Documentos indicam que aliança da Folha com a ditadura foi mais forte do que jornal admite
casas de apostas a partir de 1 real Maiscasas de apostas a partir de 1 real40 pessoas, entre jornalistas, militantes, ex-agentes e empresários deram depoimentos sobre a Folha na repressão
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De acordo com Edward McClelland, autor casas de apostas a partir de 1 real "Como falar no meio-oeste", nosso dialeto particular é classificado como
ointerior norte
norte acentosCleveland é muito distinto do resto casas de apostas a partir de 1 real Ohio casas de apostas a partir de 1 real {k0} seu sotaque [com] que 'A' ao contrário e, há muitos tempo instirado para fora. "O
O.
"Costa Norte da América" ou 'A Costa Sul) Referindo-se à posição geográfica casas de apostas a partir de 1 real cidade no Lago
Erie. costa,
"Believeland" Originada casas de apostas a partir de 1 real {k0} 2007 e culminou nas finais da NBA casas de apostas a partir de 1 real 2024 entre os Cleveland Cavaliers com o Golden
State. Guerreiros!
Por Vasconcelo Quadros, da Agência Pública - Documentos e testemunhos obtidos pelo Centrocasas de apostas a partir de 1 realAntropologia e Arqueologia Forense (Caaf), ligado a Universidade Federalcasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo (Unifesp) e analisados com exclusividade pela Agência Pública indicam que a colaboração da Folhacasas de apostas a partir de 1 realS. Paulo com a ditadura foi mais profunda do que se sabia.
Segundo a pesquisa, o grupo Folha teria emprestado carroscasas de apostas a partir de 1 realdistribuiçãocasas de apostas a partir de 1 realjornais para que agentes da repressão os usassem para disfarçar operações do regime nas ruas e que teriam resultadocasas de apostas a partir de 1 realprisões, assassinatos e desaparecimentocasas de apostas a partir de 1 realmilitantes da esquerda armada. Um dos testemunhos mais importantes obtidos pela Unifesp/Caaf foi uma entrevista dada aos pesquisadores pelo ex-agentecasas de apostas a partir de 1 realinformação do Exército, Marival Chaves do Canto, que atuou no DOI-CODI (Destacamentocasas de apostas a partir de 1 realOperações e Informações e Centrocasas de apostas a partir de 1 realOperaçõescasas de apostas a partir de 1 realDefesa Interna) do Exército,casas de apostas a partir de 1 realBrasília.
Ele afirma que os carros eram usados como coberturacasas de apostas a partir de 1 realpontos (encontros) entre militantes da esquerda armada que na maioria das vezes eram presos, torturados e assassinados: “Era um contato feito dentro da direção. Essa direção escalava um carro para tal lugar, tal hora, para estar ali naquele local. Ali, entrava-secasas de apostas a partir de 1 realcontato com pessoas, dirigentes da operação, posicionava o carro no local mais adequado e, a partir daí, o processo se desenvolvia. Para que não houvesse testemunha, o motorista era dispensado”, diz ele.
A pesquisa aprofunda também a compreensão sobre as relações íntimas do Grupo Folha no período mais agudo dos anoscasas de apostas a partir de 1 realchumbo com policiais que perseguiam a esquerda e, ao mesmo tempo,casas de apostas a partir de 1 realacordo com testemunho colhido na pesquisa, estavam contratados pelo jornal, ora como repórteres e redatores ou prestando serviçoscasas de apostas a partir de 1 realsegurança à empresa. Entre eles estavam dois delegados do Departamentocasas de apostas a partir de 1 realOrdem Política e Social (DOPS), os irmãos Robert e Edward Quass, além do nome mais forte da repressão política no país, Sérgio Fleury, o delegado que chefiou o “esquadrão da morte” e depois recebeu carta branca do regime militar para torturar e matar oponentes políticos.
Assim que renderam o soldado, que portava displicentemente uma arma longa (fuzil ou metralhadora), os militantes da ALN teriam sido surpreendidos pelos agentes. Eles teriam descido atirando, ferindo três militantes da organização que constam nas listascasas de apostas a partir de 1 realdesaparecidos políticos: Antônio Sérgiocasas de apostas a partir de 1 realMatos, Eduardo Antônio da Fonseca e Manoel José Nunes Mendescasas de apostas a partir de 1 realAbreu. A pesquisa da Unifesp acrescenta ao episódio o depoimento que Suzana Lisboa, ex-militante da ALN, ex-integrante da Comissão Especialcasas de apostas a partir de 1 realMortos e Desaparecidos Políticos e viúvacasas de apostas a partir de 1 realum ex-militante da mesma organização, Luiz Eurico Tejera Lisboa, morto pela políciacasas de apostas a partir de 1 real1972, deu à Comissão Nacional da Verdadecasas de apostas a partir de 1 real2014. “(…) um carro baú […] da Folhacasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo. Esse é um dos momentoscasas de apostas a partir de 1 realque há participação direta da empresa “Folhacasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo” no assassinatocasas de apostas a partir de 1 realmilitantes da ALN. Na época eu convivia aquicasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo e ouvia essa informaçãocasas de apostas a partir de 1 realdirigentes da ALN”, afirma ela.
Marival diz que com poucos recursos oficiais à época, os órgãoscasas de apostas a partir de 1 realrepressão buscavam apoio materialcasas de apostas a partir de 1 realempresas. As camionetas baú da Folha eram práticas porque as portas abriam toda a parte traseira, permitindo mobilidade aos agentes. “A Folha participava, dava colaboração às operaçõescasas de apostas a partir de 1 realrua, especialmente aquelas (…)casas de apostas a partir de 1 realcoberturacasas de apostas a partir de 1 realpontos, onde as pessoas que entravam morriam”, afirma o ex-agente, lembrandocasas de apostas a partir de 1 realapenas um dos episódios que teve sobrevivente. “(…) houve um caso, por exemplo, no restaurante Varela, na Mooca (…)casas de apostas a partir de 1 realAntônio Carlos Bicalho Lana. Ele conseguiu romper o cerco com uma metralhadora, a tiros etc. Mas a maioria morreu”, relata.
