Lula propõe governança global para inteligência artificial
Presidente brasileiro participou da Cúpula do G7, na Itália
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Por Andreia Verdélio, da Agência Brasil - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs, nesta sexta-feira (14), a instituição3betuma governança global e representativa para o tema da inteligência artificial, para que seus benefícios sejam “compartilhados por todos”. “As instituições3betgovernança estão inoperantes diante da realidade geopolítica atual e perpetuam privilégios”, disse Lula durante a sessão3betengajamento externo da Cúpula do G7, reunião3betlíderes3betsete das maiores economias do mundo.O evento começou na quinta-feira (13) e vai até amanhã (15)3betBorgo Egnazia, na região da Puglia, no sul da Itália. A sessão3bettrabalho começou com os discursos da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, e do papa Francisco. A fala do presidente Lula e3betoutros líderes não foi transmitida, mas o texto lido foi divulgado pelo Palácio do Planalto.
Para o presidente brasileiro, os desafios atuais envolvem a condução3betuma revolução digital inclusiva e o enfrentamento das mudanças do clima. Nesse sentido, segundo ele, a inteligência artificial pode potencializar as capacidades dos Estados3betadotarem políticas públicas para o meio ambiente e contribuir para a transição energética.
“Precisamos lidar com essa dupla transição tendo como foco a dignidade humana, a saúde do planeta e um senso3betresponsabilidade com as futuras gerações. Na área digital, vivenciamos concentração sem precedentes nas mãos3betum pequeno número3betpessoas e3betempresas, sediadas3betum número ainda menor3betpaíses. A inteligência artificial acentua esse cenário3betoportunidades, riscos e assimetrias”, disse.
“Muitos países africanos estão próximos da insolvência e destinam mais recursos para o pagamento da dívida externa do que para a educação ou a saúde. Isso constitui fonte permanente3betinstabilidade social e política. Sem agregar valor a seus recursos naturais, os países3betdesenvolvimento seguirão presos na relação3betdependência que marcou3bethistória. O Estado precisa recuperar seu papel3betplanejador do desenvolvimento”, acrescentou o presidente.
O G7 é composto por Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido. Além dos membros do grupo, da Santa Sé e do Brasil, foram convidados para a reunião África do Sul, Arábia Saudita, Argélia, Argentina, Emirados Árabes Unidos, Índia, Jordânia, Mauritânia (representando a União Africana), Quênia e Turquia. Entre os organismos internacionais, os convidados são União Europeia (com status3betobservadora no G7), Organização das Nações Unidas, Fundo Monetário Internacional, Banco Mundial, Banco Africano3betDesenvolvimento e Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico.
Hoje e amanhã, Lula terá diversos encontros bilaterais com líderes presentes no evento. A previsão é que a comitiva presidencial retorne ao Brasil no domingo (16).
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