Espionagem contra parlamentares começou na épocaaposta combinada betanoTemer, com o GSI. Abinaposta combinada betanoRamagem ampliou-a sob Bolsonaro
Jáaposta combinada betano2017, quando o general Sérgio Etchegoyen foi ministro-chefe do Gabineteaposta combinada betanoSegurança Institucional do Planalto, Rodrigo Maia flagrou “monitoramento” contra ele
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Por Luís Costa, para oaposta combinada betanoaposta combinada betanoBrasília - Quando era presidente da Câmara dos Deputados, no segundo semestreaposta combinada betano2017, o então deputado federal Rodrigo Maia interrompeu um café da manhã com amigos numa manhãaposta combinada betanosábado para receber um relatoaposta combinada betanosua segurança pessoal. Foi-lhe dito que havia evidênciasaposta combinada betanomonitoramentoaposta combinada betanoseus passos e atéaposta combinada betanoacompanhamentoaposta combinada betanotelefonemas pelo Palácio do Planalto. Na época, quem estava ocupando a presidência depois da deposiçãoaposta combinada betanoDilma Rousseff era Michel Temer. Sérgio Etchegoyen, primeiro general da ativa a ocupar um cargo palaciano desde a ditadura, implantado lá dentro por Temer, era o ministro-chefe do Gabineteaposta combinada betanoSegurança Institucional. Maia voltou à mesa do café, explicou aos convivas o que estava ocorrendo e telefonou para um outro ministro que também tinha gabinete dentro do Palácio do Planalto a fimaposta combinada betanochecar alguns dados que dariam consistência à denúncia. Abalado com a confirmaçãoaposta combinada betanoalguns fatos - mesmo que por vias transversas - ele pediu a uma assessora que ligasse para o então ministro-chefe do GSI. Quando a ligação foi estabelecida e o celular passou às suas mãos, Maia não deu “bom dia” nem esperou que Etchegoyen falasse nada.– General, eu sei que vocês estão me monitorando. Eu sei que vocês estão acompanhando as minhas conversas. Pare com isso agora! Agora! – ele falava aos gritos, sem se importar com quem o ouvia à mesa. Prosseguiu: – Isso é um absurdo, uma vergonha. É um crime, aliás. Vocês pensam o que? Acham que eu quero derrubar o Michel? Não quero derrubar o Michel. Mas, ele está ali por uma circunstância e só vai conseguir governar se houver diálogo e respeito com o Congresso, com a Câmara, comigo, com o Eunício (referia-se a Eunício Oliveira, então presidente do Senado).
Quem estava sentado ao lado do então presidente da Câmara naquele café da manhã tardio ou abaixou a cabeça e aguçou os ouvidos, ou, como eu fiz, abriu os olhos na direçãoaposta combinada betanoRodrigo Maia e deixou claro que escutava tudo. Pareceu que, do outro lado da linha, Sérgio Etchegoyen tentava balbuciar algo. Maia não quis ouvi-lo:
– Não vou escutar nada, general. Passe bem. É um absurdo isso. Pare, general. Passe bem – disse com voz firme, uma oitava acima do tom, o presidente da Câmara cujo pescoço e bochechas ficaram vermelhosaposta combinada betanorazão da intensidade da “conversa”.
Nunca é demais lembrar que o general Sérgio Etchegoyen, hoje na reserva e se dedicando a negócios privados - inclusive na áreaaposta combinada betanocomunicação - foi o elo entre o aparato militar que sustentou Michel Temer no cargoaposta combinada betanopresidente na esteira do golpe do impeachment sem crimeaposta combinada betanoresponsabilidade e os tenentes, coronéis, generais, almirantes e brigadeiros que pularam para dentro da canoaaposta combinada betanoBolsonaro e do bolsonarismo na origem da campanha que levaria o capitão da reserva à Presidência. Como ministro-chefe do GSI, Etchegoyen foi o encarregado pelo Governoaposta combinada betanodialogar com o Tribunal Superior Eleitoral durante o processo eleitoralaposta combinada betano2018. Alexandre Ramagem, agora investigado como propulsor da ampliação do aparato ilegalaposta combinada betanomonitoramdento e espionagemaposta combinada betanoum Governo contra opositores e a favoraposta combinada betanonegócios privados dos filhos do ex-presidente, herdou na Abin uma estratégiaaposta combinada betanoação e constrangimentos antidemocráticos, sempre contra atores da política, que se instalou no Planalto depois do golpeaposta combinada betano2016.
(*) Às 12h do dia 26/01 o general da reserva Sérgio Etchegoyen procurou oaposta combinada betano e enviou a seguinte nota:
Notaaposta combinada betanoSergio Etchegoyen
Entre 12/05/2016 e 31/12/2018, o Gabineteaposta combinada betanoSegurança Institucional, o qual tive a honraaposta combinada betanochefiar, cuidou para que a Agência Brasileiraaposta combinada betanoInteligência (Abin) seguisse rigorosamente todos os preceitos e limitações constitucionais e legais. Jamais foi determinado ou mesmo concedida qualquer autorização para o monitoramentoaposta combinada betanoagentes públicos. Não éaposta combinada betanomeu conhecimento que isso tenha ocorrido, mesmoaposta combinada betanoforma inadvertida e não autorizada.
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