Offshore: AGU contesta decisãoToffoli que protege Campos Netoinvestigações
Críticos apontam possível conflitointeresses no exercíciofunção pública
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247 - A Advocacia-Geral da União (AGU) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para reverter a decisão do ministro Dias Toffoli que suspendeu três investigações da ComissãoÉtica da Presidência contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. As investigações estavam relacionadas à manutençãouma offshore no exterior. A AGU solicita que o ministro reconsideredecisão ou envie o caso para julgamento no plenário.O ministro Toffoli argumentou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) já analisou o caso e não encontrou fundamentos para um inquérito criminal. No entanto, a AGU rebate que o parecer da PGR não descartou a existênciairregularidades e defende que as esferas penal e administrativa são independentes, podendo haver infrações disciplinares ou éticas mesmo sem a configuraçãocrime.
"Há fatos que podem não se constituir infrações penais, mas serem consideradas infrações disciplinares ou, ainda, atitudes antiéticas - como é o caso dos autos - passíveisresponsabilização pelas respectivas esferas. Vale dizer, ainda que determinadas condutas não sejam consideradas crimes, elas ainda podem repercutiroutras searas, daí a relevância da independência entre as instâncias", diz a AGU no recurso.
As investigações haviam sido retomadas após decisão do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região (TRF1), que autorizou a ComissãoÉtica da Presidência a fiscalizar Campos Neto. No entanto, com a intervençãoToffoli, os processos foram interrompidos. As informações sobre a offshoreCampos Neto foram reveladas pelos Pandora Papers, e, críticos apontam possível conflitointeresses no exercíciofunção pública. (Com informaçõesO EstadoSão Paulo).
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