesportesua morte, para além da perplexidade, advém da enorme tristeza da perda, o que tem a ver também com as característicaswww globoesporteNathalia como mulher e profissional. Impressionava a todos seu pontowww globoesportevista singular, seu antiimperialismo sem peias, awww globoesportemaneira destemidawww globoesporteexpor as iniquidades do capitalismo ewww globoesporteseus personagens. De tudo isso, sobressaía um autêntico carisma, um magnetismo que a todos cativava e motivou a solidariedade até mesmo do presidente Lula e da primeira-dama Janja.
Eram raros o empenho e a energia que Nathalia imprimia ao trabalho, a precisão e completude das informações que detinha, a qualidade das análises que oferecia ao público numa ampla gamawww globoesportetemas internacionais. Era notável na apuraçãowww globoesporteinformações que ela expunha com explicitude incomum.
O choque porwww globoesportemorte inesperada tornou evidente a imensidão da perda. Nathalia era um tipo rarowww globoesporteprofissional íntegra, fiel à verdade, comprometidawww globoesportedesnudar até o fim os meandros e artimanhas dos operadoreswww globoesporteuma ordem internacional injusta e opressiva. Na busca incessante da informação, Nathalia exibia uma qualidade essencial, cada vez mais rara, inerente ao verdadeiro jornalismo: a virtude clássica da coragem.
Em jornadaswww globoesporteentrega intensa, requisitada no Brasil e no exterior, Nathalia não apenas comunicava. Ela o fazia com a energia dos profissionais que chamam a atenção pelo domwww globoesporteencarnar e convencer pela reflexão informada, à qual ela sempre agregava detalhes subestimados, ângulos inéditos ou perspectivas ocultadas pelo jornalismo submetido a Washington.
Fez do seu trabalho uma trincheira na defesa dos temas do Sul Global, das lutas da América Latina contra o imperialismo, dos direitos das profissionais do sexo, na denúncia do preconceito contra os imigrantes,www globoesporteque ela mesmo foi vítima.
Por essas virtudes, Nathalia constitui um exemplo não apenas para profissionais tão jovens como ela, mas para oswww globoesportetodas as gerações. Sua trajetória vive como possibilidadewww globoesporteum jornalismo comprometido com a verdade anteswww globoesportetudo e com a criação intimoratawww globoesporteum mundo melhor. Obrigado, Nathalia.

Nathalia Urban estará presente para sempre como exemplo do melhor jornalismo

Ao ver esboroar-se o mais recente e desesperadowww globoesporteseus crimes, o dono da rede social X (ex-Twitter), Elon Musk, parece ter resolvido recuar nas tentativaswww globoesporteditar, a seu bel prazer, a partir dos Estados Unidos, a maneira como as coisas devem ser conduzidas no Brasil, à revelia dos dispositivos legais do país.
Uma das pessoas mais obscenamente ricas do planeta, com fortuna avaliadawww globoesporte200 bilhõeswww globoesportedólares, Musk deve ter considerado que o dinheiro tudo pode. Quiçá pudesse até mesmo anular a vigência do estado nacional do Brasil.&nbsp;
Em seus arrouboswww globoesporteonipotência, o bilionário mimado, apoiadorwww globoesporteDonald Trump nos Estados Unidos ewww globoesporteJair Bolsonaro no Brasil, &nbsp;protagonizou nos últimos tempos uma ofensiva solerte, com tonswww globoesportefarsa, para anular as leis e os Poderes brasileiros.
Essa verdadeira raziawww globoesportetio patinhas falastrão representou um testewww globoesporteesforço não apenas para o arcabouço legal que governa o país, mas para a própria vigência da soberania nacional.
O embate foi tão mais significativo por ter partido do capowww globoesporteuma das redes sociais planetárias, abrigado sob o manto pomposo com que essas megaestruturas se cobrem. De fato, os czares da tecnologia se julgam detentoreswww globoesporteum status sagrado,www globoesportelicença ilimitada para refazer a comunicação (às vezes para melhor), alterar todas as esferas, &nbsp;redesenhar os laços sociais e arrasar o velho mundo.
Desta vez, a ofensivawww globoesporteMusk começou como ofensiva libertária e desprendidawww globoesportefavor do direito ilimitadowww globoesporteexpressão (mesmo para o cometimentowww globoesportecrimes tipificados, às vezes violentos). Terminou na formawww globoesporteum drible pífio, uma pixotada, uma trampa dignawww globoesportemarginais.
Para voltar ao ar ilegalmente, o X valeu-sewww globoesporteuma ferramenta denominada CDN (redewww globoesporteentregawww globoesporteconteúdo), que oculta a identidade digital dos que se valem dela. Foi um expediente para contornar a proibição do ministro Alexandrewww globoesporteMoraes, &nbsp;do Supremo Tribunal Federal. Por ele, o X recorreu a uma ferramenta usada por TVs piratas.&nbsp;
Ato contínuo, Elon Musk foi para o X se vangloriarwww globoesporteque tinha conseguido furar o bloqueio do STF. Ao mesmo tempo, o X mudou uma sériewww globoesporteidentificadoreswww globoesportesites e provedores bloqueados pela Justiça. A manobra foi logo neutralizada pela Anatel que notificou do bloqueio ao X os 20 mil provedoreswww globoesportebanda larga, por onde a maracutaia era feita.
A manobrawww globoesporteMusk fica mais tosca se se levawww globoesporteconta que ao mesmo tempo o X, proibido por se recusar a obedecer ordem judicialwww globoesporteretirar conteúdos criminosos da extrema-direita bolsonarista, recuavawww globoesportetoda a arrogância inicial.
Havia que pagar multas milionárias impostas por Moraes pela insistênciawww globoesportedeixar no ar perfis criminosos como os dos bolsonaristas Allan dos Santos, &nbsp;Marcos do Val e Paulo Figueiredo. O X pagou e retirou os perfis. Havia que nomear representante legal do X no Brasil, sob penawww globoesportea rede não poder funcionar. O X nomeou, depois retirou o nome indicado e, afinal, voltou a nomear. Nesse tempowww globoesporteque está fora do ar, o X e Musk perderam membros e faturamento num dos maiores mercados. Agora, o recuo desordenado visa também a liberação das contas bloqueadaswww globoesporteuma outra empresawww globoesporteMusk, a Starlink, considerada empresa coligadawww globoesportefato à X.
A soberania nacional não se dobrou às ameaçaswww globoesporteum plutocrata. Que o exemplo do episódio sirvawww globoesportemodelo para a afirmação do paíswww globoesportetodos os camposwww globoesporteque os interesses maiores do Brasil estejamwww globoesportejogo.

