Haddad diz que Brasil está pronto para recuperar o grauinvestimento até 2026
“Se defendermos a arquitetura do arcabouço, vamos chegar ao grauinvestimento”, disse ele
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bet 1000Agência Gov – O Brasil mantém-se firmeuma rota bem-sucedidaajustes, dentro um processo capazrecuperar o patamar“grauinvestimento” do país até 2026, apontou nesta segunda-feira (14/10) o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Do pontovista econômico, o novo Arcabouço Fiscal é o lastro para esse caminho, com parâmetros claros e saudáveis sobre a evoluçãoreceitas e despesas, mirando no permanente equilíbrio das contas públicas. “Se defendermos a arquitetura do arcabouço, vamos chegar ao grauinvestimento”, disse Haddad, ao participar da conferência Itaú Macro Vision,São Paulo.O grauinvestimento ( rating ) é uma classificação concedida por agênciasclassificaçãorisco a países com boa saúde financeira, considerados portos seguros para investimentos. Amplia a capacidadeatraçãorecursos para projetos nas mais diversas áreas da economia. O Brasil contou com esse selo entre 2008 e 2015. No começo deste mês, a agênciaclassificaçãoriscos Moody’s elevou a notacrédito soberano do BrasilBa2 para Ba1, mantendo a perspectiva do rating Positiva. O Brasil agora está a um passo do grauinvestimento pela Moody’s.
Haddad advertiu que os recentes avanços do Brasil rumo à retomada do grauinvestimento refletem o aprofundamento dos ajustes na economia, sempre com compromisso aos parâmetros fiscais, mesmo dianteadversidades. “Temos que redobrar os cuidados, não só pensando na saúde econômica, mas também na saúde política do país”, afirmou o ministro, destacando a importânciahaver constante respeito às liberdades individuais, “em um climademocracia profunda,que as vozes tenham o seu espaço e possam se equilibrar mutuamente”, colocar o crescimento sustentável no centro das atençõesproveito do Brasil, como um efetivo projetoestado.
Cenário
O ministro da Fazenda ressaltou que, na superação dos desafios, há atualmente um cenário positivo, que conta com um bom climadiálogo com o Congresso e “uma mudançacomportamento do Poder Judiciáriorelação às consequências econômicas das suas decisões”. Para a saúde das finanças públicas, Haddad reforçou a relevância da decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) este ano,relação à abrangência da LeiResponsabilidade Fiscal ( Lei Complementar nº 101/2000 ). “É importante o fatoque o Legislativo, para renunciar receitas ou criar novas despesas, terá que observar os princípios da LeiResponsabilidade Fiscal. Isso é uma pequena revolução no padrãorelacionamento entre os Poderes”, afirmou.
Cenário mundial
Diante das turbulências internacionais, o Brasil adquiriu posiçãodestaque, apontou Haddad, com ampla capacidadeatrair investimentos. “Em função dos problemas que o mundo está enfrentandocertas regiões, o Brasil passa a receber uma atenção especial, tambémfunçãovantagens competitivas que têm a ver com a nossa matriz produtiva,geral, e com nossa matriz energética,particular. São circunstâncias que favorecem um olhar atento para a economia brasileira”, afirmou o ministro. “Não tem porque não miraruma taxacrescimento, no mínimo, equivalente à média mundial. Ficamos muito abaixo da média mundial por muitos anos”, completou.
Os princípios estabelecidos pelo PlanoTransformação Ecológica (PTE), lançado pelo Ministério da Fazenda no ano passado, vão acelerar ainda mais a chegada do país a um novo patamarcrescimento, alertou Haddad. “Com apoio do Congresso e da sociedade, penso no PlanoTransformação Ecológico como uma espéciecereja do bolo, porque pode dar um impulso ainda maior para o nosso PIB potencial”, afirmou Haddad. O PTE visa, por um lado, promover a transição para uma economiabaixo carbono, mas, por outro, objetiva promover o desenvolvimento econômico e social, alémsuperar gargalos do desenvolvimento brasileiro.
Haddad ressaltou ainda a herança que o Brasil deixou para o panorama global, ao assumir a presidência rotativa do G20, grupo das principais economias mundiais. “Deixaremos marcas importantes. O Brasil liderou um processodiscussão sobre desigualdade no mundo, sobre o desafio climático, o desafio da fome, da pobreza, sobre alinhamento dos bancos multilateraisproveito do desenvolvimento,especial, dos paísesrenda baixa endividados”, afirmou o ministro da Fazenda.
Evento
Na abertura do evento, o CEO do Itaú BBA, Flávio Souza, falou sobre o atual nívelcrescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro eajustes recentes na economia. Ele disse que o crescimento3% ao ano não era observado desde o início deste século. “O ritmo sustentávelcrescimento da economia brasileira aumentou. Acreditamos que o país pode ter contratado no médio prazo um incremento adicional com a aprovação histórica da PEC da Reforma Tributária”, comentou.
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