Na emboscada,casas de apostas a partir de 1 real16casas de apostas a partir de 1 realjulhocasas de apostas a partir de 1 real1972, morreram Ana Maria Nacinovic, Iuri Xavier Pereira e Marcos Nonato da Fonseca. Lana seria assassinadocasas de apostas a partir de 1 realSão Vicente, litoral Sulcasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo,casas de apostas a partir de 1 realoutro cerco,casas de apostas a partir de 1 real30casas de apostas a partir de 1 realnovembrocasas de apostas a partir de 1 real1973 junto com a também militante da ALN Sônia Angel Jones, nora da estilista Zuzu Angel, mortacasas de apostas a partir de 1 realacidente misterioso enquanto procurava pelo paradeiro do filho, Stuart Angel Jones, também executado.
A informaçãocasas de apostas a partir de 1 realque carros da Folha foram usados nas operações policiais surgiu depois que a ALN investigou caminhõescasas de apostas a partir de 1 realdistribuição da Ultragaz, que também se envolveu no apoio ao regime militar. A denúncia partiucasas de apostas a partir de 1 realuma militante da organização que, presacasas de apostas a partir de 1 real1970, viu que outro empresário, o dinamarquês Henning Albert Boilesen, integrante do GPMI (Grupo Permanentecasas de apostas a partir de 1 realMobilização Industrial) criado pela Federação das Indústrias do Estadocasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo (FIESP) para fornecer insumos e equipamentos à ditadura, era presença frequente na sede da Operação Bandeirantes (OBAN), centrocasas de apostas a partir de 1 realtortura no Bairro Paraíso, Zona Sul da capital paulista.
Os pesquisadores da Unifesp/Caaf entrevistaram outras três testemunhas que viram os carros da Folhacasas de apostas a partir de 1 realdiferentes ações dos órgãos da repressão nas ruas. Ivan Seixas, que foi preso aos 16 anos, junto com o seu pai, Joaquim Alencar Seixas, contou ter estranhado a presençacasas de apostas a partir de 1 realcarroscasas de apostas a partir de 1 realdistribuiçãocasas de apostas a partir de 1 realjornal da Folha estacionados na ruacasas de apostas a partir de 1 realfrente à OBAN, na Rua Tutóia. “Carrocasas de apostas a partir de 1 realtransportecasas de apostas a partir de 1 realjornal parado na frentecasas de apostas a partir de 1 realuma delegacia? Tem alguma coisa errada. E a reincidência foi muito grande. Depois, vários companheiros relataram que foram até transportados por carros da Folha”, disse ele. Relato semelhante foi feito pelo jornalista Francisco Carloscasas de apostas a partir de 1 realAndrade, que afirmou ter visto carros do jornal enfileirados no pátio da OBAN. O ex-deputado Adriano Diogo, detido junto comcasas de apostas a partir de 1 realmulher, Arlete, contou aos pesquisadores que um carro da Folha ficou estacionado próximo àcasas de apostas a partir de 1 realcasa várias horas antes da invasão da polícia.
Na direçãocasas de apostas a partir de 1 realjornalismo do grupo, embora o assunto fosse incômodo, a maioria sabia da colaboração, indicam documentos e depoimentos. “(…). A Folha ajudava a fazer isso materialmente, não era ideologicamente. A história não pode ignorar isso, embora a Folha negue. […] a Folha apoiou os atos mais escabrosos [da ditadura], mais desumanos. Nada retirará esse caráter essencial do papel da Folha”, disse o jornalista Jorge Okubaro que, como secretáriocasas de apostas a partir de 1 realredação da Folha da Tarde, participava das reuniõescasas de apostas a partir de 1 realpauta diárias. A versão é confirmada por outros três jornalistas, Antônio Carlos Fon, Wianey Pinheiro, à época repórter da Folha e presidente do Sindicato dos Jornalistascasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo, e José Luiz Proença, assim como dois agentes dos órgãoscasas de apostas a partir de 1 realrepressão, os delegados Cláudio Guerra e Carlos Alberto Augusto, este conhecido como Carteira Preta e Carlinhos Metralha. Carteira foi homemcasas de apostas a partir de 1 realconfiança do delegado Sérgio Fleury.
Em entrevista aos pesquisadores, o policial valoriza o trabalho realizado pelo Grupo Folha e defende que os dirigentes sejam recompensados por contacasas de apostas a partir de 1 realseus préstimos à ditadura: “Todo mundo que ajudou na repressão tem que ser indenizado (…) Sem sombracasas de apostas a partir de 1 realdúvidas. E com muito dinheiro. Porque o que estão fazendo com ele aqui agora, estão querendo denegrir a empresa dele (…) Tem que ser indenizado sim. E com muito dinheiro, tem que levantar o jornal”.
Coordenadora da pesquisa, a jornalista Ana Paula Goulart, historiadora e professoracasas de apostas a partir de 1 realcomunicação da Universidade Federal Fluminense (UFF), frisa que não tem nenhuma dúvida que o Grupo Folha emprestou seus veículos às operaçõescasas de apostas a partir de 1 realcaçada aos militantescasas de apostas a partir de 1 realesquerda e diz que embora Caldeira tenha sido responsável pela frotacasas de apostas a partir de 1 realveículos do jornal e personagem tão próximo ao regime militar que acabou sendo indicado prefeito biônicocasas de apostas a partir de 1 realSantos, no litoral Sulcasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo, a pesquisa aponta que a responsabilidade é dos dois sócios. “Tentam jogar para o Caldeira, mas os dois sabiam o que cada um fazia. O Caldeira não tomaria uma decisão dessa sem a anuência dos Frias”, conclui.