Elon Musk e Alexandrewww globoesporteMoraes

Brasil deu a Musk e ao mundo uma liçãowww globoesportesoberania

Com 60% do território brasileiro neste momento sofrendo, direta ou indiretamente, &nbsp;as consequênciaswww globoesportequeimadas ou incêndios florestais, o país vive, como definiu o ministro do Supremo Tribunal Federal Flávio Dino, uma situação absurda e inaceitável. "Temos que reconhecer que estamos vivenciando uma autêntica pandemiawww globoesporteincêndios florestais", disse Dino.
A analogia com a situação criada e as providências necessárias para combater o flagelo do coronavírus dão ideia da vastidão da tarefa que significa combater os milhareswww globoesportefocoswww globoesporteincêndio e adaptar o país a uma situação que se mostra permanente.&nbsp;
As condições climáticas no planeta ultrapassaram um umbral além do qual devem se agravar continuamente. Eventos extremos, como o das matas e campos que ardem, se sucedem. &nbsp;Será necessário vigiar, evitar e eventualmente combater focos múltiplos. Será necessário flagrar criminosos incendiários, venham eles do bolsonarismo ouwww globoesportepráticas agrícolas retrógradas, para caçá-los e puni-los na forma da lei.
Como na pandemia, o bolsonarismo, agora climático, é assassino.
Ocorre que dessa vez os incêndios excederam muitas vezes os meioswww globoesporteseu controle. O Brasil bateu a marcawww globoesporte180 mil focoswww globoesporteincêndiowww globoesporte2024, segundo o Instituto Nacionalwww globoesportePesquisas Espaciais (Inpe), totalizando maiswww globoesporte224 mil km 2www globoesporteárea queimada até o finalwww globoesporteagosto – quase o tamanho do estadowww globoesporteSão Paulo.
A capital do estado registra já há vários dias a pior qualidade do ar do planeta, segundo o sítio IQAir, que monitora 120 grandes cidades globais.
Não há como minimizar o fenômeno cujos contornos sugerem a aproximaçãowww globoesporteuma era apocalíptica se a humanidade não for capazwww globoesportereverter o aquecimento global com medidas à altura do desafio.
As queimadas preocupam mais se vistas na sucessão da catástrofe das chuvas torrenciais no Sul do país. Preocupam também se observadas emwww globoesportesimultaneidade com secas que se repetem, cada vez mais duradouras, nos grandes rios da Amazônia, com a repercussão ambiental gigantesca que desencadeiam.&nbsp;
Em meio a esse cenário tão angustiante, há que se registrar que o Brasil temwww globoesporteLula um presidente que não se refugia no negacionismo climático.
Lula pretende usar 70 mil recrutas do Exército no combate aos incêndios. &nbsp;Além disso, juntamente com a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, anunciou a criação da Autoridade Climática ewww globoesporteum Comitê Técnico-Científico para apoiar e articular as ações do governo federalwww globoesportecombate à mudança do clima.
O anúncio foi realizado após o presidente percorrer áreas afetadas pela seca e pelos incêndios no estado do Amazonas. Ali o Brasil vive a pior estiagemwww globoesporte75 anos
O objetivowww globoesporteLula é estabelecer as condições para ampliar e acelerar as políticas públicas a partir do Plano Nacionalwww globoesporteEnfrentamento aos Riscos Climáticos Extremos. O foco está justamente na adaptação e preparação para o enfrentamento a esses fenômenos. O objetivo da autoridade e do comitê, segundo Lula, é dar suporte e articular a implementação das ações do governo federal.
O presidente vai enviar Medida Provisória para estabelecer o estatuto jurídico da Emergência Climática, o que irá acelerar a aplicaçãowww globoesportemedidaswww globoesportecombate a eventos extremos. Para fazer valer essas medidas, será preciso enfrentar resistências ideológicas encarniçadas, como a da famigerada bancada ruralista aliada ao negacionismo no Congresso.
A dimensão das tarefas na extensão do Brasil é ciclópica. Será preciso acelerar mudançaswww globoesportetodos as esferas, alterando hábitos aferrados, substituindo prioridades e atendendo inéditas urgências. Repensar o sentido, a qualidade e os termos do progresso econômico não está forawww globoesportecogitação. A conivência criminosawww globoesportegovernadores e prefeitos bolsonaristas terá que ser exposta, responsabilizada e punida. Agora mais do que nunca, o clima é a prioridade. Não há outra opção.

Com o governador do Amazonas, Wilson Lima, o prefeitowww globoesporteManaquiri, Jair Aguiar, os senadores Eduardo Braga e Omar Aziz, e as ministras
Marina Silva e Sonia Guajajara