Mercado reage à recuperação econômica e sinaliza possível alta dos juros
Alguns bancos já revisaram suas estimativas para a Selic, enquanto o governo vem reforçando que o PIB crescerá sem gerar inflação
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(Reuters) - A surpresa com o forte desempenho da economia brasileira no segundo trimestre do ano levou economistas e governo a revisar suas projeçõescrescimento do ano para próximo3%, aquecendo a discussão sobre os riscos inflacionários e a perspectivaaltajuros, duas semanas antes da reunião do ComitêPolítica Monetária (Copom)."(A inflação é) o ponto centraltermosconsequências", disse Rodolfo Margato, economista da XP, sobre o crescimento do Produto Interno Bruto. "A força da atividade foi o que respaldou a nossa revisãocenário, considerando um cicloaperto monetário a partirsetembro."
A XP prevê altas na taxa básicajuros nas próximas quatro reuniões do Copom, com o cicloaperto terminandojaneiro2025 com a Selic a 12,0%.
O Banco Central volta a se reunir para debater a política monetária17 e 18setembro. Com a Selic atualmente10,5%, a autoridade monetária já terámãos, além dos números do PIB, os dados do IPCAagosto para respaldardecisão.
A própria equipe econômica levantou incertezas sobre a políticajuros e um possível risco inflacionário com o crescimento mais forte logo após a divulgação nesta terça-feiradados do IBGE mostrando que o PIB expandiu 1,4% no segundo trimestre, depoiscrescer 1,0% no primeiro,dado revisado para cima. A expectativaanalistas eraalta0,9% no segundo trimestre.
"Temos que olhar muito para o investimento porque ele que vai garantir crescimento com baixa inflação, se nós não aumentarmos a nossa capacidade instalada, vai chegar um momento que vamos ter dificuldadecrescer sem inflação", disse o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, após a divulgação dos dados.
O resultado melhor do que o esperado aumentou a perspectivaque o PIB crescerá perto ou até acima3% este ano. Tanto o Inter quanto a XP e o C6 Bank já apontaram revisõessuas estimativas.
O Citi também passou a prever um crescimento3% e espera alta da Selic este mês. "No geral, o PIB do segundo trimestre reforçou a visãoum descompasso entre a expansão da demanda e da oferta", afirmounota.
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