Documentos encontrados no Arquivo Nacional, aos quais a Agência Pública teve acesso, indicam que Octavio Friascasas de apostas a partir de 1 realOliveira mantinha relações muito próximas com as entidades que conspiraram pelo golpecasas de apostas a partir de 1 real1964 e depois apoiaram sem restrições a ditadura. Trata-secasas de apostas a partir de 1 realum recibocasas de apostas a partir de 1 realcontribuiçãocasas de apostas a partir de 1 realFrias ao Institutocasas de apostas a partir de 1 realPesquisas e Estudos Sociais (IPES), entidade que conspirou pelo golpe e atuou na manutenção do regime militar,casas de apostas a partir de 1 realvalores da época,casas de apostas a partir de 1 realCr$ 12.000 [em valores atuais, pelo IGP-DI, R$ 207 mil], com datacasas de apostas a partir de 1 real16casas de apostas a partir de 1 realjulhocasas de apostas a partir de 1 real1967, ecasas de apostas a partir de 1 realum outro papelcasas de apostas a partir de 1 realque o dono da Folha é identificado como “Sócio do IPES” no período “pré-64”. Ao jornalista Oscar Pilagallo, autor do livro História da Imprensa paulista: jornalismo e podercasas de apostas a partir de 1 realD. Pedro I a Dilma, Frias não negou a relação com a entidade golpista, mas argumentou que havia participado apenascasas de apostas a partir de 1 realuma única reunião com outros ipesianos na casa do banqueiro José Adolpho da Silva Gordo, do Bancocasas de apostas a partir de 1 realInvestimento do Brasil.
Numa análise às edições da Folhacasas de apostas a partir de 1 realS.Paulo anteriores ao golpe, os pesquisadores debruçaram-se sobre um material para contextualizar o período: um suplementocasas de apostas a partir de 1 real44 páginas, intitulado 64 – Brasil continua, publicado como encarte do jornal exatamente no dia do golpe, 31casas de apostas a partir de 1 realmarçocasas de apostas a partir de 1 real1964, cujo conteúdo, afirma a pesquisadora Ana Paula Goulart “é repletocasas de apostas a partir de 1 realanúncios e textos opinativos que evidenciam um claro protagonismo exercido pela Folha nas articulações golpistas e a forte sintonia político-ideológica do grupo com o empresariado local, nacional e internacional”.
A pesquisa destaca que, nos dez primeiros anos do regime, o jornalismo da Folha também produziu significativas campanhas conclamando a população a “seguir com otimismo os preceitos da assim chamada ‘revolução democrática’ e assumiu um papel ativo no que foi denominadocasas de apostas a partir de 1 real‘caça aos terroristas’”. A oposição armada, segundo o jornal, “ameaçava a soberania nacional e deveria ser combatida a partircasas de apostas a partir de 1 realum esforço coletivo”. Na ocasião das comemoraçõescasas de apostas a partir de 1 real50 anos da empresa,casas de apostas a partir de 1 real1971, a Folha afirmava se manter “profundamente identificada” com os rumos da nação, ao acompanhar “os esforços da Revoluçãocasas de apostas a partir de 1 real64 para a reconstrução do Brasil”.
A MANCHETE ANTECIPADA DE UM ASSASSINATO - Todos os jornais do grupo seguiram a linha editorial da Folhacasas de apostas a partir de 1 realapoio à ditadura. Mas nenhum teria chegado ao nível da Folha da Tardecasas de apostas a partir de 1 realcolaboração e subserviência ao regime militar, segundo depoimentoscasas de apostas a partir de 1 realjornalistas que trabalhavam no veículo consultados pela Pública. No dia 17casas de apostas a partir de 1 realabrilcasas de apostas a partir de 1 real1971, emcasas de apostas a partir de 1 realmanchete o jornal noticioucasas de apostas a partir de 1 realletras garrafais: “Morto o assassino do industrial Boilesen”. O texto da chamada informava que no dia anterior, os órgãoscasas de apostas a partir de 1 realsegurança interna, “agindo com rapidez identificaram no dia anterior” Joaquim Seixas como um dos participantes da execuçãocasas de apostas a partir de 1 realBoilesen, ocorrida dois dias antes.
A notícia informava que, cercado pela polícia, Seixas reagiu e acabou sendo morto no tiroteio com a polícia. O problema é que no dia anterior vários presos viram Joaquim e Ivan, então com 16 anos, serem retirados do interiorcasas de apostas a partir de 1 realuma viatura, espancados já no pátio da Oban e depois torturados. O jornal começou a circular na manhã do dia 17, mas Seixas só morreriacasas de apostas a partir de 1 realconsequênciacasas de apostas a partir de 1 realchoques e espancamentos por volta das 19h do mesmo dia 17. À Pública, Ivan Seixas conta que viu,casas de apostas a partir de 1 realdentrocasas de apostas a partir de 1 realuma viatura, a manchete num exemplar pregado à paredecasas de apostas a partir de 1 realuma bancacasas de apostas a partir de 1 realjornalcasas de apostas a partir de 1 realfrente ao barcasas de apostas a partir de 1 realque os policiais pararam para tomar café no retornocasas de apostas a partir de 1 realuma simulaçãocasas de apostas a partir de 1 realseu próprio fuzilamento. “Quanto chegueicasas de apostas a partir de 1 realvolta à Oban, vi meu pai sentado na cadeira do dragão [assentocasas de apostas a partir de 1 realchoque elétrico] sendo torturado, mas vivo”, conta o jornalista. A Folha da Tarde, segundo ele, pesava a mão contra a esquerda, mas ele faz questãocasas de apostas a partir de 1 reallembrar que outros jornais também publicavam falsas notícias produzidas pela polícia.
