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    Leonardo Lucena

    Jornalista do Brasilbetboo

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    Tragédia no RS mostra que o desastre da esquerda e da direita foi não dar funções sociais às cidades brasileiras

    ‘Bem-estar social reducionista diminuiu a distância entre morte e salvação. Políticos ignoraram o planejamento urbano’, escreve o jornalista Leonardo Lucena

    Estado do Rio Grande do Sul (mais destaque), atobetbooRecife (Ocupe Estelita) e outra manifestação no Brasil pelo direito à cidade (Foto: Divulgação I Reprodução (YT) I Reprodução (Observatório Cultura e Cidade))
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    A tragédia climático-governamental no Rio Grande do Sul mostra que políticos da esquerda e da direita têm como umbetbooseus principais desafios dar funções sociais às cidades brasileiras. Por que representantes dos dois campos políticos dissociaram trabalho e serviço público? 

    Bem-estar social não se mede por imóveis. Muitos espaços urbanos foram construídos com representantes do sistema político econômico tendo o pensamento reducionistabetboofazer uma “doméstico-individualização” da qualidadebetboovida, como se ela fosse garantida apenas no interiorbetbooum lar doméstico,betboouma moradia, e não forabetboocasas e apartamentos. 

    O nível do bem-estar social também deve ser medido pelo graubetbooocupação nas ruas. Brasileirosbetboozonas urbanas morambetboo“cidades-fantasmas” ou com poucos locais segurosbetbooconvivência entre as pessoas, como praça, biblioteca, lugarbetbooprática esportiva e atividade artística. Basta comparar com cidadesbetboopaíses desenvolvidos. 

    Nem o concreto (habitações, calçadas, etc.) nem o meio ambiente são vistos para terem um sentido social, o que fica mais evidentebetboocatástrofe climática. O prejuízo não ocorre somente contra fauna e flora, mas também para setores como saúde, educação, mobilidade, segurança e lazer. Os democratas brasileiros ignoraram o planejamento urbano. 

    O déficit habitacional do Brasil foibetboo6,2 milhõesbetboodomicíliosbetboo2022 (8%) do totalbetboohabitações ocupadas no país,betbooacordo com a Pesquisa Nacional por AmostrabetbooDomicílios Contínua (PnadC), do Instituto BrasileirobetbooGeografia e Estatística (IBGE), publicada no último dia 24betbooabril. Houve altabetboo4% no totalbetboodéficitbetboodomicíliosbetboocomparação com 2019 (5.964.993). 

    O InstitutobetbooPesquisa Econômica Aplicada (Ipea) informou,betboosetembro do ano passado, que o Brasil teve aumentobetboo935,31% na populaçãobetboorua – eram 21.934betboo2013 e 227.087 mil até agostobetboo2023.

    Os números preocupam. E, durante enchentes, como essas no Rio Grande do Sul, ocorrebetbooforma mais acelerada a degradação física, psicológica,betboopessoas que nem aparecem nos “mapas” do sistema político para que,betbooalguma forma, saibam quais os melhores caminhos a percorrer para ter o ‘direito supremo’: viver e ser feliz.

    * Este é um artigobetbooopinião,betbooresponsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasilbetboo.

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