As pesquisas indicam que a Folha da Tarde se tornou no período o veículo mais próximo dos órgãoscasas de apostas a partir de 1 realrepressão, publicandocasas de apostas a partir de 1 realprofusão, sem o menor filtro, versões oficiais que interessavam à polícia política. Isso ocorreu também com outros presos, como no caso envolvendo Eduardo Collen Leite, o Bacuri, da mesma ALN, detidocasas de apostas a partir de 1 real21casas de apostas a partir de 1 realagostocasas de apostas a partir de 1 real1970 no Rio e levado para São Paulo, onde a equipe do delegado Sérgio Paranhos Fleury o matoucasas de apostas a partir de 1 real8casas de apostas a partir de 1 realdezembro, depoiscasas de apostas a partir de 1 realum longo calváriocasas de apostas a partir de 1 realtorturas.
A manchetecasas de apostas a partir de 1 real9casas de apostas a partir de 1 realdezembrocasas de apostas a partir de 1 real1970 não deixava dúvidas sobre a posição da Folha da Tarde. “Terror: Metralhado e morto outro fascínora”. Linhacasas de apostas a partir de 1 realfrente da esquerda armada, o militante havia participado do sequestrocasas de apostas a partir de 1 realembaixadores que seriam trocados pela libertaçãocasas de apostas a partir de 1 realpresos políticos, entre os quais estavacasas de apostas a partir de 1 realmulher, Denise Crispim, grávida. A matéria informou que o “bandoleiro” morrera num confronto com a políciacasas de apostas a partir de 1 realSão Sebastião, no litoral Sulcasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo, embora seus companheiroscasas de apostas a partir de 1 realcárcere tenham protestado com gritos e muito barulho nas ferragens das grades quando ele foi retirado da celacasas de apostas a partir de 1 realestado físico deplorável no dia 27casas de apostas a partir de 1 realoutubro, dois dias depoiscasas de apostas a partir de 1 realmais uma falsa notíciacasas de apostas a partir de 1 realque teria fugido. A Folha da Tarde se superava a cada edição na adjetivação, denominando militantes políticoscasas de apostas a partir de 1 real“facínoras”, “assassinos”, “maníacos” e “loucos”.
Por mais que a família Frias tenha tentado separar a Folha da Tarde da linha que viria a ser adotada pela Folha a partircasas de apostas a partir de 1 real1974, a pesquisa mostra que, resguardada as peculiaridadescasas de apostas a partir de 1 realcada veículo, “havia uma direção editorial uniforme no interior do conglomerado jornalístico liderado pelos empresários Octavio Frias e Carlos Caldeira” no período. Além disso, o nomecasas de apostas a partir de 1 realFriascasas de apostas a partir de 1 realOliveira se destacava como diretor-presidente no cabeçalho da primeira página da Folha da Tarde.
POLICIAIS JORNALISTAS NA FOLHA - Um dos méritos da pesquisa da Unifesp foi reunir informações que estavam soltascasas de apostas a partir de 1 reallivros, jornais e testemunhas da época para demonstrar que os jornais do grupo estavam infestadoscasas de apostas a partir de 1 realpoliciais atuando como jornalistas nas redações, ao menos 11, identificados pelos pesquisadores. O diretor da Folha da Tarde, no período, foi o jornalista Antônio Aggio Júnior que era, ao mesmo tempo, funcionário da Secretariacasas de apostas a partir de 1 realSegurança Pública e, mais tarde, mas ainda no período repressivo, assessorcasas de apostas a partir de 1 realimprensa do delegado e ex-senador Romeu Tuma, braço direitocasas de apostas a partir de 1 realFleury na áreacasas de apostas a partir de 1 realinformação do DOPS. Quando deixou a Polícia Civil para construir carreira e perfil novos na Polícia Federal, Tuma era diretor do departamento.
Segundo a pesquisa, Aggio também teria se utilizadocasas de apostas a partir de 1 realum carrocasas de apostas a partir de 1 realreportagem da Folha para camuflar a entradacasas de apostas a partir de 1 realconspiradores num quartel às vésperas do golpecasas de apostas a partir de 1 real1964. Repórter da Folha à época, ele teria usado aparelhocasas de apostas a partir de 1 realtelex da sucursal da Folha no Rio para passar mensagens cifradas como senha do levante do II Exércitocasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo, seguindo instruções do coronel Antônio Lepiane, chefe do Estado Maior da 2ª Companhia do Exércitocasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo, que era seu padrinho e foi o comandante da OBAN quando esta foi criada,casas de apostas a partir de 1 real1969, no início do governo Emílio Garrastazu Médici.
Aggio assumiu a direçãocasas de apostas a partir de 1 realredação da Folha da Tardecasas de apostas a partir de 1 real1969 imprimindo uma mudança radical na linha editorial. Saíamcasas de apostas a partir de 1 realcena jornalistas progressistas, como Jorge Miranda Jordão e o frade dominicano Carlos Alberto Libânio Christo, o Frei Beto, ao mesmo tempocasas de apostas a partir de 1 realque a redação contratava dois delegados, Carlos Antônio Guimarães Sequeira, agente do DEOPS, e Antônio Bim, os investigadores Carlos Dias Torres e Horley Antonio Destro, e um major da PM paulista, Edson Corrêa, que chamava a atenção por circular pela redação com uma pistola automática à mostra como se estivesse numa operaçãocasas de apostas a partir de 1 realrua.
A linha do jornal, que antes cobria segmentos como o movimento estudantil, passou a sercasas de apostas a partir de 1 realapoio irrestrito à ditadura militar e às forçascasas de apostas a partir de 1 realrepressão. A combinaçãocasas de apostas a partir de 1 realcomando e linha editorial levou o jornalista Claudio Abramo, ex-diretor da Folha,casas de apostas a partir de 1 realseu livrocasas de apostas a partir de 1 realmemórias, A Regra do Jogo,casas de apostas a partir de 1 real1988, a qualificar a Folha da Tarde como “o jornal mais sórdido do país”. casas de apostas a partir de 1 real Mais bem humorado, o jornalista Carlos Brickmann, que assumiu a redação ao ladocasas de apostas a partir de 1 realAdilson Laranjeirascasas de apostas a partir de 1 realsubstituição ao grupocasas de apostas a partir de 1 realAggio, escreveucasas de apostas a partir de 1 realtomcasas de apostas a partir de 1 realfina ironia que a grande conquista do novo comando foi ter conseguido “reduzir a tiragem do jornal”, uma alusão a expressão “tiras”, como eram chamados os policiais da época. Era também jocosamente qualificado como alusão “o jornalcasas de apostas a partir de 1 realmaior tiragem”, como registraria Beatriz Kushnircasas de apostas a partir de 1 realCãescasas de apostas a partir de 1 realGuarda.
A relação íntima entre polícia e jornalista não era, entretanto, exclusividade da Folha da Tarde. Outro periódico do grupo, o Notícias Populares, o sensacionalista NP, campeãocasas de apostas a partir de 1 realvendascasas de apostas a partir de 1 realbanca no período, era dirigido por Jean Mellé, anticomunistacasas de apostas a partir de 1 realcarteirinha e notório entusiasta das Forças Armadas. Waldemar Ferreiracasas de apostas a partir de 1 realPaula, assistentecasas de apostas a partir de 1 realJean Mellé, era policial. Armando Gomide, que substituiu Mellé depois dacasas de apostas a partir de 1 realmorte,casas de apostas a partir de 1 realmarçocasas de apostas a partir de 1 real1970, era policial e ligado ao Serviço Nacionalcasas de apostas a partir de 1 realInformação (SNI).
Sobre ele, segundo a pesquisa, pesava a suspeita dos próprios colegascasas de apostas a partir de 1 realque “nas horas vagas” trabalhasse como agente secreto e informante dos militares. No Departamentocasas de apostas a partir de 1 realInterior, Correspondentes e Sucursais (Dics) do Grupo Folha o diretor era Paulo Nunes, que se dizia agente da PF. Na Agência Folha, que substituiu o Dics, o comando foi entreguecasas de apostas a partir de 1 realjunhocasas de apostas a partir de 1 real1972 a Luiz Carlos Rocha Pinto, delegado da Polícia Civil paulista contratado como jornalista, tornando-se no período o principal interlocutor entre a empresa e a censura. Depoiscasas de apostas a partir de 1 realdez anos na Agência Folhas (departamento cujo nome depois perderia o “s”), Rocha Pinto foi transferido para o departamentocasas de apostas a partir de 1 realcirculação, desligando-se do jornal sócasas de apostas a partir de 1 real1995. Em 2005, ou seja, dez anos depois, ele continuava recebendo o mesmo salário, mas sem trabalhar. A pesquisa registra que a quem perguntava como conseguira tal privilégio, a resposta era lacônica: “sou heróicasas de apostas a partir de 1 realguerra”.
A partir da retaliação da ALN, comcasas de apostas a partir de 1 realinclusão na listacasas de apostas a partir de 1 real“justiçáveis”, Frias mudou-se para o 6º andar do prédio que abrigava os jornais, na Alameda Barãocasas de apostas a partir de 1 realLimeira, Campos Elíseos, região central da capital e, segundo versão difundida pela Folha, conforme a pesquisa, passaria a contar com proteçãocasas de apostas a partir de 1 realdois delegados do DOPS, os irmãos Robert e Edward Quass.
A pesquisa mostra, no entanto, que a relação dos Quass com a Folha seria bem anterior à destruição dos carros pela ALN: Robert havia sido contratadocasas de apostas a partir de 1 realjaneirocasas de apostas a partir de 1 real1961, antes, portantocasas de apostas a partir de 1 realFrias comprar a empresa, mas não apenas como datilógrafo e recepcionistacasas de apostas a partir de 1 realnoticiários como informou o jornal.
Num comunicado interno encontrado nos arquivos do DOPS, o responsável pelo setorcasas de apostas a partir de 1 realtransporte da Folha relata o furtocasas de apostas a partir de 1 realum dos veículos do grupo se referindo a Quass como auditor da empresa. Outros dois membros da família, Joseph Quass e Joseph Quass Filho, respectivamente, auxiliarcasas de apostas a partir de 1 realauditoria e auxiliarcasas de apostas a partir de 1 realescritório, ambos ligados diretamente à direção da Folha, haviam sido contratadoscasas de apostas a partir de 1 real1971 e 1970. Aindacasas de apostas a partir de 1 realacordo com a pesquisa, os delegados passariam a fazer a segurança da família, cuidando, entre outras tarefas, da escolta dos dois filhoscasas de apostas a partir de 1 realFrias nas idas e voltas à escola, Otavinho e o atual diretor do grupo, Luís Frias. Contratado como chefecasas de apostas a partir de 1 realsegurança patrimonial da Folha, Edward passou a cuidarcasas de apostas a partir de 1 realtodo o patrimônio do grupo e tinha uma sala dentro do jornal.
A pesquisadora Ana Paula Goulart anota no relatório: “A presençacasas de apostas a partir de 1 realtais indivíduos atesta uma problemática relaçãocasas de apostas a partir de 1 realproximidade entre o Grupo Folha e agentes que cumpriam funções significativas na engrenagem repressiva da ditadura. A ameaça a Octavio Friascasas de apostas a partir de 1 realOliveira poderia justificar uma atenção especial por parte da Secretariacasas de apostas a partir de 1 realSegurança do Estadocasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo, mas não explicava a contratação, com vínculo trabalhista e remuneração direta,casas de apostas a partir de 1 realdelegados do DEOPS para atuarem como funcionários da empresa jornalística”.
O nomecasas de apostas a partir de 1 realoutro agente, Messias Ayrton Scatena, carcereiro do DEOPS e jornalista que começou no grupo pelo jornal Última Hora surgiria num rumoroso caso que tramitou no Superior Tribunal Militar (STM),casas de apostas a partir de 1 real1973. Acusadocasas de apostas a partir de 1 realvazar informações sigilosascasas de apostas a partir de 1 realoperações contra a subversão paracasas de apostas a partir de 1 realnamorada, a também jornalista do grupo Helena Mirandacasas de apostas a partir de 1 realFigueiredo, Scatena chegou a ser preso. Em seu depoimento ele afirmou que alémcasas de apostas a partir de 1 realtrabalhar no Grupo Folha, “participavacasas de apostas a partir de 1 realserviçoscasas de apostas a partir de 1 realrepressão, combate a subversão e terrorismo”, tendo atuado entre cinco a dez diligências no períodocasas de apostas a partir de 1 realtrês anoscasas de apostas a partir de 1 realque exerceu o cargo na delegacia”. O policial-jornalista dizia possuir, àquele momento, uma relação próxima com Octavio Friascasas de apostas a partir de 1 realOliveira e os membroscasas de apostas a partir de 1 realsua família, uma vez que ficou encarregadocasas de apostas a partir de 1 realtrabalhar como seu motorista pessoal, alémcasas de apostas a partir de 1 realatuar como segurançacasas de apostas a partir de 1 realseus filhos. Disse também que os diretores do jornal depositavam nele “grande confiança”, ao pontocasas de apostas a partir de 1 realter sido liberado da funçãocasas de apostas a partir de 1 realjornalista da empresa “para se dedicar integralmente à segurança da família […] sem prejuízo dos vencimentos”.
De acordo com o documento, a contrataçãocasas de apostas a partir de 1 realScatena foi recomendada pelo seu chefe, o delegado Edward Quass. É nesse depoimento, nas páginas 130 e 131 da ação penal 829/73 aberta pela justiça militar, que ele cita o nome do delegado Sérgio Fleury, afirmando que ele também atuava na segurança da Folha ao lado dos irmãos Quass. O que se sabia era que Fleury tinha sido visto algumas vezes na Folha, mas a justificativa é que era convidadocasas de apostas a partir de 1 realAggio para algum evento festivo.
A atençãocasas de apostas a partir de 1 realFrias aos militares ficaria clara também quando este, segundo a pesquisa, a pedidocasas de apostas a partir de 1 realum majorcasas de apostas a partir de 1 realrelações públicas do II Exército, que falavacasas de apostas a partir de 1 realnome do general Ernani Ayrosa da Silva, fundador da Oban, contratou como jornalista da Folha da Tarde um ex-militante da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), Rômulo Fontes, que durante os 18 mesescasas de apostas a partir de 1 realque permaneceu preso, entre 1979 e 1971, se tornou um dos arrependidoscasas de apostas a partir de 1 realparticipar da luta armada, prestando depoimentos contra a esquerda divulgados pela ditadura. Fontes conseguiu o emprego e depois confirmaria: “Entrei para a Folha manu militari”, conforme citação no livrocasas de apostas a partir de 1 realPilagallo.
LICENÇA NA PRISÃO - A pesquisa aponta perseguição política e violação aos direitos trabalhistas contra jornalistas que trabalhavam no Grupo Folha e foram presos sob a acusaçãocasas de apostas a partir de 1 realparticiparemcasas de apostas a partir de 1 realorganizações da luta armada. O caso mais emblemático é o da jornalista Rose Nogueira, que trabalhava como repórter da Folha da Tarde e, ao ser detidacasas de apostas a partir de 1 realcasa no dia 4casas de apostas a partir de 1 realnovembrocasas de apostas a partir de 1 real1969, estavacasas de apostas a partir de 1 reallicença maternidade 34 dias depoiscasas de apostas a partir de 1 realum complicado partocasas de apostas a partir de 1 realque deu à luz seu primeiro filho.
Ela só descobriria anos depois que a demissão por justa causa, escrita à mão emcasas de apostas a partir de 1 realficha funcional, tinha sido por “abandonocasas de apostas a partir de 1 realemprego”, uma justificativa duplamente falsa, conforme relataria na entrevista concedidacasas de apostas a partir de 1 realmaiocasas de apostas a partir de 1 real2022 aos pesquisadores da Unifesp. “Foi uma das maiores dores da minha vida, ver que a Folha me deu abandonocasas de apostas a partir de 1 realemprego enquanto eu estava presa! Quem preso vai trabalhar no jornal? Quem, na licença maternidade vai? Eu estava com as duas coisas: licença maternidade e prisão. Eu senti como uma punição. A Folha me machucou muito. Eu já estava sendo punida. A Folha fica a duas quadras do DOPS. Alguém poderia ter ido lá saber se era verdade. Eles me ignoraram e publicaram o que a polícia mandou”, disse ela.
A matéria da Folha da Tarde relacionava Rose e seu ex-marido, Luís Roberto Clauset, como pessoas próximas ao líder da ALN, Carlos Marighella, que havia sido executado pela polícia no mesmo diacasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo e,casas de apostas a partir de 1 realocasiões anteriores, se refugiara na casa da jornalista. Ela não participava da luta armada, mas nunca negou que deu apoio logístico a Marighella. Ficou nove meses presa e, no final, acabou absolvida. Havia, no entanto, algo mais grave. “A Folha falseou a data do nascimento do meu filho. Meu filho nasceucasas de apostas a partir de 1 real30casas de apostas a partir de 1 realsetembrocasas de apostas a partir de 1 real1969. A Folha escreve (no atocasas de apostas a partir de 1 realdemissão) que meu filho nasceucasas de apostas a partir de 1 real9casas de apostas a partir de 1 realagosto (…) para me dar o abandonocasas de apostas a partir de 1 realemprego no começocasas de apostas a partir de 1 realdezembro”, disse.
Em outros casos, como ocasas de apostas a partir de 1 realJosé Maria Domingues dos Santos, que também trabalhava na Folha da Tarde e era acusadocasas de apostas a partir de 1 realligações com a ALN, preso tambémcasas de apostas a partir de 1 real04casas de apostas a partir de 1 realnovembrocasas de apostas a partir de 1 real1969, o jornal igualmente “antecipou” a data da demissão para o dia anterior para descaracterizar o vínculo com a empresa. A matéria sobre a prisãocasas de apostas a partir de 1 realRose e José Maria informava no título que “Contra a subversão, polícia arma jogocasas de apostas a partir de 1 realpaciência”. A empresa sabia que as prisões tinham motivação política e ainda assim carimbou as demissõescasas de apostas a partir de 1 realsuas fichas funcionais como “abandono” e “dispensado”, sem maiores explicações.
No período,casas de apostas a partir de 1 real05casas de apostas a partir de 1 realnovembro, foi preso o fotógrafo Carlos Penafiel, que trabalhava na Folha da Tarde, o que não evitou o tratamento policialesco da notícia sobrecasas de apostas a partir de 1 realdetenção: “Terror: prisão preventiva para jornalista implicado”, dizia o título da matéria, que também citava Rose e Luis Roberto como integrantes da ALN próximos a Marighella. Outros dois jornalistas da Agência Folha, Sérgio Gomes da Silva e José Vidal Pola Galé, presoscasas de apostas a partir de 1 realoutubrocasas de apostas a partir de 1 real1975 por ligações com o PCB, também amargaram mesescasas de apostas a partir de 1 realprisão, e tiveram seus nomes citados numa matériacasas de apostas a partir de 1 realduas páginascasas de apostas a partir de 1 real23casas de apostas a partir de 1 realdezembro, com o título “DOPS arrasa bando do nazismo vermelho” onde o jornal divulgava uma listacasas de apostas a partir de 1 real“comunistas” com idade, nome dos pais, datacasas de apostas a partir de 1 realnascimento, estado civil e endereço residencial completo dos suspeitos. Só que ignorava que trabalhavam no jornal ou no grupo.
Preso entre 05casas de apostas a partir de 1 realoutubrocasas de apostas a partir de 1 real1975 e 05casas de apostas a partir de 1 realabrilcasas de apostas a partir de 1 real1976, Sérgio seria demitidocasas de apostas a partir de 1 realjaneiro também por abandonocasas de apostas a partir de 1 realemprego enquanto esteve encarcerado. Solto, tentou reaver o emprego, mas diz ter sofrido assédio moral do então diretor da Agência, o delegado Luiz Carlos Rocha Pinto, e pressão do diretor do departamento pessoal do grupo, Antônio Pison, para que se demitisse. Os pesquisadores também apontam perseguição política da Folha na demissãocasas de apostas a partir de 1 realum grande númerocasas de apostas a partir de 1 realjornalistas que participaram da grevecasas de apostas a partir de 1 realmaiocasas de apostas a partir de 1 real1979 por melhores salários. O SNI, que monitorou o movimento, informou que dos 128 demitidoscasas de apostas a partir de 1 realvários veículos, 43 eram do Grupo Folha, enquanto o Sindicato dos Jornalistascasas de apostas a partir de 1 realSão Paulo sustentou que na verdade teriam sido 64.
FOLHA E O "MILAGRE" - A trajetória do grupo mostra, segundo os pesquisadores, que o apoio à ditadura teria proporcionado expansão e crescimento da Folha já no chamado milagre econômico, entre 1968 e 1973, períodocasas de apostas a partir de 1 realque o jornal estaria mergulhado na mais intensa fasecasas de apostas a partir de 1 realcolaboração com os militares. No final desse ciclo a Folha iniciava um tímido distanciamento para,casas de apostas a partir de 1 realmeados da década 1980, sob o comando do filho do dono, Otavinho, implantar o Projeto Folha, marcado por mudanças internas e uma guinada forte na linha editorial.
Em 1984, o jornal engajou-se na linhacasas de apostas a partir de 1 realfrente da campanha pelas Diretas-Já, estratégia que lhe rendeu o papelcasas de apostas a partir de 1 realprotagonista e porta-voz dos anseios pela redemocratização do país. Não foi uma transição sem ruído: no dia 1ºcasas de apostas a partir de 1 realsetembrocasas de apostas a partir de 1 real1977, um texto considerado ofensivo à imagemcasas de apostas a partir de 1 realDuquecasas de apostas a partir de 1 realCaxias, publicado pelo colunista Lourenço Diaféria forçou Octávio Friascasas de apostas a partir de 1 realOliveira, pressionado pelo então chefe da Casa Militar do governo, general Hugo Abreu, a pedir que seu então diretorcasas de apostas a partir de 1 realredação, o jornalista Cláudio Abramo, se demitisse para serenar uma das poucas crises registradas até então entre o jornal e a ditadura.
O texto, “Herói. Morto. Nós.”, comparava um sargento que morreu ao se jogar num poçocasas de apostas a partir de 1 realariranha para salvar um menino a uma estátuacasas de apostas a partir de 1 realDuquecasas de apostas a partir de 1 realCaxias, na qual populares urinavam, o que foi considerado uma ofensa punível com a prisão do jornalista ecasas de apostas a partir de 1 realfechamento do jornal caso a coluna continuasse sendo publicadacasas de apostas a partir de 1 realbranco. Friascasas de apostas a partir de 1 realOliveira cedeu e, segundo anotam os pesquisadores, “decidiu afastar o chefe da redação Cláudio Abramo e tirar o seu próprio nome do cabeçalho do jornal”. Abramo foi substituído por Boris Casoy, escolhido por seu bom trânsito na área militar à época, conforme admite o próprio jornalista na entrevista aos pesquisadores.
O relatório da Unifesp destaca que o jornal chegou ao fim da ditadura com identidade reformulada, o que permitiu que se tornasse o veículo impressocasas de apostas a partir de 1 realmaior circulação do país, alcançando um recordecasas de apostas a partir de 1 realtiragem com maiscasas de apostas a partir de 1 real1,5 milhãocasas de apostas a partir de 1 realexemplares. “Não se trata apenascasas de apostas a partir de 1 realuma históriacasas de apostas a partir de 1 realsucesso empresarial. Seu crescimento esteve estrategicamente ligado aos interesses do regime”, diz Ana Paula Goulart. Em 1974, entre o encerramento do governo Médici e início do mandatocasas de apostas a partir de 1 realGeisel, Friascasas de apostas a partir de 1 realOliveira foi chamado pelo general Golbery do Couto e Silva, eminência parda nos dois governos, para discutir o processocasas de apostas a partir de 1 realdistensão e, é claro, o crescimento da Folha diantecasas de apostas a partir de 1 realseu principal concorrente, o Estadão, algo que interessava ao regime.
Naquele momento o lucro líquido da Folha havia dobradocasas de apostas a partir de 1 realrelação a 1973, e nos anos seguintes, até 1977, triplicaria, saltando,casas de apostas a partir de 1 realvalores da época,casas de apostas a partir de 1 realCr$ 47.564.807 para Cr$ 210.844.987, conforme balanços acessados pelos pesquisadores. Em valores atuais, pelo IGP-DI, o montante do lucrocasas de apostas a partir de 1 real1977 equivale a maiscasas de apostas a partir de 1 realR$ 330 milhões.
O material sobre a Folha com documentos e testemunhos faz partecasas de apostas a partir de 1 realum relatório enviado ao Ministério Público Federal e que pretende servircasas de apostas a partir de 1 realbase para açõescasas de apostas a partir de 1 realreparação a vítimas da repressão na ditadura militar. “Um dos objetivos era reunir elementos, indícios e provas para que o MP pudesse abrir ações judiciais, inquéritos ou procedimentos administrativos contra essas empresas”, diz Edson Teles, coordenador do projeto pela Unifesp/Caaf.
OUTRO LADO - Procurado pela Agência Pública no dia 23casas de apostas a partir de 1 realjunho, o superintendente do Grupo Folha, Carlos Poncecasas de apostas a partir de 1 realLeon não quis dar entrevista. Pediu, atravéscasas de apostas a partir de 1 realsua secretária, que as perguntas fossem enviadas. As respostas chegaram apenas na tardecasas de apostas a partir de 1 realsexta, 30casas de apostas a partir de 1 realjunho. Dois dias depois, a Folha publicou “Documento abordará trajetória do Grupo Folha na ditadura”,casas de apostas a partir de 1 realduas páginas do caderno “Ilustrada Ilustríssima” do domingo, 2casas de apostas a partir de 1 realjulho.
A matéria da Folha antecipou a posição do jornalcasas de apostas a partir de 1 real“resposta” a esta reportagem que ainda não havia sido publicada, procedimento estranho ao próprio manual da Folha e que não explica os questionamentos sobre os principais pontos da pesquisa da Unifesp abordados pela reportagem. Eis a íntegra da nota do Grupo Folha encaminhada à Pública:
“Os temas das perguntas enviadas, que versam sobre um período já distanciado no tempo, deram ensejo a indagações parecidas no passado e hoje são objetocasas de apostas a partir de 1 realuma investigaçãocasas de apostas a partir de 1 realhistoriadores, sob os auspícios do Ministério Público Federal, para a qual a Folha tem colaborado, franqueando aos pesquisadores amplo acesso à documentação remanescente que estejacasas de apostas a partir de 1 realseu poder. Foram também objetocasas de apostas a partir de 1 realextensa apuração empregada pelo próprio jornal, cujos resultados têm sido publicadoscasas de apostas a partir de 1 realsuas páginas ecasas de apostas a partir de 1 reallivros nas últimas décadas. Embasado numa dessas apurações, por exemplo, o então diretorcasas de apostas a partir de 1 realRedação, Otavio Frias Filho, respondeucasas de apostas a partir de 1 real2018 ao blog do jornalista Fernando Morais sobre a acusaçãocasas de apostas a partir de 1 realque carros do jornal teriam sido utilizados pelo aparatocasas de apostas a partir de 1 realrepressão da ditadura.
Escreveu então: “Em 2011, solicitei que uma pesquisa exaustiva fosse realizada para esclarecer o episódio. Seus resultados constam do livro ‘Folha Explica a Folha’ (2012; págs. 49 a 61), da jornalista Ana Estelacasas de apostas a partir de 1 realSousa Pinto.
Não foram encontrados registros que comprovem essa utilização nem nos arquivos da ditadura, nem nos jornais clandestinos mantidos pela luta armada na época. A acusação se baseia no depoimentocasas de apostas a partir de 1 realdois militantes presos que afirmaram ter visto veículos do jornal no prédio do DOI-Codi (Vila Mariana, SP). Os atentados terroristas contra veículos da Folha, praticados pelo grupo ALN, ocorreram quatro dias depois da morte pela repressão do guerrilheiro Carlos Lamarca no interior da Bahia, sugerindo que o motivo do ataque foi a cobertura, bastante hostil, que a Folha da Tarde fez daquele fato.
A Folha sempre afirmou que, se a cessãocasas de apostas a partir de 1 realveículos ocorreu, foicasas de apostas a partir de 1 realforma episódica e sem conhecimento nem autorizaçãocasas de apostas a partir de 1 realsua direção”.
A Folha manterá a mesma disposiçãocasas de apostas a partir de 1 realpublicar tudo o que saiba sobre essa época.